De acordo com um estudo da American Association of Wine Economists (AAWE), o investimento em vinho fino rendeu mais do que títulos do governo e obras de arte durante os últimos 100 anos, porém, foi menos rentável do que as ações.
Entre 1900 e 2012, os vinhos Premier Cru de Bordeaux conseguiram uma rentabilidade anual de 5,3%. Levando em consideração seguro e custos de estocagem, o retorno seria de 4,1%. Nada mal.
No entanto, o relatório diz que ações, com 5,2%, foram melhor investimento no último século. Ele revela ainda que a baixa rentabilidade no mercado de ações e os altos preços dos vinhos nos últimos anos serviram para diminuir a diferença entre esses dois investimentos.
O estudo foi conduzido por pesquisadores da London Business School, Vanderbilt University em Nashville, e HEC Paris. Eles examinaram o impacto do envelhecimento no preço dos vinhos e a performance do vinho como investimento de longo prazo baseado nos Premier Cru de Bordeaux. Focando-se em safras desde 1855, ele coletaram dados históricos da Christie’s e da Berry Bros. & Rudd, a loja mais antiga de Londres.
Com 36.721 preços anotados, ele analisaram o desempenho dos vinhos de 1900 a 2012 e descobriram que as melhores safras encareciam fortemente durante poucas décadas, mas os preços se estabilizavam até que os vinhos se tornassem antiguidades e voltassem a subir.
Estima-se que um quarto dos indivíduos ditos high-net-worth (que possuem investimentos que excedem US$ 1 milhão) no mundo hoje tenham coleções de vinhos, que representam 2% de suas riquezas.
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