Uruguai
Chegou a hora de falarmos um pouco sobre mais um
país da América do Sul: o Uruguai, que é o vigésimo sétimo no ranking mundial
da produção de vinho.

Os principais vinhedos concentram-se no sul do
país, próximo a Montevidéu: Canelones, San José e Colônia (70% da produção),
Rivera, ao norte e Colônia a oeste.
Principais uvas:
Tintas - Tannat (31% da produção), Merlot,
Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Brancas
- Pinot Branc, Sauvignon Blanc e Chardonnay.
O melhor vinho do Uruguai é feito com o varietal
Tannat, ou com cortes que contenha esta uva. São fermentados, potentes, de cor
escura, ótimos para acompanhar um churrasco. Como o nome indica, a uva Tannat
possui muito tanino, e em excesso ou mal vinificados deixa um gosto
adstringente na boca.
Curiosidade:
a Tannat foi plantada primeiro na Argentina, onde quase desapareceu, e no
Uruguai ganhou o nome de Harriague, sobrenome do imigrante francês que plantou
as primeiras mudas. Só nos anos 80, constatou-se que se tratava da Tannat.
Estados
Unidos
Mais um país do dito Novo Mundo, mas que já é o
quarto maior produtor de vinho do mundo, ficando atrás apenas de Itália, França
e Espanha na produção de vinhos - e 90% dos vinhedos estão concentrados na
região da Califórnia. O país tem um forte mercado interno, quase toda a
produção é consumida nos EUA, por isso é pequena a oferta de rótulos americanos
nas lojas e importadoras brasileiras.

Principais uvas:
Tintas - Cabernet Sauvignon, Zinfandel,
Merlot, Pinot Noir e Syrah. Brancas -
Chardonnay, Viognier, Roussane, Riesling e Sauvignon Blanc.
Os enólogos que se instalaram na Califórnia
sempre tiveram a região de Bordeaux, na França, como modelo, seus cabernet
sauvignon e chardonnay de primeira linha, a despeito do preço altíssimo, são
verdadeiras joias do mundo do vinho.
Apesar de ser considerada a uva símbolo dos EUA,
muitos vinhos produzidos com a Zinfandel são muito potentes e alcoólicos.
Testes recentes de DNA apontam muitas semelhanças
entre a italiana Primitivo e a Zinfandel. Em solo americano, no entanto, ganhou
características próprias, e os Estados Unidos conquistaram assim uma uva para
chamar de sua.
Curiosidade:
Em 1976 o mundo do vinho recebeu, surpreso, a notícia de que em uma degustação
às cegas, realizadas em Paris pelo britânico Steven Spourrier, rótulos
americanos da Califórnia venceram tradicionais franceses de Bordeaux e da
Borgonha. As estrelas da terra do Tio San foram o Stag´s Leap Winnes Cellar
(Cabernet Sauvignon) e Château Montelena (Chardonnay). Começa aí a ascensão -
até dos preços - dos vinhos americanos.
França
Esta é a primeira do ranking mundial e também a mais lembrada quando se fala de vinhos. A França produz os
melhores e mais emblemáticos vinhos do planeta com uma legião de admiradores e
imitadores; é ainda o país que mais bebe vinho no planeta por consumidor
adulto. Berçário das principais uvas usadas em vinhedos ao redor do mundo tem
um sistema de classificação que é uma referência para outros países. Deve-se a
França o conceito de terroir, do envelhecimento do vinho em pequenos tonéis de
carvalho, além da tradição passada de geração a geração. Mais do que em
qualquer outro lugar, o vinho francês está intimamente ligado à região e a
terra onde é produzido.
As principais regiões produtoras são: Borgonha,
Bordeuax, Rhône, Loire, Alsácia, Champagne, Languedoc-Roussilon.
Borhonha
Possui alguns dos mais raros e caros rótulos do
mundo. A figura do produtor é tão importante na definição de qualidade quanto
os diferentes tipos de solo e de microclima (terroir). Principais sub-regiões:
Chablis (brancos), Côte d`Or (melhores vinhos da Borgonha: tintos na Côte de
Nuits e brancos na Côte de Beaune), Côte Chalonise (tintos e brancos),
Mâconnais (brancos) e Beaujolais (vinho tinto leve e fácil de beber, para ser
consumido jovem).
Principais uvas:
Tintas - Pinot Noir e Gammay (só em Beaujolais).
Brancas - Chardonnay.
Os melhores tintos da Borgonha (Pinot Noir) são
vinhos de conhecedores, de incomparável elegância e complexidade; os brancos
são considerados os melhores do mundo.
Os vinhos mais comuns da Borgonha podem ostentar
no rótulo nomes famosos de sua comuna confundindo o consumidor que leva gato
por lebre.
Curiosidades: Um vinhedo da Borgonha pode ter
dezenas de proprietários com métodos de cultivo e vinificação diferentes. Os
melhores rótulos são aqueles classificados como Grand Cru (apenas 2% da
produção da região), seguido de Premiers Crus.
Bordeaux

