A Organização Internacional do Vinho e da Vinha - OIV, criou recentemente (2011) novas normas ambientais (General Principles of the OIV Greenhouse Gas Accounting Protocol for the Vine and Wine Sector) para o setor vinícola que recomenda o uso de rolhas de cortiça enquanto produto sustentável.

O protocolo consiste em duas vertentes: Enterprise Protocol (Protocolo Empresarial) e Product Protocol (Protocolo de Produto). Estas permitem às empresas avaliar as suas emissões de carbono através de um sistema de cálculo e oferecem um guia de análise do Ciclo de Vida do Produto no qual a rolha de cortiça possui um papel preponderante.
Segundo um estudo publicado pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA), de Lisboa, o produto pode fixar cerca de 6 toneladas de CO2 por hectare em um ano, o que corresponde, no caso de Portugal, a mais de 4 milhões de toneladas de CO2 por ano. Em consequência, é possível concluir que as florestas de sobro do Mediterrâneo (2,2 milhões de hectares) possibilitam a retenção de quase 14 milhões de toneladas de CO2 por ano.
Os benefícios ambientais das rolhas de cortiça são evidenciados numa análise sobre o Ciclo de Vida do Produto realizada pela Price Water House Coopers em 2008.

Este estudo analisou sete indicadores-chave ambientais: a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa; o consumo de energias não renováveis; o consumo de água; a contribuição para a acidificação da atmosfera; a contribuição para a deterioração da camada de ozonio; a contribuição para a eutrofização e a produção de desperdícios sólidos.
As rolhas de cortiça se classificaram como a melhor alternativa em seis dos indicadores, e ficaram em segundo lugar, abaixo dos vedantes de alumínio, no consumo de água.
Fontes: OIV, AgroNotícias
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