O benefício que os vinhos podem proporcionar à saúde serviu de base para uma classificação de funcionalidade realizada em pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP. Os estudos realizados no Laboratório de Desenvolvimento de Alimentos Funcionais (Ladaf) da FCF envolveram 666 vinhos produzidos no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile e mediram parâmetros como a capacidade antioxidante. O modelo matemático desenvolvido para fazer a classificação poderá ser usado no futuro para a criação de um “selo de qualidade” para vinhos.

Os parâmetros analisados pelos pesquisadores para classificar os vinhos foram a capacidade antioxidante, teor de compostos fenólicos, cor, e a composição individual das antocianininas, que são compostos fenólicos (flavonóides) responsáveis pela cor violeta ou rubi dos vinhos tintos e também associados com sua funcionalidade. Foram avaliados 666 vinhos monovarietais produzidos com uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenére, Tannat, Merlot e Syrah provenientes do Chile, Argentina, Brasil e Uruguai das safras 2009 e 2010, com preços até 50 dólares por garrafa.
Safra e funcionalidade

A pesquisa desenvolveu um modelo matemático capaz de classificar os vinhos de acordo com a funcionalidade. “Essa classificação poderia ser futuramente convertida por exemplo num selo apresentado no rótulo do vinho, permitindo que o consumidor possa utilizar essa importante informação no momento da sua escolha”, disse a professora da FCF.
Segundo Inar, a princípio, os resultados da pesquisa teriam maior impacto na comercialização dos vinhos. “Vinhos com maior funcionalidade podem ser diferenciados daqueles com funcionalidade mais baixa”, afirma. “Essa qualidade nos vinhos não tem sido explorada por falta de informação.”
Fonte: Agência USP
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