sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Patagônia e seus Pinot Noir

O clima da região é favorável e há uma amplitude térmica muito grande, o que garante características importantes ao vinho.




Fonte: CBN

Yarden Syrah 2009, um vinho para beber agora ou daqui a 15 anos

Yarden Syrah: um vinho memorável e que, pra mim e a maioria dos presentes na degustação guiada de vinhos israelenses, foi o melhor dos vinhos que nos foi apresentado.
 
Este rótulo é produzido a partir de uvas dos três melhores vinhedos de Syrah da Golan Heights: Ortal, no norte de Golan; Allone Habashan e Tel Phares em Golan central. A fermentação alcoólica ocorre em tanques de aço inoxidável sob temperatura controlada. Após a fermentação alcoólica, o vinho é submetido à fermentação maloláctica e amadurece durante 18 meses em barricas de carvalho francês.
 
A safra de 2003 recebeu troféu de Excelência no Concurso Citadelles Du Vin (Bordeaux, junho de 2007) e a safra de 2004 a medalha de Ouro no Challenge International du Vin 2009 (Bordeaux, abril de 2009).
 
A vinícola, apesar de jovem, vem conquistando, desde seus primeiros anos, os mais altos prêmios e reconhecimentos nos mais respeitados concursos internacionais, bem como dos mais famosos críticos. Em 2008 foi a primeira vinícola israelense a figurar na lista Top 100 da Winespectator, com o vinho Yarden Cabernet Sauvignon 2004.
 
Visualmente mostrou uma cor vermelho escura, quase negra, com halo vermelho sem sinais de evolução e uma chuva de lindas, finas e rápidas lágrimas. No nariz mostrou-se um vinho de grande exuberância, com notas de fruta madura (ameixa, amora e framboesa) e fruta em compota, seguidas de notas de especiarias como tabaco e pimenta, chocolate amargo, e toques de defumado, couro e terra molhada. Em boca repetiu as especiarias e mostrou notas de frutos secos. Um caldo encorpado, com taninos firmes, mas elegantes, boa acidez e álcool na medida certa. Final de boca seco de longa persistência final.
 
Vinho pronto pra beber, mostrando muita exuberância já com cinco anos de vida, mas que tem grande potencial de guarda; o produtor cita potencial para evoluir por 20 anos.
 
Gastronômico e deve acompanhar bem carnes vermelhas, sobretudo cordeiro e as de caça como javali; é de salivar só de imaginar.

Fernanda, Yael Gai e Eu.

O Rótulo

Vinho: Yarden
Tipo: Tinto
Castas: Syrah
Safra: 2009
País: Israel
Região: Colinas de Golan, Galiléia
Produtor: Golan Heights Winery
Graduação: 14,5%
Onde comprar em Recife: Casa dos Frios
Preço médio: R$ 197,00
Temperatura de serviço: 16°
Outros atributos: Vinho Kosher

Região chinesa adota classificação inspirada em Bordeaux

Região Ningxia
Na China, que tenta construir uma indústria de vinho, uma área está adotando medidas na tentativa de garantir a qualidade de suas bebidas. A região de Ningxia, localizada na porção central do país, chamou atenção por ser um local promissor para blends à base de Cabernet Sauvignon e por ter adotado um sistema de classificação baseado na famosa Classificação de Bordeaux de 1855, feita a pedido de Napoleão III, para a Exposição Universal de Paris daquele ano. Na ocasião, as melhores propriedades foram dividias em cinco categorias baseadas nos preços dos vinhos.
 
Dessa forma, assim como a divisão bordalesa, as vinícolas chinesas serão divididas em cinco níveis, mas diferentemente da classificação de 1855, que é estática, a versão chinesa vai promover uma reavaliação a cada dois anos – como o modelo de classificação de Saint-Émilion – para promoção ou descenço de categoria. A classificação de Saint-Émilion, porém, só é revista a cada 10 anos.
 
Os organizadores da classificação chinesa esperam que o sistema reconheça e incentive os produtores de Ningxia a produzir vinhos de alta qualidade, bem como ajude os consumidores a fazer uma escolha mais certeira. “O lançamento de um sistema de classificação pode promover e proteger a reputação dos vinhos de Ningxia e funcionar como uma proteção contra as vinícolas de menor qualidade", afirmou o professor da China Agricultural University, Quin Ma.
 
Em 2013, as mais de 100 vinícolas existentes na região de Ningxia foram julgadas por um grupo internacional de especialistas de acordo com a qualidade do vinho produzido, qualidade das atividades turísticas, incluindo restaurantes e alojamentos, e pela qualidade da própria vinha. Nesta situação, apenas 10 vinícolas entraram na classificação e no quinto posto da lista. Em 2015 as vinícolas serão submetidas a novas avaliações, podendo passar ao quarto lugar no ranking. E assim sucessivamente até que alguma possa atingir o posto de Premier Cru no futuro.
 
No entanto, para ser selecionada para avaliação, cada vinícola deve produzir pelo menos 4.166 caixas de vinho em, no mínimo, 13 hectares de vinhedo. Além disso, as vinhas devem aderir às normas de vinificação de Ningxia, cujas regras estipuladas sugerem que 75% das uvas usadas precisam ser da região e que 85% devem ser da mesma variedade e da mesma vindima constada no rótulo.
 
Fonte: Revista Adega

Nada de exageros durante a gravidez

Consumir álcool durante a gravidez pode se tornar crime no Reino Unido
 
Na terra da rainha as mulheres parecem ser movidas a álcool, pois não há nenhuma justificativa para uma mãe beber e beber sem pensar nenhum momento na saúde de uma vida que está sendo gerada dentro de sí...

Um caso marcante em andamento na Corte de Apelação do Reino Unidos pode tornar crime consumir bebidas alcoólicas durante a gravidez na terra da rainha. Segundo os defensores públicos, uma menina de seis anos seria vítima de um crime, por ter sofrido danos cerebrais quando exposta ao álcool durante sua permanência no útero materno.
 
De acordo com relatório feito pelo jornal inglês Sky News, a mãe tinha ciência dos riscos que a ingestão de álcool durante a gravidez poderia causar ao feto. Por essa razão, se o caso for bem sucedido, poderá ser criado um precedente para criminalizar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso durante a gestação.
 
O caso surge em meio a um aumento de 50%, nos últimos três anos, de ocorrências de crianças nascendo com a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Aproximadamente, 313 nascidos, entre 2012 e 2013, possuem alguma deficiência em virtude do consumo excessivo de álcool realizado pelas mães.
 
Dados do Departamento de Saúde do Reino Unido mostram que um em cada 100 bebês está nascendo com alguma doença relacionadas à ingestão de álcool pela mãe durante a gestação. Porém, na visão do psiquiatra Dr. Raja Mukherjee, apesar de a ingestão de pequenas porções de álcool não significar que as crianças terão problemas, as mães assumem um risco ao consumirem bebidas durante a gestação. “Consumir bebida alcoólica não é precedente para que as pessoas prejudiquem o desenvolvimento de seus filhos, mas, se você quiser garantir a segurança e se precaver de qualquer risco, se abster do álcool é a melhor solução”, afirmou.
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Hermon Red 2012

Hermon Red 2012, mais um vinho produzido nas frias Colinas de Golan, na Alta Galileia. Trata-se de um corte bordalês clássico: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot.
 
A fermentação alcoólica ocorre em tanques de aço inoxidável sob temperatura controlada. Após a fermentação alcoólica, o vinho é submetido à fermentação maloláctica e amadurece em tanques de aço inoxidável durante vários meses.
 
