sábado, 30 de janeiro de 2016

Como presentear com vinho

Um dos momentos de maior insegurança é escolher um vinho para uma pessoa importante (um chefe ou cliente) que entenda de vinho. Entretanto, no decorrer dos anos, tivemos a oportunidade de conviver com centenas de enófilos, presenteá-los, aconselhá-los e discutir seus presentes com eles. Isso acabou por gerar um modelo mental para escolher vinhos para presente que tranformamos em dicas.
 
Por que presentear com vinho?
 
Vinho é um espelho da personalidade
 
O vinho é um presente sui generis por sua associação com cultura e savoir faire e, ao presentearmos com vinho, reconhecemos o presenteado como uma pessoa com estas características. Mas, o mágico, é que como se isso não bastasse, ao escolher um vinho para presentear, projetamos sobre nós estas mesmas características na percepção do presenteado.
 
Vinho é carregado de personalidade
 
Os presentes ideais trazem em si as características da relevância, do valor (financeiro ou afetivo), da personalização e envolvimento pessoal. Você perceberá que o vinho é um dos poucos presentes que permite tudo isso ao mesmo tempo.
 
Vamos exemplificar. Ao escolher um vinho, você pode trabalhar prioritariamente com cinco fatores de escolha distintos que detalharemos a seguir.
 
1. Gosto pessoal do presenteado
 
Você reparou ou sabe (por seus encontros ou conversas) que a pessoa a ser presenteada tem uma predileção por um determinado tipo de vinho. Pode ser uma denominação de origem, um varietal (tipo de uva), uma vinícola, ou até mesmo um enólogo específico. Sendo assim, você pode:
 
 - Escolher um vinho que impacte por sua escala de importância na categoria - poderia ser pelo preço, safra especial, nota elevada de críticos, etc.
 
- Ou por ser, ao mesmo tempo, bom e inusitado, como presentear um amante de Pinot Noir da Nova Zelândia com um Pinot Noir de uma região recentemente descoberta, como o Oregon, nos Estados Unidos, por exemplo.
 
Ao escrever o bilhete, cite o fato de o vinho ser de uma categoria de gosto do presenteado, sobretudo se seu objetivo for o segundo (proporcionar uma experiência diversa e curiosa sobre novas regiões). Mas, se seu objetivo for valorizar seu presenteado pelo preço do vinho, nunca faça menção a isso, obviamente.
 
2.Gosto gastronômico
 
Se você conhece o prato predileto de seu presenteado, ou aquele que ele melhor prepara na cozinha, pode escolher um vinho que harmonize perfeitamente com este prato específico. Para ter mais certeza, uma consulta em OMelhorVinho. com.br com o nome do prato pode ajudá-lo, assim como a conversa com um bom sommelier.
 
3. Cultura regional
 
O vinho, com seu conceito único de terroir, está intimamente ligado ao local onde suas uvas frutificaram. Nesse caso, as possibilidades são imensas, sendo a mais imediata a origem da família. Mas cuidado para não cair no óbvio de presentear com um vinho da região onde a pessoa vive. Nesse caso, opte por outro fator de escolha.
 
Além da descendência, você pode optar por dar um vinho de uma determinada região produtora por outros fatores. Se o presente é profissional, veja a origem da empresa onde o presenteado trabalha. Se for pessoal, você pode optar por presentear pela nacionalidade de um ídolo do presenteado. Que tal um vinho espanhol para um fã do tenista Rafael Nadal, ou da França se ele for fã de um ciclista vencedor do Tour de France? Outra forma interessante é presentear para lembrar de uma viagem inesquecível que presenteado fez.
 
4. Tema
 
Este padrão de escolha também é extremamente "personalizável". Alguns vinhos estão relacionados a certos temas quer por sua opção de nome e rótulo, por uma característica de seu produtor, ou até por homenagear alguém. Se o presenteado gosta de cinema, que tal um vinho da vinícola de Francis Ford Coppola? Que aliás, também serviria de presente a um fã de tubarões ou mergulho. Se o gosto for por golfe, que tal uma garrafa da vinícola de Greg Norman? Perceba que vários vinhos carregam associação à astronomia (ou até astrologia) como o Centauri da O'Fournier, por exemplo. Também há vinícolas de colecionadores de arte como The Hess Collection, ou vinhos com temas de música clássica como o Barolo Contrabbasso DOCG da Bava.
 
5. Safras
 
Este fator é mesmo uma festa, e uma das maiores das personalizações. Você pode escolher presentear com um bom vinho (pois mesmo sem ser um grande vinho, sempre agrada) de uma safra que seja relevante para aquela pessoa. O ano do nascimento dos filhos, do casamento, do ingresso na empresa, ou o ano em que venceu um torneio de golfe, uma eleição, se formou ou foi promovido etc são bons motivos. O potencial desse padrão de escolha só não é infinito, pois as safras vão ficando cada vez mais antigas, raras e caras. Mas, você sempre pode trabalhar com fatos relevantes e recentes da vida do presenteado.
 
E o preço?
 
É ótimo e mais fácil presentear alguém com um vinho muito caro. Será certamente um sinal do quanto você valoriza a pessoa, mas isso está longe de tocar o coração de quem você presenteia.Lembre-se sempre da questão da relevância e pessoalidade na hora de escolher. Você verá que os diversos padrões de escolha se misturam e se potencializam em um mesmo vinho. Mas, acima de tudo, pesquise, divirta-se e surpreenda.

Por Cristian Burgos

Vinho antes do treino pode melhorar o desempenho na academia

Se você aprecia um bom vinho, quer manter a forma, mas falta tempo e disposição para ir à academia, pesquisadores da Universidade de Alberta têm uma notícia que vai alegrar seu dia. Segundo estudo feito pela instituição canadense, um composto natural encontrado em algumas frutas, nozes e, principalmente, no vinho tinto é capaz de potencializar os efeitos do treinamento físico e melhorar sua performance.

O coordenador da pesquisa, Jason Dyck, diz no estudo que sua equipe descobriu em experimentos de laboratório que altas doses do composto natural resveratrol são capazes de melhorar o desempenho físico, função cardíaca e força muscular.
 
"Ficamos animados quando vimos que o resveratrol apresentou resultados semelhantes ao que você teria a partir de um treinamento intenso", afirma Dyck, que trabalha como pesquisador no departamento de Pediatria e Farmacologia da Universidade de Alberta.  "A partir daí, Imediatamente vimos o potencial para uma possível espécie de 'pílula da performance' ", completa.

