sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Taça de vinho usada por Péricles é encontrada em Atenas

Uma taça de vinho que se acredita ter sido usada pelo governador ateniense, Péricles, foi encontrada em um subúrbio no norte de Atenas.
 

Taça usada por Péricles foi encontrada em 12 pedaços
 e reconstruída pelos arqueólogos.
Ao juntar os 12 pedaços da taça, encontrada na cidade de Kifisia, os arqueólogos perceberam que o objeto continha seis nomes escritos na sua superfície externa. Os nomes encontrados eram de Péricles e de seu irmão mais velho, Ariphron, que estavam unidos aos de Aristides, Diodotos, Daesimos e Efkritos. O objeto tem oito centímetros de altura.
 
O secretário da Sociedade de Epigrafistas Gregos informou ao jornal local, Ta Nea, que encontrar o nome de Ariphron registrado em algum lugar é algo extremamente raro. “Tê-lo inscrito acima do nome de Péricles, nos faz ter 99% de certeza de que eles eram realmente irmãos”, explicou.
 
Pela data inscrita na taça, os arqueólogos acreditam que, nessa época, Péricles deveria ter 20 anos de idade. A teoria levantada por eles é a de que Péricles bebeu o vinho junto aos outros homens. Para os arqueólogos, porém, quem escreveu o nome de Péricles na taça cometeu um erro e teve que corrigi-lo. A partir daí, o objeto parece ter sido oferecido a alguém que os homens chamavam de Drapetis, “fugitivo” em grego. Acredita-se que Drapetis era um escravo liberto ou fugitivo e dono de botequim.
A taça ficará exposta no Museu Epigrafal de Atenas em breve.

Péricles foi a mais influente figura clássica de Atenas durante a chamada "Idade de Ouro", em V a.C. Ele nasceu em 495 a.C. e se tornou um general liderando campanhas contra outras cidades gregas e persas. Ele ajudou a forjar a democracia ateniense, com o Parthenon sido contruído durante seu período. Ele morreu sob a lança de Esparta e, curiosamente, a taça foi encontrada numa rua chamada Esparta.
 
Fonte: Revista Adega

Provamos o Septimum 2009, o novo top da #salton para o #winebar

Chegamos ao último vinho degustado para o WINEBAR: o Septimum 2009,  que é mais um lançamento da vinícola Salton, um top do qual foram produzidas apenas 7.547 garrafas.
 
O nome do vinho é uma alusão e homenagem aos sete irmão pioneiros da Vinícola Salton e por esta razão foi elaborado a partir de 7 castas: Tannat, Ancellotta, Merlot, Cabernet Fanc, Teroldego, Cabernet Sauvignon e Marselan, uma para cada irmão, como pode-se ler no contra rótulo: "Há mais de um século, sete irmãos consolidaram as raízes da Vinícola Salton. Agora, a mesma sintonia faz do Septimun e suas sete castas um vinho sofisticado e harmonioso".

Para a elaboração deste belo vinho são selecionados os melhores grãos das sete castas que compõem o corte, os quais são homogeneizados e macerados em tanque durante 5 dias. Posteriormente, o mosto recebe as leveduras e é conduzido a barricas de carvalho 225 litros, onde fermenta durante 15 dias. Diariamente é efetuado o pisage, que consiste em submergir as partes sólidas no líquido em fermentação, incrementando a extração de compostos polifenólicos da uva. Terminada a fermentação, o vinho é levado a barricas novas de carvalho francês, onde permanece amadurecendo por um ano. Logo, é estabilizado e clarificado para, por fim, ser colocado na garrafa, onde permanece repousando durante um ano nas caves da Vinícola.

O visual do vinho destaca-se já pelo rótulo e sua garrafa imponente e pesada, seguindo pela pela cor rubi profunda e brilhante, halo jovial e uma linda chuva de lágrimas. No nariz mostrou aromas complexos, destacando-se frutas vermelhas (cereja e morango) frutas negras (ameixa), café, tabaco, chocolate, menta, notas balsâmicas e elegante tostado, tudo muito integrado, sem exageros e de boa intensidade. Em boca manteve a complexidade, que aliada a taninos estruturados, porém redondos e elegantes e a boa acidez, nos proporcionou um vinho com final de boca longo cheio das impreções olfativas aparecendo no retrogosto.
 
Excelente rótulo nacional: complexo, elegante e equilibrado, um dos melhores que degustei e que ainda tem uns anos pela frente. Tem um preço justo, apesar de estar acima do valor que costumo pagar por uma garrafa.
 
Para acompanhar esse belo tinto nacional Fernanda nos preparou um delicioso Folhado de Filé Mignon com Batatas assadas com ervas e shoyu, que casou perfeitamente com o vinho, tornando o conjunto ainda melhor.
 
O Rótulo

Vinho: Septimum
Tipo: Tinto
Castas: Tannat, Ancellotta, Merlot, Cabernet Fanc, Teroldego, Cabernet Sauvignon e Marselan.
Safra: 2009
País: Brasil
Região: Campanha Gaúcha
Produtor: Salton
Enólogo: Lucindo Copat
Garrafa n.: 7.024
Graduação: 13%
Onde comprar: Salton
Preço: R$ 100,00
Temperatura de serviço: 16º

Nota:

Este vinho foi gentilmente enviado pela Vinícola Salton para degustação no Winebar.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Vem aí mais uma etapa do Circuito Brasileiro de Degustação

O Instituto Brasileiro do Vinho realiza mais uma vez o Circuito Brasileiro de Degutação, uma oportunidade perfeita para você conhecer as novidades e degustar os melhores vinhos do Brasil.
 
A primeira etapa ocorreu em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre e no próximo dia 2 tem início, em Belo Horizonte, a segunda etapa, que depois da capital mineira segue para Recife no dia 9 e Fortaleza no dia 11.
 
Em Recife o Circuito ocorrerá mais uma vez no Arcádia Paço Afândega. O evento tem início às 16h para profissionais da área (sommelier; estudantes de turismo, gastronomia, etc., jornalista e impressa de uma forma geral) e às 19h passa a ser aberto a público geral. O evento vai até às 21h e é gratuito.
 
Para se cadastrar basta enviar um e-mail para pmaiseventos@pmaiseventos.com, garanta já sua vaga.
 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Terremoto pode gerar US$ 13 bilhões de prejuízo indústria vinícola do Napa

Na madrugrada deste domingo, dia 24 de agosto, um terremoto de magnitude 6 na escala Richter devastou imensas áreas da região do Napa Valley e do condado de Sonoma, na Califórnia, Estados Unidos. O tremor ocorreu às 3h20 da manhã, hora local, causando diversos estragos em regiões urbanas e rurais. Segundo autoridades, este é o maior tremor de terra na região desde 1989.
 
