quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Americana toma vinho enquanto faz flexões

A americana April Storey, de 24 anos, fez sucesso nas redes sociais depois que compartilhou um vídeo em sua página no Facebook no qual toma vinho enquanto faz flexões. April ganhou destaque nesta semana em jornais e TV dos EUA. Assista ao vídeo.

Abril Storey publicou originalmente o vídeo em sua página no Facebook na véspera do Ano Novo. Na gravação, ela aparece realizando uma série de exercícios, mas, no momento das flexões, aproveita para tomar vinho enquanto realiza as repetições.

Fonte: G1

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Morre Peter Mondavi, pioneiro de Napa Valley

Peter Mondavi, um dos pioneiros da vinicultura de Napa Valley, na Califórnia, morreu no último sábado (20), aos 101 anos, na propriedade da família em Santa Helena. Irmão de Robert Mondavi, ele comandou a vinícola mais antiga da Califórnia, Charles Krug, por 40 anos.
 
Fundada por um imigrante alemão em 1861, a vinícola Charles Krug foi comprada pelos pais de Mondavi em 1943. Peter e o irmão Robert trabalharam juntos na empresa da família por 22 anos, mas diferenças de visão sobre como administrar o negócio fizeram que Robert deixasse a Charles Krug em 1965 e abrisse sua própria vinícola um ano mais tarde, a primeira desde a Lei Seca. Robert Mondavi tornou-se um dos mais célebres produtores de vinho do mundo e morreu em 2008.
 
Peter assumiria o comando da Charles Krug em 1976, após a morte da mãe. Em entrevistas, ele sempre dizia que o maior orgulho de sua vida foi ter mantido o negócio na família, apesar de todas as crises que assolaram o setor e a região ao longo das décadas. De 2000 a 2010, investiu US$ 22 milhões para replantar 160 hectares considerados “premium” com as variedades de Bordeaux.
 
Sua relação com o mundo do vinho começou ainda na infância, quando ajudava o pai a preparar as caixas de madeira usadas em seu negócio de transporte de uvas. Estudou economia na Universidade de Stanford em 1938, mas acabou sendo atraído pela enologia, que cursou na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Lá, pesquisou a então polêmica fermentação a frio para vinhos brancos e rosés. Anos depois, ficou conhecido por seus brancos extremamente frescos e frutados. Afeito à modernização, Mondavi era visto como uma lenda entre os produtores de Napa -- em 1986, foi eleito um dos 12 mais importantes. Em 1963, sob sua determinação, a Charles Krug foi a primeira vinícola de Napa a importar barris de carvalho franceses.
 
Mondavi aposentou-se apenas no ano passado, mas ainda era visto na vinícola, onde tinha de subir dois lances de escada para chegar a seu escritório. O comando da empresa é hoje dividido entre os dois filhos, Peter Jr. e Marc.
 
Fonte: Paladar - Estadão

Zona Norte do Recife vai ganhar uma nova opção de gastronomia


A Zona Norte do Recife vai ganhar uma nova opção de gastronomia e lazer: o Jardim Gourmet Plaza. Vai ser instalado até o fim de março na saída do Piso L2 do Plaza Shopping.

O espaço irá reunir duas operações:o Campo da Serra e o Fiteiro Bar. A proposta é que os clientes possam usufruir de um ambiente ao ar livre, integrado à área verde externa do mall.  

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Ministro do Trabalho anuncia redução de IPI sobre o vinho

O ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, anunciou na noite de quinta-feira, na Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), que o governo vai reduzir a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de vinho, de 10% para 6% este ano e para 5% em 2017. E cairá para 5% em 2017. No início deste ano, a presidente Dilma Rousseff vetou decisão do Congresso nesse sentido, após acordo entre produtores, parlamentares e o governo. Com risco de ter o veto derrubado por deputados e senadores, o governo decidiu reconsiderar sua decisão.
 
A redução da alíquota se dará por um decreto, a ser assinado pela presidente Dilma, mas ainda sem data prevista. Rossetto fez o anúncio da redução do IPI em discurso na festa.
 
— O IPI, tão caro para nossos produtores da região, após mantido diálogo forte com nossos produtores de tal forma a corrigirmos nosso IPI do vinho do nosso Rio Grande. Anuncio a todos vocês que, após intenso processo, haverá redução da alíquota para 6% e 5%. Isso se deve ao intenso trabalho da representação da região e da cidade e de parlamentares — disse Miguel Rossetto, bastante aplaudido pelos presentes.
 
O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), presidente da Frente Parlamentar de Defesa e Valorização da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e Derivado, comemorou a decisão. Ele foi um dos articuladores para redução na discussão da medida provisória 690, de 2015, e que, na tramitação no Congresso, incluiu, na sua conversão em lei, da redução da alíquota do vinho.
 
— É uma medida que irá beneficiar todo o setor, as vinícolas, o produtor e também o consumidor. Hoje temos um vinho de muita qualidade, com investimento alto dos produtores nas videiras e na tecnologia — disse Mauro Pereira.
 
Em janeiro, Dilma sancionou a lei que regulamenta o novo sistema de tributação de bebidas e vetou a desoneração do vinho. Antes, o imposto era cobrado por um sistema de alíquotas e o custo para o litro do vinho nacional era de R$ 0,73. Com a decisão de 10% de alíquota, uma garrafa de R$ 30 custaria R$ 33. Duas vezes mais que o imposto anterior.
 
