sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vinho da Austrália Pode Desaparecer do Brasil

Por Lílian Cunha - O Estado de São Paulo
 
Eles mal chegaram e talvez já tenham de ir embora. Não faz nem 15 anos que as primeiras garrafas de vinho australiano começaram a chegar ao Brasil, um dos países onde o consumo de vinho mais cresce. Mas, conforme especialistas, elas poderão em breve desaparecer caso sejam aprovadas as salvaguardas pedidas por produtores nacionais.
 
"Se houver barreiras para importação, será ruim para todos exportadores. Para os australianos, porém, será pior: vamos sumir do mercado. Só vai existir uma garrafa aqui, outra ali", diz o enólogo Bill Hardy, da tradicional vinícola australiana Hardys, que esteve no País na semana passada.
 
A Austrália é a quarta maior exportadora de vinhos do mundo - atrás apenas da líder Itália, Espanha e França. No Brasil, entretanto, os vinhos australianos foram os últimos a chegar, depois, até mesmo, dos sul-africanos. Hoje, os maiores exportadores da bebida para o mercado nacional são o Chile, a Argentina e a Itália. A Austrália está em nono lugar, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
 
"O Brasil é um mercado incrível. Criar protecionismos pode prejudicar a expansão desse mercado, até mesmo para o vinho nacional. O consumo de vinho, em qualquer país, só cresce se a oferta se expande. Os importados contribuem para expandir a oferta e gerar mais interesse pela bebida", diz Hardy.
 
A Austrália, segundo ele, já teve uma política protecionista. Até meados dos ano 90, o governo australiano cobrava 10% além de um porcentual que variava conforme o teor alcoólico da bebida - o que fazia a carga tributária chegar a até 15%. A porcentagem variável foi eliminada no fim dos anos 90. "Desde então, o mercado se expandiu e o consumo doméstico de vinhos nacionais cresceu mais de 20%", lembra.
 
Aqui, os impostos aos importados passarão de 27% para 55% do preço final caso as salvaguardas sejam consideradas procedentes pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pela Câmara de Comércio Exterior. A expectativa do setor é de que o ministério divulgue seu parecer em setembro.
 
"Se depender de argumentos técnicos, as salvaguardas não passarão", diz Ciro Lilla, vice-presidente de vinhos da Associação Brasileira de Bebidas. Um dos argumentos, segundo ele, é o perfil do consumo no País. Enquanto em Portugal e na Argentina cada pessoa toma anualmente mais de 30 litros, o brasileiro toma, em média, 1,9 litro de vinho ao ano. O famoso vinho de garrafão, feito com açúcar e uvas de mesa, é 85% do consumo. "O vinho fino fica só com 0,4 litro por pessoa. O nacional já é a grande maioria. Não há o que proteger", afirma Lilla.
 
Para os produtores nacionais, porém, o Brasil está em um momento histórico. "O País precisa decidir se quer ser só um país importador de vinhos ou se também deseja ter uma produção nacional reconhecida", defende o Ibravin.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Casais que bebem vinho juntos são mais felizes...

Uma pesquisa feita na Universidade de Otago, Nova Zelândia, revelou que casais que reservam tempo para beberem vinhos juntos são mais felizes. A equipe de pesquisadores estudou mais de 1500 casais, perguntando-os sobre suas relações e seus hábitos de bebida.
 
O estudo mostrou que as mulheres tendem a ficar quatro vezes mais felizes quando bebem vinho com o parceiro uma vez por semana, enquanto nos homens a felicidade triplica. Segundo os pesquisadores, foi encontrada uma associação entre o tempo que o casal compartilha bebendo e as probabilidades dele ser feliz. Os resultados também mostraram que os casais que bebem vinho pelo menos uma vez por semana, dão mais indícios de felicidade quanto à relação - 91% desfrutavam da companhia um do outro - em relação aos casais que não têm em esse costume.
 
Apesar destas conclusões, a autora principal do estudo, Jessica Meiklejohn, fez questão de realçar que são necessárias investigações mais aprofundadas para compreender esta associação. "É importante notar que, independentemente de haver concordância no relacionamento e um consumo idêntico, beber demasiado contribui para a deterioração das relações e é muito prejudicial em outros campos da vida", alertou Meiklejohn.
 
E, será que a pesquisadora observou como eram as relações one só o homem ou só a mulher bebe vinho? Risos.
 