Napa e Sonoma são duas das principais regiões vitivinícolas norte-americanas e os produtores ainda estão calculando os prejuízos. As informações chegam lentamente, pois o terremoto causou severas avarias nas redes elétricas e de gás, deixando muitos sem energia e causando incêndios.
 
Muitos produtores da região estão em plena colheita e viram seus tanques romperem, deixando escapar milhares de litros de vinhos, como reportou a vinícola Sebastiani, de Sonoma, que perdeu 14 tanques. A vinícola Hess, por sua, vez, disse que, além de dois grandes tanques, perdeu cerca de 15 mil caixas de vinhos cujas garrafas se quebraram. Um representante da Domaine Carneros, que atestou que sua safra já estava 90% terminada, afirmou que a empresa teve muita sorte por seus tanques não terem rompido.
 
Apesar de ter ocorrido na madrugada, horário em que geralmente há poucos trabalhadores nas vinícolas, dois enólogos, Carole Meredith e Steve Lagier, quase se tornaram mais duas vítimas do tremor que ceifou a vida de cerca de 90 pessoas. Eles estavam na sala de barricas da vinícola quando ocorreu o terremoto e os barris começaram a deslizar em sua direção. "Estamos bem fisicamente, mas emocionamente abalados", disse Meredith.
 
Representantes do setor vinícola californiano dizem que os danos só serão totalizados depois de 72 horas, mas alguns já citam cifras astronômicas de prejuízo, como US$ 13 bilhões, por exemplo.

sábado, 23 de agosto de 2014

Pesquisadores querem mudar o gosto do vinho com uvas ainda na videira

Pesquisadores da Austrália acreditam que podem ser capazes de influenciar o aroma e o sabor de um vinho a partir da manipulação da composição química das uvas quando ainda na videira.
 
Cientistas da Universidade de Adelaide em conjunto com a agência de pesquisa da Austrália, CSIRO, querem entender como mudanças na composição de uvas Cabernet Sauvignon podem influenciar o potencial de sabor do vinho resultante.
 
O estudo é financiado pela indústria vinícola da Austrália e pelo órgão responsável por administrar os vinhedos do país, o Agwa. “Basicamente, estamos analisando se podemos prever atributos sensoriais do vinho através da medição dos compostos químicos das uvas”, explicou o Dr. Paul Boss, da CSIRO.
 
Se o resultado das análises for positivo, será possível orientar o caráter de um vinho antes mesmo de as uvas serem colhidas, apesar de muitos enólogos apontarem que as técnicas realizadas nas cantinas têm grande influência sobre os vinhos. "No futuro poderemos fazer intervenções nas composições das uvas em tempo real nos vinhedos para alterar as propriedades dos vinhos”, comentou Boss.
 
Para ilustrar a teoria, Boss citou como exemplo o composto químico methoxypyrazina, responsável por dar às uvas Cabernet Sauvignon toques de pimentão. Para Boss, a quantidade do composto contido nas uvas pode ser analisada algumas semanas após a formação da fruta e, a partir disso, ser capaz de prever se a safra será um alto ou baixo teor de methoxypyrazina.
 
Fonte: Revista Adega

Um toro com qualidade inquestionálvel

Eis que volta mais uma vez o Toro de Piedra Gran Reserva Cabernet Sauvignon, um tinto chileno, produzido pela Viña Requingua, que me agrada demais, não só pela sua potência como também por seu equilíbrio e regularidade safra após safra.
 
Localizada no coração do Valle do Curicó, a Viña Requingua da família Achurra, possui aproximadamente 1.000 hectares de vinhedos. O vale do Curicó, centro sul do Chile, destaca-se pela qualidade dos vinhos alí produzidos e muitas vezes é comparado com o gigante principal vale do Chile: o Colchagua.
 
O vinho nos foi oferecido na casa dos amigos Juberlan e Rejane na noite do dia dos pais, harmonizado com um belo filé mignon e boa conversa.
 
Na taça apresentou cor rubi escura, halo púrpura e boa formação de lágrimas. No nariz os aromas de fruta vermelha estão bem integrados as notas provenientes da passagem pelo carvalho; apareceram ainda aromas de café e alcaçus. Em boca mostrou-se encorpado  com taninos potentes, porém macios e excelente equilíbrio com a acidez e o álcool. Final de boca longo com notas de café e tostado aparecendo no retrogosto.
 
A melhor das três diferentes safras que já experimentei e por sua regularidade recebe o carimbo de Minha Compra Certa do Vinhos de Minha Vida.
 
O Rótulo
Vinho: Toro de Piedra Gran Reserva
Tipo: Tinto
Casta: Cabernet Sauvignon
Safra: 2010
País: Chile
Região: Curicó Valley
Produtor: Viña Requingua
Graduação: 14%
Onde Comprar: Pescadeiro, RM Express
Preço Médio: R$ 55,00
Temperatura de Serviço: 18 graus

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dieta que inclui vinho ajuda a prevenir doenças cardiovasculares

Resultados do estudo Predimed (Prevención con Dieta Mediterránea), que envolveu 7 mil pacientes, será apresentado durante Congresso de Cardiologia em Gramado

Quem está ligado em informações sobre hábitos de vida saudáveis certamente já deve ter ouvido falar sobre os benefícios da dieta mediterrânea para a saúde. O que talvez muitos ainda não saibam é que o vinho é um dos ingredientes da dieta rica em vegetais, com predominância de pescados e outras carnes brancas às carnes vermelhas e com o azeite de oliva como a cereja do bolo de uma alimentação equilibrada.
 
Os detalhes deste tipo saudável de alimentação e os resultados de uma pesquisa realizada na Espanha e que envolveu cerca de 7 mil pacientes com risco de ter ou desenvolver alguma doença cardiovascular serão apresentados na conferência O Impacto do Estudo Predimed (Prevención con Dieta Mediterránea), durante o Congresso da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (Socergs 2014), em Gramado (RS), neste sábado (23), às 8h30min. A pesquisa será apresentada pelo biólogo e nutricionista espanhol Helmut Schröder, que está percorrendo o mundo para divulgar os benefícios da dieta mediterrânea na prevenção de uma série de doenças.
 
Helmut explica que o estudo foi realizado entre os anos de 2006 e 2013 e comparou um grupo de pessoas que seguiram à risca a dieta com outro, da mesma faixa-etária (acima de 55 anos), que se alimentaram normalmente. O resultado foi que as pessoas que consumiram predominantemente os itens da dieta, que inclui o vinho, desenvolveram 40% menos de chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio, aterosclerose entre outras.
 
