Há 16 anos, em São Joaquim, um dos municípios mais frios da Serra catarinense, teve início a vitivinicultura de altitude, que motivou o cultivo de uvas europeias em mais de 40 propriedades na Serra Catarinense e Meio-Oeste, muitas das quais já com produção de vinhos, espumantes e enoturismo. Segundo o presidente da Vinhos de Altitude Produtores Associados e pioneiro no setor em São Joaquim, Acari Amorim, a elaboração de vinhos e o enoturismo já envolvem 10 municípios do Estado.
A entidade é uma das articuladoras do projeto São Joaquim Destino Turístico, que visa duplicar o Produto Interno Bruto (PIB) do município em três anos e disseminar o aprimoramento do turismo.
– Criamos uma nova indústria para Santa Catarina, uma nova fronteira para o vinho do Brasil e um novo ciclo econômico que beneficia toda a Serra e o planalto catarinense. Este projeto é centrado em São Joaquim, mas envolve cerca de dez municípios. É uma grande oportunidade de desenvolvimento dessa região, uma das mais carentes do Estado – analisa Acari Amorim.
São Joaquim conta com 20 projetos e 13 empresas com vinhos no mercado, algumas já com marcas consolidadas. Das que atuam com enoturismo, as lojas nas vinícolas respondem por até 30% das vendas totais. Em São Joaquim, há receptivo na Villa Francioni, Sanjo, Villagio Bassetti e Monte Agudo. Também são abertas a turistas a Villaggio Grando em Água Doce, Panceri em Tangará, Kranz em Treze Tílias e Abreu Garcia, em Capo Belo do Sul. Como a maioria das vinícolas foi fundada por empresários que atuam em outros setores, os investimentos foram elevados, com a contratação de enólogos do exterior, o que garantiu um salto rápido de qualidade aos vinhos de altitude catarinenses.
Por Estela Benetti
Fonte: DC
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