terça-feira, 30 de junho de 2015

Que tal degustar vinhos direto da barrica? A Larentis irá te dar essa oportunidade

Não é de hoje que a Serra Gaúcha é um dos destino turísticos mais desejados do país e isto não é por acaso, uma vez que há um imenso investimento para receber cada vez melhor os visitantes, quem foi sabe o que eu estou dizendo. Além dos mais famosos: Gramado e Canela, o Vale dos Vinhedos também tem sido um roteiro cada vez mais procurado.
 
E para isso as vinícolas da Serra Gaúcha se reiventam a cada ano para manter os velhos visitantes e conquistar novos. Um exemplo de uma baita estratégia é a da Larentis, de Bento Gonçalves, que está lançando uma ação que vai captar muitos enófilos. Para esta temporada, a cantina lançou uma nova atração: uma degustação direto das barricas de carvalho onde alguns de seus vinhos estão envelhecendo.
 
Guiada pelo enólogo André Larentis, a novidade é educativa, pois o amadurecimento em madeira é um dos maiores mistérios para o consumidor final. A atividade está programada para 11 de julho, com sessões de manhã e à tarde, a R$ 25 por pessoa.

O delicioso e surpreendente Arboleda Pinot Noir 2013

No último dia 10 participamos de mais uma excelente edição do WINEBAR, transmitido diretamente da Expand e que contou com a participação da Maria Eugênia Chadwick, da Viña Arboleda.
 
A Viña Arboleda é uma jovem vinícola chilena (fundada em 1999), projeto pessoal de Eduardo Chadwick na região do Aconcagua. Seu nome é uma homenagem às árvores nativas preservadas em suas vinhas.
 
Maria Eugênia Chadwick, filha de Eduardo Chadwick,  foi anunciada, este ano, como embaixadora internacional da marca. Ela é designer, formada pela Universidade Pontifícia Católica do Chile. Tendo crescido em um ambiente de vinhos e acompanhado seu pai em várias viagens que deram oportunidade de conhecer e interagir com personalidades da indústria, ela mantém a tradição da família e a paixão pelo vinho, passando a integrar formalmente a Viña Arboleda como Brand Manager desde março de 2015.
 
Na ocasião foram apresentados e degustados 3 rótulos da vinícola: Arboleda Chardonnay, Arboleda Pinot Noir e Arboleda Carménère. Neste post irei falar apenas do Pinot.
 
Os frutos que deram origem ao Arboleda Pinot Noir são provenientes de vinhedos próprios localizados na região costeira de Aconcágua ou “Aconcágua Costa”, perto do oceano Pacífico, na localidade denominada “Chilhué” onde  a corrente de Humboldt e o degelo Antártico influenciam marcadamente o clima, com um gradiente térmico mais elevado.
 
O vinho passou por uma maceração a frio de 4 a 7 dias a uma temperatura de 8° a 10°C antes da fermentação, para extrair os intensos sabores e aromas. A fermentação alcoólica foi feita em tanques abertos e se extendeu por 8 a 20 dias. E por fim o vinho foi envelhecido durante 12 meses em barricas de carvalho francesas, das quais 25% novas.
 
Na taça o vinho apresentou cor rubi com boa transparência e lágrimas finas e rápidas.
 
No nariz aromas de folhas secas, tabaco, fumaça e  é claro notas de frutas vermelhas; mas, olfativamente esse vinho me transportou para as caves onde repousam as barricas de carvalho, contudo não com exagero em notas provenientes da passagem por barricas e sim com complexos e elegantes aromas que resultam do uso bem feito da madeira.
 
Em boca um vinho de corpo médio e elegante, com taninos macios e ótima acidez, conferindo frescor ao líquido. Repetição das notas olfativas em boca e final longo e marcado pela presença bem integrada da fruta e da madeira no retrogosto.
 
Um delicio exemplar da Pinot Noir proveniente da DO de Aconcagua Costa.
 
A harmonização ficou por conta de um delicioso e delicado Risoto de Aspargos e Presunto de Parma lindamente preparado por Fernanda.


O Rótulo

Vinho: Arboleda
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2013
País: Chile
Região: Aconcagua Costa
Produtor: Arboleda
Graduação: 13,5%
Enólogo: Eduardo Chadwick
Onde comprar: Expand
Preço médio: R$ 155,00
Temperatura de serviço: 16°



Nota:

O vinho foi enviado pela Expand em ocasião do WINEBAR com os vinhos da Viña Arboleda.

domingo, 28 de junho de 2015

Vinho velho, vinho bom?

 
A delicadeza da cor levemente alaranjada, com tons atijolados, logo é completada por uma mistura de aromas intrigantes – com os quais nem sempre estamos acostumados, como trufas, café, couro, tabaco etc – e, ao se sorver gentilmente o líquido, pode-se sentir aquele tipo de suavidade que somente o tempo traz aos vinhos (no caso, os tintos).
 
Há sensações (cheiros e sabores) que só são proporcionadas por um vinho velho. Esse espectro aromático, que vai dos frutos secos, passando por tons defumados até notas de trufas (e além), por exemplo, só é revelado quando a bebida evolui em garrafa. Eles são chamados de aromas terciários, e só são formados durante a lenta oxidação pela qual o líquido passa com os anos. É isso que os especialistas nomeiam como “buquê” – termo que está intimamente ligado a vinhos envelhecidos.
 
Com o tempo, a oxidação dos ácidos em conjunto com o álcool resulta em novos aldeídos e, especialmente, ésteres, assim como em novas combinações entre eles, o que cria aromas tão diferentes dos puramente frutados encontrados na juventude. Durante o envelhecimento em garrafa, os íons de hidrogênio (mais presentes em vinhos com baixo pH – ou seja, mais ácidos) tendem a catalisar a formação de ésteres dos ácidos e álcoois presentes na bebida. Por outro lado, esses íons também ajudam os ésteres a se dividirem novamente em ácidos e álcoois. E essas duas ações, com o tempo, costumam levar a um estado de equilíbrio entre álcool, ácidos, ésteres e água. Assim, durante a “vida” de um vinho, os aromas mudam de acordo com as diferentes concentrações desses compostos.
 
O mesmo ocorre com as percepções no palato, que se tornam mais redondas e suaves do que as encontradas em um vinho jovem, graças à evolução dos taninos. Acredita-se que, no começo, após macerados, esses polifenóis apresentam peso molecular baixo. Mas, com o tempo, a tendência é eles se polimerizarem, alongando as cadeias de carbono e, com isso, aumentando o peso. Quanto maior o peso molecular, mais macia se sente a bebida – e assim também se formam os sedimentos. Essa crença, no entanto, vem sendo questionada por pesquisadores (veja box). Verdade ou não, o certo é que, com o tempo, a combinação entre taninos, ácidos e álcool tende a ficar mais sutil, proporcionando uma sensação mais sedosa na boca.
 
Velho X Novo
 
“Ninguém que bebeu do vinho velho, quer já do novo, porque diz: ‘O vinho velho é melhor’”. Apesar de alegórica, esta passagem do evangelho de São Lucas mostra o quanto a premissa está enraizada nas mentes até de quem não se considera um enófilo. No entanto, muito da explicação para essa crença ter perdurado até os nossos dias está no processo de produção dos vinhos que, durante milênios, fazia com que os jovens, recém-fermentados, fossem “duros”, tânicos, difíceis de beber. Eram vinhos rústicos, que somente com o tempo se tornavam mais palatáveis.
 