Helmut afirma que, apesar da dificuldade de adaptar este tipo de alimentação a outras regiões do planeta (o estudo ocorreu apenas na Espanha), é possível adaptá-lo a outras dietas seguindo algumas recomendações que são concomitantes. "Toda a cultura tem a sua dieta saudável. O que podemos afirmar categoricamente é que o consumo moderado de vinho associado a hábitos saudáveis e uma dieta rica em vegetais e azeite de oliva traz melhora para a saúde como parte integrante de uma alimentação saudável", diz. O estudioso completa alertando que para potencializar os benefícios da dieta e reduzir ainda mais o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é recomendada a realização de atividades físicas.
 
O pesquisador avalia que a participação em congressos médicos tem como objetivo difundir os resultados do estudo e conscientizar os profissionais da saúde para a importância de repassar para os pacientes os efeitos positivos de uma alimentação equilibrada. "Esperamos que este resultado reforce o trabalho de muitos profissionais focado na medicina preventiva e que os incentive a informar seus pacientes sobre algumas mudanças simples na alimentação que podem resultar em importantes ganhos para a saúde", acredita.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Vem aí mais um WINEBAR com os vinhos Les Amis importados pela Expand

Quer saber um pouco mais sobre vinhos franceses? No próximo dia 02/09, às 20h, participaremos de mais uma degustação ao vivo com Otávio Piva de Albuquerque, da importadora Expand, que vai falar mais sobre a linha de vinhos franceses Les Amis.
 
Confira abaixo os rótulos que serão degustados.

Espumante Les Amis Rosé


Les Amis Bourgogne Pinot Noir 2011


Les Amis Bordeaux 2010

 

Importadora do Recife lança clube de vinhos inovador

A Lacomex, uma importadora de vinhos da capital pernambucana, acaba de lançar um clube de vinhos pioneiro no Brasil: Cartas de Vinhos Lacomex.
 
O clube das Cartas de Vinhos Lacomex foi idealizado e criado para o amante do vinho e da boa gastronomia. Todo mês são selecionados grandes rótulos presentes nas Cartas de Vinhos dos melhores restaurantes do Recife, até aí tudo é muito parecido com a maioria dos clubes de vinhos, mas a importadora veio inovação muito legal: o assinante pode escolher um restaurante onde quer degustar os vinhos e isso sem pagar a taxa de rolha.
 
O cliente pode escolher receber 2, 4 ou 6 garrafas em duas opções de planos: Terrpor Lacomex (seleção de vinhos para o dia a dia) ou o Vintage Lacomex (vinhos para momentos especiais). Além da vantagem de degustar os vinhos em restaurantes sem pagar taxa de rolha o assinante possui 10% de desconto na compra de vinhos nas lojas da importadora.
 
Eu que sou assinante de um clube achei o Cartas de Vinhos bem interessante e acho que vale a pena conhecer.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Evolução depende do potencial de envelhecimento

Por fatores variados, alguns duram até 20 anos. Produções do Velho Mundo têm maior durabilidade.



Fonte: CBN

Terroir é um mito

De acordo com a professora francesa Valéry Michaux, não é por conta da química do solo, do clima, ou do conhecimento do local que os vinhos como os de Champagne e Rioja são considerados alguns dos melhores do mundo, mas, sim, por conta da colaboração entre os produtores e pela somatória de experiências.
 
No livro "Estratégias de Vinificação Territorial, Clusters, regulamentação e Marcas territoriais", Valéry argumenta que o sucesso internacional dos vinhos é de responsabilidade total do “efeito cluster”, forte regulamentação e uma única marca territorial, em vez da noção de terroir.
 
O livro foi escrito por uma equipe de pesquisadores franceses e internacionais de diversas disciplinas entre economia e gestão.
 
Para a professora, a região vinícola de Silicon Valley, na Califórnia, é um bom exemplo de local que faz bom uso do “efeito cluster”, o qual inclui uma forte concorrência empresarial, inovação e ajuda solidária mútua. “A presença de uma aliança estratégica entre os profissionais do vinho contribui significativamente para o desenvolvimento de uma única marca territorial e sua influência. Uma regulamentação local forte também é essencial para a marca existir”, afirmou.
 
O grupo de produtores do Silicon Valley analisou os estudos de caso de diferentes vinhedos ao redor do mundo, incluindo os de regiões bem sucedidas como Champagne e Rioja, de regiões em desenvolvimento como Cahors e Armênia e de coprodutoras como as do norte da Itália e do Vale de Bekaa, no Líbano.
 
Fonte: Revista Adega

A melhor carta de vinhos do mundo

A revista The World of Fine Wine criou uma lista das "Melhores Cartas de Vinhos" de restaurantes. O periódico classificou 750 restaurantes de todo o mundo com uma, duas ou até três estrelas de acordo com suas cartas de vinho.
 
A comissão de jurados foi formada por especialistas como Gerard Basset, Ch'ng Poh Tiong, Elin McCoy, Andrew Jefford, Francis Percival e Tom Stevenson, que avaliaram mais de quatro mil cartas de vinho até chegarem à lista final de cada categoria. Os juízes também deram o "Prêmio do Júri" para as listas que apresentavam forte especialidade em um determinado tipo de vinho.
 
O prêmio principal foi dado ao de hotel Viena, o Palais Coburg Residenz. Já o restaurante de Nova York, Hearth, ganhou o prêmio de Melhor Carta de Vinhos da América do Norte, enquanto o restaurante Petrus, do hotel Shangri-La, em Hong Kong, ganhou o mesmo prêmio relacionado à Ásia.
 
O restaurante brasileiro Taste-Vin, de Belo Horizonte, o australiano Royal Mail Hote e o sul-africano Rust foram reconhecidos por terem a melhor carta de vinhos nas suas determinadas regiões.
 
Nova York lidera os participantes como um bom destino de degustação por ter 36 restaurantes que receberam o status de três estrelas. Londres vem em seguida com 17 estabelecimentos premiados, à frente de cidades como São Francisco, Chicago, Melbourne e Sydney.
 
Taste-Vin
Para a juíza, Elin McCoy, foi impressionante a diversidade de vinhos que participaram da disputa e a quantidade de restaurantes que tinham semelhantes cartas de vinho. “Analisamos centenas, e havia uma enorme quantidade de vinhos semelhantes, até mesmo idênticos”, contou.
 
Para Elin, foi satisfatório observar que muitos estabelecimentos refletiam a filosofia de seus diretores. “O Hearth, por exemplo, apresentou uma atitude irreverente, e uma profundidade com Riesling. Já o Rouge Tomate, de Nova York, mostrou bons biodinâmicos e naturais entre seus vinhos”, comentou.
 
A juíza observou também que alguns restaurantes faziam menção à ideia do terroir para todos os vinhos presentes em sua carta de opções. “Por exemplo, Kaia-Kaipe em San Sebastian, Espanha, apresenta um bom tinto de Rioja, que, na minha opinião, merecia um prêmio especial”, confessou.
 
Um fator em especial, porém, assustou aos juízes do evento, o alto preço dos vinhos cobrado pelos restaurantes. “Alguns restaurantes estão cobrando cinco vezes mais do que o varejo”, contou Elin.
 
