Jonathan Nossiter, diretor, entre outros, do documentário Mondovino, enfoca em seu novo filme recém lançado, Resistência natural, a indústria do vinho frente à globalização.
Dez anos após seu primeiro filme sobre o tema, Nossiter vai a diferentes regiões da Itália ao encontro de vinhedos locais e das pessoas responsáveis por eles. Nessa troca de experiências, o que parecia um paraíso bucólico, onde a produção de vinho se dá por métodos orgânicos, revela-se um campo de batalha entre pequenas associações e a grande indústria agrícola.
Sobre o filme
Resistência natural mistura documentário e ficção e apresenta seis viticultores italianos, que levam uma vida que muitos sonham. Giovanna Tiezzi e Stefano Borsa, em seu mosteiro do século XI convertido em adega na Toscana, encontraram uma maneira de produzir grãos, frutas e vinho que os conecta com sua antiga herança etrusca; Corrado Dottori e Valerio Bochi fugiram de Milão para a fazenda do seu avô na região de Marcas; a ex-bibliotecária Elena Pantaleoni trabalha nos vinhedos de seu pai em Emilia e se esforça para tornar sua propriedade uma realidade utópica; e Stefano Bellotti, o Pasolini da agricultura italiana, um produtor-poeta-radical, vive em sua fazenda localizada no Piemonte. Mas esses protagonistas de uma revolução europeia do vinho natural, e que se espalha rapidamente pelo mundo, encontraram uma resistência feroz. Nem todo mundo acredita em sua luta por uma produção economicamente justa e historicamente rica em expressão.
Sobre Jonathan Nossiter
Nascido em 1961 nos Estados Unidos, estudou artes plásticas na Escola de Belas-Artes de Paris antes de se dedicar ao teatro e ao cinema. Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão Mondovino (2004) e Domingo é dia (2007)). Além de cineasta, Nossiter é sommelier, e já desenvolveu cartas de vinho para restaurantes de Nova York, Paris e Rio de Janeiro, além de escrever artigos para a New York Magazine, O Globo e a Food & Wine.
Fonte: IMS
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