Em se tratando de um dos mais tradicionais vinhos do porto, não poderia deixar de escrever ou melhor transcrever algumas linhas dos mais de 250 anos de história da Real Companhia Velha.
Aos 10 de Setembro de 1756, por Alvará Régio de El-Rei D. José I, sob os auspícios do seu Primeiro-Ministro, Sebastião José de Carvalho e Mello, foi instituída a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto-Douro, também denominada Real Companhia Velha. Formada pelos "principais lavradores do Alto-Douro e homens Bons da Cidade do Porto, à Companhia foi confiada a missão de sustentar a cultura das vinhas, conservar a produção delas na sua pureza natural, em benefício da Lavoura, do Comércio e de Saúde Pública".
Em 1781, a Real Companhia Velha levou os seus vinhos aos lábios imperiais de Catarina da Rússia, através de grandes carregamentos em navios fretados para o efeito, iniciando assim a navegação Portuguesa para os portos do Báltico e as permutas comerciais com aquele país.
Como consequência das acções da Companhia as exportações dos afamados vinhos da Região Douriense experimentaram um considerável e sucessivo aumento.
Durante as invasões francesas (1809) as tropas de Napoleão requisitaram os vinhos da Real Companhia Velha, que assim faziam parte da ração dos soldados Franceses.
Quase ao mesmo tempo (1811), Lord Wellington e as suas tropas consumiam também os vinhos da Real Companhia Velha, destacando-se um fornecimento de 300 pipas, feito através dos seus armazéns da Régua, ao exército então estacionado em Lamego.
Durante os séculos XVIII e XIX navios carregados com Vinho do Porto da Real Companhia Velha partiram para o brasil onde a Companhia detinha o exclusivo do fornecimento dos vinhos do Alto-Douro. Nos anos de 1851/52, a Companhia possuía entrepostos comerciais para os seus vinhos em quase todos os portos do mundo sob a protecção das missões diplomáticas Portuguesas.
A Companhia detinha também o exclusivo de fornecimento de vinhos aos taberneiros da cidade do Porto, que no ano de 1756 eram apenas 95.
Para fazer face a esta enorme expansão do seu comércio, a Companhia teve que mandar construir diversas fragatas de guerra para proteger a Navegação Portuguesa dos piratas Argelinos que vagueavam ao largo da costa Portuguesa.
No ano de 2006, a Real Companhia Velha celebrou 250 anos de existência e de atividade ininterrupta ao serviço do Vinho do Porto.
Para trás, fica o registo de uma história fabulosa e de um passado gloriososo. Para o futuro, existe a vontade de manter a elevada qualidade dos seus produtos e a confiança numa Companhia onde o rigor e a visão de fazer ainda mais história são uma preocupação constante.
O Dom José Ruby mostra em taça e em boca o porque de uma história tão longa. O vinhou mostrou cor ruby profunda, lágrimas finas e abundantes. Um bouquet muito rico em aromas de frutas vermelhas maduras e um pouco de chocolate e baunilha. Em boca muito macio e encorpado, de final médio. Degustei ele gelado e não agradou, pois escondeu os aromase o sabor, preferi a temperatura ambiente, onde os aromas apareceram e pareceu-me mais macio.
O Rótulo
Vinho: Dom José Ruby
Tipo: Tinto
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Bastardo, Tinta Carvalha, Tinto Cão, Mourisco
Safra: Não informado
País: Portugal
Região: Douro
Produtor: Real Cmpanhia Velha
Graduação: 19%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 40,00Temperatura de serviço: 18º (prefiri em temperatura ambiente, mesmo aqui em Recife)
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