Apenas 200 cartas de vinho foram nomeadas com três estrelas. Confira a lista aqui.
 
Fonte: Revista Adega

LA Jovem Rosé 2013

 A Luiz Argenta estava na nossa lista de vinícolas a visitar na Serra Gaúcha, mas o curto tempo que tivemos não nos permitiu passar por lá e, como já prevíamos isso, resolvemos garantir alguns rótulos deles na Boutique de Gramado.
 
E um desses rótulos foi o LA Jovem Rosé 2013, que assim como os demais rótulos da linha Jovem possui uma garrafa com design moderno. As garrafas diferentes refletem o espírito da vinícola, que tem arquitetura moderna, e são exclusivas dos vinhos mais jovens e frutados, de consumo mais rápido. É impossível olhar uma garrafa da linha Jovem e não se apaixonar.
 
A Vinícola é considerada uma das mais belas do mundo e possui um avançado sistema de produção. Você encontra um pouco mais sobre ela clicando aqui, um post que fiz há um tempo sobre o vinho LA Jovem Shiraz.
 
Visualmente o vinho é encantador: sua garrafa é sinuosa e guarda 500ml de um líquido de uma linda cor vermelho cereja e com boa formação de lágrimas, não podendo deixar de falar da pequena e delicada rolha que fecha o conjunto visual com chave de ouro. No nariz mostrou aromas frutados e adocicados (cereja e morango), seguido por um perfumado e muito intenso toque de flores secas. Em boca apresentou corpo médio com taninos leves, macios e elegantes, além é claro de uma acidez refrescante.
 
Vinho para fim de tardes quentes em um parque ou na beira de uma piscina e para acompanhar, além da pessoa amada, frutos do mar pouco condimentados ou culinária japonesa.
 
O Rótulo

Vinho: LA Jovem
Tipo: Rosé
Castas: Pinot Noir e Shiraz
Safra: 2013
País: Brasil
Região: Altos Montes, Serra Gaúcha
Produtor: Luiz Argenta
Graduação: 12%
Onde comprar: Luiz Argenta
Preço médio: R$ 44,00
Temperatura de serviço: 10º

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

10 curiosas descobertas que a ciência já fez sobre o vinho

Não é raro que a ciência escolha o vinho como objeto de seus estudos. A seguir, reunimos alguns deles - que trazem descobertas curiosas que vão do número de bolhas numa taça de champagne aos tipos da bebida que causam mais enxaqueca, muita coisa já foi alvo da curiosidade dos cientistas.
 
Uva campeã
 
A Cabernet Sauvignon é a variedade de uva mais usada hoje na produção mundial de vinho. O dado foi levantado pelo economista australiano Kym Anderson, da universidade de Adelaide, após a análise de estatísticas oriundas de 44 países que produzem cerca de 99% do vinho consumido no mundo.

 
Bolhas
 
Quantas bolhas existem numa taça de champagne? Considerando fatores como temperatura e dinâmica das bolhas, o físico francês Gérard Liger-Belair, da universidade de Reims, fez a conta. Segundo suas estimativas, há cerca de 1 milhão de bolhas em cada taça. Como se sabe, o champagne é um tipo de vinho espumante.

 
Adega
 
Arqueólogos americanos da Brandeis University localizaram na cidade de Tel Kabri, em Israel, uma das mais antigas adegas de que se tem notícia. Ao que tudo indica, as instalações foram criadas há cerca de 3.700 anos. Foram retirados do local 40 vasos com capacidade para armazenar até 50 litros de vinho.

 
Clima
 
Mudanças climáticas podem gerar uma redução entre 25% e 73% da área disponível para o cultivo de uvas destinadas à produção de vinhos até 2050. A projeção foi feita por pesquisadores da organização Conservation International. Países como a França já vêm sofrendo os efeitos desse fenômeno.

 
Memória

Homens de meia-idade que bebem mais que 36 gramas de álcool por dia têm mais chances de apresentar perda de memória a longo prazo. Para chegar a essa conclusão, neurologistas americanos acompanharam os hábitos de mais de 7mil apreciadores de vinho, cerveja e outras bebidas durante dez anos. O estudo divulgado por publicação da Academia Americana de Neurologia.


Depressão

Quem toma de duas a sete taças de vinho por semana tem menos chance de desenvolver depressão. Miguel González, da Universidade de Navarra, é o autor da descoberta. Ele identificou a relação após acompanhar por meio de entrevistas e exames com um grupo de 5.500 pessoas entre 55 e 80 anos durante sete anos.


Enxaqueca

Tannat e Malbec são os tipos de vinho que provocam dor de cabeça nas pessoas com mais frequência. A descoberta do neurologista brasileiro Abouch Krymchantowski é resultado de um estudo envolvendo 40 pessoas. Segundo ele, a forte concentração de tanino justifica o fenômeno, gerado pela mobilização súbita da serotonina no corpo.


Boca

Tomar vinho pode ser uma boa forma de combater infecções bacterianas na boca. Tudo por conta dos polifenóis. Presentes na bebida, essas substâncias inibem o crescimento de bactérias - segundo estudo de cientistas espanhóis e suíços divulgado pela Sociedade Americana de Química.


Câncer

Presente no vinho tinto, o resveratrol é capaz de matar até 65% das células com determinados tipos de câncer quando combinado a tratamento com radiação. A descoberta foi feita por médicos da Universidade do Missouri. Quando empregada sozinha, a substância apresentou eficiência de 44%. É bom lembrar que os testes não foram feitos com vinho, mas diretamente com o resveratrol.


Brasil

Um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde mostra que o vinho foi a terceira origem mais frequente do álcool consumido pelos brasileiros em 2010. Atrás apenas de cervejas (60%) e destilados (36%), os vinhos representaram 4% do volume de álcoo ingerido pelas pessoas naquele ano.

 

Rudy Kurniawan é sentenciado a 10 anos de prisão

10 anos de prisão foi o tempo da pena estipulado pelo juiz Richard Berman a Rudy Kurniawan, a primeira pessoa a ser julgada e condenada no tribunal federal norte-americano por falsificação de vinhos. Berman também ordenou que Kurniawan pague US$ 28,4 milhões como restituição às suas sete vítimas e perderá US$ 20 milhões em bens.
 
Ao divulgar a sentença, Berman não ficou impressionado com uma carta de arrependimento escrita por Kurniawan enviada a ele. Lembrando-se dos vários casos de vinho falsificados, o juiz fez dos 10 anos de prisão seu veredicto. “É preciso ter certeza de que as nossas comidas e bebidas são seguras e não foram adulteradas por ninguém”, afirmou.
 