Mas antes que você comemore, saiba que a descoberta de Dicky e sua equipe não é só para os preguiçosos. "Acho que o resveratrol pode ajudar doentes que querem e precisam se exercitar, mas são fisicamente incapazes, já que esse composto poderia emular ou potencializar os benefícios das poucas atividades físicas que podem fazer", explica o pesquisador.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Impostos tiram vantagem do vinho nacional após dólar alto

A combinação de alta do dólar ao longo de 2015 e início de 2016 com o aumento do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) de vinho e espumantes para 10% – que passou a valer a partir de 1º de dezembro do ano passado – já fez o preço médio da bebida no Brasil subir de 15% a 20%. A afirmação é do presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá. O setor poderia ter se beneficiado mais com a alta da moeda norte-americana, mas conseguiu uma alta de vendas de apenas 8% em 2015.
 
“A alta do dólar fez aumentar o preço do vinho importado. Aí você teria o vinho brasileiro mais competitivo no mercado. Mas é só na teoria”, acrescenta Scottá. Isso porque os custos para os produtores brasileiros aumentaram entre 14% e 20%, em pequenas, médias e grandes vinícolas. As mudas das plantas são todas importadas; defensivos e nutrientes usados na plantação vêm de multinacionais; enzimas e leveduras têm um custo altíssimo e também são importadas; e até o engarrafamento e a rotulagem dependem de produtos de fora.
 
O aumento do IPI foi mais um “balde de água fria”, e ainda houve o aumento do ICMS no Rio Grande do Sul – que detém hoje 90% de toda a produção de vinhos e derivados no Brasil.

Embrapa promove curso de elaboração de vinho

Já estão abertas as inscrições para o Curso Básico de Elaboração de Vinhos que irá acontecer no dia 17 de fevereiro na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS).
 
O treinamento é aberto aos interessados no tema, sem necessidade de conhecimento prévio e abordará, com palestras e atividades práticas, todas as etapas necessárias para a elaboração de um vinho de qualidade. Após a prática, que além da elaboração de vinho também irá demonstrar a produção de suco, será realizada uma degustação orientada de produtos. Todos os palestrantes são especialistas da Embrapa Uva e Vinho.
 
As inscrições custam R$ 80,00 e podem ser feitas até o dia 05/02 pelo e-mail: cnpuv.inscricoes@embrapa.br ou pelo telefone: (54) 3455-8087.
 
Serviço:
 
O que: Curso Básico de Elaboração de Vinhos
Quando: 17 de fevereiro
Onde: Embrapa Uva e Vinho – Rua Livramento 515, Bento Gonçalves – RS
Inscrições: até o dia 5/02, com custo de R$ 80,00 por participante, com vagas limitadas

Programa:

8h50 – Abertura
9h00 – Vinhos coloniais – Alexandre Hoffmann
9h30 – Preparo para colheita, grau de maturação/ açúcar, armazenagem, transporte – João Carlos Taffarel
10h30 – Coffee break
10h45 – BPF (noções básicas), qualidade e composição da uva para o vinho, correção do mosto – João Carlos Taffarel
11h30 – Almoço livre
13h15 – Recipientes vinários, alterações do vinho, vinificação em tintos e brancos, estabilização e conservação – Raul Luiz Ben
14h30 – Coffee break
14h45 – Prática Elaboração de vinho – Raul Luiz Ben
15h45 – Prática Elaboração de suco de uva – Raul Luiz Ben
17h00 – Degustação – Raul Luiz Ben
17h30 – Encerramento das atividades

Informações: (54) 455-8087, ou e-mail: cnpuv.inscricoes@embrapa.br
Viviane Zanella (Mtb14004)
Embrapa Uva e Vinho

Irã proíbe impressão da palavra ‘vinho’

A palavra “vinho” tornou-se alvo de censura no Irã. Novas normas em vigor no país buscam "proteger" a cultura nacional, proibindo a impressão do termo em novos livros publicados. O mesmo se aplica aos nomes de determinados animais e também de alguns presidentes estrangeiros. A informação é do jornal britânico The Telegraph. A proibição não vale para publicações já lançadas.
 
“Quando os livros são registrados, nossa equipe primeiro precisa ler página por página para ter certeza de que não se faz necessária nenhuma mudança editorial para estar de acordo com os princípios da Revolução Islâmica. É preciso censurar qualquer alinhamento com a cultura ocidental ou insulto contra os profetas”, explicou o ministro iraniano Mohammad Selgi.
 
As orientações foram lançadas a pedido do atual “líder supremo” do clero iraniano Ayatollah Ali Khamenei (foto). Aparentemente, ele pediu ao Ministério da Cultura para desenvolver livros, filmes, videogames e brinquedos que "contenham a invasão da cultural ocidental no Irã, culpada por destruir a identidade islâmica”.
 
Uva Shiraz
 
Responsável pela permissão de livros do Ministério da Cultura e do Guia Islâmico, Selgi teria feito inúmeras declarações do tipo nos últimos meses. Ironicamente, uma delas para a revista iraniana “Shirze”, sediada na cidade comumente associada à origem do nome da uva “Shiraz”. Como consequência, acabou sendo criticado pelo presidente do clero iraniano, Hassan Rouhani.
 
Apesar de considerada, nesta circunstância, parte da “invasão cultural do ocidente”, o vinho sempre teve uma forte ligação com a cultura pré-islâmica. Suas origens muitas vezes remetem à Pérsia e o país certamente já possuiu uma grande cultura de vinho em seu passado. Desde a Revolução Islâmica, em 1979, é proibido o consumo de bebida alcoólica no Irã.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Quebra da safra de uva do RS chega a quase 50%

A combinação desastrosa de granizo, geada e excesso de chuva no segundo semestre de 2015 atingiu em cheio a safra de uva gaúcha. Com a colheita recém iniciada no Rio Grande do Sul, mesmo sem números oficiais das perdas, estimativas indicam quebra de 30% a 50% da produção. A redução do volume refletirá diretamente nas vinícolas, que terão de buscar alternativas para suprir a diminuição de matéria-prima.
 
Acostumada a receber 16,5 milhões de quilos de uva em safras normais, a maior parte de viníferas brancas, a Salton está prevendo uma quebra ao redor de 40%.
 
- Se recebermos 10 milhões de uvas soltaremos foguetes - disse Daniel Salton, presidente da Salton, de Bento Gonçalves. As variedades que mais sofreram com a instabilidade climática foram cabernet sauvignon e chardonnay. Segundo Salton, as variedades moscatel e merlot tiveram menos perdas.
 
Para manter a produção anual de 13 milhões de litros de garrafas, a empresa irá recorrer a vinícolas parceiras que, mesmo com redução de safra, costumam ter excesso de produção.
 
- São vinícolas que mantêm um padrão de qualidade semelhante ao nosso, nos vinhos de entrada - disse o executivo, ponderando que os produtos de maior valor agregado inevitavelmente terão suas produções reduzidas neste ano.
 
A estratégia será usada pela Salton para manter o mesmo volume de vendas de 2015, quando a empresa aumentou em 2% os negócios. O faturamento chegou a R$ 338 milhões.
 