Fonte: Revista Adega

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Woodbridge by Robert Mondavi Cabernet Sauvignon 2010

 
Abri meu primeiro rótulo dos Estados Unidos há alguns dias. O vinho me foi recomendado no Pescadeiro em Recife e trata-se de um Cabernet Sauvignon da Califórnia, produzido pela Robert Mondavi Winery.
 
O início da história da vinícola remota para o ano de 1930, quando a Cherokee Winery Association estabeleecu-se próximo a Woodbrige; a primeira colheita foi celebrada em 1966 com a benção das uvas. Robert Mondavi é hoje uma referência dentro e fora dos Estados Unidos, tendo inclusive recebi a maior honra presidencial da França pelos seus trabalhos prestados visando um melhor relascionamento entre as indústrias do vinho da França e Estados Unidos.
 
Robert Mondavi é um dos maiores nomes do vinho norte-americano e considerado o embaixador do vinho californiano. Além de produzir vinho, dá forte impulso à culinária, às artes e, mais recentemente, à filantropia na Califórnia. Hoje, Robert Mondavi vende mais de 9 milhões de caixas em todo o mundo e é a 4° maior marca de vinhos do mundo.
 
O Woodbrigde Cabernet Sauvignon posssui passagem por barricas de carvalho Francês e Americano. Visualmente mostrou uma cor rubi violácea, com um halo púrpura e lágrimas finas, abundantes e rápidas. No nariz aromas de boa intensidade, com a presença marcante da fruta negra, leve toque de azeitona e com elegantes notas de especiarias (café) e tostado. Em boca mostrou boa estrutura, taninos macios/aveluados e em perfeita harmonia com acidez e álcool; repetiu a fruta e a especiaria, ambas bem integradas a madeira. Final de boca de media intensidade e agradabilíssimo, onde um gole pede já outro. Harmozou perfeitamente com uma picanha suína.
 
Vinho com características um pouco distintas dos Cabernets que estou habituado a degustar, mas que foram plenamente aprovadas. Valeu cada centavo gasto. Testado e aprovado não só por mim como por Fernanda e o amigo Juberlan.
 
 
O Rótulo
 
Vinho: Woodbridge
Tipo: Tinto
Casta: Cabernet Sauvignon 77% (+Malbec, Merlot, Petit Verdot e Petit Syrah)
Safra: 2010
País: Estados Unidos
Região: Califórnia
Produtor: Robert Mondavi Winery
Graduação: 13,5%
Onde Comprar: Pescadeiro
Preço Médio: R$ 45,00
Temperatura de Serviço: 16 graus

domingo, 23 de setembro de 2012

Toro de Piedra Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008

O Toro de Piedra Gran Reserva Cabernet Sauvignon é produzido pela Viña Requingua, uma vinícola chilena com mais de 50 anos de história; em 1961 foi adquirida por Santiago Achurra Larraín e na ocasião contava com 40 hectares de vinhedos. Atualmente a Viña Requingua possui mais de 500 hectares de vinhedos, mostrando seu grande crescimento em área plantada, mas o crescimento também foi em tecnologia e qualidade, haja vista que em 2007 a vinícola recebeu o certificado ISO 9000.
 
Essa é a segunda vez que degusto o Toro de Piedra Gran Reserva, a primeira vez foi em 2010 durante a copa do mundo e a desclassificação do Brasil do torneio, na ocasião ainda não realizava anotações sobre os vinhos degustados, mas recordo-me bem da sua qualidade e potência. Mais recentemente degustei outro rótulo da Viña Requingua, o Puerto Viejo Syrah 2009: relembre, e há muito tempo venho procurando outro rótulo da vinícola, mas ainda sem sucesso, trata-se do Potro de Piedra.
 
O Toro de Piedra Gran Reserva 2008 é proveniente de uvas de vinhas com 15 anos de vida, colhidas manualmente e selecionadas ainda no vinhedo na segunda metade de abril.
 
Vamos ao vinho: a atração começa pela garrafa imponente e pelo belo rótulo, que forma um conjunto muito harmônico. Visualmente o vinho mostrou uma cor rubi intensa com reflexos violáceos e um halo de evolução, com lágrimas abundantes, finas e que escorrem lentamente pelas paredes da taça. No nariz a fruta vermelha aparece em evidencia, seguida de notas discretas de especiarias (pimenta e café) e de chocolate. Em boca mostrou uma boa estrutura, com taninos potentes, mas macios e bem integrados ao álcool. A acidez estava em evidência e a temperaturas mais baixas (16 graus) incomodou um pouco, mas nada que comprometesse o vinho. Final de boca de média intensidade com a fruta e leve toque de chocolate aparecendo no retrogosto.
 
