quarta-feira, 13 de julho de 2016

Setor vinícola pede redução de IPI para a produção das bebidas

A perda de competitividade e as dificuldades enfrentadas pela vitivinicultura brasileira em função dos impostos incidentes sobre a cadeia produtiva foram temas de duas reuniões, realizadas em Brasília, entre representantes do setor e políticos gaúchos, com o Ministro da Casa Civil, Elizeu Padilha, com o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e com o presidente interino, Michel Temer. O objetivo foi mobilizar o governo federal para a emissão de decreto que estabeleça a redução para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos vinhos e licores em 5% e das cachaças em 17%.
 
“Com a alta carga tributária ocorre um aumento de custos que é repassado ao consumidor. Isso acaba diminuindo as vendas, gerando menor retorno para o governo em impostos, o que não é benéfico para ninguém”, disse o diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani.
 
Na reunião da manhã de hoje (13/07), com Padilha, que demonstrou grande receptividade ao tema, também estiveram presentes representantes do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e da Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA). O encontro ocorreu após articulação entre o setor vitivinícola e o líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura, o deputados Afonso Hamm e Mauro Pereira, coordenador da Frente Parlamentar de Defesa e Valorização da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e Derivados e a senadora Ana Amélia Lemos.
 
Já a apresentação dos argumentos sobre a redução do IPI feita por Paviani e por Hamm para Temer e Maggi ocorreu na tarde de ontem (12/07), durante reunião da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA). O deputado Afonso Hamm afirmou que o setor de bebidas artesanais brasileiro tem perdido competitividade no mercado, especialmente em relação aos produtos importados, consequência da tributação que incide sobre as vinícolas, os alambiques e as microcervejarias. “O vinho, por exemplo, foi tributado de forma exorbitante, em média 300% a mais, o que tem prejudicado a produção. E, a cada dez garrafas de vinhos consumidos no Brasil, oito são de vinhos importados”, afirma. De acordo com Hamm, Temer foi receptível ao tema e se comprometeu em dar sequência ao assunto.

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