Uma coleção, centenas de uvas, um vinho. O Vinhedo do Mundo,
no Ecomuseu da Cultura do Vinho, na Rota Cantinas Históricas, em Faria Lemos
(Bento Gonçalves/RS), se prepara para sua quarta colheita simbólica, que foi realizada hoje. Um seleto grupo de convidados, entre
políticos, autoridades, empresários e jornalistas, viveu essa experiência,
restrita aos escolhidos. Já são 401 variedades de 30 países dos cinco
continentes, sendo 164 em plena produção, 131 de primeira colheita em 2015 e 106
produzindo em 2016, estas de origem
caucásica.
O evento celebra a cultura do vinho e a solidariedade entre as
nações, representadas pelas centenas de variedades de uvas do planeta. Primeiro
nas Américas, o Vinhedo do Mundo promete se tornar um dos ícones da civilização
do vinho no Brasil. O objetivo é cultivar as variedades em pequeno espaço (0,7
hectare), cuja colheita tornou-se, a partir de 2012, um ritual cultural do
Instituto R. Dal Pizzol, entidade sem fins lucrativos que se destina a propagar
e enaltecer as tradições e o patrimônio da cultura do
vinho.
Compondo a série de atrativos culturais do Ecomuseu do Vinho,
o Vinhedo do Mundo está acessível a aficionados, estudiosos e interessados, de
segunda à sexta-feira, das 9h às 11h40min e das 13h30min às 17h, e aos sábados,
domingos e feriados, das 10h às 16h30min.
O acompanhamento e avaliação das potencialidades enológicas
das uvas é feito através de um programa de vinificação desenvolvido junto com a
Embrapa Uva e Vinho. O manejo das videiras é executado por engenheiros agrônomos
da Dal Pizzol Vinhos Finos. A colheita simbólica integra a programação do 5º
Bento em Vindima, da Secretaria de Turismo de Bento
Gonçalves.
Vinum Mundi 2013
O momento também foi marcado pela apresentação do Vinum Mundi
2013, resultado da vinificação de uma centena de variedades de uvas de 16 países
colhidas no ano anterior no Vinhedo do Mundo. Não se trata de um vinho comercial
(não vendido), pelo contrário, a intenção é cultural, expressando e simbolizando
a solidariedade dos povos e sua cultura.
Cada participante da colheita simbólica recebe uma garrafa
do Vinum Mundi 2013, também servido para harmonizar o almoço. Este é o terceiro
ano que o vinho é elaborado com as uvas colhidas e produzidas no vinhedo. O
primeiro foi o Vinum Mundi 2011, apresentado na segunda colheita simbólica
realizada em 11 de fevereiro de 2012. O segundo foi o Vinum Mundi 2012,
apresentado na terceira colheita simbólica em 3 de fevereiro de 2013. O terceiro
será apresentado no dia 08 de fevereiro de 2014, obtido da uva colhida em
2013.
Vinum Mundi 2011 |
Na colheita de 2013, três artistas de Bento Gonçalves: Eliane
Averbuck, Aido Dal Mas e Sônia Bervian Possamai, acompanharam o evento,
inspirando-se ao vivo, no que o vinho desperta na arte de cada pintor. A
novidade deste ano é que uma das obras escolhidas será utilizada como rótulo do
Vinum Mundi 2013. A cada ano uma nova obra dos outros dois artistas será
aproveitada. É a união de duas artes que andam juntas em torno da cultura do
vinho.
Além de atrativo turístico e fonte de estudo, o projeto também
tem a missão de gerar um vinho para fins beneficentes. “O Vinhedo do Mundo é um
símbolo e uma mensagem de solidariedade humana que só a cultura do vinho e suas
implicações filosóficas são capazes de expressar. A cultura do vinho não se
limita apenas ao que está dentro da taça”, afirma Rinaldo Dal Pizzol, presidente
do Instituto e responsável pelo projeto. O enólogo da Dal Pizzol, Dirceu Scottá,
eleito Enólogo do Ano 2012, relata que “elaborar o Vinum Mundi é, talvez, um dos
projetos mais desafiadores de sua carreira, devido a todas as variáveis impostas
neste tipo de vinificação e neste grande assemblage”.
Fonte: Dal Pizzol
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