Os rios Garonne e Dordogne dividem a região de
Bordeaux em dois grandes blocos: margem esquerda e direita. Na margem esquerda
ficam as sub-regiões Médoc (Haut, tintos encorpados; e Baixo, com 60 clássicos
Grand Crus); Graves (Bas, tintos e brancos; Graves Superior, brancos e
Pessac-Léognan, tintos e brancos); Sauternes (brancos doces); na margem
direita, Entre-Deux-Mers (tintos encorpados e brancos); Saint-Émillion (63
Grand Crus) e Pomerol (tintos potentes e famosos).
Principais uvas:
Tintas – Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot,
PetitVerdo e Malbec. Brancas – Sauvignon Blanc,
Sémillon e Muscadelle.
Experimente vinhos de “Petit Châteaux” das AOCS
de Bordeuax, eles apresentam uma boa relação de preço / qualidade.
Infelizmente não existe milagre: os Bordeaux
genéricos, muito baratos são vinhos muito fracos e não representam a qualidade
da bebida produzida na região.
Rhône
Região vinícola mais antiga da França. No vale do
Rhône, a uva Syrah é quem domina o cenário, produzindo vinhos com notas de
flores, frutas e principalmente especiarias. O vale do Rhône se divide em duas
principais áreas: ao norte, com as apelações Côte-Rotie e Hermitage; ao sul com
a famosa Châteauneauf-du-Pape.
Principais uvas:
Tintas – Syrah, Grenache, Mourvèdre, Carignan
e Cinsault. Brancas – Viognier, Marsanne,
Roussanne e Muscat (doce).
Curiosidade:
Châteauneauf-du-Pape se refere ao castelo construído pelo papaClemente V ao
norte de Avignon, no período em que o papado foi transferido de Roma para esta
cidade.
Loire
O Vale do Loire produz vinhos de vários estilos,
mas os brancos predominam e são responsáveis pelos rótulos mais emblemáticos.
Experiências biodinâmicas são muito bem sucedidas na região, com o produtor
Nicolas Joly.
Principais uvas:
Tintas – Pinot Noir, Gammay, Cabernet Franc e
Cabernet Sauvignon Syrah, Grenache, Mourvèdre, Carignan e Cinsault. Brancas – Sauvignon Blanc, Chenin Blanc, Chardonnay
e Muscadet.
Champagne
É a região vinícola da França mais setentrional,
o que dificulta o cultivo de vinhedos para tintos tranquilos. A composição do
solo e subsolo (calcário) produzem uvas maduras com boa acidez que resultam em
uma bebida excepcional. Aqui é o berço dos melhores e mais desejados espumantes
do mundo.
Principais uvas:
Tintas – Pinot Noir e Pinot. Brancas – Chardonnay.
Curiosidades:
Ao contrário do ocorre com os tintos e brancos, nos champanhes é comum a
mistura de uvas de mais de uma safra na composição do vinho.
Fonte: Veja.com
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