Carlos Paviani, diretor do Instituto Brasileiro do Vinho, afirmou que a redução do IPI vai, no mínimo, evitar que o preço do produto aumente muito.
 
— Estamos tendo um aumento de custos. Além da inflação, o custo da garrafa subiu muito por conta do aumento da energia elétrica, que é o principal insumo do custo do vidro. Responde por 50% desse custo. E a energia teve um reajuste superior a 20%. O recuo do IPI vai permitir um aumento menor. Vai beneficiar toda a cadeia — disse Paviani.

Fonte: Extra

Revista Decanter estuda mercado brasileiro de vinhos

Três dos principais profissionais da revista inglesa Decanter, uma das mais importantes publicações de vinho do mundo, desembarcam no Brasil na próxima segunda (22) para uma série de palestras, degustações e conversas com produtores nacionais. É a primeira vez que o board da revista visita ao Brasil. A ideia, diz Sarah Kemp, diretora de redação da publicação, em uma rápida entrevista por e-mail, é começar a conhecer o mercado nacional. “Temos visto um grande crescimento no interesse do vinho pelos brasileiros na Decanter”, conta ela.
 
Sarah vem acompanhada de Christelle Guibert, diretora de degustação, e Peter Richards MW, responsável pelos mercados brasileiro e chileno na Decanter. A visita será rápida – na quarta-feira, eles já vão para o Chile –, mas inclui dois seminários, um em São Paulo (SP) e outro em Bento Gonçalves (RS), sobre a revista e a sua maneira de degustar.
 
Organizados por Paulo Brammer e Thiago Mendes, sócios da escola Enocultura, o evento começa com uma apresentação de Sarah sobre a revista; Christelle explicará como é o processo do Decanter World Wine Awards (DWWA), o concurso de vinhos promovido pela publicação. Por fim, Richards coordenará uma degustação com vinhos premiados pelo DWWA, explicando quais são as características valorizadas pelos jurados da publicação para conceder uma medalha. Interessados em participar devem enviar e-mail para rsvp@enocultura.com.br. O evento é gratuito. As confirmações serão por ordem de inscrição e haverá uma lista de espera caso haja alguma desistência.
 
No roteiro, os três vão visitar também diversos produtores gaúchos. Em São Paulo, depois do seminário, está previsto um jantar na Enoteca Saint Vin Saint, onde devem conhecer rótulos brasileiros de pequenos viticultores.
 
Seminário Decanter – São Paulo

Data: 22 de fevereiro
Horário: 15h às 16h
Local: Praça São Lourenço
rua Casa do Ator, 608 – Vila Olímpia
(11) 3053-9300 – São Paulo – SP
 
Fonte: Revista Menu

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Amazon lança serviço de aconselhamento de vinhos

O mercado dos apreciadores de vinho que têm dúvidas sobre o que escolher é a nova aposta da Amazon. A loja japonesa acaba de lançar um novo serviço. Uma equipe de sommeliers certificados, garante a empresa, está agora disponível para atender as chamadas dos clientes que se disponham a comprar vinho na loja online nipónica.
 
O objetivo é o de ajudar os utilizadores a tomarem decisões, através de um aconselhamento personalizado. As chamadas são gratuitas e o serviço funciona apenas em japonês, entre o meio-dia e as cinco da tarde. Quando fazem o contato, os clientes são convidados a deixar um número de telefone, sob a promessa de que receberão uma chamada de um especialista em vinhos.
 
O tempo de resposta depende da fama do serviço, segundo explicou uma porta-voz da Amazon japonesa, mas, em circunstâncias normais, a demora será de “apenas alguns minutos”. A empresa não revelou quantos sommeliers integram a equipe, mas asseverou que todos estão habilitados a dar conselhos sobre os melhores vinhos para servir numa festa, para acompanhar determinada receita ou para oferecer. A loja dispõe de uma oferta que integra oito mil vinhos.
 
Fonte: Observador

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Arte Tradicional 12 Meses

Encontrar boas opções de vinho abaixo de R$ 50,00 não é tarefa fácil, mas eles existem e um deles é o Arte Tradicional 12 Meses, um espumante produzido pelo método Champenoise pela Casa Valduga.
 
Na elaboração são usadas apenas as melhores parcelas de uvas de cada safra. O coorte é composto por Chardonnay e Pinot Noir e o espumante é maturado por 12 meses nas belas caves subterrâneas com remuage em pupitres.
 
Na taça apresentou cor amarelo palha com reflexos dourados, boa formação de espuma e perlage fina, abundante e persistentes.
 
No nariz mostrou boa intensidade de aromas, com destaque inicial para maçã, pera e abacaxi, seguido de notas de damasco, nozes, fermento e pão tostado.
 
Em boca uma deliciosa cremosidade apareceu em harmonia com uma refrescante acidez. Final de boca persistente e com as notas provenientes da segunda fermentação aparecendo no retrogosto.
 
A harmonização ficou por conta de um papo descontraído com amigos e um delicioso ensopado de aratu.