No fim do julgamento, Bermam perguntou a Kurniawan se ele tinha algo a dizer. Em voz baixa, o culpado repetiu tudo aquilo que estava escrito na carta e que queria ir para casa cuidar de sua mãe. Segundo o juiz, esse foi o único momento do processo em que Kurniawan demonstrou emoção.
 
A pena inicial estipulada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, no entanto, foi de 14 anos, sustentada pela justificativa de que o culpado viveu 10 anos praticando a falsificação de vinhos e, com isso, vivendo uma vida de luxo.
 
Na opinião dos promotores, Rudy Kurniawan foi motivado por uma “sede de proporcionar para si uma vida de luxo e status”. Como provas dessa afirmativa, os promotores apresentaram várias cópias de extratos da American Express em nome de Kurniawan, todos referentes a compras feitas por ele na Hermès entre 2007 e 2008, onde gastou US$575 mil.
 
Os promotores argumentaram que os crimes de Kurniawan não poderiam ser mitigados uma vez que suas vítimas são ricas e podem arcar com o prejuízo. “Ricos ou pobres, todos têm direito a obter o montante perdido”, reiteraram.
 
Na tentativa de reverter a situação, o advogado de defesa de Kurniawan, Jerome Mooney, defendeu uma sentença de pouco menos de dois anos e meio, tempo equivalente àquele de sua prisão decretada por agentes do FBI em março de 2012. Para sustentar sua proposta, Mooney também se utilizou de alguns fatos históricos de seu cliente, dizendo que o mesmo encontrou popularidade e aceitação social nos anos 90, quando chegou à Califórnia com um visto de estudante e descobriu o gosto pela degustação e identificação de vinhos de alta gama.
 
O dinheiro total perdido pelas vítimas de Kurniawan continua sendo fonte de discórdia, o que fez atrasar a sentença por um longo período. Por isso, Berman pediu repetidas vezes aos promotores para que obtivessem informações mais específicas sobre qual foi o total de vítimas do esquema de falsificação de vinhos feito por Kurniawan, quais os nomes e quanto dinheiro que foi perdido.
 
Porém, algumas das vítimas não se pronunciaram por não quererem admitir que foram enganadas e que suas adegas ainda armazenavam exemplares falsificados. Além disso, nem todos os afetados tinham contratado autenticadores qualificados para inspecionar cada um de seus vinhos.
 
De acordo com a defesa, enquanto Kurniawan permanecer encarcerado e atuando em alguns dos trabalhos oferecidos pela penitenciária, ele terá de pagar US$ 150 por mês para restituir os danos causados às suas vítimas. “Isso deve fazer com que ele sane as dívidas rapidamente”, ironizou Mooney.

Fonte: Revista Adega

sábado, 16 de agosto de 2014

O que eu estou degustando? - Vinho 3

Olá, que tal testar seus conhecimentos respondendo o nosso quiz de hoje na coluna "O que eu estou degustando?". Já respondeu e/ou descobriu quais os rótulos dos quizes anteriores? Não? Então, mãos a obra!

Cor rubi intensa e profunda. Taninos mastigáveis e sabores intensos, revelando framboesa negra, mirtilo, cassis e notas de ameixa em compota ao centro. Detalhes de alcaçuz, especiarias, café e final de boca sedoso.

Varietal

1. Cabernet Franc
2. Grenache
3. Petit Sirah
4. Pinotage
5. Tempranillo

País ou região de origem

1. Austrália
2. Califórnia
3. França
4. África do Sul
5. Espanha

Idade aproximada

1. 1-2 anos
2. 3-5 anos
3. 6-9 anos
4. 10 ou mais anos

Denominação

1. Anjou
2. McLaren Vale
3. Napa Valley
4. Rioja
5. Santa Lucia Highlands
6. Stellenbosch

Fonte: Wine Spectator

P.S.: Coloque suas respostas nos comentários!

O blog conferiu, em primeira mão, a degustação dos Rótulos Rayun

No final de julho o Vinhos de Minha Vida conferiu, a convite do amigo Juberlan, a degustação dos rótulos Rayun, que ocorreu na agradável Venda de Seu Antônio, anexa ao Empório Pescadero no bairro do Poço da Panela.
 
Os vinhos Rayun fazem parte do grupo Sutil Family Wines que nasceu em 2013 quando a Viña Sutil adquiriu, das famílias Errázuriz y Axelsen a sua participação na Top Wine Chile S.A., contudo foi em 1991 que Juan Sutil Servoin, descendente dos pioneiros espanhois que aportaram no Chile, ingressou no ramo vinícola, culminando com a fundação da Viñedos Juan Sutil S.A. em 2002. Em 2011 a Viña Sutil adquiriu a Geo Wines somando ao seu grupo as marcas Chono, Rayun e Cucao.
 
A Sutil Family Wines conta com um amplo portfólio de diferentes regiões do Chile (Colchagua, Maipo, Limarí, Casablanca e Cauquenes) e uma produção anual que chega a 250 mil caixas, a qual é exportada para mais de 20 países.
 
Recife foi a primeira cidade do Nordeste a receber os vinhos da marca Rayun e eles nos foram apresentados pelo simpático e muito disponível Diego Chávez, Diretor Comercial do grupo Sutil Family Wines.
 
O lugar escolhido pela importadora foi a Venda de Seu Antônio, um barzinho no estilo boteco, ou melhor no estilo vendinha de bairro e do interior nordestino. O estabelecimento está localizado onde há muitos anos (creio que mais de 50 anos atrás) funcionou de fato uma vendinha de propriedade de seu Antônio, daí o nome. Curiosamente o gerente do local também chama-se Antônio e que presta, junto com seus colaboradores, um atendimento muito legal e que combina e muito com as características do lugar, vale a visita para o happy hour com os amigos.
 
Vamos aos vinhos! Ao todo degustamos quatro rótulos: um branco com a a casta Chardonnay e três tintos, um carménère e dois cabernet sauvignon.

Chardonnay Gran Reserva 2012

Este vinho é produzido a partir de uvas provenientes do vinhedo localizado em uma região privilegiada,  às margens do rio Limarí, onde o nevoeiro frio conhecida como "Camanchaca" que vem do Oceano Pacífico desliza penetrando o vale a partir do ocidente na parte da manhã.
 
A colheita das uvas é manual e elas são cuidadosamente selecionadas e posteriormente prensadas sem maceração prévia. 40% do vinho fermentou e permaneceu em barricas francesas por um período de 4 a 6 meses, período no qual o vinho esteve em contato com as leveduras.

Visualmente mostrou linda cor amarelo dourada e lágrimas grossas e lentas. No nariz  apresentou intensos aromas de frutas como maracujá, abacaxi e atemoia, seguido de notas de nozes, mel e pão tostado. Em boca repetiu as notas olfativas e mostrou-se muito sedoso e fresco, complexo e equilibrado. Final de boca longo e refrescante, apesar dos 13,5% de álcool.
 

