De janeiro a dezembro, vinícolas comercializaram mais de USD 9,5 milhões. Reino Unido foi o principal destino.
As ações de promoção no mercado externo, o aperfeiçoamento dos produtos e a exposição do Brasil em razão da Copa do Mundo resultaram em um crescimento de 76,5% em valor nas exportações de vinhos engarrafados em comparação a 2013. Os dados do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (AliceWeb), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apontam que, de janeiro a dezembro de 2014, as vinícolas brasileiras exportaram um total de USD 9.525.471,00, correspondentes a 2.652.688 litros de vinhos finos e espumantes (volume 74,8% superior ao mesmo período do ano anterior). Os principais destinos foram Reino Unido, Bélgica, Paraguai, Alemanha, Países Baixos (Holanda), Estados Unidos, Japão, Colômbia, China e Suíça.
Roberta Baggio Pedreira, gerente do projeto setorial Wines of Brasil, desenvolvido em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), comemora: “Em 2014, o Wines completou 10 anos, e os números positivos são resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo setor ao longo desse tempo, como divulgação, investimento em tecnologia e adequação dos produtos à demanda do consumidor internacional. A categoria de vinhos brasileiros está aparecendo mais, e grandes redes de outros países abriram suas portas para o produto brasileiro”, avalia Roberta, citando o mundial de futebol no Brasil como um potencializador do interesse do consumidor estrangeiro no primeiro semestre. Atualmente, 31 vinícolas participam do Wines of Brasil.
Principal mercado do vinho brasileiro em 2014, o Reino Unido teve um crescimento de 406,5% nas importações em comparação a 2013. No ano passado, o país foi o destino para 437.920 litros (USD 1.919.681). Roberta credita o desempenho à estratégia adotada no país há alguns anos, onde uma empresa de relações públicas (JK Marketing) atua também como uma espécie de embaixadora dos vinhos do Brasil. “O Reino Unido é onde o vinho brasileiro está nas maiores redes, entre elas, Marks & Spencer, Waitrose e Tesco. Mas ainda há muito potencial neste mercado para manter e explorar”, afirma a gestora, lembrando que há uma tendência de consumo de espumantes brasileiros.
Além do Reino Unido, os outros quatro países prioritários do Wines of Brasil (Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos e China) figuram entre os 10 principais compradores em 2014. Sexta colocada em 2013, a Alemanha subiu duas posições em 2014, com um total comercializado de USD 823.822,00 (alta de 177,9% em relação ao ano anterior) e 222.584 litros. “Este será o 11º ano que participamos da ProWein (feira de bebidas mais importante do mundo, realizada em março, em Düsseldorf), o que também ajuda na formação da imagem do vinho brasileiro”, salienta Roberta. Já a Holanda, que em 2013 figurava em nono lugar, subi u para a quinta posição em 2014, quando foram comercializados 173.569 litros, totalizando USD 791.869,00 (198% a mais do do que no ano anterior).
Fonte: IBRAVIN
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