O Rótulo

Vinho: Arte Tradicional 12 Meses
Tipo: Espumante
Castas: Chardonnay 60% e Pinot Noir 40%
Safra: 2013
País: Brasil
Região: Vale dos Vinhedos
Produtor: Casa Valduga
Graduação: 11,5%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 35,00
Temperatura de serviço: 6°

2015 foi um bom ano para o vinho brasileiro, mas a previsão para 2016...

Nem bem assumiu a presidência do Ibravin, o Instituto Brasileiro do Vinho, o enólogo gaúcho Dirceu Scottá logo divulgou uma boa notícia: a venda dos produtos derivados da uva e do vinho cresceu 6,9% em volume em 2015 em comparação com o ano anterior. A alta foi impulsionada pelo suco de uva e, nos alcoólicos, pelos espumantes. Mas a segunda notícia de Scottá não é tão boa assim: são bem pequenas as chances de 2016 registrar crescimento em volume. “A quebra de até 50% na safra deste ano e a alta de impostos, como o IPI e o ICMS, indicam que o ano será difícil”, afirma Scottá, que está no novo cargo desde meados de janeiro por uma gestão de três anos.

Nas borbulhas, os espumantes tiveram alta de 10,59% no ano, com a venda de 13,8 milhões de litros, e os moscatéis, de 15,83%, com 4,9 milhões de litros. Os dados consolidam a vocação brasileira para este estilo de vinho e apontam no nosso diferencial para as borbulhas mais doces dos moscatos. Nos sucos de uva prontos para consumo, o aumento foi de 30,5%, com o total de 117,7 milhões de litros.

Nos vinhos de mesa, aqueles elaborados com uvas não viníferas, o volume ficou estável, com alta de 0,78%, chegando a 207,6 milhões de litros no ano. Nos vinhos finos, o aumento nas vendas foi de 2,6% em relação a 2014, totalizando 19,8 milhões de litros. Aqui, o melhor desempenho foi dos rosés, com alta de 8%, apesar do pequeno volume de 167 mil litros comercializados em 2015. Os tintos tiveram alta de 4,24% (com o total de 15,3 milhões de litros no ano passado). Nos brancos, houve uma retração de 3%, com a venda de 4,3 milhões de litros.

Em porcentagens, o crescimento dos vinhos finos brasileiros é maior do que nos importados, que tiveram alta de 1,5% em volume, totalizando 80,6 milhões de litros, pelos dados de Adão Morellatto, da International Consulting.

Para 2016, Scottá ainda não arrisca previsões. Ele acredita que a queda na safra deve ser mais sentida nos vinhos de mesa. “Há bons estoques de vinhos elaborados com as variedades viníferas”, afirma. Os impostos também preocupam: não só o IPI, que teve alíquota definida em 10% em dezembro, mas principalmente no ICMS. “A maioria das vinícolas vende por internet e precisa pagar o imposto não apenas do Estado em que está situada como fazer a compensação do ICMS para o Estado em que vendeu o produto”, explica ele. No chamado ICMS da partilha, as vinícolas gaúchas pagam 13% de ICMS, que é a alíquota estadual, e se, por exemplo, vendem para São Paulo, precisam pagar mais 12%, para chegar aos 25% do ICMS paulista.

Outra grande preocupação de Dirceu é a procura, pelos importadores, em trazer vinhos de preço muito mais baixo para o Brasil. “Isso pode ser um problema para o setor, ao pressionar os nacionais a terem vinhos muito baratos, o que prejudica a qualidade”, afirma ele. A conferir.

Os vinhos do molusco papudinho foram entregues no sítio em Atibaia

A revista Veja deste fim de semana informa que 37 caixas de bebidas, parte da mudança do ex-presidente Lula, em janeiro de 2011, foram entregues no sítio de Atibaia (SP). Esta coluna informou dia 2 passado que uma fabulosa adega pode ter feito parte da reforma de R$ 800 mil do sítio, paga pela Odebrecht. Noticiamos também que diplomatas brasileiros foram “estimulados” a presentear Lula com vinhos especiais.
 
SÍTIO DE LARANJAS
 
A entrega das caixas em Atibaia se deu em 8 de janeiro de 2011, dois meses após a compra do sítio que estaria em nome de laranjas.
 
Não sei o que estão esperando para prender esse cidadão!

Estudo revela aos produtores de vinho segredo para castas de excelência

Uma investigação da Universidade de Aveiro, desenvolvida na Bairrada, mostra como a qualidade do vinho pode ser consideravelmente melhorada se as castas forem associadas a um determinado terreno.


Dentro das quatro paredes de um dos laboratórios de Química da Universidade de Aveiro, Sílvia Petronilho lançou a questão: qual a casta que melhor se adapta a um determinado terreno? Arregaçou as mangas, encontrou a propriedade com mais de 150 hectares de vinha, onde existiam várias tipologias de terreno e rumou às vinhas da Bairrada. A investigação, desenvolvida durante três anos, "veio colmatar uma falha [no setor vinícola], agarrando em algumas castas representativas e tentando perceber qual era o seu comportamento no ambiente em que se encontram".
 
Por exemplo, na Bairrada, a casta Sauvignon Blanc, que é uma casta francesa, "em três locais diferentes não varia a sua composição. É uma casta que se adapta a qualquer zona e talvez seja a razão por que existe em quase todas as regiões de Portugal", explica.
 