Estoques redirecionados
 
Na Cooperativa Vinícola Garibaldi, a perda estimada dos associados é de 30% a 40%.
 
- No nosso caso, na região de Garibaldi, o pior foi a geada de setembro. O excesso de chuva ajudou a agravar a situação - lembra Oscar Ló, presidente da cooperativa.
 
Para atender ao mercado ao longo do ano, com um volume de produção menor, a vinícola irá recorrer aos estoques de vinhos e espumantes. Para o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Denis Debiasi, o mais complicado para as indústrias será abastecer o mercado com sucos de uvas e espumantes ao longo do ano, já que os vinhos costumam ter um estoque maior.
 
Fonte: Zero Hora

Vinho tinto pode previnir disfunção erétil

Segundo uma pesquisa realizada pela University of East Anglia (UEA) e pela Harvard University, os homens que possuem uma dieta rica em flavonoides têm menor chance de desenvolver disfunção erétil.
 
Os mais benéficos flavonoides são as antocianinas (encontradas em blueberries, cerejas, amoras, rabanetes, groselhas e vinho tinto), as flavanonas e as flavonas (presentes em frutas cítricas).
 
De acordo com o professor da UEA Aedin Cassidy, “Homens que consomem regularmente alimentos ricos em flavonoides são 10% menos propensos a sofrer de disfunção erétil. Quantitativamente, estamos falando somente de algumas porções por semana”.
 
A vantagem oferecia por esse tipo de dieta é semelhante a de homens andaram rapidamente durante cinco horas semanais. De qualquer forma, a UEA é cautelosa e não aconselha o consumo em demasia de vinho.
 
O estudo realizado pela parceria entre as universidades da Grã-Bretanha e do EUA também constatou que uma alta ingestão de frutas está associada à redução do risco de disfunção erétil em 14% - ou 21% quando combinada a exercícios físicos.

Chega ao mercado vinho verde de colheita tardia

A produtora portuguesa Quintas de Melgaço fez uma aposta pioneira nos Vinhos Verdes com a produção de uma colheita tardia exclusivamente da casta Alvarinho. O QM Alvarinho Vindima Tardia de 2014, agora em sua terceira edição (2009 e 2010), resultou de uma vindima manual que ocorreu em dezembro, ou seja, bem mais tarde do que sua época típica.
 
As uvas estavam, portanto, num estado de maturação adiantado. O terroir foi escolhido a dedo pela equipe técnica formada por Jorge Sousa Pinto e Virgínia Rainho. Trata-se de uma parcela de um só associado da Quintas de Melgaço, curiosamente junto ao rio Minho, na fronteira entre Portugal e Espanha.
 
Segundo a técnica Virgínia Rainho “Não é nada fácil fazer um colheita tardia de Alvarinho. Se não houver cuidado, as uvas e os cachos caem por causa da desidratação, comprometendo a colheita” e por isso será provavelmente o único no mercado. Apesar da dificuldade, garante que tudo correu bem.
 
Ainda assim, depois de colhidas, as uvas foram selecionadas bago a bago e o resultado passou por uma prensagem suave e decantação, antes da fermentação. Depois o vinho estagiou entre seis e nove meses em barricas velhas de carvalho francês. O QM Alvarinho Vindima Tardia de 2014 já está disponível no mercado. Foram produzidas cerca de mil unidades, todas em meias-garrafas (375 ml).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Máquina de vinhos em cápsula é apresentada ao mundo

 
Pois é, primeiro o café e agora o vinho; nasceu a D-Vine, a máquina de vinho que funciona como uma máquina de café: em cápsulas.
 
A “sommeliere” eletrônica – ou escanção eletrônico - foi apresentada por uma empresa francesa, a 10-Vins, no salão CES - Consumer Electronics Show, em Las Vegas (Estados Unidos).
 
Pode ser difícil de acreditar, ou até de conceber de beber um só copo de vinho de qualidade sem ter que abrir uma garrafa, mas é isso mesmo que esta máquina permite. Com embalagens individuais de 100ml, basta colocar as cápsulas na máquina e esperar que esta cumpra rapidamente um processo – que em ambiente e práticas normais demoraria cerca de três horas - em que o vinho irá “respirar” e ficar à temperatura ideal consoante o tipo de vinho, ou seja, pronto a degustar.
 
Para já, a D-Vine tem 30 variedades de vinho disponíveis, todos franceses, de Borgonha a Bordeaux, e o preço das cápsulas pode variar entre 2 e 16 euros.
 
A máquina, essa, custa 500 euros! Além do já referido, a D-Vine tem ainda uma aplicação para smartphones ou tablets onde pode ver vídeos do produtor ou ler comentários de enólogos sobre os vinhos.
  

Corrida do vinho, literalmente!

É hábito durante as provas de corrida ser oferecida água ou bebidas isotônicas aos participantes, mas os atletas que participam nas várias Wineathlons (que junta as palavras vinho e maratona, em inglês), na Grã-Bretanha, têm a opção de escolher vinho – pois, vinho! – e a organização até anuncia no site da iniciativa Wineathlon: "As nossas bebidas energéticas vêm em tinto, branco e rosé".
 
As corridas de aproximadamente 10 km disputam-se em vários locais de Inglaterra, como Cambridge e Yorkshire, na Escócia e no País de Gales e já há alguns sítios reincidentes, uma vez que desde 2014 se realizam várias Wineathlons.
 
Os pontos de abastecimentos estão disponíveis a cada três Km e o que se pretende é que cada um deles apresente vinhos de uma região vinícola do mundo.
 
Só abertas a maiores de 18 anos, as corridas têm como objectivo recolher fundos para instituições de solidariedade social, por isso os organizadores incitam os atletas a "correr, andar ou arrastar-se" para este evento que tem o vinho como tema.

Chard simples, correto e com boa tipicidade

Gosta de vinhos produzidos com a Chardonnay, mas que sejam simples, corretos, com boa tipicidade e que possuam um caráter descontraído então vai gostar do Errázuriz Reservado Chardonnay.
 
O vinho é produzido pela Viñedo Errazuriz Ovalle S/A, fundada em 1992. A vinícola é a maior empresa familiar de vinhedos e bodegas do Chile. Localizada no Valle de Colchagua e Lontue os campos dos vinhedos da Errazuriz Ovalle cobre, uma extensão de 2500 hectares.
 
Com vinhedos cuidadosamente irrigados por gotejamento, 2000 hectares destes vinhedos estão localizados nos Valles de Colchagua, que pertencem à família a mais de cem anos.
 
Na taça apresentou cor amarelo esverdeada com toques dourados bem claros.
 
No nariz mostrou toda a tipicidade da chardonnay: aromas de frutos brancos como pêra e pêssego, abacaxi e maracujá e flor de laranjeira.
 