Os séculos passaram e, com as novas técnicas de produção e mais conhecimentos sobre a videira, a uva, as leveduras, o envelhecimento em barricas etc, os vinhos tornaram-se bebíveis tão logo chegavam ao mercado. Se antes nem sempre as uvas eram colhidas no ponto exato de maturação (de açúcar e fenóis), por exemplo, agora isso é quase impensável (estudos mostram que as datas de colheita ao redor do mundo ficaram cada vez mais tardias) e explica uma parte da “suavidade” encontrada nas bebidas jovens atualmente. No entanto, diversos outros processos (fermentação malolática, bâtonnage e maceração carbônica, por exemplo) se somam para resultar em algo prazeroso desde o início.
 
Não à toa, hoje a ampla maioria dos rótulos é planejada para ser consumida jovem, dentro de um ou dois anos depois de lançada. Neles, tudo (taninos, acidez, fruta) foi programado para estar equilibrado logo de cara e o tempo não é capaz de fazer com que ganhem nada (apenas percam).
 
Isso não quer dizer, porém, que não existam vinhos que podem envelhecer bem. Mas, a questão que levantamos não reside na possibilidade de um bom envelhecimento, mas se é válido ou necessário esperar por esse envelhecimento para desfrutar de um vinho “melhor”.
 
O crítico Robert Parker chegou a escrever sobre o tema. “É importante ter uma definição do que significa envelhecer um vinho. Eu defino o processo como nada mais do que a habilidade de, com o tempo, o vinho: 1- desenvolver mais nuances prazerosas, 2- expandir-se e se suavizar em textura e, para os tintos, exibir uma dissolução adicional de taninos e, 3- relevar aromas e sabores mais atraentes. Em suma, o vinho precisa entregar uma complexidade adicional, maior prazer e gerar mais interesse do que quando lançado”.
 
 
 Quase todos os vinhos estão sendo feitos de forma que o consumo imediato seja pelo menos possível, mesmo que nem sempre desejável
 
Parker contesta o dito “milagre da garrafa” (de que o vinho melhora com o tempo), afirmando que, na maioria das vezes, uma longa guarda é um “caro exercício de futilidade”. Para ele, os processos pelos quais os vinhos passam hoje diminuem a capacidade de a bebida evoluir e se tornar mais complexa com o tempo. Daí, guardá-las para consumir posteriormente não faria sentido.
 
Outros críticos, porém, defendem o envelhecimento. Um deles é Eric Asimov, que escreve para o New York Times. “Amo vinhos velhos, mais do que posso pagar por eles, infelizmente...”, brinca. Para ele, quanto melhor o vinho, mais você precisa apreciá-lo com o tempo – quando é jovem, na meia idade e na velhice, e entre essas etapas. “É assim que você realmente conhece o melhor do vinho. Quando opta por atalhos, você se ilude”.
 
Em seu Altas Mundial do Vinho, os críticos Hugh Johnson e Jancis Robinson escrevem: “O momento em que se deve beber um vinho é certamente uma questão de gosto pessoal e até mesmo nacional. Sabidamente, os ingleses têm preferência pelos vinhos velhos, enquanto os franceses e os norte-americanos, com frequência, bebem seus vinhos uma década antes dos ingleses. O certo é que, atualmente, quase todos os vinhos estão sendo feitos de forma que o consumo imediato seja pelo menos possível, mesmo que nem sempre desejável”.
 
Percepções
 
Diante dessas ponderações, resta-nos escolher entre a pungência da juventude e a sutileza da idade – vale lembrar que, um vinho velho, mesmo que tenha passado de seu ponto de apreciação ideal, não fará mal à saúde. Portanto, cabe a cada um decidir o que mais lhe agrada.
 
Para alguns, o importante será perceber os tons frutados tanto na boca quanto no nariz, a exuberância da cor (nos tintos), a gostosa adstringência dos taninos, a refrescância da acidez em seu auge, enfim, toda a volúpia de uma bebida quando jovem. Outros, contudo, vão deixar tudo isso de lado em favor de uma maior sutileza no palato e de uma gama aromática completamente diferente, e que só é alcançada com o envelhecimento.
 
Em favor dos vinhos velhos, também podemos lembrar que apreciá-los não é somente uma experiência sensorial distinta, mas também cultural, pois obrigatoriamente nos leva a uma viagem no tempo, a um passado que une a nossa história à daquele produtor. Se a bebida é melhor ou não, difícil dizer, mas esse tipo de experiência, somente um vinho velho pode proporcionar.
 
Então, na dúvida, opte pela máxima: “O vinho melhora com a idade. Quanto mais velho fico, mais gosto dele”.
 
Taninos
 
Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que os taninos, com o tempo, formavam cadeias cada vez maiores e mais pesadas e, com isso, precipitavam-se. Ou seja, a bebida, além de ficar menos adstringente, teria menos taninos. Contudo, ao analisar os vinhos em uma degustação vertical com safras de 50 anos, pesquisadores australianos notaram que as garrafas mais antigas tinham tanto ou mais taninos que as mais jovens. Ou seja, eles não somem com o tempo. E, recentemente, um estudo liderado por franceses mostrou que quanto maior a cadeia de taninos, mais adstringente ela é, já que consegue se ligar às proteínas mais facilmente. Enfim, a resposta para a menor percepção de tanicidade em vinhos velhos ainda não está 100% explicada.
 
 
 Alterações no vinho durante o período de guarda

 

Tintos

 
Ao envelhecerem, adquirem caráter mais suave e macio, em contraste à possível aspereza apresentada quando de seu engarrafamento. A coloração também costuma alterar-se de violeta profundo para um leve vermelho-tijolo. Normalmente, quando envelhecidos, têm mais sedimentos do que vinhos jovens. Com relação ao olfato e ao palato, normalmente a mudança é latente: tornam-se mais complexos, com traços mais evoluídos e camadas de aromas secundários e terciários – tais como notas de madeira, frutos secos, mel, couro, carne crua, estrebaria, tostados, defumados, tabaco, café, trufas etc– desenvolvem-se e passam a ser percebidos na degustação.
 
O vinho muda de cor, sabor e ganha aromas terciários, que só aparecem com o tempo de guarda

 

Brancos

 
Visualmente, vinhos brancos adquirem tonalidade mais escura quando envelhecem, tais como tons dourados profundos e até âmbares, provavelmente devido a um processo lento de oxidação de seus compostos fenólicos. Também pode surgir algum sedimento, ainda que em bem menor quantidade do que ocorre nos tintos. No nariz e na boca, geralmente a acidez e a crocância da juventude dão lugar a aromas mais suaves e evoluídos, com delicadas notas de mel, frutos secos, manteiga, baunilha, tostados ou defumados, dependendo das castas presentes em sua composição.
 
 

Clássicos com bom potencial de envelhecimento

 

França

 
Bordeaux: os grandes ícones como Pétrus, Latour, Mouton, Lafite, Haut-Brion, Margaux e todos os Grand Cru, sejam eles tintos ou brancos, inclusive os doces de Sauternes, como Yquem, Rieussec e Guiraud que, dependendo da safra, podem se manter no auge por mais de 30/40 anos, e, em alguns casos, períodos bem superiores a isso.
 
Borgonha: os vinhos de grandes produtores, como Romanée-Conti, Montille, Comte Georges de Vogüé e, via de regra, de vinhedos com classificação Cru, sejam eles brancos ou tintos, podem se manter no auge por mais de 10/20 anos.
 