Mas não é assim com todas, muito pelo contrário. Sobretudo com as castas autóctones. Na Bairrada, foram analisadas sete castas e tomando-se como exemplo, a Baga aparecem as diferenças. É uma casta que em "solos argilo-calcários tem maior potencial aromático do que num solo argilo-arenoso, com menor capacidade de retenção de água".
 
Sílvia Petronilho, a investigador, garante que, depois da Bairrada, vai agora começar a trabalhar com as regiões vinícolas do Dão e do Tejo, porque o aroma e a cor podem ser potenciados consoante o clima e o solo. Começou como um estudo acadêmica, mas agora terminado é uma ferramenta para os viticultores, pois "o produtor agora tem esta ferramenta em mão e pode jogar com o tipo de vinho que quer produzir".
 
Reconhecendo a relação casta/terreno de cultivo, produtor e enólogos podem passar a produzir vinho sem juntar químicos: uma mais-valia para a produção e, claro, para o consumido.
 
A investigação foi desenvolvida na empresa Campolargo, numa área de 170 hectares de vinha, onde se conseguiu analisar a mesma casta em, pelo menos, três locais diferentes e durante três anos, para poder despistar o fator tempo, ou seja, o facto de nuns anos haver melhor colheita que noutros.
 
Desenvolvido pela Universidade de Aveiro, depois da Bairrada o estudo vai ser agora estendido às regiões do Dão e do Tejo.
 
Fonte: TSF

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Vinhos da Serra Catarinense buscam melhor qualidade

Um dos diferenciais dos vinhos produzidos na Serra Catarinense é a aposta na qualidade. Segundo Acari Amorim, presidente da associação Vinhos de Altitude, vários deles já foram premiados em concursos nacionais e internacionais.
 
"Não queremos competir em quantidade. Nosso objetivo é alcançar vinhos de alta qualidade" — diz Amorim.
 
 
Ele cita como exemplo disso uma das cláusulas estatutárias da associação, que proíbe a adição de açúcar no mosto (etapa pré-fermentação) para correção de sabor em época de colheitas ruins. A medida, segundo ele, garante a produção de vinhos de qualidade superior, pois são utilizadas apenas uvas com alto grau natural de açúcar.
 
Outro ponto que garante a qualidade do produto é a altitude. Para entrar na associação, é necessário que o produtor utilize espaldeiras, que garantem presença abundante da luz solar para a fruta, e os parreirais precisam estar a  uma altitude mínima de 900 metros acima do nível do mar.
 
— Isso garante uma grande amplitude térmica ao longo do dia, o que propicia uma alta concentração de compostos fenólicos, que dão a cor ao vinho, e aromáticos, responsáveis pelo cheiro — explica o enólogo Leonardo Ferrari.
 
Para a safra de 2016, a expectativa é de um vinho de qualidade ainda melhor que nos anos anteriores. De acordo com Amorim, uma geada tardia, nos dias 11 e 12 de setembro, trouxe perdas de até 30% em alguns tipos de uva. As que restaram, no entanto, apresentam altos índices de açúcar natural.
 
— Ocorreu uma espécie de seleção natural. As uvas que resistiram à geada ficaram com uma qualidade acima da média. E também tivemos um período seco em janeiro, que foi muito para a planta — diz.

Fonte: DC Digital

Consumo de espumantes no Brasil cresce 16,5%

Apesar de a economia enfrentar a pior recessão dos últimos 25 anos, o brasileiro ainda parece estar encontrando motivos para comemorar - e estourar garrafas de espumante. As vendas do produto nacional subiram 16,5% de janeiro a novembro do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Vinícolas nacionais de médio e grande porte, como a Miolo e a Casa Valduga, estão apostando cada vez mais suas fichas no produto, que cresce a taxas bem mais generosas do que os vinhos finos, cuja produção avançou 4% em 2015.
 
Ao contrário do que ocorre nos vinhos tintos, em que há uma espécie de preconceito em relação ao produto nacional, o espumante fabricado no Brasil domina as vendas no País. Segundo Dirceu Scottá, presidente do Ibravin, 80% do consumo local de espumantes é abastecido pelas vinícolas nacionais. No vinho fino, com a concorrência mais forte do produto da Argentina e do Chile, a situação se inverte: o produto brasileiro só responde por 20% do consumo total.
 
Apesar da recente alta de impostos para o setor, as vinícolas esperam que a tendência de alta do dólar reforce ainda mais a vantagem de preço do produto brasileiro. Na vinícola Miolo, que fatura R$ 150 milhões por ano, o trabalho do diretor executivo Danilo Cavagni, que chegou à empresa há dois anos, depois de 38 anos na Chandon, é implantar a cultura do espumante, cujo mercado está mostrando bem mais resiliência à crise.
 
Para aumentar a produção do produto tipo moscatel - de paladar mais doce, que cresceu 22,6% até novembro de 2015 -, a empresa abriu uma fábrica no município baiano de Juazeiro, que fica no segundo maior centro produtor vinícola do País, atrás do Rio Grande do Sul. "A vantagem do Nordeste é que lá eu consigo produzir espumante moscatel o ano todo, enquanto aqui no Rio Grande do Sul estou preso a uma safra por ano", explica Cavagni.
 