Em boca um vinho de corpo leve, com boa acidez e boa repetição das notas olfativas. Final de boca de média intensidade com o maracujá e o toque floral aparecendo no retrogosto.

Vinho super tranquilo e fácil de beber. Acompanhou bem um canellone de camarão.

O Rótulo

Vinho: Errázuriz Reservado
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2014
País: Chile
Região: Vale Central
Produtor: Viñedos Errazuriz Ovalle
Graduação: 13%
Onde comprar: Wine in Pack
Preço médio: R$ 40,00
Temperatura de serviço: 8°

domingo, 17 de janeiro de 2016

Como usar saca-rolhas tipo pinça

Às vezes, por mais que você tenha cuidado na hora de usar um saca-rolhas convencional para abrir uma garrafa, pode acontecer de a rolha quebrar. Em vinhos muito antigos, cujas rolhas tendem a estar bastante desgastadas pelo tempo, isso pode ser um problema. Contudo, é para evitar esses transtornos que existe o saca-rolhas tipo pinça.
 
Com duas lâminas finas, uma um pouco maior do que a outra, este abridor é desenhado para minimizar o problema da quebra das rolhas. A técnica para abrir com ele é mais complicada do que com os saca-rolhas convencionais, mas a chance de a rolha se partir é quase nula. Sendo assim, explicamos como usá-lo:
 
 
1.Tire o lacre e limpe o gargalo para retirar qualquer tipo de sujeira que haja sobre a rolha.
 
2. Você deve ser delicado ao manusear as pinças. Tente inserilas cuidadosamente entre a rolha e o vidro do gargalo da garrafa. Provavelmente será preciso fazer pequenas rotações para que o encaixe seja perfeito. Mas muito cuidado para não enfiar a rolha gargalo abaixo.
 
3.Com movimentos suaves e pequenas rotações para que a rolha desprenda do vidro, vá retirando-a aos poucos. Parece simples, mas requer sutileza.

Dez motivos para apreciar vinhos brancos

Várias vezes já ouvi a frase: "Não entendo muito de vinho, mas uma coisa eu já aprendi: vinho bom é vinho tinto". A afirmação é um lamentável equívoco. O pouco prestígio que os vinhos brancos ainda gozam no Brasil é um fenômeno incompreensível para a maioria dos produtores estrangeiros que visitam o país. Afinal, nosso clima é majoritariamente tropical e os peixes, frutos do mar, frutas e saladas têm papel importante em nossa culinária.
 
 
Hoje a oferta de brancos importados já é grande, com qualidade, preço atraente e diversidade. O consumidor já reconhece isso e aos poucos os caldos amarelos entram na moda, embora ainda exista muito preconceito. Esta "brancofobia" só pode ser entendida com uma análise do histórico da evolução do nosso mercado.
 
Nos anos 70, a mania foi o rosado português Matheus Rosé, frisante e semi-doce. Nos anos 80, dominaram os alemães e pseudo-alemães da garrafa azul, cuja intensidade do consumo foi inversamente proporcional à qualidade. Como conseqüência, associou-se qualquer vinho branco àqueles caldos açucarados intragáveis.
 
Atualmente estão em voga os tintos super-encorpados, super-alcoólicos, super-madeirados e, muitas vezes, também super-caros. Todavia, os verdadeiros amantes do nobre fermentado não se dividem em bebedores de vinhos tintos ou brancos. São apenas apreciadores de produtos de categoria. E ela não se exprime na cor do vinho, mas sim na qualidade intrínseca ao líquido, dentro de seu estilo.
 
A primazia dos tintos chegou ao extremo de motivar alguns vitivinicultores brasileiros a arrancar vinhas de castas brancas para plantar tintas no lugar. Os rubros também contribuem com cerca de 80% do volume dos vinhos de mesa importados para o Brasil. Outros fatores que explicam a preferência pelos tintos são: a pouca oferta de brancos nacionais de bom nível e a associação dos tintos à saúde.
 
Elencamos dez motivos e dicas para você descobrir e melhor apreciar os vinhos brancos:
 
1. Clima: Na maior parte do ano no Brasil, a temperatura pede vinhos mais refrescantes, mais leves ao palato e a digestão e servidos a temperaturas mais baixas.
 
2. Saúde: que nossa bebida favorita faz bem, sobretudo os tintos, sabemos. Mas isto não deveria ser um argumento para o abandono dos brancos. Não esqueçamos que o "paradoxo francês" (baixo índice de problemas causados pelo colesterol em um país de alto consumo de gorduras saturadas) vem da nação que produz os maiores brancos do mundo. Quem quiser uma justificativa para se conceder o prazer dos vinhos brancos, já tem: recentemente, cientistas do departamento de anatomia humana da Universidade de Milão comprovaram que substâncias contidas nos brancos reduzem a tendência a doenças como artrite reumática e osteoporose.
 
3. Gastronomia: Na hora de harmonizar vinhos e pratos, os brancos são bem mais versáteis e combinam com uma gama muito maior de pratos. O tanino dos tintos pode ser um fator complicador, pois pode "brigar" ou se sobrepor a uma série de ingredientes e receitas, o que não acontece com os brancos. Além de saladas, frutos do mar e doces, os brancos são ideais com: aspargos, choucroute, cozinha chinesa, cozinha japonesa, cozinha tailandesa, curries, escargots, foie gras (escalope e terrine), rãs. Conforme a receita, também podem ser a melhor escolha para o risoto, pato, vitela e presunto cru, por exemplo.
 
4."Queijos e Vinhos" e Fondue: Na hora do seu "queijos e vinhos", os brancos também são mais versáteis, pois combinam com uma gama muito maior de queijos. Para as receitas de fondue de queijo, em geral, os vinhos brancos estruturados e com boa acidez, como o Riesling, são os mais indicados.
 
5. Serviço correto: Apreciar um bom branco exige um serviço correto. Taças ovaladas são importantes para valorizar os aromas do vinho, e a temperatura certa é fundamental para que ele mostre seu frescor. Quem prova brancos quentes tem todo motivo para não gostar deles. Temperatura para servir: cerca de 6ºC a 8ºC os brancos doces (Sauternes, Moscato, Tokaj); de 8ºC a 10ºC os brancos suaves e alguns brancos secos (Gewurztraminer, Vinho Verde, Muscadet, Vouvray, Sancerre, Orvieto, Chanin blanc); de 10ºC a 12ºC os brancos mais secos (borgonhas, Chablis, bordeauxs brancos, Jerez fino, Riesling, Soave, Verdicchio, Chardonnays e Sauvignon blancs em geral); 12ºC a 14ºC para grandes brancos secos com mais idade.
 
