Se o seu foco é comprar os vinhos "certos" e ter informações
relevantes sobre eles para decidir o que escolher, são diversos os guias que
publicam avaliações de vinícolas e vinhos atualizados anualmente
Para quem quer montar seu próprio banco de dados, a série de três volumes,
"Espumante: o Prazer é Todo Seu" (11), "Vinho
branco: o Prazer é Todo Seu" (12) e
"Vinho tinto: o Prazer é Todo Seu" (13), de Sergio Inglez de
Sousa, pode ajudar no projeto. Elaborado a partir de 100 fichas de degustação,
contendo todas as informações necessárias para entender o vinho, iniciantes e
iniciados vão conseguir apreciar as peculiaridades de cada um dos vinhos e
apreciá-los de maneira mais apurada.
Finalmente, Luiz Gastão Bolonhez, editor de vinhos de ADEGA, e Marcel Miwa,
também colaborador da revista, acreditam que seria impossível montar uma
biblioteca digna sem o compêndio sobre vinhos de Jancis Robinson, "The Oxford Companion to Wine" (14), que sempre
que possível procura atualizar seu guia. Quando foi lançado, em 1994, possuía
três mil entradas. Agora, em sua edição atual, o livro conta com quase quatro
mil. O guia foi escrito de forma acessível - e pode ser lido por qualquer
pessoa, desde que tenha inglês fluente - explicando sobretudo temas econômicos,
históricos, científicos, sociais ou culturais que fazem parte do mundo do vinho.
"Para os mais detalhistas, esse livro é de suma importância", destaca
Bolonhez.
Nosso editor de vinhos também recomenda livros de bolso para serem
consultados a qualquer hora. Entre as opções, está o extraordinário
"Wine Report" (15), organizado
anualmente por Tom Stevenson. O autor de vários livros de vinho dirige um grupo
de especialistas selecionados de acordo com seus conhecimentos e locais de
atuação no mundo vinícola, que relatam os fatos mais importantes das regiões de
maior prestígio do mundo vitivinícola.
Existem alguns guias internacionais que ganharam fama por dar notas a
diversos vinhos do mundo inteiro. Um dos mais tradicionais é o "Parker's Wine Buyers Guide" (16). Usando o famoso
ranking de 100 pontos, a sétima edição do guia de maior prestígio no mundo
avalia oito mil vinhos de diversas regiões, além de dar dicas de como e onde
comprar a bebida. Nessa mesma linha estão o "Ultimate Guide to Buying Wine" (17), da revista
Wine Spectator, que é um guia de 10 mil rótulos de 40 países com dicas sobre os
melhores vinhos; o "Descorchados"
(18), o mais importante do Chile, que classifica os vinhos
(chilenos) degustados pelo autor Patricio Tapia; e, por fim, o famoso guia
italiano, Gambero Rosso.
Muitas obras contam histórias - em sua maioria não ficcionais -
relacionadas ao mundo do vinho, com enredos surpreendentes que conquistam os
leitores, mesmo que eles não sejam enófilos.
Narrativas e histórias
Neste segundo universo de obras estão algumas das mais interessantes do mundo
do vinho. Dentre elas, a que mais se destacou e cativou os especialistas,
inclusive Dirceu Vianna Júnior, foi "A História do
Vinho" (19), também de Hugh Johnson. O autor afirma que "quanto
mais estuda o vinho, mais percebe como ele se entrelaça com a história da
humanidade desde os primórdios". Por isso, descreve em sua obra as crenças
ligadas ao vinho e o aperfeiçoamento das técnicas vinícolas, chegando até o
século XIX, quando surgiram os primeiros grandes vinhos.
Por falar em Hugh Johnson, outro título que também chamou a atenção de alguns
especialistas, como a sommelière Alexandra Corvo, é "Confissões de uma Amante de Vinhos" (20), de
Jancis Robinson, co-autora do "Atlas Mundial do Vinho". Este
livro, como resume o tradutor Luiz Horta, é "uma aula de vinhos e de como pouco
a pouco a vida de quem os ama acaba por se confundir com eles". Para a
sommelière, ainda há outro livro interessante sobre esse mundo tão intrigante:
"A Arte de Fazer um Grande Vinho"
(21). Nele, Edward Steinberg conta como Angelo Gaja, produtor
que revolucionou o panorama do vinho italiano, transformou seu Barbaresco em um
dos mais míticos vinhos do mundo.
Contando mais um pouco de história está o emocionante "Vinho e Guerra" (22), de Don e Petie Klastrup. O
livro acompanha a saga de tradicionais famílias de vinicultores franceses que,
durante o período da II Guerra Mundial, impediram os nazistas de se apossarem de
seu maior símbolo: o vinho. O livro retrata fielmente a importância do vinho na
cultura francesa.
Outro clássico da literatura não ficcional é "O
Vinho mais caro da História" (23). Nele, o jornalista Benjamin
Wallace conta como um Château Lafite 1787, que teria pertencido a Thomas
Jefferson, foi leiloado a 156 mil dólares. Várias teorias a respeito de sua
procedência, inclusive a de fraude, montam um cenário de romance policial em
torno do vinho.
Fonte: Revista Adega
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