A uva Pinot Noir é uma das grandes uvas da França e talvez a varietal ícone da Região da Borgonha. É uma uva de difícil cultivo, mas que se adaptou muito bem à Itália, ao Chile, à Nova Zelândia e à África do Sul, além da região francesa citada acima.
Na produção de tintos, ela dificilmente é blended com outras uvas,
tendo sua fama calcada em varietais. Os vinhos tintos a base da Pinot Noir são,
de uma maneira geral, sensuais, pálidos, perfumadamente doces e muitas vezes
para reflexão. Quem degusta um Pinot Noir já vira fã desde o primeiro bouquet e do primeiro gole.
A uva Pinot Noir é o contraponto da especialíssima Cabernet Sauvignon que,
francesa como ela, conquistou o mundo inteiro e é hoje sinônimo de vinho tinto.
Enquanto a CS produz caldos encorpados, profundos e com muita intensidade, a
Pinot Noir sempre traz exemplares com mais aromas e uma elegância que não
consegue ser alcançada por nenhuma outra uva. Uma das mais significativas
diferenças entre as duas está no desenvolvimento na vinha. Enquanto a Pinot Noir
necessita de clima frio e tem maturação mais rápida, a CS consegue se
desenvolver bem em climas quentes e é uma das mais tardias a amadurecer. A
difícil adequação da Pinot Noir às condições climáticas é uma das razões de não
termos muitas regiões do mundo com vinhos destacados. Clima quente produz vinhos
que beiram a marmelada, perdendo todo o seu caráter.
Falemos um pouco do Chile, país de onde se originou o rótulo degustado. Este país desenvolveu, em três específicas regiões, plantações de Pinot Noir que, para a
felicidade dos enófilos, vêm produzindo deliciosos exemplares.
As três regiões em questão são Casablanca, a leste de Valparaiso,
Vale de Santo Antonio, ao sul de Valparaiso, e o Vale de Limarí, a cerca de 400
quilômetros ao norte de Santiago. Casablanca está consolidada e já leva tempo
produzindo bons fermentados desta uva, mas o Vale de Santo Antonio, onde está
incrustada a sub-região de Leyda, tem mostrado, talvez, os mais espetaculares
Pinot Noir de toda a América do Sul. O Vale de Limarí, também novo, recentemente
vem apresentando bons vinhos a base da uva - uma das que mais crescem no plantio
nos últimos cinco anos.
A Viña Mar é uma centenária e tradicional vinícola chilena localizada no Valle de Casablanca, que é uma das regiões vitivinícolas mais emblemáticas do Chile.
O Viña Mar Reserva Pinot Noir é um rótulo da linha de entrada da vinícola, mas que possui grande potencial e um excelente custo benefício. O rótulo da safra 2010 mostrou uma bela cor vermelho clara e brilhante, com lágrimas transparentes, finas, rápidas e abundantes. No nariz um bouquet muito intenso, rico em frutas (morango, cereja e lichia) e com uma delicada presença de tostado (8 meses de barricas francesas). Na boca repetiu a fruta, mostrou taninos elegantes e macios em boa integração com a acidez, com a madeira aperecendo suavemente no final de boca. O álcool a 14% sobressaiu um pouco, tornando o vinho quente e diferente da maioria dos Pinot Noir. Talvez por esta razão o produtor recomende uma temperatura de serviço entre 11 e 13 graus, relativamente baixa para um vinho tinto não fortificado. Fica no ar a dica para testarmos em outra garrafa, resta saber se os aromas irão aparecer a esta temperatura como aparecem aos 16 graus.
O Rótulo
Vinho: Viña Mar Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2010
País: Chile
Região: Valle de Casablanca
Produtor: Viña MarVinho: Viña Mar Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2010
País: Chile
Região: Valle de Casablanca
Graduação:14
Onde Comprar: Pescadeiro
Preço: R$ 35,00
Temperatura de Serviço: 16 graus (Produtor recomenda 11 - 13 Graus)
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