Dando uma olhada na lista dos “100 Top Values” da revista norte-americana “Wine Spectator”, fica claro que o vinho voltou a ser artigo de luxo, no Brasil. Depois de experimentar um período de popularização, nos últimos 15 anos, os preços foram às alturas, a qualidade caiu vertiginosamente, e, hoje, só mesmo quem tem muito dinheiro vem “investindo” neste produto. A moda foi passageira e, até mesmo as postagens de rótulos nas redes sociais, mostrando o dono ou a dona do perfil se deliciando com a mais nobre das bebidas, minguaram – pior, deram lugar a análises políticas.
A escalada dos preços afastou o consumidor e está claro nos números do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Eles mostram a interrupção de um período de crescimento, que vinha desde 2006, com uma queda vertiginosa de 30% só no primeiro bimestre deste ano. Em 2015, o setor ficou estável (as vendas até cresceram míseros 0,9%), mas o valor importado caiu 10% - o que, na prática, representa uma piora dos rótulos trazidos para o país – e a participação de Argentina, Itália, França e Portugal caiu para os mesmos percentuais de dez anos atrás.
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