Visualmente mostrou cor rubi profunda com halo vermelho translúcido e lágrimas finas e lentas. No nariz aromas de fruta vermelha, algum componente herbáceo e notas de especiarias. Em boca repetiu a fruta e apresentou taninos macios e em bom equilíbrio com acidez e álcool. Bom corpo com final de boca de média persistência com com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Vinho delicado e com bom toque de frescor; enquadra-se bem na categoria  dos tintos de verão. Está pronto para ser bebido e não creio que mais anos irão fazê-lo evoluir.
 
O Rótulo

Vinho: Hermon
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot
Safra: 2012
País: Israel
Região: Colinas de Golan, Galiléia
Produtor: Golan Heights Winery
Graduação: 14%
Onde comprar em Recife: Casa dos Frios
Preço médio: R$ 90,00
Temperatura de serviço: 15°
Outros atributos: Vinho Kosher
 
Post Scriptum
 
"Os olhos de Israel, assim é carinhosamente chamado o Monte Hermon, ponto culminante do país, localizado no topo da Cordilheira do mesmo nome, entre a fronteira de Israel e a Síria. Assim denominado por causa de seus picos.
 
 
O Monte Hermom é citado inúmeras vezes na bíblia e uma das passagens encontra-se no livro de Cantares (Cânticos dos Cânticos), escrito por Salomão e que é um poema lírico escrito para exaltar as virtudes do amor entre um marido e sua esposa. O poema claramente apresenta o casamento como um plano de Deus. Um homem e uma mulher devem viver juntos dentro do contexto do casamento, amando um ao outro espiritualmente, emocionalmente e fisicamente.
 
"Vem comigo do líbano, minha esposa, vem comigo do Líbano; olha desde o cume de Amana, desde o cume de Senir e de Hermom, desde a morada dos leões, desde o monte dos leopardos". Cantares 4:8

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Senado aprova regulamentação da produção de vinhos coloniais

O plenário do Senado aprovou ontem (25) o projeto de lei que regulamenta a produção e comercialização de vinhos coloniais. Defendido especialmente por senadores do Rio Grande do Sul, o projeto estabelece que os vinhos desse tipo deverão ser produzidos com 70% de uvas produzidas em propriedade rural familiar.
 
As propriedades devem produzir até 20 mil litros por ano, que serão totalmente padronizados e engarrafados no local. A venda deve ser feita diretamente ao consumidor, na sede da propriedade ou em feiras de agricultura familiar. As garrafas devem trazer a denominação de origem e características do produto.
 
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que foi relatora da matéria na Comissão de Agricultura do Senado, ressaltou que o Rio Grande do Sul, estado com grande produção de vinhos e outros produtos coloniais, não será o único beneficiado pela regulamentação.
 
Segundo ela, o projeto é“relevante, porque tem alcance para todo o Brasil, já que a produção desse vinho colonial também é da pequena propriedade, em Santa Catarina, no Paraná e em outros Estados. E a produção vitivinícola está alcançando outros Estados, como São Paulo, com a produção de uva e vinho”. A matéria segue para sanção presidencial.
 
Fonte: EBC

Vinhedos argentinos têm a maior alta de preços no mundo

O preço dos vinhedos ao redor do mundo vem sofrendo alta devido à procura. Segundo um relatório da empresa Knight Frank, o preço médio de vinhedos no mundo aumentou cerca de 6,8% até meados de junho de 2013 (em comparação com o ano anterior).
 
De acordo com o relatório Global Vineyard Index 2013 (que monitora o valor das vinhas ao redor do planeta), a região de Mendoza, na Argentina, foi a que apresentou a maior elevação de preço, com 25%. Já a região europeia que teve a maior alta foi a Toscana, na Itália, com 20% de aumento.
 
Segundo a pesquisadora da Knight Frank, Kate Everett-Allen, a Argentina tem sido um bom local de investimento, pois as vendas do vinho Malbec têm subido no mercado norte-americano e atraído investidores estrangeiros. Para se ter uma ideia, no Napa Valley, as vinhas podem chegar a US$ 600 mil por hectare e terrenos do mesmo porte em Mendoza saem por US$ 30 mil, o que se mostra em uma boa oportunidade de investimento.
 
Já na Toscana, os preços das vinhas variam de acordo com região. O relatório da Knight Frank revela que vinhedos em Chianti podem variar de €100 mil a €150 mil por hectare, enquanto que em terras nos arredores de Brunello di Moltalcino o preço está por volta de €300 mil e €500 mil.
 
Fonte: Revista Adega

Yarden "Shaar-Adonay" 2011

Chegamos ao terceiro rótulo da noite de degustação de vinhos israelenses: o Yarden Chardonnay 2011 que, sem sombra de dúvidas foi o melhor Chardonnay que já degustei na vida.

O rótulo faz parte da linha premium da Golan Heights e o seu nome significa Jordão em hebraico, uma homenagem ao histórico Rio Jordão mencionado nos escritos sagradas: a Bíblia. O Rio nasce no Monte Hermon, passa pelo Mar da Galiléia e desagua no Mar Morto, atravessando desta forma a Terra Santa.

Trata-se de um varietal produzido exclusivamente a partir de uvas de vinhedos situados no extremo norte das Colinas de Golan, local cujas altitudes atingem 1200 metros acima do nível do mar.

Visualmente o vinho apresentou cor dourada e lágrimas grossas e lentas. No nariz simplesmente fantástico, com uma paleta de aromas me remetendo a melão, manga, pêra, pêssego, damasco, notas florais, minerais, de coco e de amêndoas. Em boca repetiu o mesmo explendor do olfato e mostrou-se untuoso, amanteigado. Vinho com bom corpo, boa textura e final de boca de longa persistência com notas de manga, coco e amêndoas aparecendo no retrogosto.

Vinho gastronômico e de excelente qualidade, pronto pra beber, mas com potencial de guarda de 10, anos segundo produtor. Eu e Fernanda trouxemos pra casa uma garrafa da safra 2008, a qual está repousando na adega.

O Rótulo

Vinho: Yarden
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2011
País: Israel
Região: Colinas de Golan, Galiléia
Produtor: Golan Heights Winery
Graduação: 14,5%
Onde comprar em Recife: Casa dos Frios
Preço médio: R$ 98,00
Temperatura de serviço: 10°
Outros atributos: Vinho Kosher

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Vinho mata células cancerosas

Câncer de Pulmão é o que mais causa mortes entre os cânceres, em ambos os sexos. Menos de 17% das pessoas que desenvolvem a doença sobrevivem por cinco anos ou mais.

Motivados por estes números um grupo de pesquisadores canadenses está pesquisando vinhos como forma de melhorar as chances de sobrevivência em portadores desta patologia.

Os pesquisadores, da Brock University e Universidade McMaster em Ontario, observaram em seu estudo que em pesquisas in vitro utilizando células de câncer, e até mesmo em alguns estudos epidemiológicos, o vinho tinto possui propriedades anti-câncer. Muitas vezes essa capacidade é creditada ao vinho tinto por este ser uma rica fonte do polifenol resveratrol, por isso a maioria dos estudos utilizam formas sintéticas de resveratrol.
 
Para a pesquisa, a equipe mensurou vinhos brancos e tintos e seu impacto em pequenas células de câncer pulmonar. Eles expuseram células de câncer de pulmão a: Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e Riesling. Todos os vinhos foram provenientes de produtores em Niagara-on-a-Lake, Ontario.
 
Eles descobriram que os dois vinhos, tintos e brancos, interrompiam a propagação do câncer de pulmão, mas os tintos foram mais eficazes. O vinho tinto efetivamente interrompe a propagação de células cancerosas, quando comparado com o grupo controle, de modo estatisticamente significante. Para os vinhos brancos, resultados semelhantes não acontecem.
 
Os resultados demononstraram que, tanto os vinhos brancos e tintos  são capazes de inibir câncer de pulmão, o crescimento celular e potencial oncogênico, mas há uma diferença na potência dos vinhos, uma vez que estes efeitos somente foram obtidos com doses mais elevadas de vinho branco, disse Evangelia Litsa Tsiani, um professor associado de Ciências da Saúde na Brock University e um dos autores do trabalho. A hipótese é que o teor fenólico total, que foi muito maior no vinho tinto, talvez seja o responsável.
 