Rhône: os Châteauneuf-du-Pape – Beaucastel e Château Rayas, por exemplo –, Côte-Rôtie de Guigal e os Hermitage de Chave e Paul Jaboulet, entre outros, evoluem bem.
 
Champagne: os safrados e Cuvée Prestige geralmente podem ser bebidos quando lançados, mas permanecem no auge e muito complexos com os anos de garrafa.
 

Itália

 
Piemonte: os clássicos Barolo e Barbaresco atingem, via de regra, seu auge com pelo menos 10/20 anos de garrafa e assim podem se manter por décadas. Gaja, La Spinetta, Elio Grasso e Pio Cesare fazem vinhos que são exemplos de longevidade.
 
Toscana: os Chianti Classico Riserva – Badia a Coltibuono, Mazzei, por exemplo – e os Brunello di Montalcino de Biondi Santi, Soldera, entre outros, são tintos feitos para envelhecer e precisam de 5/10 anos, pelo menos, para mostrarem todas as suas virtudes.
 
Vêneto: os Amarone de Valpolicella, vinhos que podem ser bebidos jovens, mas que se beneficiam do tempo de garrafa, podendo se manter no auge por décadas. Os produzidos por Dal Forno Romano e Quintarelli exemplificam isso.
 

Espanha

 
Rioja e Ribera del Duero: os tintos Reserva e Gran Reserva da Rioja e de Ribera del Duero podem se manter no auge por décadas. Um exemplo disso são os vinhos de Vega Sicilia, Tondonia e Marques de Riscal, entre outros tantos.
 
Jerez: os bons Jerez, principalmente os Amontillados com 10, 20, 30 e 40 anos de envelhecimento.
 

Portugal

 
Porto: os Porto Colheita e Vintage se beneficiam de uma longa guarda, podendo facilmente serem apreciados com mais de 50 anos. Casas como Dow’s, Taylor’s, Graham’s e Fonseca, entre outras, vêm produzindo vinhos longevos e com grande capacidade de envelhecimento há anos.
 
Madeira e Setúbal: os vinhos Madeira – Justinos e Blandy’s, por exemplo – e Moscatel de Setúbal – José Maria da Fonseca e Bacalhôa, entre outros – também podem durar por muitas décadas.
 

Alemanha

 
Os Riesling alemães, principalmente os Spätlese e Trockenbeerenauslese, apesar de poderem ser bebidos jovens, podem permanecer no auge por décadas. Eugen Müller, Dönnhoff, Prüm e Bürklin-Wolf, entre outros, atestam isso.
 

Hungria

 
Os grandes Tokaji 5, 6 Puttonyos e Eszencia podem se manter no auge por mais de 30 anos, como os produzidos por Oremus, Royal Tokaj e Pendits, entre outros.

 

Áustria

 
Há grandes vinhos de sobremesa de produtores como Kracher, por exemplo, que podem se bebidos quando lançados, mas podem permanecer no auge por muitas décadas.

 

Novo Mundo

 
Os vinhos ícones de produtores: como Penfolds na Austrália com seu Grange e os grandes Cabernet dos Estados Unidos produzidos na Califórnia, por exemplo, pela Ridge, Stag’s Leap, Heitz Cellar, Opus One, podem permanecer no auge por décadas. Na América do Sul também há vinhos que podem se manter no auge por, pelo menos 10/20 anos, e exemplos disso são os feitos pela López e Weinert, entre outros, na Argentina; os ícones Almaviva, Don Melchor, Casa Real, Clos Apalta, Montes Alpha e Manso de Velasco, entre diversos outros do Chile, que demonstram grande capacidade de envelhecer com qualidade; e, por último, o Brasil, que está provando também ter condições de produzir vinhos longevos.

Por Arnaldo Grizzo
Fonte: Revista Adega

China promove concurso de vinhos

A empresa chinesa Ningxia Uva Industry Development Bureau vai realizar no próximo mês de setembro um concurso de vinificação que dará aos enólogos vencedores um total de 120.000 yuans em prêmios, o equivalente a US$ 20.000. A competição selecionou 60 enólogos de sete países – Austrália, Chile, França, Nova Zelândia, África do Sul, Espanha e Estados Unidos –, que vão trabalhar na produção de um vinho da região, localizada no noroeste da China.
 
“Vemos o concurso como um investimento na nossa região, e em nossos relacionamentos com produtores de vinho de todo o mundo. Sabemos que construir laços com as pessoas de outros lugares vai ajudar a tornar a nossa indústria mais forte”, acredita Li Xueming, diretor da Ningxia Uva Industry Development.
 
Os candidatos aprovados irão viajar no final de setembro para selecionar uvas, supervisionar a fermentação e aprender sobre a região e sua cultura do vinho. Os vinhos produzidos serão julgados por um painel de peritos em 2017.
 
Aqueles que ficarem no top 10 do ranking receberão, cada um, uma medalha de ouro e 10.000 yuans em dinheiro. Os organizadores distribuirão mais 20.000 yuans em prêmios para outros competidores e planejam dar a cada enólogo várias garrafas dos vinho que forem produzidas durante o desafio.
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Adega para os fãs de Piratas do Caribe é posta a venda por Johnny Depp

O ator norte-americano Johnny Depp colocou à venda, por 16 milhões de euros, sua propriedade de 14 hectares, perto da aldeia Plan-de-la Tour, na França. Segundo o Wall Street Journal, a casa inclui uma cozinha profissional, um estúdio de arte, uma capela convertida em pousada e uma cave de vinhos que tem como tema o filme “Piratas do Caribe”. A adega é decorada com caveiras, velas e tecidos de cores vivas. O ator possui uma vasta coleção de vinhos.
 
Depp comprou a propriedade em 2001 por 10 milhões de dólares e, de acordo com a Sotheby (casa de leilões em nova York), ele mesmo  decorou o interior da casa.
 
A pessoa que comprar o terreno vai adquirir móveis, livros, DVDs e obras de arte pertencentes a Depp, que viveu lá quando era casado com a atriz e cantora francesa Vanessa Paradis, com quem tem dois filhos. Ele agora está casado com a atriz norte-americana Amber Heard.

Fonte: Revista Adega

Vinho tinto reduz chance de câncer de mama

Mais uma descoberta que deve ser comemorada pelos apreciadores de vinho foi publicada pelo jornal Journal of Women´s Health, nos Estados Unidos. Segundo estudo feito pelo Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, mulheres que consomem cerca de 250 ml de vinho tinto por mês possuem menos chances de contrair câncer de mama. A pesquisa analisou por um tempo mulheres adeptas de Cabernet de Sauvignon (tinto) e Chardonnay (branco), e concluiu que as que consumiam vinho tinto apresentavam redução na concentração do hormônio estrogênio, principal causador da doença. Paralelamente à redução do estrogênio, os pesquisadores acreditam que resveratrol presente no vinho tinto ajuda a diminuir o crescimento das células do câncer de mama.
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Brasil receberá 10% da edição limitada de champanhe da família Rothschild

Há poucos nomes sobrenomes no mundo que chamam tanto a atenção quanto Rothschild, a família considerada o clã mais rico da Europa. Os Rothschild – “escudo vermelho”, em alemão – são os principais criadores do fluxo internacional de finanças, a partir da fundação de um pequeno banco no bairro judaico de Frankfurt, no final do século XVIII. Foi a origem de uma trajetória que os transformou, pelo menos no imaginário popular, em sinônimo de dinheiro, com atividades que vão do financiamento da dívida entre países à criação de gigantescos complexos industriais e o cultivo de uvas em vinhedos localizados em Bordeaux, no sul da França. Entre outros negócios, a família se tornou proprietária da Barons de Rothschild, uma das produtoras de vinhos e champanhes mais importantes do mundo.
 
