quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Quatro regiões improváveis de onde surgirão grandes vinhos

Öküzgözü, uva típica da Turquia
Você já experimentou um vinho feito da uva Öküzgözü? Provavelmente não, mas talvez em um futuro próximo ela esteja em sua mesa. Esta variedade de nome esquisito é natural da Turquia, uma das regiões mais promissoras do mundo do vinho atualmente e que pode se tornar uma potência no futuro segundo especialistas. No entanto, além da Turquia, experts apontam ainda outras três regiões no mundo com grande potencial de crescimento: China, Geórgia e a área de Finger Lakes nos Estados Unidos. Todas até então pouco conhecidas pelos enófilos.
 
Segundo o jornalista especializado em vinhos, Gregory Dal Piaz, a Turquia deve se tornar um grande player no mercado do vinho nos próximos anos. O país já é o sexto maior produtor de uvas do mundo e, apesar de ser conhecido pelas uvas de mesa, isso está mudando. Além disso, os turcos já produzem 28 milhões de litros por ano, mas têm potencial para dobrar essa quantidade facilmente, invadindo o mercado global. Outra qualidade da vitivinicultura turca são as variedades indígenas, incluindo a Öküzgözü, que em personalidade e é fácil de agradar, lembrando um pouco da Dolcetto, italiana. Piaz acredita que, em pouco tempo, ela produzirá grandes vinhos.
 
Já a China está na mira dos grandes players mundiais há algum tempo. Em uma década, os chineses duplicaram o número de hectares plantados no país (de 300 para 600 mil), tornando-o o maior produtor de uvas do mundo. Uma das vantagens da China é que diversos grandes grupos do mundo do vinho, como LVMH e Domaine Baron de Rothschild, só para citar dois, estão invenstindo bastante na produção local e criando um padrão de qualidade para a indústria chinesa.
 
Outras duas regiões que, apesar de bem menos badaladas, também estão sendo observadas de perto pelos especialistas são Finger Lakes nos Estados Unidos e a Geórgia. A área no nordeste norte-americano é conhecida por seus Riesling e agora tem recebido muito capital de investimento. Dois grandes produtores Paul Hobbs e Johannes Selbach, por exemplo, fizeram uma joint-venture para desenvolver vinhos no lago Seneca. Já a Geórgia, conhecida pelos vinhos "laranja" e a fermentação em ânforas, tem chamado a atenção por seus tradicionais vinhos Qvevri – fermentados no barro Qvevri. Esses vinhos são a porta entre o histórico e o moderno nesse país onde estão as raízes da vitivinicultura mundial.
 
Fonte: Revista Adega

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