A Unesco, órgão das Nações Unidas para a Educação e Cultura, anunciou no sábado que a região da França produtora do mais famoso vinho espumante do mundo foi tombada como patrimônio histórico da humanidade. A decisão ocorreu durante um encontro do órgão em Bonn, na Alemanha.
Foi uma dupla vitória para as autoridades francesas, que há anos faziam lobby pelo reconhecimento formal: Burgundy, outra região produtora de vinhos do país (tintos), também recebeu o título.
Na prática, além de um chamariz para o turismo, o tombamento também significa apoio da ONU, inclusive financeiro, para projetos de preservação.
A Unesco justificou a decisão com a importância histórica e econômica da bebida. A região de champanhe é uma denominação controlada, o que significa que apenas espumantes produzidos na região de Champanhe podem receber este nome.
Houve menção especial ao vilarejo de Hautvilliers, cuja abadia é conhecida como a “maternidade” do champanhe – foi lá que, no século 17 o monge Dom Pérignon aperfeiçoou o processo de fermentação do vinho, antes por demais instável. Não é por acaso de ele dá nome a uma das mais famosas marcas da bebida.
Com a inclusão das regiões vinícolas, a França agora tem 41 locais tombados, o quarto maior número do mundo – a Itália está no topo da lista, com 50 – o Brasil tem 19.
Mas o champanhe não é a primeira bebida agraciada com a chancela da Unesco. Em 2006, a Unesco tombou a tequila, a bebida nacional do México.
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