quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Mapa do Vinho - Parte I

O vinho é produzido em todo o mundo. Mas, os melhores vinhedos estão entre os paralelos 30 e 50. Os principais produtores são: Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Grécia, Líbano, Hungria, Áustria, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.


Argentina

É o quinto maior produtor mundial e o maior consumidor e produtor da América Latina; a Argentinateve uma grande evolução na qualidade de seus rótulos com as novas vinículas de Mendoza. Ela é a responsável por 80% do volume produzido, seguida de San Juan. Os vinhedos plantados em grandes altitudes (entre 900 e 1500 metros), aos pés da Cordilheira dos Andes, produzem uvas com maior maturação e qualidade. As plantações são irrigadas com água do degelo. Regiões de Rio Negro, como Patagônia e Salta, no entanto, testam novas fronteiras do vinho argentino com ótimos resultados.

Principais uvas: Tintas - Malbec, Cabernet Sauvignon, Bonarda, Merlot e Syrah. Brancas - Torrontés, Chardonnay e Viognier.

Na dúvida, prefira rótulos produzidos com Malbec, a variedade se adaptou melhor a Argentina do que em Cahors, no sul da França.

Tome cuidado com a qualidade dos vinhos exportados que não indiquem a procedência no rótulo, a qualidade é duvidosa.

Brasil

Décimo quinto no ranking mundial, onde 90% da produção ainda são de vinho mais simples, de garrafão, elaborado com uvas híbridas (não viníferas). Mas o vinho nacional passa, como no resto do mundo, por um processo de modernização de seus equipamentos e maior cuidado nos vinhedos. O destaque fica por conta dos Espumantes. A área mais apropriada ao cultivo de vinhedos no Brasil fica no sul do país. Rio Grande do Sul é a mais tradicional, apesar de o clima úmido e o ciclo das chuvas às vezes atrapalhar. As regiões vizinhas oa Uruguai, como a Campanha e Candiota têm se relevado mais adequadas ao cultivo de uvas, o que permite a colheita das uvas antes do período de chuvas. A surpresa fica por conta dos vinhedos em Pernambuco, no paralelo 8, contrariando todas as regras do mundo da vinicultura: ali a colheita acontece durnte todo o anos.

Principais regiões: Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves e Campanha), Santa Catarina e Pernambuco.

Principais uvas: Tintas - Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir. Brancas - Chardonnay, Gewürztraminer, Riesling Italic, Sauvignon Blanc e Sémillon.

Os espumantes são os melhores e mais premiados vinhos do Brasil. Nos tintos, a uva Merlot vem apresentando bons resultados.

Curiosidade: Nos vinhedos do Vale do São Francisco, no Nordeste, há 25 safras por ano, a cada 15 dias alguma casta é colhida. Por não ter inverno, não há hibernação das parreiras, portanto elas vão dando frutos em sequência.

Chile

É o décimo na lista. Grande exportador, começou a se destacar no mercado com vinhos de alta qualidade a partir da década de 80 com a associação de suas uvas vinículas e grandes produtores mundiais da França e dos EUA. Protegido pelos Andes, desertos e o Pacífico, o Chile é o único país produtor de vinhos que nunca foi afetado Phyloxera, uma praga que ataca as raízes das videiras e causou a devastação mundial das vinhas no final do século 19.

Principais regiões: Atacama (Capiapó e Huasco), Coquimbo (Elqui, Limarí e Choapa), Aconcágua (Aconcágua e Casablanca), Vale Central (Rapel, Maipo, Curicó e Maule) e Sul (Itata e Bio-Bio).

Principais uvas: Tintas - Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz, Carmenère, Pinot Noir, Cabernet Franc e Malbec. Brancas - Chardonnay, Sauvignon Blanc, Moscatel, Alexandria, Riesling e Viognier.

Os melhores tintos, os "superchilenos", são produzidos com as variedades Cabernet Sauvignon e Merlot. Nos últimos anos, a Shiraz vem surpreendendo com vinhos de ótima qualidade e a Carmenère começa a produzir rótulos importantes.

A região de Casablanca produz os vinhos Brancos mais frescos e aromáticos do Chile. O clima moderado e a influência marítima são responsáveis por bons Sauvignon Blanc e Chardonnay.

As classificações reserva e reservado nos rótulos não são indicativos de qualidade, é preciso confiar na qualidade do produtor.

Curiosidade: Até 1996 a Carmenère era confundida com a Merlot. Um exame de DNA nas parreiras constatou o erro. A Merlot amadurece cerca de três semanas antes que a Carmenère.

Fonte: Veja.com

Um comentário:

  1. Olá Raul,

    Boa noite!

    Obrigado pela visita. Passei pelo seu site e gostei bastante dele.

    Abraço.

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