6. Bom gosto e bom senso: O "bom gosto" a que nos referimos é ter o bom senso de servir o vinho adequado a cada ocasião, a cada prato e a cada ambiente. Sabemos que ir de sobretudo à praia, por exemplo, ou dormir de smoking, ou ir de biquíni à opera no Theatro Municipal está fora do bom senso. Assim é com o vinho. Cada tipo de vinho tem seu momento, a sua hora. Para quem pede tinto sempre, independente do prato ou da ocasião, experimente um bom branco na hora certa e faça o teste.
 
7. Estilos: Existe uma ampla gama de vinhos brancos para vários paladares e várias ocasiões. Podem ser doces, meio-doces ou secos; florais, frutados, barricados (fermentados em madeira e, portanto, com aromas de baunilha, tostados etc); leves ou encorpados. Como exemplos de brancos leves, podemos citar: Vinhos Verdes, Sauvignon blanc, Pinot grigio, Torrontés e Chablis AOC. Entre alguns mais encorpados estão: vinhos barricados (fermentados em madeira) em geral, Rieslings, Chardonnay, Alvarinhos (alguns são barricados), brancos do Rhône (Chateauneuf-du-Pape, Condrieu), Chablis grand Cru.
 
8. Brancos de guarda: É verdade que como regra geral brancos não envelhecem, mas existem muitas exceções. bordeaux de maior estirpe, borgonhas e Chablis 1er Cru e grand Cru, os melhores Rieslings de vários países, Sémillons australianos do hunter Valley, são brancos que podem viver mais de uma década sem problemas e lhe dar grandes alegrias na hora de apreciá-los. Os vinhos doces em geral são bastante longevos e vivem décadas.
 
9. A cara do Brasil: O vinho branco combina não apenas com nosso clima, mas também com o temperamento expansivo da população, o que sugere uma maior afinidade com a fragrância dos brancos do que com os tintos mais sérios e cerebrais. É um dos caminhos para o aumento de consumo desta bebida no brasil.
 
10. Diversidade: Um dos maiores encantos do vinho é sua diversidade. Normalmente, quem gosta de vinho gosta de experimentar e está sempre em busca de novos sabores. Para quem só degusta tintos, continue a apreciá-los, mas dê uma chance aos brancos, pois abdicar deste estilo é abrir mão de uma grande parte da produção mundial desta bebida, de muitas descobertas e bons momentos.
 
Fonte: Revista Adega

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Museu Cité du Vin será inaugurado em junho

 
A sinuosa fachada é composta por 972m² de vidro e 5.770m² de folhas de alumínio. A arquiteta-chefe, Anouk Legendre, mostra-se satisfeita com a aparência do edifício. “O prédio está muito parecido com o que eu tinha imaginado e a grandiosidade é ainda mais impressionante do que quando estava no papel”.
 
O plano é continuar o trabalho na parte interior para que esteja tudo finalizado até o final de março para, assim, garantir que tudo estará no lugar e funcionando perfeitamente antes dos primeiros visitantes, no dia 2 de junho deste ano.
 
O museu teve alguns problemas durante sua concepção. Em 2014, descobriu-se que ele estava 18 milhões de euros acima do orçamento. Já no último ano, constatou-se que o nome original “Cité dês Civilisations Du Vin” era muito longo e de difícil pronunciação para os não falantes da língua francesa. Dessa forma, acabou sendo renomeado, simplesmente, de Cité Du Vin.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Projeto cria o Dia Nacional do Vinho

O primeiro domingo de junho pode ser declarado o Dia Nacional do Vinho. Essa é a proposta do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 147/2008, de autoria do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que está pronto para ser votado no Plenário do Senado. A matéria chegou a ser arquivada, mas um requerimento do senador Lasier Martins (PDT-RS), apresentado em março do ano passado, fez com que a matéria voltasse à tramitação.
 
Na justificativa do projeto, o autor destaca a importância que a produção do vinho tem alcançado no Brasil, onde, apesar de não contar com a longa tradição dos países europeus, já apresenta qualidade significativa.
 
Pimenta lembra que o vinho chegou ao Brasil em 1532, mas somente com a vinda dos imigrantes italianos, em 1875, é que o produto ganhou força. O deputado ainda registra que no Rio Grande do Sul já existe o Dia Estadual do Vinho, comemorado também no primeiro domingo de junho.
 
Relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS) destacou que a cadeia produtiva do vinho mobiliza milhares de famílias na agroindústria, constituindo fator de desenvolvimento em vários estados brasileiros. O setor emprega cerca de 200 mil trabalhadores de forma direta ou indireta.
 
Fonte: Senado Notícias

Club des Sommeliers Vinho Verde pra aplacar o calor #cbe

Parece que foi ontem, mas hoje chego com meu quadragésimo nono vinho para a primeira e única confraria virtual do Brasil: a Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE, onde a cada mês um confrade diferente indica um tema e todos publicam, em seus blogs, sobre um vinho dentro da proposta.
 
O tema deste mês foi sugerido pelo Daniel Perches do blog Vinhos de Corte: "Vinho Verde, de qualquer preço". Uma excelente opção para o nosso verão, que este ano não está dando mole não.
 
A minha escolha foi o Club des Sommeliers Vinho Verde 2014, um vinho produzido pela Enorport Produção de Bebidas SA (a mesma que produz o clássico Calamares) com exclusividade para o Grupo Pão de Açúcar.
 
O Club des Sommeliers é uma linha de vinhos exclusivos do Grupo Pão de Açúcar e conta com exemplares da França, Itália, Portugal, Chile, Argentina, Brasil, Nova Zelândia, Austrália e África do Sul. A principal proposta da linha é oferecer vinhos de bom custo-benefício ideais para ser consumidos no dia a dia.
 
O Vinho Verde, produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, em Portugal, constitui uma denominação de origem controlada cuja demarcação remonta a 1908. O Vinho Verde é único no mundo. Naturalmente leve e fresco, produzido na província do Minho, no noroeste de Portugal, uma região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos.
 
Sem mais delongas vamos as impressões sobre o vinho!
 
Na taça apresentou cor amarelo esverdeada bem clara, quase branca, com formação de pequenas agulhas na parede da taça.
 
No nariz um vinho de aromas delicados e de boa intensidade, podendo ser observado notas de frutas cítricas, frutas de polpa brancas e delicadas notas florais.
 
Em boca mostrou corpo leve, boa acidez e leve toque frisante. Final de boca de media persistência e com repetiu as notas olfativas no retrogosto.
 
Vinho leve e refrescante, super fácil de beber. Vai bem a qualquer hora dos nossos dias quentes de verão e acompanha pratos leves como frutos do mar e justamente por isso Fernanda nos preparou camarões marinados e caiu super bem. 
 