O Rótulo

Vinho: Rayun Gran Reserva
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2012
País: Chile
Região: Valle del Limarí
Produtor: Rayun (Geo Wines - Sutil Family Wines)
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: Pescadero
Preço médio: R$ 53,00
Temperatura de serviço: 10º


 
Rayun Reserva Carménère 2012

Depois do belo branco passamos para dois vinhos da linha Reserva e o primeiro deles foi o Carménère, produzido com uvas provenientes de vinhedos com 25 anos de idade do Vale do Colchagua, que conta com grande amplitude térmica entre o dia e a noite e verões secos e com muito sol, o que favorece uma lenta maturação das uvas.

As uvas foram colhidas manualmente com posterior maceração por três dias, fermentação alcoólica com leveduras selecionas e envelhecimento em barricas de carvalho francês e americano por 6 a 8 meses.

Na taça o líquido apresentou uma cor rubi profunda brilhante e boa formação de lágrimas. No nariz observei aromas de fruta negra, sutis notas herbáceas, pimenta, baunilha e leve tostado. Em boca mostrou bom corpo e equilíbrio entre a tríade taninos-acidez-álcool. Final de boca de boa intensidade e com a fruta aparecendo no retrogosto.


O Rótulo

Vinho: Rayun Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Carmeénère
Safra: 2012
País: Chile
Região: Colchagua Valley
Produtor: Rayun (Geo Wines - Sutil Family Wines)
Graduação: 13%
Onde comprar em Recife: Pescadero
Preço médio: R$ 33,00
Temperatura de serviço: 16º
 


Rayun Reserva Cabernet Sauvignon 2011

Chegamos ao terceiro rótulo da noite, um cabernet sauvignon seguiu os mesmos padrões e critérios de elaboração que o outro reserva comentado acima.

Visualmente mostrou cor rubi intensa, com halo púrpura e lágrimas grossas e lentas. No nariz rico em aromas de frutas, pimenta branca, chocolate e tostado. Em boca apresentou bom corpo, taninos redondos e boa acidez. Final de boca de média intensidade e com o tostado aparecendo no retrogosto.


O Rótulo

Vinho: Rayun Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2011
País: Chile
Região: Colchagua Valley
Produtor: Rayun (Geo Wines - Sutil Family Wines)
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: Pescadero
Preço médio: R$ 33,00
Temperatura de serviço: 16º


Rayun Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2011
 
Chegamos ao último e melhor rótulo da noite, um cabernet sauvignon produzido com uvas de vinhedos de cerca de 20 anos de idade da região do Valle del Maipo.
 
O vinho passou por maceração a frio em cubas de aço inox e por fermentação malolática natural de 60% do vinho em barricas e 40% em tanques de aço inoxidável. Amadurecimento de 12 meses sobre borras em barricas de carvalho e engarrafamento sem filtragem visando preservar todos os aromas e características da uva.
 
Visualmente apresentou cor rubi escura, halo púrpura e uma bela chuva de lágrimas finas e rápidas. No nariz mostrou aromas intensos de frutas escuras, café, tabaco, chocolate amargo, baunilha e tostado. Em boca é um vinho volumoso e encorpado, com taninos potentes, porém maduros e redondos, acidez em boa intensidade e álcool a 14% sem incomodar. Final de boca longo com a fruta e o tabaco aparecendo no retrogosto.
 

O Rótulo

Vinho: Rayun Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2011
País: Chile
Região: Valle del Maipo
Produtor: Rayun (Geo Wines - Sutil Family Wines)
Enólogo: Alvaro Espinoza 
Graduação: 14%
Onde comprar em Recife: Pescadero
Preço médio: R$ 53,00
Temperatura de serviço: 16º


Além do belo atendimento e da boa explanação sobre os rótulos não podemos deixar de elogiar os belos acompanhamentos servidos durante a degustação, tendo destaque o ceviche de bacalhau e tábua de frios com presuntos defumados de excelente qualidade.

Com Diego Chávez, Diretor Comercial da Sutil Family Wines.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Barricas de carvalho

Inúmeros podem ser os tipos de carvalho empregados na maturação do vinho, no entanto os mais comuns são os carvalhos: francês e americano, que por sua vez apresentam porosidade, aromas, sabores e taninos gálicos (sempre transferidos aos vinhos), particularmente distintos.
 
Dentre estes dois tipos, o francês é mais utilizado nos vinhos de guarda e o americano nos vinhos de consumo jovem. O Carvalho Francês – Há dois espécimes de carvalho francês: Quercus Pedunculata ou Robur, e Quercus Sessilis ou Petraea, e pode-se dizer com segurança que este é o carvalho mais requisitado do mundo para a maturação do vinho. Essa madeira apresenta aromas e sabores mais sutis e elegantes dentre todas, tem a porosidade perfeita (mais aberta) para a micro-oxigenação do vinho e apresenta mais compostos fenólicos, sendo amplamente utilizado nos países da Europa e do novo mundo.
 
 
Por sua sutileza, pode-se dizer que o carvalho francês interfere menos nos sabores e aromas frutados do vinho, contribuindo muito mais com a evolução da bebida do ponto de vista da palatabilidade e longevidade do que com o aporte de aromas e sabores, passando à bebida valores e caráter mais discretos e sofisticados.
 
Carvalho Americano – O carvalho americano (Quercus Alba ou White oak) é nativo das florestas do leste dos Estados Unidos, e possui índices fenólicos mais baixos, mas alta concentração de compostos aromáticos, aportando mais aromas ao vinho, deixando-o com sugestão gusto-olfativa de baunilha, coco e caramelo. Seus poros, mais fechados, não permitem a mesma micro-oxigenação do carvalho francês, o que os torna mais apropriado para maturação de vinhos mais ligeiros. Mais usual no novo mundo, é muito usado por produtores que tencionam impressionar os consumidores pelo apelo aromático de seus vinhos, tornando-os mais convidativos e fáceis de beber, notadamente com aromas e sabores de baunilha, caramelo e coco.
 
Há ainda uma enorme diferença de preço entre as barricas do carvalho francês e americano. O francês é muito mais caro porque sua madeira não é cerrada como ocorre com o carvalho americano, que, por esta razão apresenta um rendimento bem maior que o francês. Vale salientar que diversos outros fatores são decisivos para a qualidade final do vinho, como por exemplo, a origem da madeira (carvalho certificado), a idade das barricas, a estrutura e a(s) castas do vinho, a tostagem utilizada na confecção dos barris, etc.
 
Fonte: Tribuna do Norte

Alentejo: a melhor Região Vinícola do Mundo para se visitar

O Alentejo, em Portugal, foi eleito a melhor região vinícola do mundo para visitar numa votação promovida pelo jornal USA TODAY, um dos maiores veículos dos Estados Unidos.
 
