Os seres humanos são capazes de detectar mais de 20 sabores diferentes, incluindo gordura, metálico, de cálcio e adstringente, segundo um professor da Oxford University. Antes, se falava somente de cinco sabores básicos, como o doce, o azedo, o salgado, o amargo e o umami, ideia que, de acordo com o professor, precisa ser revista.
De acordo com o professor da Oxford University, Charles Spence, vivemos em um mundo de diferentes sabores, um ambiente amplo onde alguns provadores podem ter até 16 vezes o número de papilas gustativas a mais do que o resto das pessoas. “Isso significa que eles muitas vezes tenham uma aversão a sabores amargos devido à suas sensibilidades aos sabores. Por isso, não gostam de coisas como uva, café, couve e taninos de vinho tinto”, explicou.
Nos últimos 12 anos, Charles Spence trabalhou em experimentos gustativos com o chef inglês Heston Blumenthal, do The Fat Duck, intitulados “The Fat Duck Experimental Kitchen”. Hoje, o professor está envolvido em um projeto com o chef catalão Ferran Adrià, na Espanha.
Spence está trabalhando com inúmeros outros chefs em um estudo com foco no impacto de como um jantar feito em locais com mescla de iluminação, música, cor e até mesmo com a textura dos talheres podem interferir na percepção dos sabores. “Os seres humanos são influenciados por aquilo que veem, embora os provadores sejam menos influenciados pelo ambiente do que pessoas comuns. Tendemos a pensar que alimentos vermelhos são mais doces e os mais amargos são verdes. Em milésimos de segundo já tomamos decisões sobre como achamos que será o sabor de algo dependendo de como o alimento aparenta”, afirma.
Fonte: Revista Adega
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