O Rótulo

Vinho: Club des Sommeliers
Tipo: Branco
Castas: Loureiro, Trajadura e Arinto
Safra: 2014
País: Portugal
Região: Vinhos Verdes DOC
Produtor: Enoport Produção de Bebidas SA
Graduação: 8,5%
Onde comprar em Recife: Pão de Açúcar
Preço médio: R$ 26,00
Temperatura de serviço: 8°

sábado, 9 de janeiro de 2016

11 dicas essenciais na hora de limpar suas taças

1 - Não seja preguiçoso e lave você mesmo as suas taças, deixando nas mãos de outras pessoas você pode até ter a quem culpar por uma quebra, mas o prejuízo continua sendo seu.
 
2 - Se não tiver disposição para lavá-las logo após o uso, ao menos coloque um pouco de água dentro de cada uma delas, assim o resíduo de vinho tinto não vai manchar o fundo.
 
3 - Se o fundo já estiver manchado, coloque uma pitada de bicarbonato de sódio dentro de cada uma e coloque água. Deixe até o dia seguinte.
 
4 - Para lavar, menos é mais. Só água e, se possível, morna para retirar o resíduo da gordura dos dedos e dos lábios. Se houver manchas de batom, retire primeiro com um guardanapo macio, depois lave.
 
5 - Um esponja pode ser usada, com delicadeza e sem a parte da palha de aço, desde que sua utilização seja somente essa - lavar copos. E nada de detergentes perfumados, se não houver outro jeito uma gota mínima de detergente neutro e enxague, enxague, enxague.
 
6 - Não utilize limpadores de mamadeiras ou outros objetos com cerdas firmes que possam riscar a parede das taças.
 
7 - Uma vez lavadas elas devem ser colocadas em um suporte com a boca para baixo. Se ele não estiver disponível utilize um pano de prato limpo e sem perfume algum (isso é muito importante). Aliás, o ideal é comprar panos de prato brancos e lavá-los em separado, sem amaciantes, sem aqueles líquidos que ajudam a passar. Esses panos estarão à sua disposição somente para esse fim, mantidos limpos e sem perfume, somente para seus copos. Não compre tecidos atoalhados, que deixam fiapos nas taças por muito tempo enquanto são novos.
 
8 - As taças não devem ficar sem ser secas por muito tempo. A quantidade de minerais presentes na água da torneira pode deixar manchas que são difíceis de remover. Portanto, lave e seque em seguida.
 
9 - Não tenha medo de secar suas taças. Com a ponta do pano em uma mão segure o pé da taça, com a outra mão envolva a taça com o pano e seque por fora. Com leveza coloque a ponta do pano dentro da taça e vá girando devagar, assim você vai secar completamente.
 
10 - Antes de guardá-las verifique se não ficou umidade, pois dentro de um armário de madeira elas poderão desenvolver um aroma desagrável.
 
11 - No momento de utilizar, verifique cada taça contra a luz. Apesar de limpas podem ter alguma mancha ou odor. Para isso utilize um pano com um pouco de água e um pouco de álcool para limpá-las e higienizá-las. Se tiver um borrifador, use-o.
 
A lista parece grande e complicada, mas depois de fazer isso duas ou três vezes, suas taças ficarão mais fáceis de ser limpas. Para alegria de todo apreciador de vinhos, taças precisam de uso! Aproveite.

Simpósio Uva e Vinho apresentará novos benefícios da fruta e da bebida à saúde

Grandes nomes da pesquisa sobre os benefícios da uva e seus derivados estarão no III Simpósio Internacional Vinho e Saúde que ocorrerá entre os próximos dias 2 e 4 de junho, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
 
Durante os três dias, especialistas do Brasil e do exterior debaterão os resultados de estudos sobre a fruta e seus derivados, que têm ocupado cada vez mais espaço na mesa dos consumidores.
 
“O grande número de pesquisas retrata que temos cada vez mais profissionais desenvolvendo trabalhos sobre os benefícios da uva e do vinho. Isso também é fruto de uma população que está cada vez mais interessada, em busca por novas informações",  avalia a biomédica e pesquisadora Caroline Dani, presidente do evento.
 
Ela constata que os consumidores estão cada vez mais conscientes e interessados em conhecer melhor os produtos. “E um dos principais motivadores para o consumo destes produtos  é o benefício à saúde", completa.
 
Também serão discutidos os benefícios obtidos a partir do consumo de outros derivados da uva, como óleos, extratos e farinhas de sementes e cascas da fruta, por exemplo. “Escolhemos profissionais de diversas Instituições de ensino para proporcionar um intercâmbio de ideias. O objetivo é promovermos ainda mais interesses na área”, adianta Caroline.
 
Na noite de abertura, os inscritos assistirão a duas conferências. Na primeira, o brasileiro, médico cardiologista e professor hemérito da Universidade de São Paulo  (USP), Protásio Lemos da Luz, apresentará o tema “A História do Vinho e Saúde”.
 
Em seguida, um dos principais nomes mundiais no tema, Rosa María Lamuela Raventós, da Universitat de Barcelona, abordará os estudos do Predimed Trial, a respeito dos benefícios da dieta mediterrânea para a saúde.
 
No último dia, um dos principais nomes na área de doenças neurodegenerativas e proteção, Jeremy Spencer, da University of Reading, do Reino Unido, tratará do tema “Derivados da Uva e Neuroproteção”.
 
A programação contempla, ainda, diversas mesas redondas sobre o impacto positivo do consumo da fruta no combate ao câncer, à obesidade, à perda de memória e a doenças cardiovasculares.
 
O evento tem como público alvo: profissionais da área da saúde e educação com afinidade ao tema, profissionais ligados à viticultura, lideranças do setor produtivo, formadores de opinião, produtores rurais, fornecedores da cadeia produtiva e imprensa.
 
O III Simpósio Internacional Vinho e Saúde contará, também, com um espaço para pesquisas inéditas. Após apresentação, as selecionadas serão publicadas em revista científica e as melhores nas áreas de vinho e de suco de uva serão premiadas.

Fonte: Revista Adega

Para os que não abrem mão de tinto mesmo no verão

 
Ainda que as temperaturas ambientais elevadas possam influenciar o desejo de beber vinhos, os comentários de que os tintos não são adequados para o verão não procedem e os argumentos usados em tais comentários não têm sustentação. Tratando-se, entretanto, de uma bebida alcoólica à qual não se deve adicionar gelo, pois isso lhe altera a essência, a degustação de vinhos tintos nas épocas mais quentes do ano merece algumas considerações e certo enquadramento. Algumas orientações quanto à escolha e à degustação de um "tinto de verão" devem ser consideradas, sendo que um dos seus atributos pode ser destacado de imediato: deve ser apropriado para ser bebido frio, diferentemente dos tintos encorpados e taninosos.
 
Assim sendo, com referência a tipo e estilo, a preferência deve ser para os chamados tintos jovens, prontos para o consumo dentro de dois a quatro anos após a safra, não mais que cinco, elaborados usualmente com uvas internacionais menos estruturadas como a Cabernet Franc, a Gamay, a Pinot Noir, alguns Merlots fora de Bordeaux, além de variedades regionais tintas mais leves: Bonarda, Barbera, Trincadeira...
 
