
No estudo, foi isolada uma cepa de levedura que, em teste de laboratório, possibilitou a produção de vinhos com menor teor alcoólico. A levedura Metschnikowia Pulcherrima foi usada para dar início à fermentação e depois outra, a Sacchromyces cerevisiae assumiu a continuação do processo. A primeira levedura não é capaz de consumir todo o açúcar do mosto e morre em quantidades relativamente baixas de álcool. A segunda, por sua vez, é capaz de terminar o processo e isso fez com que os níveis de álcool diminuíssem.
Durante a pesquisa, foi feito um vinho com uma variedade australiana da uva Shiraz com níveis de álcool 1,6% abaixo do convencional. O mesmo procedimento feito com Chardonnay, uma uva branca, não foi tão efetivo, diminuindo em apenas 0,9% o teor alcoólico. “Não sabemos por que o Chardonnay não teve um resultado tão bom”, aponta Cristian Varela, um dos autores do estudo. Mais do que isso, a equipe da pesquisa constatou que as amostras de Chardonnay apresentaram maiores níveis de acetato de etilo, um solvente pouco volátil, afetar os aromas do vinho. No Shiraz, porém, alega-se que não houve problemas. Os cientistas agora querem testar as descobertas em escala industrial.
Fonte: Revista Adega
Nenhum comentário:
Postar um comentário