Tsiani disse ainda que o estudo mostrou que vinho tinto impede o crescimento e a sobrevivência das células tumorais. Mas ela alertou que não pode fazer recomendações quanto ao consumo de vinho porque esses testes foram feitos em células humanas de cânce de pulmão.
 
Fonte: Wine Spectator

Aratu Gratinado #casalperfeito

Hoje é dia de trazer para vocês mais uma deliciosa receita que fizemos para harmonizar com um rosé do Vale do Loire, conhecido como o Jardim da França e o Berço da Língua Francesa, famoso por sua arquitetura, castelos e vinhos, relembre.
 
Para harmonizar com o Rémy Pannier Rosé D´Anjou 2011, um corte das castas Cabernet Franc, gamay e Grolleu Gris, a nossa escolha foi um Aratu Gratinado, um prato leve e ao mesmo tempo com um toque mais encorpado em decorrência do leite de coco e do queijo parmesão,
 
Para quem não conhece o Aratu trata-se de uma especie de Caranguejo de porte médio comum do Atlântico Ocidental e de carne deveras saborosa.
 
Aratu Gratinado
 
Ingredientes 
  • 800 gramas de Aratu limpo
  • 100 g de queijo parmesão ralado
  • 3 tomates
  • 1 cebola
  • 1/2 pimentão amarelo
  • 1/2 pimentão vermelho
  • 2 colheres de sopa de coentro
  • 2 colheres de sopa de cebolinha
  • 3 colheres de sopa de alho poró
  • 1 colher de sopa de alho
  • 2 xícaras de leite de coco
  • 20 ml de vinho branco
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • Sal e pimenta do reino a gosto
Modo de Preparo
 
Tempere o aratu com o alho, o sal, a pimenta, 1 colher de coentro, 1 colher de cebolinha, 1 colher de alho poró e 2 colheres de azeite e deixe repousar por 1 hora na geladeira. Enquanto isso pique todos os vegetais e reserve em duas porções de igual tamanho.
 
Leve o aratu ao fogo médio e adicione o vinho branco, o restante do azeite, metade dos vegetais e o leite de coco e deixe ferver por 3 minutos. Em seguida adicione o restante dos vegetais e deixe reduzir um pouco.
 
Coloque aratu com pouco caldo em um refratário, polvilhe com o queijo parmesão e coloque no forno na função gratinar até que o queijo fique dourado.
 
Dica: sirva o caldo sobressalente como caldinho!
 
 
Bon apéttit!
 
Por Fernanda Pontes
Estudante de Gastronomia
 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Berço dos vinhos tropicais

Que imagem você tem do sertão do nordeste brasileiro? Solo árido, sol, caatinga, jegues? Agora, olhe  para a foto ao lado . A imensidão de terras, antes pincelada de cinza, hoje tem o verde das plantações como cor predominante. É o Vale do São Francisco, uma área de terras banhada pelo grandioso Rio São Francisco e situada entre os Estados da Bahia e Pernambuco. Milagre? Não. É a tecnologia da agricultura irrigada. Nessas terras férteis as frutas são destaque. Há uma mistura de cores, aromas e sabores. Acerola, caju, manga, melancia e uva. Sim, a videira, planta que reina absoluta na Serra Gaúcha e que é a base para o sustento de muitas famílias também frutifica neste oásis nordestino.
 
Nessas terras são plantadas variedades para consumo in natura e também para elaboração de vinhos finos, que inclusive têm recebido prêmios nacionais e internacionais nos últimos anos. Um dos últimos prêmios foi para um tinto da variedade Syrah elaborado pela Vinícola Ouro Verde, empresa do grupo Miolo. O Testardi conquistou o 1º lugar na categoria Tinto Nacional na degustação Top Ten promovida durante o Expovinis 2012, maior salão do vinho realizado na América Latina. E foi justamente depois de mais esta conquista para os vinhos do nordeste que conhecemos melhor o Vale do São Francisco, região vitivinícola brasileira que ganha cada vez mais destaque. Além de visitarmos vinícolas e degustarmos uvas e vinhos, conhecemos projetos relacionados ao desenvolvimento do setor pela perspectiva política de incentivos nas áreas política, turística e de pesquisa.
 
Terroir diferenciado
 
Cada garrafa de vinho traz uma história, e nenhuma é igual à outra. O Brasil possui nove regiões vitícolas. Cada uma delas elabora produtos com tipicidades distintas, já que os fatores naturais e humanos se diferem. É o chamado terroir. O Vale do São Francisco se caracteriza por apresentar vinhos tropicais, produtos leves, sem pretensões de guarda, fáceis de beber e com boa relação qualidade/preço. Esta região está integrada pelos municípios de Casa Nova, na Bahia; e Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco. Por lá, a produção de vinhos iniciou na década de 1980, por meio da vinícola Botticelli, e foi reforçada no início dos anos 2000 com a chegada de grandes investidores, entre eles os grupos Miolo, da Serra Gaúcha, e Dão Sul, de Portugal.

Atualmente, existem seis vinícolas, uma na Bahia e cinco em Pernambuco, que produzem cerca de 7 milhões de litros de vinhos finos por ano, em 700 hectares de vinhedos. A atividade emprega em média 6 mil pessoas, direta e indiretamente, chegando a 30 mil se for incluída a produção de uvas de mesa. A região está situada entre os paralelos 8 e 9 do Hemisfério Sul, em clima tropical semiárido. Está a 350m de altitude, com média anual de temperatura de 26ºC, índice de pluviosidade média de 550mm concentrada entre os meses de janeiro a abril.

Um dos fatores que mais chama a atenção no Vale do São Francisco é a capacidade de a colheita acontecer durante o ano todo, caso único no mundo. Numa mesma vinícola é possível observar todos os ciclos do vinhedo, desde o plantio até o momento em que as uvas são colhidas. “Por se tratar de uma região de clima quente, com alta luminosidade e água em abundância para a irrigação, as empresas fazem um planejamento da época em que pretendem colher. Depois, realizam a poda de produção em diferentes períodos, adotando, com isso, o sistema de escalonamento para a poda dos lotes, o que proporciona períodos diferentes de colheita. Entre uma safra e outra, reduzem a irrigação para 15% a 20%, nos períodos secos, por cerca de 20 a 30 dias (este corresponde ao período de inverno em regiões temperadas). Em seguida, podam, aplicam cianamida hidrogenada para homogeneizar a brotação, aumentam a irrigação para 100% do coeficiente de cultura e um novo ciclo é iniciado”, explica o pesquisador das áreas de viticultura e enologia da Embrapa Semi Árido, Giuliano Elias Pereira.

O pesquisador também destaca outra característica importante das empresas: a possibilidade de escalonamento da produção. Com isso, não são necessárias grandes estruturas para vinificação em função da não concentração da produção em um período curto. As variedades mais utilizadas para a elaboração de vinhos tintos finos são Syrah, Tempranillo e Cabernet Sauvignon. A estas cepas se soma m as variedades Alicante, Aragonês, Tannat e Rubi Cabernet.

Mas há outra que tem se destacado nas pesquisas da Embrapa Semi Árido: é a Petit Verdot. “Acredito no potencial desta uva. Ela pode ser a uva emblemática desta região, já que Syrah podemos encontrar em várias partes do mundo”, diz o pesquisador. Para vinhos brancos, Chenin Blanc e Moscato Cannelli se destacam, além da Sauvignon Blanc, Verdejo e Viognier. Para os espumantes, ganham espaço as variedades Itália, Chenin Blanc e Syrah. “Os vinhos apresentam características interessantes. Os brancos são leves, com aromas florais, fáceis de serem consumidos. Os tintos são variados, desde vinhos leves, jovens, até vinhos mais encorpados, que passam por algum período em barricas”, pontua Pereira. Os espumantes naturais são, na maioria, secos ou demi-sec, além do moscatel. O sistema de condução mais utilizado é a latada, seguido pelo espaldeira.