Na semana passada, a Barons de Rothschild lançou um novo título de champanhe chamado Blancs de Blancs Barons de Rothschild Vintage 2006 durante a Vinexpo, uma tradicional feira francesa de vinhos. A bebida será uma edição limitada: serão produzidas 7,5 mil garrafas, das quais 4 mil serão comercializadas. Um total de 400 garrafas será vendido no Brasil através da distribuidora PNR. O preço da garrafa no mercado nacional deverá ficar em torno de R$ 1,2 mil.
 
O proprietário da PNR é o francês Philippe de Nicolay Rothschild, ex-banqueiro da família e que vive no Brasil há cinco anos. A distribuidora comercializa no mercado brasileiro tantos os champanhes que levam a marca Barons de Rothschild quanto os vinhos produzidos no sul da França sob os rótulos Lafite e Rothschild.“No Brasil, as vendas de champanhe são maiores de outubro a março. Esperamos provocar nos brasileiros o desejo de tomar essa bebida por todo o ano”, afirma o empresário. “O champanhe Barons de Rothschild é um produto de qualidade superior, pois é produzido com as melhores uvas da safra. O fato de produzirmos poucas garrafas ao ano é uma das garantias de excelência”.
 
Fonte: Época

Ranking coloca Brasil como o país mais caro para comprar champagne

O famoso índice Big Mac, criado pela revista The Economist em 1986, se tornou uma referência para avaliar a taxa de câmbio pelo mundo. O Vivino, aplicativo de avaliação de vinhos, se inspirou nele para criar o índice Veuve Clicquot. A ideia é medir quanto custa comprar uma garrafa de uma das marcas de champagne mais conhecidas do mundo em diferentes países.
 
O Brasil aparece como o país mais caro para se comprar uma garrafa de Veuve Clicquot Champagne Brut Carte Jaune 750 ml (o rótulo escolhido para a pesquisa). É necessário desembolsar, em média, US$ 80 dólares. O preço é bem acima do segundo colocado, a Rússia, onde é necessário gastar cerca de US$ 70,20 por uma garrafa. Já os países onde é mais barato comprar um Veuve Clicquot são Itália (US$ 36,67), França e Bélgica (empatados com US$ 39,55).
 
Também dá para visualizar a diferença assim: se US$ 500 compram 13 garrafas na Itália, no Brasil o mesmo valor compra apenas seis.
 
Outro dado interessante da pesquisa é quantas horas uma pessoa em diferentes países precisa trabalhar para comprar uma garrafa. Usando dados do relatório CIO Wealth Management, a pesquisa considerou a média do salário de 15 profissões em cada país.
 
Nesse parânmetro, o Rio de Janeiro ficou em segundo lugar, atrás apenas da Cidade do México. Um carioca precisa trabalhar cerca de 11 horas e 30 minutos para conseguir comprar uma garrafa. Em Zurique, o tempo não chega a uma hora e meia (confira a tabela abaixo).
 
"É um champagne clássico, então está disponível em muitos lugares e provavelmente vai continuar assim. A marca é antiga e respeitada", diz a nota oficial do aplicativo para justificar a escolha da marca. Além disso, a garrafa costuma ficar entre as 25 mais acessadas do Vivino. Para chegar aos números, foram usados dados dos próprios usuários, que, ao avaliar um vinho, costumam registrar quanto pagaram por ele.
 
 
Fontes: Época e Vivino

Olfato de cães salvando parreirais

Uma das etapas mais desafiadoras e essenciais na degustação de um vinho é a análise olfativa, contudo esta não exerce nenhum papel no cultivo das uvas. Mas, isto está prestes a mudar ou pelo menos é o que espera pesquisadora australiana.
 
Contudo nariz a ser usado não é o humano, e sim o canino. A pesquisadora vem adestrando os cães para que eles detectem pragas e doenças nos vinhedos por meio do cheiro.
 
A iniciativa está usando cachorros já treinados na identificação de bombas ou drogas, só que agora eles estão direcionando suas habilidades para os males da vinha. Entre os principais alvos está a filoxera, parasita que ataca as raízes da planta e que dizimou parreirais no mundo todo no Século XIX.

Château Vieux Dominique AOC Bordeaux Supérieur 2011

Eu e Fernanda somos loucos por camarão e há alguns dias resolvemos arriscar uma harmonização diferente com esse crustáceo que tanto amamos: um tinto de bordeaux e, por mais incrível que possa parecer, não ficou incompatível como esperava.
 
A incompatibilidade da harmonização se dá pelo fato da reação dos taninos dos tintos com o iodo dos frutos do mar deixar uma sensação metálica em boca.
 
O vinho que abrimos para esse desafio foi o Château Vieux Dominique AOC, um merlot de bordeaux que levou uma pequena parcela de Cabernet Sauvignon em sua composição e, talvez pela menor carga tânica da casta Merlot a harmonização não tenha ficado de todo prejudicada.
 
Trata-se de rótulo de um AOC Bordeaux Supérieur, cujas uvas provêm de vinhedos de alta qualidade e os exemplares só podem ser comercializados após um tempo específico de maturação, a partir do mês de setembro seguinte à colheita, que garante vinhos estruturados e ótimos para harmonizar.
 
O Château Vieux está situado à margem esquerda de Bordeaux, na sub-região de Graves Pessac-Léognan. O solo característico é uma constante em toda a área. Graves é a única região de Bordeaux conhecida tanto por seus vinhos tintos, quanto por seus brancos. Nos tintos, em geral, a Cabernet Sauvignon e a Merlot entram em proporção similar nos blends, que ainda levam Petit Verdot e Cabernet Franc.
 
A região de Pessac-Léognan destacou-se oficialmente de Graves em 1987. Em suas comunas produzem-se excelentes brancos e tintos. Na verdade, os melhores vinhedos Cru Classé ao sul da cidade de Bordeaux estão em Pessac-Léognan. Os solos de graves são ótimos para a Cabernet Sauvignon, entretanto os vinhos dessa AOC costumam ser mais leves em corpo e mais aromáticos.
 
Visualmente o vinho apresentou cor rubi com discretos reflexos violáceos e lágrimas finas e rápidas. No nariz o álcool sobressaiu-se no início, mas acalmou-se após uns 30 minutos, dando lugar a aromas intensos de fruta vermelha e notas de especiarias e pimenta seca. Em boca um vinho com taninos macios e bom frescor. Final de boca de média persistência e com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Vinho fácil de beber e com excelente custo versus benefício (adquirido em um saldão da WINE por R$ 30,00).
 
 
O Rótulo

Vinho: Château Vieux Dominique AOC Bordeaux Supérieur
Tipo: Tinto
Castas: Merlot 90% e Cabernet Sauvignon 10%
Safra: 2011
País: França
Região: Bordeaux
Produtor: Château Vieux
Graduação: 14%
Onde comprar: WINE
Preço médio: R$ 45,00
Temperatura de serviço: 16°

Apesar da alta de preços a importação de vinhos continua subindo no Brasil em 2015

Ao que tudo indica, nem mesmo o aumento dos impostos e taxas sobre a importação de vinho no Brasil vão desmotivar a compra e consumo no país. Em 2014, pesquisas confirmaram que a importação do produto atingiu um crescimento de 12,5%. Para este ano, a tendência é manter ou elevar este número.
 
