quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Estudos mostram que vinho pode auxiliar no controle da obesidade

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Navarra, na Espanha, acompanhou mais de 9.000 adultos sem doença crônica anterior, ao longo de 6 anos. Os consumidores frequentes de cerveja e de bebida destilada apresentaram ganho significativo de peso, quando comparados aos abstêmios. Entretanto, não houve associação entre o consumo frequente e moderado de vinho e aumento de sobrepeso ou obesidade. O consumo de vinho foi associado, inclusive, em alguns casos, à perda de peso.
 

Mas qual seria a relação entre o consumo de vinho e o controle da obesidade? Um estudo da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, publicado em 2012 no Journal of Biological Chemistry, sugere que o vinho tinto pode ajudar a combater a obesidade, em função de um composto com estrutura química semelhante ao resveratrol, o piceatannol.
 
Esse composto, encontrado nas cascas e sementes das uvas, e também em outras frutas, tais como maracujá, inibe o processo de desenvolvimento das células adiposas. E essa pode ser a chave para evitar o acúmulo de células de gordura, e, consequentemente, o ganho de peso.
 
Um estudo anterior, realizado na Alemanha em 2008, na Universidade de Ulm, já havia chegado a uma conclusão semelhante, com a sugestão de que o resveratrol, antioxidante presente no vinho, inibe o crescimento dos precursores das células adiposas, evitando que se convertam em células maduras, e impedindo o armazenamento de gordura.
 
Os resultados destes estudos podem ser confundidos pelo fato de que, em geral, os bebedores de quantidades moderadas de vinho tinto tendem a escolher um estilo de vida e uma alimentação mais saudável.
 
De qualquer forma, essas são pesquisas que abrem portas para um potencial método de controle da obesidade, epidemia que assombra muitos países, inclusive o Brasil.

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