A reputação do produto nacional vem sendo trabalhada de diferentes formas. Além de prêmios internacionais conquistados por rótulos como Cave Geisse, Rio Sol e Casa Valduga, as empresas também investem em ações de marketing voltadas para celebrações (como formaturas e casamentos). Outro ponto de apoio de construção de reputação é o enoturismo. No Rio Grande do Sul, as vinícolas Miolo e Valduga receberam mais de 200 mil turistas, cada uma, em 2015.
 
Os negócios que apostaram na força do espumante tiveram bom resultado no ano passado. Na Casa Valduga, que produz cerca de 2 milhões de garrafas, a expansão da receita foi da ordem de 20%, diz o presidente do Grupo Famiglia Valduga, Juarez Valduga. No ano passado, além de lançar uma operação própria de e-commerce, a companhia também separou os produtos da linha .Nero em uma divisão própria. Em 2016, a empresa cogita testar um modelo de venda de vinho porta a porta, segundo o executivo.
 
Do ponto de vista da distribuição, as empresas se posicionam de diferentes formas. Enquanto a Casa Valduga está disponível em restaurantes, bares, lojas de vinhos e só em alguns supermercados, marcas como a Miolo e a Perini se dedicam ao grande varejo. À medida que o consumo se sofistica no País, as empresas lançam linhas de produtos para diferentes bolsos: a Miolo tem a segunda linha Almadén (adquirida em 2009 da francesa Pernod Ricard), a Perini tem a Casa Perini e a Valduga, a .Nero

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Deguste seu vinho pelo pé da taça

A empresa red5 criou uma taça em que a pessoa degusta a bebida pelo pé da taça.
 
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“Taças de vidro na forma padrão você encontra em qualquer lugar. A taça de vinho para baixo é uma revolução no design e vai literalmente deixar o mundo de cabeça para baixo “, descreve o site red5.

A taça se parece exatamente com a que você usa em casa e é só quando ela está cheia de vinho que você observará como de fato ela é. Devido à concepção invertida, a parte que é geralmente a base do vidro é agora onde você saborear os deliciosos sabores dos seus vinhos favoritos.
 
O fabricante sugere ainda que você de uma de mágico com seus amigos com o truque do vinho flutuante e dê um ar mais descontraido e divertido ao seu próximo jantar.

Cada taça pode ser encontrado no site do fabricante por  6,95 libras (aproximadamente R$ 40,00).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sancionada lei que cria a Rota Catarinense da Uva e do Vinho

O projeto de lei 208/2015, que cria a Rota Catarinense da Uva e do Vinho, teve a sanção confirmada e foi transformado na Lei 16.873/2016 (Diário Oficial n° 20.220, de 18/01/2016). A proposta, apresentada pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT), foi aprovada por unanimidade em dezembro e já está em processo de implantação pelo Grupo de Trabalho de Enoturismo, dentro da Secretaria Estadual de Turismo.
 
Padre Pedro destacou nesta quarta-feira (3), no plenário da Assembleia Legislativa, a sanção ao projeto e lembrou os avanços obtidos na Serra gaúcha a partir da definição de rotas turísticas envolvendo a vitivinicultura, a hotelaria, a gastronomia, os artesãos locais, as propriedades da agricultura familiar e agroindústrias familiares. “A Lei prevê um plano específico para desenvolver as cinco principais regiões produtoras do Estado (Sul, Serra, Meio Oeste, Oeste e Vale).  Temos mais de 30 municípios com produção comprovadamente qualificada, mas que carecem de um programa que incentive o enoturismo e todos os setores que estão no seu entorno”, explica Padre Pedro.
 
O parlamentar explica que em março o Grupo de Trabalho de Enoturismo definirá de forma mais detalhada como as rotas serão organizadas, e qual a proposta de trabalho envolvendo os municípios produtores.
 
“Conseguimos a aprovação do Dia do Vinho e criamos a Mostra Catarinense do Vinho, que aconteceu de 2010 a 2014. Temos a lei que favorece estudantes e produtores, com o suco de uva na alimentação escolar. Agora queremos avançar para um calendário vinculado a esta rota da uva e do vinho, que garante visibilidade e também atrações para alavancar estas regiões”, explica.
 
A ideia da lei é provocar um efeito dominó em outros setores da economia, em especial a hotelaria e as pequenas e médias agroindústrias, artesãos, núcleos de produção em comunidades locais e tradicionais relacionadas à vitivinicultura.
 
Fonte: Portal da Ilha

Jogo do vinho: prazer e diversão

Para os amantes de um bom vinho e que não dispensam diversão na companhia da bebida, chega ao mercado mais uma versão do Jogo do Vinho. A novidade pode ser conferida na boutique de vinhos Confraria Carioca, no Casa & Gourmet Shopping, no Rio. A versão atualizada aprofunda os conhecimentos sobre essa bebida tão prestigiada.
 
Elaborado pelo consultor de vinhos e professor da Associação Brasileira de Sommeliers do Rio de Janeiro, Célio Alzer, é composto por um tabuleiro, 30 cartas que trazem informações sobre vinho tinto, branco e espumante, além de quatro peças e um livro com mil perguntas e respostas de múltipla escolha.