No que diz respeito às sensações, eles devem agradar pelo brilho de sua cor rubi, por seus aromas florais, frutados e de vegetais frescos, pela acidez, e consequente frescor, ainda marcante, com um fim de boca francamente frutado. Corpo, teor alcoólico e tanicidade devem ser apenas moderados.
 
Considere-se em seguida a temperatura de serviço. Mesmo que você seja cético em relação à maneira de degustar dos enófilos, atente pelo menos para esta temperatura. Servir um tinto muito quente é um meio garantido para se dar mal com um bom exemplar, arruinado pela causticidade do álcool. Muito frios, os tintos apresentam-se sem aromas e, anestesiadas as papilas, quase sem sabor. No caso dos vinhos de verão, o serviço deve ser próximo de 14ºC e, se há dificuldades de controle da temperatura, é melhor exagerar no resfriamento pois o vinho aquece rápido e, se for necessário aquecê-lo mais um pouco, basta envolver o corpo do copo com as mãos.
 
Quanto mais leve e menos taninoso for o vinho - e diversos vinhos modernos são pouco taninosos - mais fresco deve ser servido. Um Beaujolais comum, por exemplo, tinto de verão por excelência, poderia ser servido entre 12 e 14ºC, pouco mais que um branco. Finalmente, lembremos que os tintos de verão são indispensáveis quando se trata de acompanhar adequadamente a comida, em especial embutidos, presuntos, carnes frias como rosbife, massas e queijos simples e pouco gordurosos como pede a estação mais quente do ano.
 
Alguns tintos brasileiros menos amadeirados já consolidados no mercado, como os Valduga, Cave de Amadeu, Terranova, etc. e outros mais recentes como os da vinícola Lídio Carrara, podem atender aos requisitos acima de forma vantajosa. Procure a safra mais recente, confira se o teor alcoólico é igual ou inferior a 13ºC e o beba refrescado a cerca de 14ºC. É um tinto com gosto de verão!
 
Fonte: Revista Adega

Vinho Verde e seus notáveis vinhos brancos


A região do Vinho Verde é indiscutivelmente uma das denominações mais originais do panorama vínico nacional português, uma das poucas regiões capazes de produzir vinhos tão singulares que tornam a sua identificação num processo simples e natural.
 
Apesar de por vezes parecer que os produtores da região ainda não se aperceberam de tal fato, a realidade diz-nos que os Vinhos Verdes estão entre as denominações portuguesas com maior potencial qualitativo e distintivo, um potencial latente e que em alguns casos já se converteu em realidade.

A região assenta num conjunto de paradoxos e peculiaridades, revelando uma diversidade espantosa que, de tão complexa, nem sempre é fácil assimilar. É uma terra fértil em contradições e seguramente uma das regiões intelectualmente mais provocantes de Portugal. Não estará sozinha na capacidade de entremear alguns dos maiores e melhores exemplos de vinhos nacionais, vinhos monumentais que quase fazem chorar de emoção, com alguns dos piores exemplos nacionais, vinhos que confundem pela agressividade e rusticidade. A principal diferença é que na região do Vinho Verde este paradoxo é levado quase ao extremo, permitindo a convivência entre vinhos excepcionais com vinhos simplesmente vulgares.
 
Apesar de a região produzir quase todos os estilos de vinho possíveis, desde brancos a rosados, tintos, espumantes ou colheitas tardias, é nos vinhos brancos que a região mais se notabiliza. Sim, existe um punhado de vinhos tintos e rosados absolutamente excitantes, indicação que pronuncia que há espaço para apostar neste segmento, que há condições naturais para a produção de grandes vinhos tintos e rosados e que a região também pode vir a dar cartas nestes dois estilos com vinhos tão diferenciadores quanto os vinhos brancos. Mas não me parece muito difícil de compreender que, apesar de a região já apresentar um conjunto razoável de vinhos excelentes, poderia, e deveria, dar muito mais à causa do vinho branco.
 
A região encontra-se semeada por diferenças e algumas incoerências. Entre as muitas que exibe conta-se a pulverização da produção assente em centenas de pequenos e pequeníssimos produtores, divididos em milhares de parcelas de dimensão muito reduzida, ao mesmo tempo que um convênio de pouco mais de meia dúzia de grandes produtores representa mais de metade da produção do Vinho Verde. É curiosamente a maior denominação de Portugal, ocupando uma área geográfica imensa que extravasa muito para além das fronteiras naturais do Minho, divisão política e geográfica que muitos associam diretamente ao Vinho Verde. Apesar de a maioria dos consumidores nem o suspeitarem, a região do Vinho Verde está decomposta em nove sub-regiões distintas, uma infinidade de terras e nomes que poucos conhecem, sem que as diferenças naturais entre as nove sub-regiões sejam bem explícitas ou inteligíveis para a maioria dos enófilos.

Mas é indiscutivelmente a região nacional que apresenta maior e melhor aptidão natural para produzir vinhos brancos de excelência e referência, vinhos ímpares e carregados de personalidade, tendencialmente frescos e minerais, vibrantes e tensos como poucas outras denominações nacionais terão capacidade para elaborar. Por regra, e por natureza, os vinhos da denominação apregoam graduações alcoólicas comedidas, com a excepção do caso muito particular dos vinhos elaborados com a casta Alvarinho, contribuindo decisivamente para a leveza e frescura dos vinhos que se transformou na assinatura da região e que a tornam tão distintiva. Talvez por isso surpreenda o movimento recente encabeçado por um pequeno grupo de produtores que advoga, e consequentemente produz, vinhos mais pesados, vinhos mais alcoólicos, madurões, ligeiramente doces e muitas vezes com passagem pela barrica, afastando-se do modelo natural da região, aquele que a natureza sancionou e o homem condicionou. É estranho ver uma região, ou mais corretamente um pequeno punhado de produtores dessa região, pretenderem negar o estilo que tornou famosa essa região e que lhe deu razão para existir como denominação de origem. É como se Bordéus começasse a insistir em fazer vinhos ligeiros e a Borgonha a aventurar-se na produção de vinhos fortificados.

A região do Vinho Verde, nas suas diferentes sub-regiões, tem a fortuna de contar com um riquíssimo patrimônio ampelográfico, oferecendo muitas das melhores castas brancas nacionais. O nome Alvarinho sobressai instantaneamente, apresentando-se como o nome mais sonante da denominação. Não é difícil perceber que o Alvarinho faz parte do grupo muito restrito das melhores castas brancas internacionais. Mas nem só de Alvarinho vive a região e o registro de castas excelentes é vasto. Entre outras três castas sobressaem decididamente do lote o Loureiro, Avesso e Vinhão, as duas primeiras brancas e a terceira tinta, castas extraordinárias que conhecem sortes diferentes e graus de popularidade bem diferenciados.