Turismo: Vapor do Vinho

Conhecer o Vale do São Francisco é um privilégio. Mais ainda é poder navegar pelas águas do Rio São Francisco e vislumbrar toda a beleza deste que por onde passa só leva riqueza. Desde abril de 2011 os turistas que vão ao Vale têm a oportunidade de participar de um passeio denominado Vapor do Vinho. O roteiro começa com o traslado rodoviário das orlas de Juazeiro e Petrolina. Depois de alguns minutos, os turistas chegam ao Porto Chico Periquito, no município de Sobradinho.

De lá, embarcam e navegam em direção ao Lago de Sobradinho, o segundo maior lago artificial do mundo (o primeiro é o Lago Volta, em Gana). Antes, conhecem a Barragem de Sobradinho e realizam a eclusa (processo que permite que a embarcação transponha um desnível de água de mais de 30 metros). Durante o passeio, de cerca de duas horas, os visitantes podem curtir a paisagem e degustar vinhos, espumantes e a gastronomia típica, além de ouvir música regional e poesias recitadas pelos tripulantes.

O passeio finaliza com a visita às fazendas Fortaleza e Ouro Verde. Na primeira, os turistas conhecem a produção de mangas e degustam a fruta. Na segunda, além de apreciarem a beleza dos vinhedos, conhecem a vinícola, o processo de elaboração do vinho e do brandy (destilado de vinho) e participam de um curso de degustação.

O Vapor do Vinho recebeu este nome em alusão aos antigos vapores que contribuíram para o desenvolvimento do Nordeste e, em especial, o Vale do São Francisco. É uma parceria entre as empresas Fazenda Fortaleza (Fruticultura de Uva e Manga), Vinícola Terranova (Miolo Wine Group) e Vapor do Vinho (Barca Rio dos Currais).
 
Negro d’Água
 
Diz a lenda que o Negro d’Água habita diversos rios. No São Francisco, há um monumento do escultor juazeirense Ledo Ivo Gomes de Oliveira, obra com mais de 12 metros de altura construída dentro do leito do rio, na cidade de Juazeiro (BA). Segundo a lenda, manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e com mãos e pés de pato, o Negro d’Água derruba a canoa dos pescadores se eles se recusarem a dar-lhe um peixe. Em alguns locais do Brasil ainda existem pescadores que, ao saírem para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a atiram para dentro do rio, para que não tenham sua embarcação virada.
 
Represa de Sobradinho
 
A Usina Hidrelétrica de Sobradinho é um aproveitamento hidrelétrico localizado no rio São Francisco, no município de Sobradinho. Em 1974 a construção da represa e o alagamento da área hoje ocupada pelo lago artificial levaram ao desaparecimento de cinco municípios baianos: Casa Nova, Pilão Arcado, Remanso e Sento Sé e o antigo distrito de Sobradinho, então pertencente ao município de Juazeiro.

Por Andréia Debon
Fotos: Fabiana Lavarotti
Fonte: O Florense

Branco israelense com a cara do nosso verão: Hermon White 2012

O Hermon White 2012 foi o segundo rótulo da noite de vinhos israelenses na Casa dos Frios. Trata-se de um corte das uvas Sauvignon Blanc, Chardonnay, Viognier e Sémillon provenientes de diversos vinhedos situados ao norte das Colinas de Golan, a porção mais fria da Região.
 
O nome do vinho vem do Monte Hermom, o qual tem forte ligação entre o povo judeu e as Colinas do Golã e esta remonta aos tempos bíblicos. Diz a tradição judaica que foi no Monte Havtarim, na região do Monte Hermon, a 1.296m acima do nível do mar, nos declives de Katef Sion, que Deus prometeu a Abrão que lhe daria a terra para seus descendentes. Um antigo túmulo marca o local e um robusto carvalho ergue-se, ao lado.
 
"Os olhos de Israel". Assim é carinhosamente chamado o Monte Hermon, ponto culminante do país, localizado no topo da Cordilheira do mesmo nome, entre a fronteira de Israel e a Síria. Assim denominado por causa de seus picos, é um dos principais centros de prática dos desportos de inverno. Com 2.224m, foi o local escolhido para a implantação de um centro de lazer para turistas e amantes do esqui, pois a neve faz parte da paisagem natural da área de novembro a março, coberto de branco os picos do Hermon. Das suas encostas, que degelam depois do inverno, nasce o rio Jordão.
 
Visualmente o vinho mostrou uma cor amarelo palha, com tons esverdeados. Seus aromas remetem a melão, maçã, pêssego e notas de flores brancas (flor de laranjeira, jasmim e cravo). Em boca mostrou grande frescor e repetiu as notas olfativas. Corpo médio e boa persistência com notas de melão e flor de laranjeira aparecendo no retrogosto.

Vinho muito suave e agradável, fácil de beber e uma excelente pedida para esse verão castigante que estamos tendo.

O Rótulo

Vinho: Hermon White
Tipo: Branco
Castas: Sauvignon Blanc, Chardonnay, Viognier e Sémillon
Safra: 2012
País: Israel
Região: Colinas de Golan, Galiléia
Produtor: Golan Heights Winery
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: Casa dos Frios
Preço médio: R$ 90,00
Temperatura de serviço: 10°
Outros atributos: Vinho Kosher
 
 
 
"...Como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião; porque alí o Senhor ordena a benção e a vida para sempre". Salmos 133:3 

Os vinhos da copa

O Brasil ainda não tem definido o time canarinho para a Copa do Mundo de 2014, mas já conhece a seleção de vinhos que estará em campo, ou melhor, na mesa dos torcedores, durante a competição. A vinícola Boutique Lídio Carraro, do Vale dos Vinhedos (RS), apresenta os rótulos tinto, branco e rosé do FACES, vinho licenciado pela Fifa para o certame.

Segundo o produtor Juliano Carraro, enólogo e diretor comercial da vinícola Boutique, o rótulo tinto foi produzido com 11 variedades de uvas para homenagear a escalação de uma seleção de futebol.

"O rótulo traz 11 variedades de uvas de diferentes regiões produtoras do Rio Grande do Sul e o esquema tático escolhido é o 4-4-2", compara o enólogo.

Conforme ilustrou, "para o ataque foram escaladas as uvas Merlot e Cabernet Sauvignon, que identificam melhor o aroma e tem maior participação no corte. No meio-campo, as uvas Pinot Noir, Tempranillo, Touriga Nacional e Teroldego conferem complexidade aromática e volume de boca".

Na "defesa", acrescenta Carraro, conta com as uvas Tannat, Nebbiolo, Ancellota e Alicante, que "dão estrutura ao vinho". E por fim, "no gol", está a uva Malbec, responsável pelo retrogosto final. Tudo em um único vinho. Para o FACES branco, foram escolhidas a Moscato, Chardonnay e Riesling Itálico.
 
De acordo com Carraro, a produção inicial com os dois rótulos e também com o vinho rose será de 600 mil garrafas. "O primeiro lote, de 173 mil garrafas dos vinhos tinto e branco, começa a chegar gradualmente ao mercado", antecipou Carraro, lembrando que cada garrafa tem impresso no rótulo, o selo de licenciamento da FIFA. O produto já está sendo exportado para Dinamarca, Holanda, Canadá, Bélgica e Japão.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ninguém bebe mais vinho no mundo que o Vaticano

Menor país do mundo, o Vaticano possui uma população de apenas 836 pessoas. Mas a fervorosa religiosidade da maioria dos seus habitantes, entre os quais está o papa Francisco, não foi suficiente para impedi-lo de bater um inusitado recorde, o de nação que mais bebe vinho do planeta.