Um vinho de bom custo versus benefício e que acompanha bem carnes vermelhas.
 
O Rótulo
 
Vinho: Toro de Piedra Gran Reserva
Tipo: Tinto
Casta: Cabernet Sauvignon
Safra: 2008
País: Chile
Região: Curicó Valley
Produtor: Viña Requingua
Graduação: 13%
Onde Comprar: Pescadeiro, RM Express
Preço Médio: R$ 45,00 (essa custou R$ 35,00)
Temperatura de Serviço: 18 - 20 graus

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Vale tudo para atrair enófilos...

Um japonês decidiu criar um condomínio especialmente construído para apreciadores de vinhos. O projeto foi idealizado por Takayuki Suzuki, que é corretor imobiliário e também trabalha como diretor do ramo japonês do Banco de Vinhos de Bordeaux. E foi desenhado pelo arquiteto Keiji Ashizawa, junto com o sommelier Ishida Hiroshi.
 
O complexo imobiliário em Tóquio, provisoriamente chamado de Shibuya Shinsen Wine Apartment Project, terá um bar de vinhos e um bistrô, além de uma adega subterrânea com espaço para 10 mil vinhos, que todos os moradores poderão usar. Eles terão acesso a serviços para promover jantares e outros eventos em seus apartamentos e equipamentos como taças e decanteres poderão ser alugados.
 
"É difícil encontrar espaço para armazenamento de vinho em pequenos apartamentos. Estamos projetando salas pensando nos amantes do vinho, e cada um deles terá um espaço extra na adega subterrânea para sua coleção de vinhos", explica Suzuki.

sábado, 15 de setembro de 2012

31 anos de artigos sobre vinho viram livro

Para que lê em inglês aí vai uma boa opção de leitura: o New York Times uniu 125 artigos sobre vinhos de 29 autores diferentes em um livro que conta, em pequenos textos, a história do vinho nos 31 anos de colunas sobre o assunto.
 
Organizado por Howard G.Goldberg, o livro The New York Times Book of Wine: More Than 30 Years of Vintage Writing traz autores e críticos conhecidos, como Eric Asimov, Prial Frank, Fabricant Florença, e Apple RW Jr. Por enquanto, o livro só será lançado em inglês e nos EUA, pela editora Sterling Epicure, e custará cerca de 20 dólares, mas pode ser achado em sites de vendas internacionais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Harmonizando peixes e vinho tinto

Quando vamos fazer uma harmonização entre peixes e vinhos, sempre optamos pelo vinho branco. É quase um mandamento na gastronomia. E a razão para isso é muito simples: a combinação por peso. Vinhos leves combinam com pratos mais leves.
 
Por ser uma comida suave e leve, o peixe pede um vinho com as mesmas características. Normalmente, os brancos se enquadram melhor nesse perfil. Mas, você pode combinar perfeitamente peixe com vinhos tintos, desde que não sejam encorpados e tenham poucos taninos.
 
O peixe não tem tanta gordura e nem sangue, como as carnes vermelhas, por isso, não têm textura para suportar vinhos tintos com mais estrutura e rico em taninos. Ressalto ainda que essa combinação gera um sabor metalizado ao alimento. Entretanto, os tintos leves podem trazer grandes possibilidades à mesa quando harmonizados com peixes.
 
O modo como o peixe é preparado também influencia bastante na hora de escolher o vinho. Um exemplo é a moqueca capixaba, na qual o peixe é cozido em molho de tomate e bastante azeite. Esse prato harmoniza tranquilamente com tintos leves e pouco tânicos. Um peixe cru não harmoniza com vinho tinto, porque é extremamente leve.
 
Uvas que dão origem a vinhos menos tânicos são beaujolais, pinot noir (do velho mundo e algumas exceções do novo mundo) e os valpolicella, entre outras.
 
Atum ao champignon recheado é um exemplo de peixe que harmoniza perfeitamente com vinhos tintos*. A uva pinot noir é uma das boas pedidas para a gastronomia de peixes. A textura leve acompanha este atum selado, e os cogumelos realçam os sabores do bosque desta uva nobre.
 