Em busca da rolha perfeita

 
Líder de mercado na distribuição e fabrico de rolhas naturais, produzidas com cortiça portuguesa, este é um negócio em expansão. Segundo a responsável, procuram agora “alargar o leque para as rolhas técnicas”. Para lá dos vinhos, a empresa também apresenta soluções para bebidas espirituosas e outros mercados de nicho, como o gin ou o vinho do Porto.
 
Para Isabel Allegro, esta é uma consequência natural da evolução do negócio. “Quisemos rentabilizar alguns dos subprodutos da matéria-prima. No fabrico das rolhas de cortiça havia sempre uma parte que não era aproveitada. Assim, garantimos uma rolha técnica funcional, indicada para outros produtos no mercado, mas com maior aproveitamento dos recursos”, explica.
 
Portugal – EUA – Mundo
 
Tudo começou nos EUA, em 1981, quando Jochen Michalski fundou a Cork Supply. Depois de ter trabalhado na indústria corticeira portuguesa, regressou ao outro lado do Atlântico com uma nova ideia de negócio: fornecer rolhas de cortiça aos melhores produtores de vinho do mundo.
 
Naquela época, esse era um mercado relativamente novo e o empresário achou que podia fazer a diferença. A matéria-prima vinha de Portugal, os acabamentos eram feitos nos EUA. O produto diferenciado, com forte atenção ao detalhe e um atendimento ao cliente cuidado, captaram a atenção dos produtores.
 
Austrália, África do Sul, Europa e América do Norte tornaram-se mercados importantes onde têm hoje representações. Mas Portugal continua a ser um epicentro no presente e futuro da empresa.
 
24 anos depois do primeiro laboratório
 
1 de abril de 1992. Foi neste dia, há quase 24 anos, que foi inaugurado o laboratório da Cork Supply em Portugal. O objetivo era simples: desenvolver novas técnicas de trabalhar a cortiça, para garantir a funcionalidade das rolhas. A primeira pessoa a trabalhar neste projeto foi Isabel Allegro.
 
“Fazemos o controlo de qualidade das rolhas e posso dizer que todos os dias são diferentes. Há poucas empresas no setor e nós apostamos muito em I&D (investigação e desenvolvimento). Desde esse tempo que vamos fazendo melhor, aplicando o que vamos experimentando em laboratório”, explica a atual diretora executiva da filial portuguesa.
 
Pouco tempo depois, em 1995, foi a vez de trazer também o fabrico de rolhas para Portugal. A maior proximidade com a matéria-prima e os projetos de investigação em curso justificaram a aposta. Nesse ano foi fundada a Cork Supply Portugal.
 
Vinte anos depois, o trabalho continua. “O grupo tem cerca de 400 colaboradores e a tendência é para aumentar. Em Portugal, trabalham metade dessas pessoas e este ano vamos contratar mais 40 técnicos”, avança Isabel.
 
Até ao final do ano, em São João de Ver (Santa Maria da Feira), vai funcionar uma nova fábrica direcionada para as rolhas de champanhe. Neste momento, já há três unidades fabris da empresa só em Portugal.
 
Segundo Isabel Allegro, este investimento está alinhado com as perspetivas de crescimento do negócio. “Já detemos 30% do mercado nos EUA e queremos crescer em Portugal. Além disso, a qualidade dos vinhos chineses está a subir muito depressa. Há um mercado de 600 milhões de garrafas e só poderá crescer”, explica a responsável.
 
Sustentabilidade e o futuro da floresta nacional
 
“Eu costumo dizer que a indústria corticeira é um bicho que, quando entra, já não sai de nós”. Para a diretora executiva, o trabalho continua tão motivante como no primeiro dia e destaca o papel da empresa na sustentabilidade do setor.
 
Os tempos da cortiça não podem ser acelerados e só trabalhando com os produtores é que podem garantir matéria-prima de qualidade. “Ajudamos os produtores e temos a sua confiança. Além disso, trabalhamos com engenheiros florestais que adoram tudo o que é floresta, que falam de árvores com paixão e fazem o melhor para as proteger”, refere Isabel Allegro.
 
Por outro lado, descreve esta relação próxima com os produtores como “importantíssima”. Segundo a responsável, “o sucesso do negócio está ligado ao valor atribuído à cortiça. Se o negócio das rolhas naturais deixar de existir, quem paga o produto-rei?”
 
Fonte: Observador
 

Operação investiga sonegação de R$ 4 milhões em contrabando de vinhos

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal estimam que R$ 4,8 milhões foram sonegados em impostos em um esquema que movimentou R$ 18 milhões com contrabando de vinhos e energéticos da Argentina para o Brasil. O esquema foi denunciado na Operação Formiga, deflagrada nesta terça-feira (2), com mandados em Santa Catarina e no Paraná.
 
Segundo a PF de Dionísio Cerqueira, no Oeste catarinense, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de condução coercitiva pela 1ª Vara Federal em Francisco Beltrão, no Paraná. Ao todo, foram 23 meses de investigação.
 
Eles devem ser cumpridos em duas cidades de Santa Catarina - Dionísio Cerqueira e Xanxerê, ambas no Oeste - e cinco cidades do Paraná - Barracão, Santo Antônio do Sudoeste, Francisco Beltrão, Marmeleiro e Curitiba. Até as 11h, a PF não informou quantos foram cumpridos.
 