O Chile segue como líder dos importados no mercado interno e apesar do vinho nacional estar conquistando o paladar do brasileiro, Itália, França, Espanha e Argentina também têm uma considerável fatia em terras tupiniquins.
 
O consumo de vinhos no Brasil ainda não é uma tradição, mas nos primeiros sinais de temperaturas mais baixas, a procura pela bebida aumenta. O Managing Director, da DC Logistics Brasil, Guilherme Mafra, comenta que a importação do produto foi realizada já há três meses do inverno e agora é que as empresas começam a lucrar com as vendas.
 
“Esta antecipação é comum, pois existem regras e burocracias específicas para a importação de vinho no Brasil que demandam mais tempo”. Para ter uma ideia o licenciamento para importar vinho no país só é liberado após uma análise de amostra da bebida feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
A Decanter, de Blumenau (SC), uma das maiores importadoras de vinhos finos do Brasil e com ampla rede de Enotecas, lojas especializadas em todo o país, pretende aumentar as vendas em 2015. De acordo com o diretor da Decanter, Edson Hermann, um dos principais desafios encarados pela empresa e por outras importadoras é a alta do dólar e a inflação acima da média, o que influencia diretamente nessa área. Por isso, é preciso criatividade, dedicação ao negócio e trabalho árduo.
 
“Uma das nossas ações foi investir na internet. Além do reforço no e-commerce de vinhos, outra aposta é o Decanter Wine Club, clube de assinaturas de vinhos finos onde a cada dois meses o interessado recebe um material completo em casa contendo fichas técnicas, informações sobre o produto e vinhos selecionados”, explica Hermann.
 
O diretor ainda afirma que as compras por meio digital não crescerão tão significativamente quanto nos outros anos, mas vão registrar resultados melhores que o comércio tradicional.
 
“Nesse sentido, acredito que temos que nos reinventar e descobrir cada vez mais como cativar e incentivar este público, que é a chave para driblar essa fase que estamos vivenciando”, afirma Hermann
 
Fonte: DC Logistics

Montando uma tábua de queijos para harmonizar com seus vinhos e o friozinho

As temperaturas mais baixas demoraram a chegar, mas enfim chegaram e pra aproveitar ainda mais aquele friozinho gostoso você pode abrir aquele vinho tinto de sua preferência e harmonizá-lo com uma tábua de queijos e frios, contudo, cuidado para não errar na hora da escolha dos queijos, pois cada um tem características muito particulares e específicas.
 
As inúmeras variedades dos queijos resultam do processo de fabricação, dos fermentos utilizados e da origem do leite, mas a matéria-prima é quase sempre a mesma. Entre as dezenas de cores e sabores disponíveis, alguns possuem características em comum e, dessa forma, podem ser divididos em classes. Temos, assim, os de mofo azul, como o gorgonzola e roquefort; os de mofo branco, como camembert e brie; e o de mofo misto: o camembleu.
 
Há também queijos de massa cozida suaves (gouda, prato, muçarela de búfala e minas), picantes (mimolete, parmesão, grand formaggio), e fortes (reblochon, saint polan, saint marcelin e appenzeller); e os de massa filiada, como o provolone, a próvola e a mussarela. Outra denominação ampla é a dos queijos de cabra, que são encontrados em diversos estilos e estados de maturação: frescais, curados, boursins, chevrilles, entre outros.
 
COMO MONTAR
 
1. Na hora de montar a tábua de queijos, procure escolher um de cada tipo para oferecer variedade.
 
2. Utilize queijos de formatos diferentes, quadrados, arredondados e triangulares, para deixar a tábua mais atrativa. O mesmo vale para a coloração da casca ou a capa externa dos queijos.
 
3. Se possível, monte em tábuas de formatos diferentes.
 
4. Corte o queijo enquanto estiver frio, mas retire da geladeira uma hora antes de servir, pois a temperatura ambiente acentua o sabor.
 
5. Corte os redondos e achatados (como brie) em fatias, como bolos. Os de textura quebradiça (como parmesão) devem ser talhados em lascas irregulares. Os cilíndricos (como alguns chèvres) devem ser cortados em cubos pequenos ou em rodelas.
 
6. Saladas verdes com frutas e temperadas com azeite e vinagre balsâmico combinam bem.
 
7. Escolha tipos diferentes, para que os sabores se complementem e haja variedade de texturas.
 
8. Prefira pães escuros (centeio e integral), pães italianos e baguetes fatiados. Use também torradas e pães árabes. A variedade também é importante.
 
9. Sirva com frutas frescas como peras, maçãs, uvas kiwi, damascos, tâmaras, figos, além de frutas secas como castanhas, damasco, ameixas.
 
10. Uma tábua com frios como copa, salame, presunto cru e complementos como azeitonas e tomate seco pode compor a mesa.
 
VEJA COMO HARMONIZAR
 
Gorgonzola e Roquefort: massa úmida de cor amarelada, matizes decorrentes pelo desenvolvimento do mofo, com teor acentuado de gordura e sabor picante predominante. A harmonização exigente deste fortíssimo queijo merece avaliação paciente e atenciosa, aprovando combinações com os Porto, Asti, Sauternne e tintos encorpados como Tannat.

Brie ou Camembert: receita francesa de massa mole, textura uniforme e cremosa. Não é prensado nem cozido, possui odor de mofo com nuanças adocicadas e defumadas. Sabor rico, concentrado e bastante pronunciado, que casa bem com tintos Pinot Noir e Merlot ou branco. O brie é mais cremoso e requer delicadeza no trato. Combine com Chardonnay.
 
Reino: oriundo do queijo holandês Edam, embalado em latas que conservam seu sabor levemente picante e textura firme. Vai bem com tintos encorpados como Tannat e Carménère.
 
Gouda: holandês semiduro, cozido e prensado, tem uma casca amarela fina e uma camada de cera de parafina. Os mais jovens têm uma massa firme de tom amarelo pálido, com buracos irregulares. Quando maturado, a casca engrossa e a massa fica escura e dura, especialmente nas bordas. Os maturados costumam ter cheiros apimentados e final doce. Combine com um Shiraz, Malbec ou Cabernet Sauvignon encorpado.
 
Parmesão: origem italiana, é duro e de consistência granulosa. Daí o nome de Grana, maneira como é chamado quando produzido na Lombardia sob o nome de Grana Padano. Tem grande potencial de aroma e paladar se for envelhecido por tempo suficiente nas condições ideais. Para harmonizá-lo, vinhos como Lambrusco, Chianti Classico Reserva ou Rioja Reserva.
 
Edam e Masdam: o primeiro possui sabor suave e frutado, textura amanteigada, massa revestida com cera vermelha ou preta. O segundo segundo possui sabor levenmente adocicado e amanteigado. Ambos acompanham bem tintos como Malbec, Syrah e Merlot.
 
Queijos frescos: muito leves e pouco maturados. Geralmente são menos calóricos e têm pouco teor de gordura, além de sabor suave. Combinam com vinhos médios secos, brancos, rosés ou tintos.
 