Segundo um estudo realizado pelo California Wine Institute a partir de dados de 2012, o consumo per capta da bebida no Vaticano é de 74 litros, número muito acima de lugares com um forte mercado vinícola, como França, Itália, Estados Unidos, China e Espanha. É bem verdade que o fato de o vinho ser usado em rituais católicos também pesou para o resultado, mas a distância para o segundo colocado na lista, Andorra, é enorme.

Neste pequeno país europeu de 85 mil habitantes, o consumo no ano retrasado foi de "somente" 46 litros por pessoa. No entanto, segundo a pesquisa, existem explicações para os elevados níveis etílicos encontrados na Santa Sé. Uma delas, por exemplo, é que os vinhos e licores vendidos no supermercado do Vaticano possuem uma taxação especial, muito mais baixa do que aquela praticada em solo italiano, o que acaba influenciando o preço final do produto.

Além disso, a oferta encontrada nas prateleiras do estabelecimento costuma ser, nas palavras do California Wine Institute, cativante, com rótulos de todos os valores e de vinícolas importantes. Isso faz com que muitas pessoas com acesso ao mercado - funcionários do Vaticano, seus familiares ou gente que depende das estruturas da Santa Sé - encham os carrinhos com garrafas que serão consumidas além das fronteiras vaticanas.
 
Fonte: ANSA

Gamla Brut

Se você nem imaginava que Israel ainda produzia vinhos o que você diria se soubesse que eles produzem vinhos espumantes? Pois é, os espumantes também fazem parte do Portifólio da Golan Heights Winery e eu pude provar um dos seus exemplares na degustação guiada que participei no último dia 18.
 
O Gamla Brut faz parte da linha de vinhos Gamla e é produzido com chardonnay e pinot noir provenientes de vinhedos situados nas Colinas de Golan, a área mais fria da região da Galiléia e considerada o melhor terroir de Israel.
 
A vinificação do vinho base é realizada em tanques de aço inox sob temperatura controlada e a segunda fermentação é realizada na garrafa (método tradicional ou champenoise). O líquido amadurece por 12 meses sobre as borras (sur lie) e só depois é disponibilizado para o consumo.

 
Visualmente o vinho apresentou uma cor amarelo palha bem clara com reflexos dourados, boa formação de espuma e perlage fina e duradoura. No nariz apresentou notas de maça, pêra, tangerina, flor de laranjeira e nuances de fermento. Em boca repetiu as notas cítricas e mostrou-se macio e refrescante. Corpo médio com final de boca de boa intensidade, seco e com o toque floral aparecendo no retrogosto.

É um bom espumante, valeu a experiência, mas o preço não é nada convidativo. Foi degustado como aperitivo, mas com certeza acompanha bem frutos do mar e culinária japonesa.
 
O Rótulo

Vinho: Gamla Brut
Tipo: Espumante
Castas: Chardonnay (50%) e Pinot Noir (50%)
Safra: Não safrado
País: Israel
Região: Colinas de Golan, Galiléia
Produtor: Golan Heights Winery
Graduação: 11,5%
Onde comprar em Recife: Casa dos Frios
Preço médio: R$ 115,00
Temperatura de serviço: 6°
Outros atributos: Vinho Kosher

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os melhores vinhos servidos por companhias aéreas

A revista inglesa Business Traveller elegeu as companhias que oferecem os melhores vinhos a seus passageiros. Empresa Qantas ganhou as principais categorias. Brasileira TAM foi mencionada.

Hoje em dia, oferecer bons vinhos nas cartas de empresas aéreas está se tornando um negócio cada vez mais competitivo. Por isso, as companhias aéreas chegam a gastar milhões de dólares a cada ano para aprimorar seu cardápio de bebidas. Nesse sentido, a revista inglesa Business Traveller criou um ranking que nomeia as empresas de acordo com o esforço realizado por elas em oferecer uma variedade mais refinada de vinhos.
 
Neste ano, empresa aérea Qantas liderou o quadro de medalhas ganhando os prêmios de Melhor Adega de Primeira Classe, Melhor Adega de Vinho em Geral e Adegas de Classe Executiva. Além disso, a companhia, que é apelidada de “The Flying Kangaroo”, também serve os melhores vinhos espumantes e brancos para a primeira classe.
 
Além da The Flying Kangaroo, duas companhias também foram premiadas. A empresa Emirates conquistou duas medalhas de ouro pelo melhor vinho tinto servido na primeira classe e pelo melhor vinho de sobremesa servido na classe executiva. Já a empresa de Taiwan, Eva Air, foi homenageada por ter os melhores vinhos brancos e espumantes servidos na classe empresarial.
 
A empresa brasileira TAM foi mencionada na lista, aparecendo em terceiro lugar como o melhor vinhos de sobremesa servido na Primeira Classe. Abaixo, a lista completa dos vencedores:
 
Melhor Adega de Vinho em Geral
 
1º Qantas.
2º Emirates.
3° (JOINT) El-Al, Cathay Pacific.

Melhor Vinho Tinto de Primeira Classe

1º Emirates. Vinho servido: 2005 Clarendon Hills Shiraz, McLaren Valley, Austrália.
2º British Airways. Vinho servido: 2007 Napanook, Napa Valley, Califórnia, EUA.
3º Emirates. Vinho servido: 2000 Château Cos d' Estournel, Saint – Estèphe, Bordeaux, França.

Melhor Vinho Branco de Primeira Classe

1º Qantas. Vinho servido: 2009 Leeuwin Estate Art Series Chardonnay, Margaret River, Austrália.
2° TAM Linhas Aéreas. Vinho servido: 2009 Dr Bürklin - Wolf Pechstein Grand Cru, Pfalz, Alemanha.
3° (JOINT) El-Al. Vinho servido: 2012 Yarden Viognier, Colinas de Golã, Galilee, Israel; e Malasia Airlines. Vinho servido: 2011 Fritz Haag Brauneberger Juffer Sonnenuhr Riesling Spätlese, Mosel, Alemanha.
 
Melhor Espumante de Primeira Classe

1º Qantas. Vinho servido: 2000 Taittinger Comtes de Champagne, Bordeaux, França.
2º (JOINT) Korean Air. Vinho servido: 1998 Laurent- Perrier Alexandra Rosé, Champagne, França.
3º American Airlines. Vinho servido: Gosset Grande Réserve NV, Champagne, França; e Singapore Airlines. Vinho servido: 2004 Dom Pérignon, Champagne, França.
 
Melhor Vinho de Sobremesa de Primeira Classe
 
1° El- Al. Vinho servido: 2011 Yarden Heights Gewurztraminer Late Harvest, Colinas de Golã, Glilee, Israel.
2º Qantas. Vinho servido: Seppeltsfield Paramount Rare Tokay NV, Austrália.
3° (JOINT) All Nippon Airways. Vinho servido: W. & J. Graham 30 Year-Old Tawny Port, Portugal; e TAM Linhas Aéreas. Vinho servido: 2005 Croft Late Bottled Vintage Port, Portugal.

Melhor Adega de Primeira Classe

1° Qantas.
2º All Nippon Airways.
3° British Airways.

Melhor Carta de Vinho de Primeira Classe

1° Qatar Airways.
2° Qantas.
3° Singapore Airlines.

Melhor tinto da Classe Executiva

1° Cathay Pacific. Vinho servido: 2008 Murray Street White Label Barossa Shiraz, Austrália.
2° Qantas. Vinho servido: 2011 de Melhor Great Western Bin Um Shiraz, Victoria, Austrália.
3° (JOINT) Etihad Airways. Vinho servido: 2010 Jim Barry The Lodge Colina Shiraz, Clare Valley, Austrália; e  Finnair. Vinho servido: 2012 Atteca Vieilles Vignes, Calatayud, Espanha.