O esquema
 
Em 2013, foi encontrado um um galpão em Marmeleiro, no Paraná, onde eram estocadas as bebidas para redistribuição a comércios brasileiros. O transporte do exterior até o galpão era feito em pequenas quantidades, depois distribuido em caminhões de transportados com notas falsas.
 
Ao todo, quatro grupos, que foram caracterizados como organização criminosa, forneciam produtos para Francisco Beltrão, Marmeleiro e Pato Branco, a partir de Barracão e Santo Antônio do Sudoeste. Depois, as mercadorias iam para compradores da região Sul e São Paulo.
 
Fonte: G1 - Santa Catarina RBSTU

Salton Moscatel, mais uma boa opção para o verão

Não precisa ser nenhum especialista para saber que o verão esse ano veio com a carga total, então nada mais justo que deixar seus vinhos tinto na adega e abusar dos espumantes, brancos e rosés.
 
Hoje falo de mais uma boa opção para esses dias tórridos: o Salton Moscatel, um vinho que vai super bem como aperitivo. Pelo dulçor característico e o baixo teor alcoólico a maioria dos enófilos e até os que não bebem vinho com frequência irão se deliciar com umas tacinhas desta bebida.
 
Vinho produzido na Serra Gaúcha pela gigante Salton e elaborado com uvas da variedade Moscato, sendo fermentado em tanques de aço inoxidável hermético (Método Charmat) à baixa temperatura, com fermentos selecionados específicos para que o produto preserve os aromas primários da variedade.

Vamos a nossa análise:
 
Na taça apresentou cor amarelo clara com reflexos esverdeados, boa formação de espuma e perlage abundante e de boa persistência.
 
No nariz mostrou aromas de boa intensidade com destaque para pêssego, pera, lichia, flor de laranjeira e jasmim, seguido de notas de damasco e mel.
 
Em boca mostrou corpo leve, boa cremosidade e bom equilíbrio entre dulçor e  acidez. Final de boca de média intensidade com as notras frutadas aparecendo no retrogosto.
 
Degustamos como aperitivo, mas vai bem com sobremesas, sorvetes e queijos de mofo azul.

O Rótulo
 
Vinho: Salton Moscatel
Tipo: Espumante
Castas: Moscato
Safra: Não Safrado
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Salton
Graduação: 7,5%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 6° - 8°

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Mudanças que o vinho sofre durante o armazenamento

É fato conhecido que certos vinhos perdem logo em aspecto, perfume e gosto e até se deterioram em pouco tempo enquanto outros, particularmente os tintos superlativos, melhoram, aveludandose com o passar dos anos.
 
Os grandes vinhos não adquirem condições de consumo logo que finda o processo fermentativo. Necessitam de tempo para amadurecer, ajustando os componentes do suco que permaneceram após a transformação com os novos componentes que se formam, amalgamando-se aromas primários da fruta com os secundários da fermentação.
 
No processo surgem turvações e partículas em suspensão, que pedem tempo para serem eliminados por sedimentação ou pelo uso de recursos da enotecnia. Na presença moderada do oxigênio, os componentes indesejáveis são eliminados nas primeiras trasfegas, mas ainda é necessário um prazo para a eliminação de algum gás carbônico residual e de componentes voláteis indesejáveis.
 
Em boa parte dos casos, isso tudo se processa em barricas ou tonéis de carvalho - um tipo de madeira que confere odores agradáveis e desejados às bebidas alcoólicas, como vinho, uísque, cachaça, conhaque, contribuindo com a complexidade da bebida e com a formação de seu buquê.
 
É assim que a imagem de grandes vinhos, secos (Médoc, Barolo, Brunello, Vega Sicilia, Rioja Reserva, Jerez Fino etc) ou doces (Porto, Madeira, Jerez Cream, Vin de Paille etc) está associada ao recipiente de madeira em que é acomodado e conservado por bastante tempo.
 
Os aromas que se incorporam ao vinho podem vir dos componentes da madeira propriamente dita ou do seu tostado interno. Além disso, a intensidade dos aromas e do gosto da madeira depende do tempo de uso da barrica. Alguns rótulos da Califórnia e da Austrália ostentam a expressão "new oak" - carvalho novo - para indicar a presença de nuances amadeiradas, de baunilha ou de torrefação, tão ao gosto dos consumidores americanos.
 
Em áreas vinícolas européias tradicionais são usados tonéis de grande capacidade por muito tempo ou mesmo barricas usadas, com suas paredes tão cobertas por cristais que a madeira nem entra mais em contato com o vinho. Nesse caso a influência da madeira no leque aromático da bebida é pequena ou nula.
 
Aromas do carvalho
 
E qual seria o efeito de tudo isso para nós que vamos degustá-lo? A resposta está nos aromas que o carvalho comunica ao vinho. Dele provém a baunilha e outras especiarias como a canela, a pimenta e o alcaçuz. Do seu tostado interno, os aromas de torrefação como café, chocolate, caramelo e pão torrado.
 
