O repasse da alta do dólar ainda não chegou ao preço dos vinhos importados, mas tem deixado os consumidores brasileiros em alerta. Com a moeda cotada acima de R$ 4, nas últimas semanas, a escolha por rótulos estrangeiros mais baratos já começou. A notícia é boa para o mercado interno, que ganha mais possibilidades de competitividade no novo cenário.
O diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, afirmou que o impacto mais forte nos preços dos importados deve ocorrer perto do fim do ano e no início de 2016, em função dos estoques dos importadores e grandes redes de supermercados, que giram em torno de seis meses. Mesmo assim, o executivo acredita que a importação deve estagnar este ano, após ter crescido 13% em 2014, para 76,9 milhões de litros.
Para os vinhos finos nacionais, a estimativa é de uma expansão de 7% a 8% nas vendas, ante os 19,3 milhões de litros do ano passado, o que significaria uma boa recuperação depois da queda de 4% frente a 2013. Se confirmada, a alta ainda puxará um crescimento de 1,3% a 1,6% no mercado total e elevará a fatia dos rótulos brasileiros de 20% para até 21,3%.
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