* Receita Atum ao Champignon Recheado
 
Ingredientes


Para o atum selado

400g de lombo de atum fresco
Pimenta do reino a gosto
Sal a gosto
 
Para o champignon recheado
500g de champignon
1 cebola picada
50g de bacon em cubos
2 colheres de farinha de pão
Azeite
 
Preparo do atum

1. Tempere o atum com sal e pimenta do reino;
2. Em uma frigideira, grelhe o lombo de atum, deixando-o cru por dentro.
 
Preparo do champignon recheado
 
1. Separe 12 champignons do mesmo tamanho e retire com a ponta da faca os seus talinhos (pique os talinhos e reserve para uso posterior). Numa frigideira, coloque o azeite e grelhe levemente os cogumelos livres de talos;
2. Refogue bem a cebola picada e o bacon. Deixe a mistura esfriar, acrescente 2 colheres de farinha de pão;
3. Coloque os talinhos dos champignons bem picados na frigideira e deixe apurar com a cebola e com o bacon.
 
Finalização e apresentação

1.
Recheie os champignons inteiros com a mistura de talinhos, bacon e cebola;
2. Em um prato, disponha o lombo de atum, os cogumelos e, se necessário, corrija o sal e o azeite. Sirva imediatamente.
 
Fonte: Wine.com

Harmonizando queijos e vinhos: guia prático

Ai vai um guia prático para quem não quer errar na hora de harmonizar com queijos os seus vinhos favoritos. Simples e direto.
 
"Clique na imagem para ampliar"
 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Passeio Enológico por Portugal: Casa de Sabicos

Detentora de uma casa agrícola com uma considerável área vitícola e uma adega tradicional herdada dos seus antepassados, a Avó Sabica cultivou nos seus filhos e netos o prazer de fazer e beber bons vinhos. Esta senhora foi uma mulher sábia, decidida e detentora de um extraordinário poder de aglutinação.

Em meados do século XIX, ela e os seus oito filhos produziam vinhos individualmente. A D. Sabica promovia então uma saudável competição em casa. Todos os anos era realizado um concurso que elegia entre eles o melhor vinho da família.

Quase dois séculos depois, dos mesmos solos, de vinhas com as mesmas castas, surge um novo vinho, através do qual, bisnetos e trinetos procuram preservar os tesouros que os vinhos da Avó Sabica escondiam. O Casa de Sabicos é disso um testemunho e simultaneamente uma homenagem àquela grande senhora.

A tradição familiar, somada aos mais de 30 anos de experiência do Eng. Joaquim Madeira no acompanhamento das vinhas e aos conhecimentos do enólogo Paulo Laureano, só poderia resultar em vinhos de qualidade superior, com preços competitivos. Os vinhos da safra 2001 esgotaram-se em poucos meses no mercado português. Em 2004, foi construída uma bonita e bem equipada adega, no meio das vinhas, o que contribuiu para a melhoria da já elevada qualidade dos vinhos deste produtor. Neste mesmo ano foi eleito pela Revista de Vinhos portuguesa “Produtor Revelação do Ano”, um dos prêmios mais disputados entre os produtores de vinho de Portugal.
 
Desta vinícola tivemos a oportunidade de degustar o Montoio Tinto 2009, o Casa de Sabicos Reserva Tinto 2007, o Joaquim Madeira Tinto 2007 e o emblemático Avó sabica 2004.
 
Montoito Tinto 2009
 
Vinho de entrada da Casa de Sabicos, com estágio de 6 meses em barricas de carvalho francês e americano. Montoito é uma pequena aldeia localizada a 35 Km de Évora, a capital do Alentejo. Nesta charmosa aldeia mora boa parte da família paterna do Manuel, o sócio da Adega Alentejana junto com a sua esposa. Em todas as viagens do Manuel a Portugal, Montoito é parada obrigatória de pelo menos 2 dias. Os primos do Manuel, Joaquim Madeira e Graça, são proprietários da Casa de Sabicos localizada a 2km de Montoito. O bonito rótulo desta garrafa é uma aquarela de autoria da Graça. Nela estão retratados o coreto, a igreja e a sua torre com os sinos localizados na praça principal de Montoito.