Queijo de Cabra: sabor marcante, ligeiramente picante e aroma de ervas, apresenta uma pasta branca em seu interior. Combinam com branco seco como o Sauvignon Blanc.

sábado, 20 de junho de 2015

Mommessin Beaujolais-Villages Réserve 2013

Estes dias estive na casa do amigo Juberlan para bater um papo e tomar o Mommessin Beaujolais-Villages Réserve, um vinho desses que desce fácil e acompanha uma comida simples e pouco condimentada.

Segundo o site da importadora o vinho, que é elaborado pela vinícola Mommessin, preza por uma seleção criteriosa das vinhas, a escolha dos melhores lotes de vinhedo e a parceria forte e fiel com os viticultores locais. O seu amadurecimento foi em barricas de aço inox, como a grande maioria dos Beaujolais.

Para harmonizar o amigo nos preparou um pernil suíno com uma farofa de jerimum e a escolta ficou 10.

Na taça o vinho apresentou cor rubi clara com reflexos violáceos bem sutis e lágrimas finas e lentas. No nariz aromas intensos de morango e framboesa seguido de notas de violetas e pimenta verde. No paladar um vinho de corpo médio, leve e refrescante, com taninos finos e tranquilos e boa acidez. Final de boca de boa persistência com a fruta e a pimenta aparecendo no retrogosto.
O Rótulo

Vinho: Mommessin Beaujolais-Villages Réserve
Tipo: Tinto
Castas: Gamay
Safra: 2013
País: França
Região: Beaujolais, Bourgogne
Produtor: Mommensin
Graduação:  12%
Onde comprar: WINE
Preço médio: R$ 86,00 (R$ 58 no Clube W)
Temperatura de serviço: 14°

Terroir, história e outros mitos

Terroir pretende ligar a vinha à terra, a um local e condições específicas, juntando todos os elementos que tornam cada lugar único, homem e as suas práticas incluídas. Terroir é um dos argumentos mais pujantes e marcantes da velha Europa, o conceito que permite introduzir a consciência de denominação de origem, a valorização da terra, a ligação às origens.
 
Como ideia filosófica é genial, como conceito de proveniência é fabulosa, como adágio da intemporalidade do vinho é extraordinária. Infelizmente, é também uma palavra que, de tão abusada, acabou por perder muito do sentido original, deixando de servir para valorizar os poucos lugares verdadeiramente excepcionais onde a harmonia entre vinha e local é perfeita para assumir o papel mais corriqueiro de muleta de marketing constantemente evocada para justificar tudo e nada, para legitimar toda e qualquer conjuntura que se queira aplicar.
 
 
Mas mesmo na sua versão mais pura e afastada das obrigações corporativas o conceito de terroir, a justificação para a localização de algumas da vinhas históricas, pode ser disputado. A comercialização de vinho, e consequentemente a localização das vinhas, é uma narrativa que se estende desde há muitos milhares de anos, tendo tido origem, na sua versão mais moderna, no antigo Egipto, civilização que além de produtora era igualmente uma das maiores importadoras de vinho. Os fenícios deram uma ajuda notável no incremento da comercialização do vinho e na disseminação da vinha ao longo da costa do Mediterrâneo, condições que o império romano aperfeiçoou e a que acrescentou peso, ampliando o comércio de vinho a uma escala global.
 
A idade média e o período de trevas que lhe está associado constituíram um retrocesso de peso na comercialização do vinho mas um fomento impressionante na redistribuição das vinhas que por imposição eclesiástica foram alargadas a toda a área de influência da igreja. As dificuldades no comércio impuseram a produção de vinho local para a celebração da eucaristia numa norma forçada, circunstância que conduziu ao extremo de plantar videiras na Escandinávia na tentativa de produzir vinho para assegurar a celebração das missas locais.
 
Quando as condições para o comércio de vinho melhoraram, as vinhas começaram a ser plantadas em locais que facilitassem o transporte dos vinhos, preferencialmente junto a rios navegáveis. Quando a Europa, sobretudo a Europa Central, começou a construir canais de navegação que permitiram unir alguns dos principais rios europeus, o fator localização da vinha passou a assumir contornos diferentes, dependendo mais das condições climáticas mais favoráveis que da proximidade a redes de transportes mais eficientes.
 
As vinhas deixaram de ocupar os países de uma forma genérica ou oportunista em localização geográfica para se concentrarem nos locais onde a produção era mais consistente, mais fiável e onde apresentava maior qualidade. A globalização do consumo e a globalização da produção nos países do novo mundo acabou por reverter o conceito.
 
Muitas das vinhas atuais, dispostas nos diversos países do mundo, tanto na Europa como nos países do Novo mundo, vivem entremeadas entre o passado e o presente, entre a tradição e a inovação. Muitas das vinhas europeias mantêm-se nas mesmas regiões onde foram plantadas inicialmente por imperativos históricos, nem sempre ligados a critérios qualitativos. Muitas das vinhas dos países situados no novo mundo, mas também de algumas regiões europeias mais recentes, foram plantadas nos locais que estavam disponíveis e onde a tecnologia recente, nomeadamente a irrigação, permitem a sobrevivência e florescimento da vinha onde ela naturalmente nunca poderia sobreviver.
 
Por acaso, por sorte, por simples coincidência ou pela intervenção humana, muitas das paisagens vínicas acabaram por se transformar em terroirs de excepção. Mas quase sempre graças à intervenção pesada do homem, que condicionou a paisagem natural, transformando-a à sua medida para glória dos vinhos aí produzidos. O conceito de transformação do terroir é algo tão clássico quanto a existência de vinhas. Algumas das vinhas e regiões mais notáveis e que mais facilmente associamos à reputação do terroirdevem a sua fama tanto à intervenção humana como às suas características naturais.
 
Basta olhar para duas das regiões mais icônicas do universo do vinho, Bordéus e Douro. A região do Médoc, faixa de terreno que produz muitos dos vinhos mais afamados e caros do mundo, consistia num aglomerado de pântanos contínuos que só começaram a ser drenados no final do século XVI, reformando de forma radical as condições naturais de uma das regiões mais valorizadas de Bordéus. Da mesma forma, embora com necessidades práticas quase inversas, o Douro vitícola é consequência e benefício de uma das empreitadas mais desmedidas e épicas do homem, a criação dos socalcos e muros num exercício de terraplanagem sucessiva de encostas demasiado abruptas e selvagens para a instalação da vinha e olivais.
 
Um epílogo curioso que entra em conflito com alguns dos puristas do conceito de terroir, que chegam ao ponto de querer afastar o homem da equação reservando a noção deterroir para uma bênção da natureza. A conclusão razoável é que hoje, tal como no passado, a manipulação do terroir faz parte da atividade e da sabedoria do viticultor. Embora a palavra terroir pareça hoje estar reservada mais para os estrategas do marketing e da comunicação do que para os verdadeiros artífices do conceito, os viticultores e produtores.
 
Por Rui Falcão
Fonte: Fugas Vinhos

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Museu montado na Wine Wekeend vai contar a história de seis séculos do vinho no Brasil

Equipamentos de produção do vinho utilizados no século 19, como prensa manual de uvas e arrolhadeira manual; manequins trajados com a mesmas roupas utilizadas pelos primeiros agricultores do setor; ferramentas agrícolas de cultivo do vinhedo; aparelhos de vinificação ancestrais; fotografias e banners explicativos. Estas são algumas das atrações da inédita exposição “Seis Séculos de Vinho no Brasil”, que será montada dentro do evento “Wine Weekend São Paulo Festival”, no Pavilhão das Culturas, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP), entre os dias 2 e 5 de julho.
 
