Mona Lisa, A Gioconda. Não há obra de arte mais vista e discutida no mundo. Sua sala no gigantesco Museu do Louvre, em Paris, está sempre repleta com gente de todos os cantos aglomerando-se para admirar e reverenciar o quadro mais enigmático e famoso da história da humanidade.
Aquele sorriso leve, obscuro, a pose recatada, o semblante algo que velado de uma figura feminina diante de uma paisagem sutil pintada em uma tela de madeira de álamo de apenas 77 x 53 centímetros reúnem detalhes que intrigam pesquisadores até hoje. Para tentar decifrar a obra do gênio Leonardo da Vinci, estudiosos foram atrás da pessoa retratada pelo artista.
Depois de anos e anos de análises de documentos, acredita-se que o retrato é de Lisa di Anton Maria di Noldo Gherardini. Anton Maria di Noldo Gherardini era um nobre florentino, que teve duas esposas falecidas por complicações no parto. Lisa, nascida em 15 de junho de 1479, é filha dele e de sua terceira esposa, Lucrezia di Caccia. A moça se casou com Francesco di Bartolomeo di Zanobi del Giocondo, um comerciante, em 1495.
Supõe-se que Da Vinci e o comerciante tenham sido amigos e a pintura de sua mulher começou a ser feita em 1503. Após quatro anos trabalhando sobre esse quadro, deixou-o inacabado. Anos depois, Leonardo levou a obra para a França, quando lá se estabeleceu na corte do rei Francisco I.
Entretanto, mesmo depois de descobrir a identidade de Lisa Gherardini, os estudiosos pouco conseguiram depreender, já que, ao que parece, a vida dela foi extremamente comum, sem grandes feitos que pudessem ser dignos de registros históricos. Ou seja, o mistério de Mona Lisa permaneceu mesmo quando sua identidade foi revelada.
Da pintura ao vinho
Mais recentemente, contudo, um profundo estudo genealógico trouxe à tona uma nova relação da Gioconda, dessa vez com o vinho. Segundo documentos, Natalia e Irina Strozzi Guicciardini - herdeiras da Tenute Guicciardini Strozzi, produtora de vinhos e azeites na região de Chianti, mais especificamente na fattoria Cusona, em San Gimignano - descendem de Lisa Gherardini, sendo, provavelmente, a 15ª geração da família.
Como boa parte da população rica italiana (os Guicciardini e Strozzi são quase um império na Itália e possuem relações que remontam aos tempos de Maquiavel e dos Médici), Natalia e Irina possuem títulos de nobreza e, coincidentemente, estão no ramo das artes também, além de ajudarem a gerir a propriedade familiar que data do ano de 994. A primeira é bailarina clássica, a segunda, pianista.
Fonte: Revista Adega
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