segunda-feira, 10 de março de 2014

Primeiro Champagne Rosé, mais velho do que se imagina

O champagne rosé vem ganhando cada vez mais admiradores e a suas vendas vem crescendo muito nos últimos anos e uma descoberta recente mostra que a origem do mesmo é mais antiga do que se imaginava.
 
Uma descoberta recente de documentos prova que o champagne rosé é mais antiga do que se imaginava. Historiadores do Champagne Ruinart encontraram documentos datados de 14 de março de 1764, 250 anos atrás, que comprovam a venda de Ruinart Champagne Rosé. Anteriormente acreditava-se que a Veuve Clicquot teria sido a primeira a produzir e vender Champagne Rosé em 1775.
 
Foi realmente uma grande surpresa, disse Isabelle Pierre, historiadora que analisa arquivos para as casas Krug, Ruinart, Veuve Clicquot.
 
Fundada em 1729, Ruinart foi a primeira casa a exclusivamente vender Champanhe ou "vinho com bolhas", como era chamado ou conhecido naqueles tempos. Uma entrada listando "uma cesta de 120 garrafas, 60 dos quais foram Oeil de Perdrix",  nos livros caixa da empresa datados de 1764 foi o achado inicial que levou os historiadores a crer que a Ruinart engarrafou e vendeu champagne rosé  antes da Veuve Clicquot.
 
 
Oeil de Perdrix, ou olho da perdiz é um termo francês que se refere a uma pálida cor de cobre, e que ainda é usado por um punhado de produtores da região de Champagne, bem como para alguns rosés de outras regiões da França. No final do século 18 o vinho era rotulado como rozet e, em seguida, mais tarde como rosé, como é hoje. Essas garrafas do original oeil de perdrix, sem dúvida, apresentavam cor de rosa claro ou  tons salmão, mas é improvável que estes vinhos apresentassem semelhanças com os atuais rosés.
 
Frédéric Panaïotis, chef de cave da Ruinart, acredita que os antigos rosés eram muito diferentes dos degustados hoje, uma vez que na época várias uvas eram utilizadas e diferentes métodos de produção eram empregados. Hoje, champagnes são feitos de Chardonnay, Pinot Meunier e Pinot Noir, enquanto Champagne no século 18 permitia uma variedade muito maior de uvas, incluindo Pinot Noir e Pinot Meunier, mas também variedades pouco conhecidas hoje como Fromenteau ou Petit Meslier. E, principalmente, a Chardonnay não era utilizada.
 
Depois de analisar arquivos adicionais, a equipe Ruinart acredita que, provavelmente, a maceração foi usado para produzir o oeil de perdrix e pode muito bem ter sido um acidente a primeira vez que aconteceu.
 
Fonte: Wine Spectator

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