O vinho mostrou uma cor rubi vermelha, intensa e brilhante e uma boa formação de lágrimas. No nariz aromas de frutos vermelhos e leve toque de madeira. Em boca apareceu com taninos macios e uma boa acidez intensa. A fruta aparece no retrogosto. Um vinho com boa estrutura e com final de corpo de boa intensidade, suportando ainda alguns anos de guarda.

O Rótulo

Vinho: Montoito
Tipo: Tinto
Casta: Alicante Bouchet, Aragonez e Trincadeira
Safra: 2009
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Casa de Sabicos
Enólogo: Joaquim Madeira
Graduação: 14,5%
Onde comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 50,00
Temperatura de serviço: 16 graus
 
 
 
Casa de Sabicos Reserva Tinto

Este é uma vinho mais elaborado e que além das castas presentes no nontoito conta também com a Cabernet Sauvignon. Passagem de 12 meses por barricas de carvalho francês.

O rótulo mostrou uma cor rubi intensa, com lágrimas abundantes finas e lentas. No nariz mostrou-se intenso com a fruta vermelha aparecendo em evidência, seguida por notas elegantes de baunilha, fumo e café. Em boca mostrou grande volume, com notas de fruto fresco, de balsâmico e couro, final de corpo longo e intenso.

O Rótulo

Vinho: Casa de Sabicos Reserva
Tipo: Tinto
Casta: Alicante Bouchet, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Trincadeira
Safra: 2007
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Casa de Sabicos
Enólogo: Joaquim Madeira
Graduação: 14%
Onde comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 60,00
Temperatura de serviço: 16 graus

 
 
Joaquim Madeira Tinto 2007

O Eng. Joaquim Madeira é um romântico. Com este vinho ele simplesmente reproduziu os vinhos da década de 60, com muitas castas, uvas maduras e fermentações muito lentas (a fermentação alcoólica deste vinho durou 33 dias !). A única alteração foi o uso do controle de temperatura nas fermentações, tecnologia não disponível em 1960. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho português. Este vinho elegante e com boa estrutura deverá continuar a evoluir nos próximos 10 a 15 anos.
 
O vinho mostrou uma cor rubi intensa e profunda, com boa formação de lágrimas nas paredes da taça. No nariz apareceu muito complexo, mostrando um pouco de fruta em compotas e fruta seca, notas sutis de chocolate e de madeira. Em boca  mostrou-se macio, frutado, muito equilibrado. Final de boca longo e persistent, juntamente com a excelente acidez.

O Rótulo

Vinho: Joaquim Madeira
Tipo: Tinto
Casta: Alfrocheiro, Alicante Bouchet, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Carignan, Castelão, Crato, Grand Noir, Grenache, Moreto, Pinot Noir, Tinta Caiada, Touriga Nacional e Trincadeira
Safra: 2007
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Casa de Sabicos
Enólogo: Joaquim Madeira
Graduação: 15%
Onde comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 120,00
Temperatura de serviço: 16 graus
Avó Sabica 2004

O nome deste vinho de altíssima qualidade é uma justa e merecida homenagem dos bisnetos Joaquim Madeira e Graça Ramalho à sua Avó Sabica, uma senhora que viveu no século XIX e é muito admirada até os dias de hoje. Recebeu a nota 18, numa escala de 0 a 20, da conceituada Revista de Vinhos de Portugal. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês. Foram produzidas apenas 4.800 garrafas numeradas.

Esse foi sem sombra de dúvida o melhor vinho degustado durante o passeio enológico por portugal. Um vinho com 8 anos de vida, mas ainda com muita potência e grande potencial para guarda.

Apresentou uma cor rubi, lágrimas abundantes e que escorriam lentamente pelas paredes da taça. No nariz mostrou-se muito complexo e intenso, rico em notas de frutas escuras, com notas de ervas e especiarias. Em boca, muito encorpado rico e cremoso, sobressaindo o caráter austero e firme. O álcool não aparece e está muito integrado aos taninos poderosos e a bela acidez, a qual lhe confere frescura.

O Rótulo

Vinho: Avó Sabica
Tipo: Tinto
Casta: Alicante Bouchet, Aragonez e Trincadeira
Safra: 2004
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Casa de Sabicos
Enólogo: Joaquim Madeira
Graduação: 15%
Onde comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 450,00
Temperatura de serviço: 16 graus
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tabalí Ímpetu Sauvignon Blanc 2011

Esse é um daqueles vinhos que se escolhe pelo nome e pelo rótulo, foi assim que eu o escolhi e valeu a escolha.
 