Parreiral da Adega do Borba.
Entre os 20 candidatos pré-selecionados, escolhidos por Kerry Woorlard e Frank Pulice, dois peritos do setor dos vinhos, o Alentejo era o único representante de Portugal e ultrapassou os votos de renomadas regiões vinhateiras turísticas, como Champanhe, na França, Mendoza, na Argentina ou a Toscana, na Itália.
 
“Esta intrigante região rural situada a duas horas de Lisboa é como uma viagem no tempo para os amantes do vinho. O terreno diverso tem olivais e vinhas, aldeias pitorescas, prados cheios de flores e florestas. A comida no Alentejo é rústica e autêntica, aproveitando ao máximo o estilo de vida agrária na região”, explica o site de turismo do USA TODAY, o 10Best.com, que promoveu esta iniciativa.
 
Conhecido pelas suas populares votações sobre diversos tópicos relacionados com o mundo das viagens, o 10Best.com considera as praias do Alentejo algumas das “mais belas da Europa”.
 
Vinícolas boutique, hotéis de serviço completo, ótimos restaurantes e, claro, excelentes vinhos proporcionam uma grande experiência de viagem no Alentejo", afirmou a enóloga Kerry Woorlard, que elogiou a qualidade dos produtos alentejanos. "O Alentejo é mais conhecido por seus vinhos tintos resistentes feitos de uma combinação única de castas indígenas", disse a especialista. "Agora, variedades mais familiares, como Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot, estão sendo produzidos lá também".
 
Dora Simões, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), afirmou: "o reconhecimento é uma distinção importante para o Alentejo e também para o país, que tem impacto muito positivo no potencial de notoriedade que a região pode obter nos mercados internacionais”.
 
Ainda de acordo com ela: “o fato de os leitores terem preferido o Alentejo a regiões tão famosas como a Borgonha, Champanhe, Rioja ou Piemonte vem também dar um grande impulso ao trabalho que é desenvolvido na promoção do vinho e do enoturismo no Alentejo, quer internamente, quer junto de mercados externos estratégicos”.
 
O Alentejo é a região líder no mercado português – quer na quota de mercado em volume (44,9%) quer em valor (46,7%), segundo os dados da ACNielsen, que faz estudos de mercado internacionais. Os Vinhos do Alentejo reúnem 263 produtores e 97 comerciantes numa área total de vinha de 21.970 hectares.
 
Confira a lista de vencedores:
 
1° - Alentejo, Portugal
2° - Okanagan Valley, British Columbia, Canadá
3° - Maipo, Chile
4° - Marlborough, Nova Zelândia
5° - Croácia
6° - Napa Valley, Califórnia
7° - Toscana, Itália
8° - Oregon, Estados Unidos
9° - Hunter Valley, Austrália
10° - Virginia, Estados Unidos

Fleur du Cap Unfiltered Cabernet Sauvignon 2012 #aveclevin

Fechamos nosso último encontro da Avec le Vin com o  Fleur du Cap Unfiltered Cabernet Sauvignon  2012, vinho que assim como o Sauvignon Blanc não foi filtrado.
 
O vinho é um 100% cabernet sauvignon que amadureceu por 18 meses em barricas de carvalho francês e que, ao contrário do branco da mesma linha que provamos, foi uma decepção pra mim.
 
Na taça apresentou coloração rubi intensa e lágrimas finas e rápidas. No nariz o álcool estava aparente e chegou a incomodar no início; o aroma de fruta madura e o tostado predominaram e ofuscaram as discretas notas florais e de especiarias. Em boca apresentou corpo médio com taninos quase bem mansos e álcool mais uma vez sobrando. Final de boca quente com notas de fruta madura aparecendo no retrogosto.
 
Como já disse o vinho foi uma decepção. Não percebi o corpo e a potência da casta e depois de ter degustado o sauvignon blanc as impressões sobre o tinto foram ainda mais prejudicadas. Pelo que li nos comentários no site da Wine só posso pensar que a garrafa que degustamos estava com outro vinho.
 
O Rótulo
 
Vinho: Fleur du Cap Unfiltered
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2012
País: África do Sul
Região: Stellenbosch
Produtor: Fleur du Cap
Enólogo: Andrea Freebourough
Graduação: 14%
Onde comprar: WINE
Preço médio: R$ 75,00 (R$ 54,00 no ClubeW)
Temperatura de serviço: 16º

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Vinhos da Longevidade

No último dia 8 foram lançados em Veranópolis (foto), na serra gaúcha, os vinhos da safra 2013/2014. Com orçamento anual de R$ 75 milhões, a cidade planeja fazer com que a bebida seja um indutor da economia local. O fato de ser conhecida nacionalmente como um local onde as pessoas vivem por mais tempo, claro, já é um bom começo. Tanto é verdade que anualmente o município recebe 60 mil turistas – um pouco mais do dobro de habitantes. Com apenas dois hotéis que podem abrigar até 120 pessoas, há previsão que em 2015 comece a construção do terceiro estabelecimento, um investimento da Rede Super 8 com empresários locais. Isso fará com que a capacidade se eleve para 370 vagas.

"Além do aspecto da longevidade, queremos fazer com que o vinho se torne parte importante da indução do turismo da mesma forma como fez a vizinha Bento Gonçalves", planeja Romeo Tedesco, secretário de turismo da cidade que fica a 160 quilômetros de Porto Alegre. Entre as ações para tornar esse sonho realidade, uma rota turística está sendo programada. A visita, além de vinícolas, prevê passeios pelas cascatas do interior como também a casa de cultura que conta a chegada dos imigrantes italianos na região.

Os vinhos produzidos pelas seis vinícolas e uma cooperativa do município levam o selo da "terra da longevidade", característica que, dentro de alguns anos, poderá ter validação internacional. "Estamos fazendo estudos muito iniciais ainda, mas no futuro é bem provável que consigamos obter a Denominação de Origem", conta Luis Carlos Luchini, presidente da Associação das Vinícolas de Veranópolis (Aviver). Ele também é proprietário da vinícola Da Paz que teve a variedade Tannat selecionada entre as 30% amostras mais representativas da safra 2012 na Avaliação Nacional de Vinhos (ANV).

De acordo com estudos recentes, a cidade tem melhores resultados com a casta Merlot, variedade onde, coincidentemente, se encontra a maior quantidade de resveratrol, antioxidante abundante no vinho tinto, responsável por desacelerar a deterioração do organismo, sobretudo as funções cardiovasculares ligadas à idade. O detalhe foi crucial para o início da exportação da bebida para o Japão. O feito coube à vinícola Simonetto, que produziu 35 mil garrafas na safra passada – a maior parte, ainda, comercializada no Brasil.