 
“Além de ser a maior exposição sobre vinho já realizada em São Paulo, será a primeira vez que uma mostra tenta retratar a história do vinho no País sem regionalizar, mostrando todas as regiões brasileiras. As demais são intrinsecamente locais”, explica Eduardo Viotti, diretor da Market Press Editora e Eventos, empresa responsável pela organização do “Wine Weekend São Paulo Festival”, que chega à sua 6ª edição.
 
“Seis Séculos de Vinho no Brasil” vai ocupar uma área de 300 m², durante os quatro dias do “Wine Weekend São Paulo Festival”. Para sua realização, foi firmada uma parceria entre a Market Press e a prefeitura de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, que cedeu parte do seu acervo para esta mostra. A cidade é considerada uma das mais tradicionais do País na produção de vinhos.
 
SOBRE O “WINE WEEKEND SÃO PAULO FESTIVAL”
 
Em sua 6ª edição, o “Wine Weekend São Paulo Festival” será realizado entre os dias 2 e 5 de julho, no Pavilhão das Culturas, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP). O evento vai reunir uma série de atrações para o público que gosta de vinhos, como degustação de diferentes rótulos, descontos especiais, palestras, jantares harmonizados, museu e exposições, entre outras. Além disso, outras bebidas adultas também farão parte do evento, com destaque para a cerveja, que contará com um espaço especial reservado para degustação e comercialização de cervejas especiais.

Em mamadeira? É cada uma que aparece!

Imagine encontrar seus amigos em um bar bebendo em mamadeiras de bebês.  Apesar de parecer estranho, essa é a  nova moda hipster (jovens de classe média urbana, que se opõem ao mainstream) nos bares e cafés de Paris. O bar “Refuge des Fundus” começou a servir seu vinho de mesa em mamadeiras e, desde então, outros bares adotaram a mesma estratégia. No bar “Le Zéro de Conduite” coquetéis com vinhos foram criados especialmente para serem servidos nas mamadeiras, que estão no cardápio como “bebida para aqueles que se esqueceram de crescer”, e custam 16 euros a mamadeira, mais 6 euros por refil.
 
Fonte: Revista Adega

terça-feira, 16 de junho de 2015

Novela das seis destaca o vinho

O vinho ganha destaque na programação da TV Globo. Depois de um especial no Globo Repórter, a bebida será um dos protagonistas da nova novela das seis da emissora, “Além do Tempo”, ambientada nos vinhedos da Serra Gaúcha. As gravações tiveram início neste mês de junho e a estreia deve acontecer em julho próximo.
 
As primeiras cenas foram gravadas em São José dos Ausentes, região dos Campos de Cima da Serra. A ligação da trama com o vinho se dá a partir da mostra de diversas práticas do mundo do vinho, desde a vindima (colheita) e a tradicional pisa das uvas, até o trabalho nos dias atuais.
 
A história  será ambientada na Serra Gaúcha, principal região produtora do Brasil, e os protagonistas, interpretados por Alinne Moraes e Rafael Cardoso, são enólogos.

Fonte: Revista Adega

Australiano testa barris de charuto

A Fraser Gallop (produtora de vinhos australiana) começou a testar alguns barris de carvalho usados na fabricação de charutos para tentar criar um estilo mais complexo do seu vinho Sauvignon Blanc. O produtor de vinho Clive Otto disse que os barris foram usados para ampliar o contato com borras e aumentar as características de tióis (compostos químicos usados ​​como odorantes para auxiliar na detecção de derivados gasosos de hidrocarbonetos) nos vinhos.
 
Esses barris possuem capacidade de 265 litros. Além disso, são mais longos e estreitos do que os tradicionais. Inicialmente, eles foram usados para produção do vinho Didier Dagueneau, da Silex Wines.
 
Quando estava fazendo um vintage em Bordeaux no ano passado, Otto provou o Didier Dagueneau, e decidiu que era hora de tentar utilizar barris semelhantes em Fraser Gallop Estate. “A Silex oferece uma diversidade de características de sabor. Eu quero criar um vinho que também seja complexo, um que vai ser distinto na região de Margaret River e tem profundidade e textura em vez de ser inteiramente frutal, com típica acidez dos Sauvignon Blanc da Nova Zelândia”, disse Otto.
 
Enquanto os barris de charutos começaram como uma experiência, Otto está satisfeito com os resultados até agora. “São somente os primeiros dias, mas o nosso Parterre 2014 está visivelmente com mais textura e com uma profusão de diferentes características de sabor”.
 
Otto não está sozinho em experimentar novos estilos em Margaret River, a Cape Mentelle Vineyards (vinícola australiana) investiu em 3.500 litros de cuvées de madeira para melhorar seu Cabernet. “Estes balseiros de carvalho equilibram o Cabernet em um nível mais suave, que faz a fruta realmente ser sentida”, disse o enólogo da Cape Mentelle, Evan Thompson.
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Chimpanzés e o 'Vinho de Palma'

Os chimpanzés já mostraram que compreendem a linguagem e o senso de justiça. Agora, eles mostraram que têm outra coisa em comum com os humanos: o gosto pelo álcool. Cientistas que estudam esses animais na Guiné obtiveram evidências de uma recorrente ingestão de etanol pelos primatas.
 
O estudo, que analisou os chimpanzés por 17 anos, gravou os primatas usando folhas para beber uma seiva de palmeira que é naturalmente fermentada. Alguns deles beberam tanto álcool que mostraram "sinais visíveis de embriaguez".
 
Publicado no Royal Society Open Science, o estudo revelou que a principal escolha etílica deles é o "vinho de palma", produzido por folhas de palmeiras do tipo raphia.
 
Na região de Bossou, onde foi realizada a pesquisa, os moradores locais batem nas árvores e coletam o "vinho de palma" usando sacos plásticos. Já os chimpanzés fazem algo semelhante, mas usam folhas para coletar a bebida.

Para beber, os chimpanzés pegam um punhado de folhas, que eles mastigam até se transformar em uma espécie de esponja. Em seguida, eles mergulham "esponja" de folhas no líquido e chupam o conteúdo. Para medir o quanto os animais estavam se satisfazendo com a bebida, os cientistas calcularam o índice alcoólico do "vinho" e filmaram as "sessões de bebedeira" dos chimpanzés.

A principal pesquisadora, Kimberley Hocking, da universidade inglesa Oxford Brookes e do Centro de Pesquisas em Antropologia, de Portugal, afirma que a seiva tem 3% de álcool por volume. "Calculamos que alguns primatas consumiram cerca de 85 ml de álcool – o equivalente a uma garrafa de vinho", disse. Segundo ela, eles mostravam sinais comportamentais de embriaguez, incluindo cair no sono após consumir a bebida.

"Em uma ocasião, um chimpanzé adulto ficou bastante inquieto depois de beber e, enquanto outros primatas dormiam, ele passou uma hora se movendo de uma árvore para outra de uma maneira agitada. É pura especulação, mas é algo que gostaríamos de pesquisar melhor no futuro".

Essa é a primeira vez que um primata não-humano é gravado consumindo álcool voluntariamente - e a primeira vez que a quantidade é medida. Além disso, o aparente gosto de chimpanzés por bebidas alcoólicas reforça teorias de que o gosto pelo álcool veio com a evolução. Outro estudo recente, feito pelo universidade americana de Santa Fe, mostrou que tanto humanos como primatas africanos possuem uma mutação genética que lhes permite metabolizar o etanol. O biólogo Richard Byrne, especialista em evolução, disse que a mutação pode ter ocorrido para que "fossem abertas novas formas de energia – algo simples como o açúcar – que eram acidentalmente 'protegidas' pelo álcool nocivo".