Melhor Vinho Branco da Classe Executiva

1° Eva Air. Vinho servido: 2010 Vincent Girardin Chassagne- Montrachet Vieilles Vignes, Borgonha, França.
2º Cathay Pacific. Vinho servido: 2009 Taylors Chardonnay, Clare Valley, Austrália.
3° Air Canada. Vinho servido: 2013 Peter Yealands Sauvignon Blanc, Malborough, Nova Zelândia.

Melhor Espumante da Classe Executiva

1° Eva Air. Vinho servido: 2004 Dom Pérignon, Champagne, França.
2° (JOINT) All Nippon Airways, Qantas e Singapore Airlines. Ambas com o mesmo vinho servido: NV Charles Heidsieck Brut Reserve, Champagne, França; e Emirates. Vinho servido: 2004 Veuve Clicquot, Champagne, França.
3° American Airlines. Vinho servido: 2008 Moutard, Champagne, França.

Melhor Vinho de Sobremesa da Classe Executiva

1° Emirates. Vinho servido: Graham's 20 Year-Old Tawny Port, Portugal.
2° Qantas. Vinho servido: 2008 Lillypilly Noble Mistura Family Reserve, New South Wales, Austrália.
3° Austrian Airlines. Vinho servido: 2010 Kracher Cuvée Beerenauslese, Neusiedlersee, Áustria.

Melhor Adega da Classe Executiva

1° Qantas.
2° Etihad Airways.
3° Cathay Pacific.

Melhor Carta de Vinho da Classe Executiva

1° Air New Zealand.
2° Qatar Airways.
3° Finnair.

Melhor Aliança de Companhias Aéreas para o vinho

Oneworld.

Fonte: Revusta Adega.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Geladeira pode prolongar vida útil de espumantes, será?

Um estudo publicado American Chemical Society’s Journal of Agricultural and Food Chemistry afirma que temperaturas mais baixas podem prolongar a vida útil dos os espumantes e diminuir a probabilidade de formação do composto responsável pelo escurecimento da bebida, conhecido como 5-HMF.
 
O composto, conhecido cientificamente como Hidroximetilfurfural, funciona como um indicador de aquecimento, proveniente da transformação dos monossacarídeos como frutose e glicose. O 5-HMF pode ter seu processo de evolução acelerado em virtude do calor, da mudança de Ph e do envelhecimento de alguns alimentos e bebidas.
 
Por essa razão, a descoberta científica vai contra as normas de armazenamento de bebidas espumantes, que diz que as mesmas devem ser guardadas em ambientes como porões e adegas a 16°C. A pesquisa sugere que as bebidas sejam estocadas em geladeiras com temperaturas a 4°C.
 
O estudo analisou os níveis de Hidroximetilfurfural em várias garrafas de espumantes armazenados a mais de dois anos em adegas, geladeiras e ambientes abertos. O resultado, como citado antes, foi a constatação de que os espumantes armazenados em geladeiras e frigoríficos inibiram o desenvolvimento do 5-HMF, e consequententemente, ampliaram sua durabilidade mantendo o frescor.
 
Será mesmo? E a transferência de sabores e aromas dos alimentos para o espumante? E você vai arriscar?
 
Fonte: Revista Adega

O blog conferiu a degustação dos vinhos da Golan Heights Winery

Rótulos Golan Heights Winery degustados.
Você sabia que Israel produz vinhos, bons vinhos? Há uns dois anos degustei para a CBE um vinho de Israel da Golan Heights Winery: relembre, o vinho agradou bastante e sempre namorava os rótulos em algumas lojas especializadas, mas entre um e outro sempre deixava para outra oportunidade.

Em uma visita a adega da Casa dos Frios eu e Fernanda nos deparamos com o cartaz de uma degustação guidada de 6 rótulos deste tradicional produtor e logo pensamos: não podemos deixar passar essa oportunidade. Convidamos os confrades da Avec le Vin e fomos conferir os vinhos na última terça.
 
Os rótulos foram brilhantemente apresentados pela Yael Gai, Gerente de Exportações da empresa, que além de nos trazer algumas informações sobre a Golan nos brindou com informações curiosas e por mim desconhecidas, tais como: a hipótese da Syrah ser uma casta originária da Pérsia, hoje terras do Irã, onde não são mais produzidos vinhos em virtude do Islamismo; e o fato da Chardonnay ser originária das Colinas de Jerusalém e que a verdadeira origem do nome desta casta vem do vinho branco e da língua hebraica cuja tradução é Shaar-Adonay (Sha'har-Adonai), que significa Porta de Deus e simboliza a Cidade Santa de Jerusalém, cercada pelas "portas de Deus".
 
A região produz vinhos há 5000 mil anos e pode ser considerada o berço da vinicultura. Durante a hegemonia grega os vinhos do Oriente Médio eram uma indústria em pleno crescimento e, quando os romanos dominaram o mundo, a cidade de Gaza tornou-se o porta de saída dos vinhos da região.
 
Contudo, no século VII, os muçulmanos dominaram a região e devido suas convicções religiosas destruíram todos os vinhedos e proibiram a produção de vinhos, permanecendo desta forma até o fim do século XIX, quando um dos nomes mais conhecidos no mundo do vinho - o Barão Edmond de Rothschild decidiu reinventar a vinicultura na região, porém essa experiência não teve sucesso.
 
A moderna vinicultura israelense remota para meados da década de 70 do século passado, quando um professor da Universidade de Davis, Califórnia, determinou que as Colinas de Golan seriam a melhor região para produção de vinhos. Os primeiros vinhos dessa nova eram começaram a ser produzidos há 30 anos.
 
Como já citei degustamos 6 vinhos, todos de muito boa qualidade e que serão apresentados um a um por aqui nas próximas semanas. Fique ligado e não perca nenhum detalhe e quando cruzar com um vinho de Israel em uma loja não pense duas vezes antes de adquiri pelo menos um exemplar.
 
Le haim!

Da esquerda para direita: Juberlan, eu, Fernanda, Luciana
Pedro, Yael Gai e Carol.
 

Calvet Reserve Merlot - Cabernet Sauvignon Reserve 2008

Estava com esse corte bordalês há cerca de um ano na Adega e resolvi abrí-lo para acompanhar uma picanha ao forna preparada por minha mãe e que estava simplesmente divina.
 
O Calvet Reserve é produzido pela vinícola J Calvet e Cia com as castas Merlot e Cabernet Sauvignon, duas clássicas e passam por uma filtragem para remoção de depósitos e posterior envelhecimento por 6 meses em garrafa nas caves da vinícola.
 
A história da J Calvet & Cia remonta a 1818, quando seu fundador Jean-Marie Calvet instalou-se pela primeira vez em Hermitage no Drôme, onde sua família é proprietária de uma vinha e, um pouco mais tarde, em Bordeaux. A vinícola produz vinhos em Bordeaux, Côtes du Rhône e Borgonha. Os enólogos e vinicultores da Calvet sempre buscam preservar a tipicidade do terroir e determinam os métodos de vinificação de de modo a autenticidade do vinho.
 
Visualmente o vinho mostrou uma cor rubi intenso e brilhante e intensa com halo ligeiramente alaranjado e lágrimas finas e lentas. No nariz aromas de frutas vermelhas, flores (violetas e rosas) e toques de especiarias (pimenta, café e cravo). Em boca mostrou taninos macios e acidez sobressaindo-se; repetiu a fruta, o café e a pimenta. Final de boca de média-longa intensidade e a acidez incomodando um pouco.
 
O vinha estava infiltrando-se pela rolha, então mais alguns dias ou poucos meses o líquido possivelmente oxidaria. Fica a dúvida rolha de má qualidade ou adega termoelétrica sem conseguir manter um envelhecimento lento do vinho?
 