O Ímpetu Sauvignon Blanc é produzido pela Viña Tabalí. Os primeiros registros históricos referentes à atual Estância Tabalí remontam a 1600. Em 1993 foi concebida como vinícola boutique por Guillermo Luksic, destinada a produzir vinhos premium e super premium, com uvas provenientes unicamente de seus próprios vinhedos. A Tabalí foi pioneira ao se instalar neste vale localizado no extremo norte chileno, vizinho ao deserto de Atacama.
 
Visulamente mostrou uma cor amarelo palha bem clara. No nariz aromas intensos com a fruta branca em primeiro plano e notas de jasmim e um elegante toque mineral aparecendo em seguida. Em boca é possível perceber a maçã verde e o mineral aparecendo no retrogosto, tudo bem balanceado e equilibrado com os frescor e a acidez próprios da sauvignon blanc. Um ótimo custo versus benefício e ideal para os dias quentes.
 

O Rótulo

Vinho: Tabalí Ímpetu
Tipo: Branco
Casta: Sauvignon Blanc
Safra: 2011
País: Chile
Região: Vale de Limarí
Produtor: Viña Tabalí
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Gran Cru
Preço Médio: R$ 25,00 (R$ 40,00 no Canoa dos Camarões)
Temperatura de serviço: 10 graus

domingo, 2 de setembro de 2012

San Pancrazio Chianti DOCG 2009 #CBE

Chegamos a mais uma edição da CBE, a de numero 72 e a oitava participação do blog Vinhos de Minha Vida. O tema do mês foi uma sugestão do confrade Alexandre Frias do blog Diário de Baco, que mandou: "Beba um Chianti".
 
Minhas experiências com vinhos italianos não foram das melhores, então minha escolha do vinho do mês da CBE terminou ficando mais uma vez para os 45' do segundo tempo.
 
Estive em João Pessoa a trabalho e aproveitei a oportunidade para conhecer a loja da Gran Cru da capital paraibana e foi lá que escolhi meu exemplar do mês, o qual foi uma sugestão do Sommelier da loja, que indicou o San Pancrazio Chianti DOCG safra de 2009.
 
A história da Fattoria San Pancrazio data de 1388. A propriedade pertenceu  aos Gianfigliazzi até a sua extinção; em 1978 a terras foram adquiridas pela família Nannoni-Masti, porém mais como investimento do que como uma região de grande potencial vitivinícola.
 
Em 2000 a Valentina Masti Priami, única herdeira da família, com ajuda de seu marido, decidiram mudar-se para San Pancrario e cuidar pessoalmente das terras. Houve então uma renovação das vinhas e também tecnológica; em 2006 deu-se início a comercialização do primeiro Chianti San Pancrazio.
 
O rótulo foi aberto ontem à noite na companhia de Fernanda e do amigo Juberlan e a harmonização ficou por conta de queijos: Gouda, Brie, Prima Dona e Raclete.
 
O San Pancrazio Chianti DOCG mostrou uma cor rubi alaranjada clara, com um halo púrpura bem discreto, lágrimas finas e lentas. No nariz mostrou um frutado suave, algumas notas florais (violeta) e de couro em segundo plano. Em boca inicialmente (temperatura em torno de 16 graus) mostrou-se adocicado e com leve acidez, muito fechado; ao atingir temperatura entre 18 e 20 graus o adocicado apareceu em menor intensidade, trazendo a fruta em primeiro plano e alguma madeira em seguida. Taninos suaves e acidez moderada, ambos em equilíbrio. Final de media persistência. Evoluiu com o tempo e com o uso do aerador, mas nada que o tornasse fantástico.
 
Mais uma vez fiquei decepcionado com o vinho degustado. As notas adocicadas que aparecem já no olfato e mostram-se também em boca não me agradam e para vinhos que possuem a fama de ter boa acidez esse aí ficou a desejar também. Pra mim não vale o que custa.
 

O Rótulo

Vinho: San Pancrazio Chianti DOCG
Tipo: Tinto
Casta: Sangiovese
Safra: 2009
País: Itália
Região: Toscana
Produtor: Fattoria San Pancrazio
Graduação: 13%
Onde comprar: Gran Cru
Preço Médio: R$ 53,00
Temperatura de serviço: 18 - 20 graus