A baunilha é uma especiaria cujo odor adocicado e cremoso é quase que obrigatório nos tintos do Médoc, em Bordeaux, e dos Gran Reserva da Rioja, na Espanha, para limitar a dois exemplos entre tantos. Ela tem como suporte químico a vanilina, um aldeído recendente presente no carvalho.
 
A canela é outro aroma de especiarias resultante da conservação em barrica e tem por principio a presença do aldeído cinãmico na composição do vinho. Sua presença no Chateauneuf-du-Pape tinto e em seu vizinho Gigondas, ambos do Rhône meridional, é reconhecida. Isso se repete certamente nos Shiraz de Barossa Valley, na Austrália.
 
O alcaçuz apresenta-se como uma síntese de odores caramelados, mentolados e florais. Adocicado e lembrando a rapadura, tem por fundamento a Glicirrizina, substância doce presente em tintos superiores. Associado á baunilha e à canela, o odor do alcaçuz é perceptível em vinhos franceses do Rhône e em Cabernets barricados da Califórnia. Nesses casos pode-se inferir que foram utilizadas barricas de tostado forte.
 
O odor da pimenta, fora sua indefectível presença nos tintos do Rhône Norte - Cote Rôtie, Hermitage -, desenvolve-se também nos Tannat, da França e do Uruguai, e com muita distinção, nos chilenos da Carménère, caldos que contam em sua composição, com o Felandreno, lembrando pimenta do reino e fazendo cócegas na mucosa olfativa.

Aromas da torrefação

Conheça também os odores da torrefação, também denominados "empireumáticos" pelos aficionados:
O aroma de caramelo, que tem a mesma origem da a baunilha, isto é, a vanilina do carvalho, mas sob a forma tostada. É o caso de certos Ribera del Duero e Riojas, mas facilmente encontrado também em vinhos de sobremesa como o Moscatel de Setúbal.
 
A nuance achocolatada do magnífico Vega Sicília, é notória. O mesmo acontece com os melhores Cabernet Sauvignon chilenos e com o Zinfandel de Napa e Sonoma, na Califórnia. Sua presença, assim como a do alcaçuz, provém de barricas de tostado forte.
 
Nada como perceber a nuance de café em um grande tinto borgonhês, das Côtes de Nuits, em um Chambertin, por exemplo. Ele se repete nos vinhos de primeira da Ilha da Madeira por conta do processo local de elaboração conhecido como "estufagem".
 
Ao aportar o componente maltol e elementos aromáticos da família das pirazinas, o carvalho pode estender uma nuance de pão torrado como se percebe sem dificuldades nos Chardonnays californianos, amadeirados e untuosos, com sua cor dourada escura.
 
Na prática da degustação, dificilmente é possível discernir tantos aromas em um único vinho, ao mesmo tempo. Mas não deixa de ser uma enorme satisfação constatar a presença de alguns deles, pelo menos, e de apreciá-los em vinhos notáveis por sua superior qualidade.

Por Euclides Penedo

Leopoldina Premium Chardonnay 2015 #cbe

Sabe aquele dia no qual publico um vinho especialmente para a Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE? Esse dia chegou e com ele o Leopoldina Premium Chardonnay 2015, o meu quinquagésimo exemplar comentado para a primeira e única confraria virtual do Brasil.
 
O tema deste mês foi sugerido pelo Tiago Bulla do blog Universo dos Vinhos, que foi: "degustarmos um belo chardonnay, sem passagem por madeira, de qualquer país e preço, mas já que o tema foi 'fácil', não vale corte, só varietal".
 
Nada melhor que um tema desses para degustar um vinho produzido com a rainha das brancas e sem interferência das barricas, nos proporcionando um néctar que preserva as características da uva.
 
Não são comuns os exemplares desta casta sem passagem por barricas de carvalho, até os mais simples costumam ter um breve amadurecimento em madeira de todo ou parte do líquido, mas fui a busca e consegui encontrar este exemplar da linha Leopoldina Terroir da gigante nacional Casa Valduga.
 
As uvas são selecionadas e em seguida é realizado o desengace das uvas frescas, seguido por maceração em frio e prensagem descontínua e delicada. Posteriormente é realizada a limpeza estática do mosto e adicionadas leveduras selecionadas Saccharomyces cerevisiae, dando início a fermentação alcoólica com temperatura de 15º a 16ºC. Por fim é realizada estabilização tartárico, filtração e engarrafamento.
 
Vamos a nossa análise:
 
Na taça apresentou cor amarelo palha com reflexos esverdeados, boa limpidez e lágrimas finas e lentas.
 
No nariz um vinho de aromas delicados e de boa intensidade, evidenciando-se notas de frutas frescas como maça e pera, seguido de notas de abacaxi e maracujá.
 
Em boca mostrou corpo médio, boa acidez e bom equilíbrio com o álcool. Bom frescor e deliciosa untuosidade. Final de boca de media persistência e com repetição das notas do abacaxi aparecendo no retrogosto.
 
Vinho refrescante e untuoso, fácil de se gostar e de beber.
 
Foi bem com a noite quente e com iscas de frango e queijo gouda.
 
 
O Rótulo
 
Vinho: Leopoldina Premium
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2015
País: Brasil
Região: Vale dos Vinhedos
Produtor: Casa Valduga
Graduação: 12%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 41,00
Temperatura de serviço: 8°