O vinho sul-americano não quer mais ser visto como um Arnold Schwarzenegger, encorpado e concentrado em excesso. Prefere alcançar o dinamismo, a precisão e a elegância de um Bruce Lee. A imagem parece estranha para o mundo do vinho, mas é exatamente o que vem buscando a vinícola argentina Alto Las Hormigas. A bodega traz ao mercado brasileiro seus vinhos do projeto terroir, que pretende dar um caráter de Velho Mundo aos seus Malbecs.
Na prática, a ideia é vender o terroir e não a uva. Ela surgiu, segundo explicou o enólogo Leonardo Erazo, com o que ele chama de “crise do gosto”, quando os Malbecs argentinos passaram a buscar as mesmas características para agradar ao público e tornaram-se praticamente iguais. A bodega viu ali que era hora de se renovar. “Queremos ter a diferenciação pelo solo, que dá a textura do vinho”, afirma. Como consequência, Erazo hoje administra 80 microvinificações de pequenas parcelas do Valle de Uco, em Mendoza, por ano.
Uma das peças-chave do projeto é o especialista em solo Pedro Parra, que mapeou 14 terroirs onde estão os vinhedos da bodega. Desses, seis já têm produção ativa e três são vendidos no País: Malbec Appellation Vista, Malbec Appellation Altamira e Malbec Appellation Gualtallary, por R$ 375,10 na World Wine.
Fonte: Paladar Estadão
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