Como forma de fazer com que mais consumidores conheçam os "vinhos da longevidade", o prefeito Carlos Alberto Spanhol encampou a sugestão defendida por Moacir Mazzarollo, presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e nascido em Veranópolis. "Vamos passar a ponte [sobre o Rio das Antas, porta de entrada que leva ao município] e lançar a próxima safra na Semana do Vinho em Porto Alegre", conclamou. Além desse evento e da já tradicional vindima (entre janeiro e março), fazem parte do calendário cultural da cidade a Festa Nacional da Maçã e a Festa do Vinho Doce.

Fleur du Cap Unfilterede Sauvignon Blanc 2013 #aveclevin

O Fleur du Cap Unfilterede Sauvignon Blanc 2013 foi o segundo vinho degustado no nosso último, agradável e, como de costume, descontraído encontro da Avec le Vin.
 
O vinho é produzido pela Fleur du Cap, a qual pertence ao grupo Distell, que também controla as marcas Two Oceans e Nederburg. Os primeiros vinhos da vinícola foram produzidos pouco tempo depois da fundação (1967) da Die Bergkelder, famosa adega construída dentro da montanha Papegaaiberg, em Stellenbosch. Foi a primeira de seu tipo na África do Sul e é hoje o lar de alguns dos melhores vinhos do Cabo.
 
Fluer du Cap está situada em Stellenbosch, coração vitivinícola da África do Sul,  que ocupa o 8º lugar no ranking mundial em produção de vinhos. O nome Fleur du Cap é uma homenagem as mais de 9.000 espécies de plantas que podem ser encontradas na região de Cape, sendo que aproximadamente 70% delas não são vistas em outros lugares do mundo.
 
O Fermentou em barricas de carvalho e amadureceu em tanques de inox  e que, como o nome comunica, não é filtrado, o que lhe agrega maior complexidade e preserva as características da fruta e do terroir onde é cultivado.
 
Na taça apresentou coloração amarelo palha e brilho intenso. No nariz rico em aromas de frutas cítricas com destaque para o maracujá, notas florais, grama cortada e interessante toque mineral. Em boca repetiu as sensações olfativas e mostrou excelente acidez e frescor. Final de boca refrescante e de boa intensidade com a fruta e o mineral aparecendo no retrogosto.

Um belo sauvignon blanc, talvez um dos melhores que eu já degustei. A harmonização ficou por conta de uma deliciosa bruschetta de jamón.

O Rótulo

Vinho: Fleur du Cap Unfilterede
Tipo: Branco
Castas: Sauvignon Blanc
Safra: 2013
País: África do Sul
Região: Western Cape
Produtor: Fleur du Cap
Enólogo: Andrea Freebourough
Graduação: 13,5%
Onde comprar: WINE
Preço médio: R$ 70,00 (R$ 54,00 no Clube W)
Temperatura de serviço: 8º

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O que é 'vinho de garagem'?

Conceito apareceu nos anos 1990 e se refere aos produzidos em mínima escala.



Fonte: CBN

Consumo de vinho pode ajudar a reduzir perda de visão

Uma pesquisa da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, sugere que o consumo moderado de vinho pode reduzir o risco de deficiência visual em longo prazo. Liderados pelo Dr. Ronald Klein, do Departamento de Oftalmologia do Wisconsin e Ciências Visuais, os pesquisadores analisaram, por 20 anos, os olhos de 6 mil pessoas com leve deficiência visual entre 43 e 84 anos e fizeram uma relação com seus hábitos de vida.
 
Na fase inicial do estudo, os participantes fizeram uma medição da sensibilidade de cada olho, orientada pela quantidade de letras e números não identificados pelos voluntários. Percebe-se que, durante um período de 20 anos, essas pessoas costumaram perder, em média, a capacidade de ler 6,6 letras (segundo o critério adotado pelos pesquisadores).
 
Ao comparar os estilos de vida, porém, houve diferenças e o consumo de álcool pareceu diminuir o prejuízo à visão. Apesar de apenas 11% dos abstêmios terem apresentando deficiência ao longo do tempo, o número entre os que consumiam pequenas quantidades de álcool ocasionalmente foi bem menor, com 4,8%, assim como para o consumidores regulares, com 3,6%.
 
Mais interessante ainda foi quando a pesquisa focou no vinho. O estudo mostrou que a deficiência afetou 7,8% daqueles que não consomem a bebida, apenas 4% dos que a bebem ocasionalmente ,e 2,7% dos que degustam regularmente.
 
O estilo de vida também influencia nas chances de se contrair uma deficiência visual. Por exemplo, aqueles que eram fisicamente ativos tinham menos chance de desenvolver uma complicação visual, ao passo que os fumantes tiveram mais facilidade em contraí-la. “Estilos de vida como fumar, beber e praticar exercícios físicos estão diretamente associados com o desenvolvimento de doenças visuais em longo prazo”, afirmou Klein.
 
É certo que fazer exercícios regularmente, não fumar e ter uma dieta equilibrada resultam em uma melhor saúde ocular. Mas quanto ao consumo de vinho, ainda são necessárias mais pesquisas para averiguar se sua ingestão, por si só, já é suficiente para reduzir as chances de perda da visão.
 
Fonte: Revista Adega

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Que tal produzir seu próprio vinho por 18 mil a barrica?

Guilherme Grando
Vinícola de Água Doce, no Oeste catarinense, está aproveitando o inverno para conquistar novos clientes através da produção de vinhos personalizados. A iniciativa iniciou neste ano e permite que os clientes criem suas próprias bebidas no maior vinhedo do estado.

De acordo com a vinícola, desde que foi lançado, o projeto já contabilizou oito barricas de vinho vendidas por R$ 18 mil cada. Conforme os produtores, o rendimento de cada barrica pode chegar a 300 garrafas.
 
Segundo a empresa, a prática foi adotada para atender aos paladares mais exigentes e aproveitar uma das melhores safras da uva da história, registrada em 2014. Além dos produtos exclusivos, a vinícola também mantém uma produção anual de cerca de 200 mil garrafas de vinho, vendidas em restaurantes e casas especializadas no Brasil e nos Estados Unidos.
 
De acordo com o diretor comercial, Guilherme Grando, os clientes podem escolher entre 103 variedades de uvas tintas que são produzidas no local ou optar por uvas que não são cultivadas na vinícola. "Desde que a gente tenha vinificado naquela safra e ainda haja barricas à venda, o cliente pode fazer o vinho com a experiência de deixar no tempo de carvalho que ele quer, com as uvas que escolher e fazer um vinho aos modos do gosto pessoal", explicou.
 
Conforme Grando, o investimento também inclui o acompanhamento de um enólogo durante todo o processo de elaboração até que a bebida fique pronta. O profissional é responsável por ajudar o cliente a procurar um equilíbrio entre o álcool, o aroma e a acidez do vinho. O tempo mínimo de espera até a finalização do produto é de dois anos.