O Rótulo

Vinho: Calvet Reserve
Tipo: Tinto
Castas: Merlot (70%) e Cabernet Sauvignon (30%)
Safra: 2008
País: França
Região: Bordeaux
Produtor: J Calvet & Cia
Enólogo: Benjamin Tueux
Graduação: 12,5%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 50,00
Temperatura de serviço: 16º

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Como escolher e degustar um espumante



Fonte: Zero Hora

Região Serrana de Santa Catarina ganha destaque na produção de vinho

Começou a colheita da uva da variedade goethe, na Região Serrana de Santa Catarina. A safra será menor por causa da influência do clima, mas os produtores garantem: a produção de vinho não vai ser afetada.
 
Urussanga tem a maior produção de uva goethe do Brasil. A região atrai milhares de turistas interessados pelo vinho. Na propriedade de Arnaldo Mariere chegam a ser colhidas, por dia, mais de 600 caixas de seis quilos. Em meio aos parreirais, mãos e tesouras são treinadas para cortar os cachos, mas apesar da agilidade, o trabalho é feito com muito cuidado porque a uva se parte facilmente. Por causa da delicadeza da fruta, a variedade não é vendida in natura e tem como destino apenas a produção de vinhos.
 
Neste ano, os parreirais foram prejudicados pelo excesso de chuvas justamente na época de amadurecimento dos frutos. Na propriedade de Arnaldo, por exemplo, pelo menos 20% da toda a safra ficou no chão, mas a perda, felizmente não vai comprometer a safra de vinhos, nem cancelar a chamada vindima, a festa dos produtores no período de colheita, afinal, motivos para comemorar não faltam.
 
Os vinhos dos vales da uva goethe são reconhecidos por um selo, que atesta a indicação geográfica. A qualidade é garantida pelos cerca de 300 produtores da região, a maioria descendente de imigrantes italianos, que no século 19 trouxeram as primeiras uvas para Santa Catarina.
 
Neto de um desses pioneiros, Renato Damian monitora de perto toda a produção, temperatura, fermentação e, claro, o produto final, já que a uva é mais que um comércio, a atividade é uma paixão. “Dentro de uma garrafa de vinho não há só um líquido, existe a imagem dos vales da uva goethe, a tradição, a cultura e o saber fazer”, diz.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Jolie e Pitt também devem produzir tinto no estilo super toscano

A família Perrin, famosa por produzir grandes vinho no vale do Rhône, em união com Brad Pitt e Angelina Jolie, donos do Château Miraval na Provence, está considerando lançar, no próximo ano, um tinto no estilo dos Super Toscanos italianos – um blend de variedades de uvas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah ou Cabernet Franc. O produtor sugere que o nome da bebida seja “Jolie-Pitt & Perrin”.
 
“Acredito que a Provence e a Toscana tenham similaridades em termos de clima, influência marítima e terroir”, acredita Marac Perrin. De acordo com ele, o vinho – que não vai obedecer as regras da denominação de Provence –, deverá entrar numa categoria genérica. “O vinho Jolie-Pitt & Perrin pode ser estilisticamente semelhante aos classificados como Super Toscanos, que também conseguiram alcançar notoriedade fora do sistema de denominação de vinhos da Itália”, afirmou.
 
Para que a produção do vinho tenha início, os geólogos Claude e Lydia Bourguignon pesquisaram as áreas ideais para o plantio das videiras e encontraram, em um terreno de 500 hectares ao longo do Château Miraval, três locais adequados. “Estamos planejando experimentar o plantio de diversas variedades de uva como Syrah, Mourvèdre, Cabernet Sauvignon, entre outras”, afirmou Perrin.
 
Até o momento, a propriedade de Pitti e Jolie produz somente vinhos rosés, tradicionais na região, e este ano verá o lançamento de sua segunda safra.
 
Fonte: Revista Adega

Câmara estuda proposta que inclui o vinho na cesta básica

O Projeto de Lei 5965/13, em análise na Câmara dos Deputados, inclui o vinho entre os produtos que compõem a cesta básica nacional. De acordo com o autor do texto, deputado Edinho Bez (PMDB-SC), o vinho é considerado, em vários países do mundo, um complemento alimentar essencial. “O vinho é importante para a circulação, coração, pele, estimulante, entre outras vantagens como alimento”, garante.

Além de incluir o vinho, o projeto altera a composição da cesta básica para garantir que ela seja a mesma em todo o País. Hoje a composição varia conforme a região. A cesta básica das regiões Sul e Sudeste tem, por exemplo, mais carne e leite do que a do Nordeste. Em compensação, no Nordeste a cesta tem mais farinha e arroz.
 
Fonte: No Minuto

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Luna del Cacciatore Sangiovese Di Toscana 2011

Até provar os vinhos italianos do meu primeiro ClubW, que também toram os primeiros da Confraria Avec le Vin, a minha experiência com rótulos tintos deste país não era das melhores, porém estes vieram para retirar da memória todas as experiências negativas prévias.
 
A exemplo do Il Costone, o Luna del Cacciatore também é um monocasta Sangiovese, sendo que este é produzido na região da Toscana, área central da Itália e cuja produção de vinhos é tão antiga quanto a ocupação humana. A região é famosa por seus Chiantis e Brunellos e é sinônimo prazer de viver, comer e beber bem.
 
O vinho é produzido pela Farroria Il Canneto em San Miniato-Pisa numa região montanhosana Alta Toscana e com 15 hectares de vinhedos de Sangiovese, Merlot e Colorino.
 
Produzido a partir de processos de vinificação tradicionais e com amadurecimento em barricas de carvalho francês e eslavo por 6 meses e posterior afinamento em tanques de aço inox por 4 meses e em garrafa por 2 meses.
 
Visualmente mostrou uma cor rubi escura, brilhante e profunda, halo vermelho claro e com boa formação de lágrimas. No nariz rico em frutas vermelhas, pimenta, café e elegante tostado. Em boca repetiu as notas do olfato e mostrou taninos macios e boa acidez. Corpo médio com final de boca seco e com a fruta e tostado aparecendo no retrogosto.
 
Harmonizamos com um escondidinho safado: creme de macaxeira, charque desfiada e bolinho de macaxeira frita, também preparado por Fernanda.
 
Pra mim o melhor vinho (muito equilibrado) e a melhor harmonização do primeiro encontro de nossa confraria... Deixou um gostinho de quero mais... Ansioso por nosso próximo encontro com vinhos chilenos.
 
O Rótulo
 
Vinho: Lina del Cacciatore Di Toscana
Tipo: Tinto
Casta: Sangiovese
Safra: 2011
País: Itália
Região: Toscana
Produtor: Fattoria Il Canneto
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 75,00 (R$ 53,00 no ClubeW)
Temperatura de serviço: 16°

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Gang francesa dedicava-se ao roubo de vinhos

Uma mega-operação policial levada a cabo na França no último dia 10, após seis meses de investigação realizada por uma rede simultâneao em Paris, Bordeaux e outras cidades do Sudoeste francês. Foram detidos 20 indivíduos, todos membros do que se crê ser uma rede organizada de roubo de vinhos, com especial preferência por colheitas famosas de Bordeaux. “Nunca na França enfrentamos uma rede criminosa na área do vinho tão metódica e estruturada como esta”, confessou à “Wine Spectator”, um responsável da Gendarmerie, Ghislain Réty.
 
Segundo as autoridades, a “gang” operava com regularidade na zona de Bordeaux, roubando estoques de vinho, em média, a cada duas semanas, desde o passado mês de Junho. No total, 13 chateaux e dois armazéns foram “visitados” pelos ladrões, que operavam com uma lista bem definida de “encomendas”. Os nomes das casas vítimas dos furtos não foram divulgados e o setor vinícola de Bordeaux tem mantido completo silêncio sobre o assunto. A polícia garante que o valor total do vinho roubado ultrapassa a estimativa feita anteriormente pelos produtores – e que já ascendia a 1,36 milhões de euros.
 
