Todo vinho pode (ou deve) ser decantado? Nem sempre, mas a maior se beneficia de algum tempo em contato com o ar

• Poucos vinhos ficam piores ao serem decantados. A maioria dos vinhos hoje, de todos os tipos, são consumidos muito jovens. E todos esses vinhos jovens se beneficiam de alguma exposição ao ar.
• Há um punhado de vinhos que provavelmente são melhores quando não decantados, que são os vinhos velhos, cujos aromas são delicadas e evanescentes. Decantar tais vinhos, deixando-os expostos ao ar durante horas, é tão arriscado levar sua avó para fazer bungee jump. Diga a ela: "O ar vai fazer -lhe bem".
• Todos os vinhos mudam com a exposição ao ar. Mas nem todos os vinhos mudam para melhor, especialmente durante um período longo. Assim, o bom senso deve prevalecer. A maioria dos vinhos se beneficiam de, digamos, 15 ou 20 minutos de exposição ao ar antes de servidos. Depois disso, vale a "regra da avó".
• Com taças de vinho cada vez maiores hoje, a decantação é um problema menor. Os bojos das melhores taças de vinho agora são tão generosos que, realmente, com algumas giradas do líquido, leva-se pouco tempo para que o vinho em seu copo seja exposto a um vórtice de ar parecido com um tornado.
• Além de separar algum sedimento (o que é muito raro nos dias de hoje) do vinho, a única razão para decantar é que o vinho em um belo decanter é uma visão linda. E isso é certamente uma razão boa o suficiente.
• Não menos importante, usando um decanter, você elimina o que poderia ser chamado de " hipnose do rótulo”. Muitos enófilos têm a síndrome do cavalo diante dos faróis de um carro. Eles ficam paralisados pela visão do rótulo. Eles não conseguem tirar os olhos – e seus paladares – dele.
Fonte: Revista Adega
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