Para a professora Catherine Hobaiter, da Universidade St Andrews, "seria fascinante investigar esse comportamento de maneira mais aprofundada". "Os chimpanzés competem entre si pelo acesso ao álcool? Os que bebem e mostram um comportamento com sinais de embriaguez têm um dia mais lento, na sombra, no dia seguinte?" "Mesmo após 60 anos estudando esses primatas, eles estão constantemente nos surpreendendo".

Fonte: BBC Brasil

Wine Run tem inscrições abertas para prova da região Nordeste‏

Às margens do Velho Chico, no sertão pernambucano de Lagoa Grande, o oásis formado pelos parreirais que produzem o único vinho dos trópicos servirá de cenário para a CAIXA Wine Run. A competição chega à sua terceira edição na região, em 6 de setembro, misturando o desafio de uma corrida off road, paisagens deslumbrantes e a tradição do cultivo da uva, tudo com um tempero de cultura nordestina.
 
Como no ano passado, a CAIXA Wine Run será inteiramente realizada dentro da vitivinícola Santa Maria, produtora dos vinhos Rio Sol, únicos no mundo cultivados na latitude 8 Sul. O percurso de 10 milhas, todo em terra batida, passa pelos parreirais e outras paisagens deslumbrantes da fazenda que puderam ser vistas na minissérie global Amores Roubados. O calor nordestino é compensado pelo sistema de irrigação mantido na fazenda e a brisa que vem do rio São Francisco.
 
Além de enfrentar o desafio da corrida, o prazer de degustar um vinho especial ganha o reforço das tradições nordestinas. O evento engloba uma séries de atrações antes e depois da corrida, como palestras, jantar de massas, visita guiada às vinícolas, um passeio no famoso Vapor do Vinho e até uma Festa do Espumante. Na arena de chegada, os atletas serão recebidos com uma mesa repleta de pratos típicos como espetinhos de carnes de bode e queijo coalho, bolos e outras delícias.
 
As inscrições já estão abertas no site oficial do evento, www.winerun.com.br. Os primeiros 400 atletas a confirmarem presença pagam uma taxa de R$ 60. A partir do segundo lote, a taxa passa a ser de R$ 75. É possível escolher entre a disputa individual das 10 milhas ou em duplas.

Fortant de France Terroir de Collines Merlot 2012

Tenho degustado bons rótulos varietais merlot nos últimos meses e este é o caso do Fortant de France Terroir de Collines, produzido na região francesa de Languedoc, vasta região vitícola, que se estende de Nîmes aos Pireneus.
 
A região tem um clima ideal para a cultura da vinha e possui uma diversidade de vinhos surpreendente: tintos frutados ou mais encorpados, brancos vivos ou mais complexos, magníficos vinhos doces naturais, espumantes reconhecidos e rosés intensos.
 
Dentre as variedades tintas que se destacam na região está a Merlot, terceira uva mais cultivada na França e tem conquistado cada vez mais fãs por todo o mundo. Em Languedoc a casta usualmente dá origem a vinhos redondos, elegantes e fáceis de beber.
 
Visualmente o vinho mostrou cor rubi com reflexos púrpura e lágrimas finas e rápidas. No nariz apresentou-se boa intensidade aromática, com notas de de frutas negras, especiarias (canela), chocolate, tabaco e aromas provenientes da passagem por barricas de carvalho. Em boca um vinho redondo, elegante e equilibrado; taninos macios, boa acidez e um final de boca de boa intensidade com a fruta e a especiaria aparecendo no retrogosto.
 
Bom merlot, em que um gole convida outro gole. Um vinho daqueles que quando menos se espera a garrafa está vazia.

O Rótulo

Vinho: Fortant de France Terroir de Collines
Tipo: Tinto
Castas: Merlot
Safra: 2012
País: França
Região: Languedoc
Produtor: Fortant de France
Graduação:  13,1%
Onde comprar: WINE
Preço médio: R$ 82,00
Temperatura de serviço: 16°

Sete curiosidades históricas sobre vinhos

Que o vinho é muito apreciado, e precisa-se de muito tempo para entendê-lo, todos sabem, no entanto, ele também possui uma história muito antiga, e cheia de curiosidades pouco conhecidas. Selecionamos algumas delas, um tanto pitorescas:
 
1. A expressão “brindar” originou-se na Roma antiga, quando o Senado ordenou ao imperador Augustus que fosse homenageado com um brinde a cada refeição. O costume começou com um pedaço de pão tostado, chamada pelos romanos de “tostus”, que eles colocavam na taça de vinho, para mascarar eventuais sabores desagradáveis da bebida. Virou costume, assim, que todo mundo em uma refeição levantasse sua taça, para uma pessoa que estivesse sendo homenageada.
 
2. A garrafa de vinho mais antiga do mundo data do ano 325 a.C. e foi encontrada perto da cidade de Speyer, na Alemanha, em 1867. Acredita-se que é a garrafa não aberta mais velha do mundo. Ela possui cerca de 1,5 litro de bebida e foi descoberta durante uma escavação dentro de uma tumba de um homem pertencente à elite romana do século IV, que possuía dois sarcófagos, um com o corpo de um homem e o outro com o de uma mulher. É provável que o vinho tenha sido produzido na mesma região, diluído com uma mistura de ervas e preservado com uma grande quantidade de azeite espesso adicionado ao frasco para vedar o vinho, juntamente com um selo de cera quente.
 
3. Embora não seja algo muito comum, muitas pessoas possuem medo de vinhos, esse transtorno é chamado de “oenophobia”, que caracteriza-se como “medo de vinho; ansiedade relacionada ao vinho”.
 
4. Quando chegaram a América do Norte, os “vikings” nórdicos (exploradores) nomearam o continente como “wine land”, ou seja, “terra do vinho”, devido à grande quantidade de videiras que acharam no local.
 
5. O ato de falsificar vinhos é ilegal desde 1.754 a.C., na antiga Mesopotâmia. O código de leis chamado de “Código de Hamurabi” é um dos mais antigos já decifrados atualmente. Ele possui 282 leis, uma das quais afirma que qualquer pessoa que fosse flagrada vendendo vinho fraudado deveria ser afogada em um rio, como meio de punição.
 
6. Em 1922, descobriu-se na tumba do menino-rei Tutancâmon, morto em 1352 d.C., várias garrafas de vinho tinto, rotuladas com o nome, safra, local e até o produtor dos vinhos. Os rótulos eram tão detalhados que podem ser comparados com os de hoje em dia.
 
7. Você pode pensar que um simpósio é um encontro de acadêmicos ou profissionais para discutir sua profissão ou debater assuntos atuais, e você estaria certo, porém, também é uma desculpa para beber. O termo simpósio teve origem na Grécia antiga e significa, literalmente, “beber juntos”, refletindo o costume dos gregos de misturar vinho e discussões intelectuais. Simpósios geralmente eram realizados nas casas das pessoas, servia-se comida e vinhos, ao mesmo tempo em que ocorria uma discussão sobre política e filosofia. Eles eram frequentemente realizados para comemorar a introdução de jovens na sociedade aristocrática. Um simpósio era supervisionado por um “symposiarch”, uma versão antiga de um sommelier, que iria decidir  qual vinho seria servido na noite.

Fonte: Revista Adega