Os criminosos repetiram, quase sem variações, o mesmo “modus operandi”: primeiro roubavam um SUV, entravam mascarados na casa do seu proprietário e obrigando-o a entregar as chaves. Depois conduziam até um château, ludibriavam os sistemas de segurança e carregavam o vinho em caixas para o carro. Horas mais tarde, lavavam a viatura com água sanitária e ateavam fogo, para destruir quaisquer traços de DNA que permitissem identificá-los.
 
Dos 20 detidos, todos homens e de nacionalidade francesa, cinco eram “ladrões profissionais” e outros 15 encarregavam-se de revender o vinho roubado. A polícia não descarta a possibilidade de vir a fazer novas detenções.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Tintos específicos para o verão

A característica do vinho tinto de verão ainda não está bem definida. Nesta estação do ano, se toma o vinho na beira da piscina ou em um ambiente climatizado, por exemplo, o que pode alterar a escolha do vinho pela formalidade ou informalidade do rótulo.
 
No verão, não há muito sentido tomar um vinho com alto teor alcóolico por causa das altas temperaturas, que podem causar efeitos ruins ao organismo.
 
 
Fonte: CBN

Espumante "britânico" com a cara do Brasil

Com a Copa do Mundo de Futebol se aproximando e as atenções de todo o mundo voltadas para o Brasil, a empresa inglesa Copestick Murray adicionou um vinho brasileiro na gama dos exemplares da marca I Heart. A edição limitada do espumante produzido a partir do método Charmat foi chamada de “I Heart Brazil Sparkling Moscato” e leva as cores da bandeira brasileira sobre o lacre.
 
O espumante é composto por 50% de Moscato Bianco e 50% de Moscato Giallo, vindos da Vinícola Aurora. O preço de varejo está por volta de £ 9,99, o equivalente a R$ 39,78 e estará envolvido na edição de 2014 da campanha do Wines of Brazil, chamada “Wake up the Brazilian in You”.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Il Costone Sangiovese Di Romagna Superiore 2011 #aveclevin

Chegamos ao segundo vinho degustado no primeiro encontro da Confraria Avec le Vin: o Il Costone Sangiovese Di Romagna 2011, um tinto da região da Emilia-Romagna.
 
O vinho é produzido pela Vinícola Braschi, fundada em 1949 e localizada na província Forli Casena. O líquido passa por maceração e fermentação à temperatura controlada e o envelhecimento é realizado em tonéis de carvalho por 12 meses, seguido por 6 meses em tanques de aço inox e mais 3 meses de garrafa.
 
O rótulo é um 100% sangiovese, casta tinta italiana, talvez a mais famosa e que é amplamente cultivada na região central da Itália, principalmente na Toscana, Úmbria e Lazio e é a principal casta do vinho Chianti. A sangiovese é uma casta que produz, via de regra, vinhos para serem consumidos jovens (3 anos) e que possuem como características cor rubi clara, elevada e agradável acidez e taninos leves.
 
E o Il Costone? Este é o puro reflexo de um varietal sangiovese.
 
Visualmente mostrou uma cor rubi clara e brilhante, com halo vermelho translúcido e lágrimas densas. No nariz boa intensidade aromática, com notas de frutas vermelhas (cereja e morango), florais e de especiarias e nuances de madeira. Em boca repetiu as notas olfativas e um leve toque balsâmico; mostrou taninos finos, boa acidez e álcool na medida. Vinho de corpo médio e com final de boca agradável e de leve frescor, com a fruta e a especiaria aparecendo no retrogosto.
 
Harmonizamos com bruschettas de pão italiano com tomate concassé e manjericão, preparadas divinamente por Fernanda.
 
O Rótulo
 
Vinho: Il Costone Di Romagna 2011
Tipo: Tinto
Casta: Sangiovese
Safra: 2011
País: Itália
Região: Emilia-Romagna
Produtor: Vinícola Braschi
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 75,00 (R$ 53,00 no ClubeW)
Temperatura de serviço: 17°

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Vamos colher uvas?

A vindima já começou no Vale dos Vinhedos; confira os destaques da temporada de colheita, que vai até o final de março no Rio Grande do Sul

A região enrodilhada por vales cobertos de parreirais, em plena serra gaúcha (a 120 km de Porto Alegre) abriga o Vale dos Vinhedos. O entroncamento das cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul é a única região do país com Denominação de Origem para o vinho --"selo de qualidade" que garante o diferencial do produto, por ele ser da região.

 
Tudo ali é impregnado pelas tradições dos imigrantes italianos, que chegaram em 1875 e deram início às primeiras plantações de uva. Agora, de fevereiro até 23 de março, ocorre a Vindima 2014, temporada de festa com uma programação extensa: colheita e pisa das uvas, jantares temáticos, degustações e piqueniques nos parreirais.
 
O enoturismo atrai apreciadores aos restaurantes, tratorias, armazéns, biscoiterias e adegas distribuídas pela rota. O momento é bom para sorver o legado histórico, cultural e gastronômico da região.
 
A Denominação de Origem Vale dos Vinhedos segue as regras de países vinícolas tradicionais, como limite de produção por hectare e determinação das uvas cultivadas.

Roteiro da vindima

O roteiro e a programação oficial da vindima podem ser consultados no site da Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos). Nas vinícolas e adegas a rotina é a mesma o ano todo: visitação guiada que se encerra no varejo com degustação. Abaixo, confira algumas que permitem a participação do turista na colheita

VALDUGA

A Casa Valduga, uma das vinícolas mais tradicionais, oferece uma programação sempre aos sábados, que começa com um café da manhã embalado por canções italianas e coral, colheita no parreiral, degustação de produtos, almoço servido na adega com cardápio típico, visitação às unidades de processamento e vinificação, palestra sobre a história da imigração italiana, esmagamento de uvas com os pés e jantar de encerramento com apresentação especial.

INFORMAÇÕES E RESERVAS casavalduga.com.br, reservas@villavalduga.com.br

PIZZATO

Plínio Pizzato, que dirige a vinícola da família, explicará o processo de desenvolvimento das videiras in loco e enólogos farão a descrição do processo de vinificação, com direito à tradicional pisa das uvas. Haverá almoço harmonizado no restaurante Valle Rustico (saiba mais no site da Folha), seguido de visita ao tanoeiro Eugenio Mezacasa, que mostrará a produção de barricas. Depois, degustação dos vinhos top da vinícola. Quando 8, 15 e 22 de fevereiro, 1º e 2 de março, de 9h às 16h30 (programação diferenciada à noite, sob consulta). Reservas antecipadas

QUANTO R$ 210 por pessoa; crianças de até 12 anos pagam R$ 37
ONDE via dos Parreirais, s/nº, Bento Gonçalves; tel. (54) 3459-1155
INFORMAÇÕES E RESERVAS pizzato.net, varejo@pizzato.net

LARENTIS

A pequena vinícola-butique oferecerá colheita noturna para um grupo de 25 pessoas, guiada pelo enólogo da família, André Larentis. Inclui tábua de frios e prato quente italiano "da nonna", regados a vinhos e espumantes da casa. Outro gostoso programa é o piquenique diurno em meio aos parreirais, com pão caseiro, geleia, copa, queijo, salame e uma garrafa de vinho ou espumante.

QUANDO colheita noturna em 15/2 (R$ 90 por pessoa); piquenique durante todo o ano, sob reserva (R$ 40 por pessoa)
ONDE linha Leopoldina, Bento Gonçalves; tel. (54) 3453-6469
INFORMAÇÕES E RESERVAS larentis.com.br, larentis@larentis.com.br

Fonte: Folha de São Paulo