O Loureiro já conseguiu conquistar o seu espaço de notoriedade e conforto, começando hoje a afirmar-se como um nome sonante entre as castas brancas de Portugal, entre os nomes mediáticos que ajudam a vender o vinho. O Avesso ainda carece de divulgação e reconhecimento, mesmo entre os produtores do Vinho Verde, mantendo-se por ora numa pequena penumbra que estará condenada a ser desbravada num futuro próximo. O Vinhão tem sortes diferentes. Se por um lado a casta é popular, os vinhos raramente atingem o patamar qualitativo suficiente para poderem ser elogiados de forma assertiva. Mas, quando bem cuidado na vinha e na adega, o Vinhão é capaz de dar vinhos extraordinários que parecem igualmente estar condenados ao sucesso.
 
Por: Rui Falcão
Fonte: Fugas Vinhos

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Vinho no lugar da caipirinha e da cerveja

Em vez da caipirinha e da cerveja como combustíveis alcoólicos dos tradicionais churrasco e feijoada, vinho. Quem constatou essa mudança de hábito etílico gastronômico foi o departamento de marketing do vinho Marques de Casa Concha, do grupo chileno ConchaY Toro. O diagnóstico de consumo foi feito a partir de interações do projeto Personal Sommelier, que responde dúvidas de consumidores, via WhatsApp, dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
 
Segundo os sommeliers do projeto, além de constatarem que os consumidores brasileiros estão mais abertos ao consumo de vinho em ocasiões mais informais, ainda orientam com dicas de harmonizações básicas para iniciantes.
 
A feijoada, por exemplo, por ser rica em gordura e sabor, pode ter sua intensidade gustativa suavizada com um vinho à base de cabernet sauvignon com estágio em barril de madeira, recomendam, é mais estruturado e encorpado, “segura” a contento um prato desses. Quando se trata de churrasco, um merlot pode combinar com picanha, alcatra, costela e coração, pois tem corpo médio, é macio e persistente, ideal para aguentar a untuosidade dos cortes bovinos.

Vinho chileno consumido de quase 2 bilhões de pessoas

Quase 2 bilhões de pessoas consomem pelo menos uma garrafa de vinho chileno por ano, afirma o Claudio Cilveti, gerente da Vinos de Chile, instituição responsável por reunir a industria vitivinícola do país para promover o produto.
 
O Chile atualmente é o 4° maior exportador de vinho do mundo e o 1° do Novo Mundo e a expectativa é que em 2016 que as exportações cresçcam cerca de 4% e o volume produzido 6%, afirma Cilveti.
 
O país exporta seus vinhos para 150 países, movimentando algo em torno de 2 bilhões de dólares, o equivalente a 12% do produto agloflorestal do Chile.
 
Os maiores mercados consumidores do vinho chileno são: Estados Unidos, Brasil, China, Reino Unido e Canadá.
 

Bebidas alcoólicas, como o vinho, podem ajudar a prevenir morte por Alzheimer

Um estudo realizado por cientistas dinamarqueses da Universidade da Dinamarca do Sul, em Odense, indica que o consumo de álcool pode diminuir em mais de 70% o risco de morte por Alzheimer.
 
A pesquisa foi desenvolvida durante três anos e analisou um total de 321 pessoas que sofriam da doença em fase inicial. Os dados do estudo indicam que quem bebe moderadamente tem menor taxa de mortalidade do que os outros três grupos (os abstêmios, os que bebem pouco e os que bebem muito).
 
Mas o que é beber moderadamente? Segundo o estudo, é beber de duas a três unidades de álcool por dia, ou seja, o equivalente a uma quantidade que varia entre um copo de vinho cheio (220ml) e quase meia garrafa (330ml).
 
Os dois grupos extremos são os que apontaram maior mortalidade. Quando comparado a eles, quem bebe moderadamente tem cerca de 77% menos chance de morrer em função da doença neurodegenerativa.
 
Embora o álcool seja comumente visto como uma substância neurotóxica, o professor Frans Boch Waldorff, um dos cientistas envolvidos, afirma que “os resultados do estudo apontam para uma associação potencial e positiva do consumo moderado de álcool e a mortalidade de pacientes com a doença de Alzheimer”.
 
No entanto, cauteloso, ele alerta os pacientes “Não podemos aconselhar ou desaconselhar estes pacientes, só com base neste estudo, o consumo moderado de álcool”.
 
Fonte: Revista Adega

Vinhos abrem novo ciclo econômico para a Serra catarinense

 
Há 16 anos, em São Joaquim, um dos municípios mais frios da Serra catarinense, teve início a vitivinicultura de altitude, que motivou o cultivo de uvas europeias em mais de 40 propriedades na Serra Catarinense e Meio-Oeste, muitas das quais já com produção de vinhos, espumantes e enoturismo. Segundo o presidente da Vinhos de Altitude Produtores Associados e pioneiro no setor em São Joaquim, Acari Amorim, a elaboração de vinhos e o enoturismo já envolvem 10 municípios do Estado.
 
A entidade é uma das articuladoras do projeto São Joaquim Destino Turístico, que visa duplicar o Produto Interno Bruto (PIB) do município em três anos e disseminar o aprimoramento do turismo.
 
 – Criamos uma nova indústria para Santa Catarina, uma nova fronteira para o vinho do Brasil e um novo ciclo econômico que beneficia toda a Serra e o planalto catarinense. Este projeto é centrado em São Joaquim, mas envolve cerca de dez municípios. É uma grande oportunidade de desenvolvimento dessa região, uma das mais carentes do Estado – analisa Acari Amorim.
 
São Joaquim conta com 20 projetos e 13 empresas com vinhos no mercado, algumas já com marcas consolidadas. Das que atuam com enoturismo, as lojas nas vinícolas respondem por até 30% das vendas totais. Em São Joaquim, há receptivo na Villa Francioni, Sanjo, Villagio Bassetti e Monte Agudo. Também são abertas a turistas a Villaggio Grando em Água Doce, Panceri em Tangará, Kranz em Treze Tílias e Abreu Garcia, em Capo Belo do Sul. Como a maioria das vinícolas foi fundada por empresários que atuam em outros setores, os investimentos foram elevados, com a contratação de enólogos do exterior, o que garantiu um salto rápido de qualidade aos vinhos de altitude catarinenses.

Por Estela Benetti
Fonte: DC

Um vinho especial da adega para celebrar

Reunir-se com amor, família e amigos para beber um vinho sem qualquer motivo especial é muito massa, mas abrir aquela garrafa que estava guardada na adega para celebrar um momento especial é melhor ainda.
 
E foi para celebrar um momento super especial: a conclusão do curso de Gastronomia por Fernanda, que abrimos o Yarden Chardonnay, um branco israelense com 7 anos de vida e que estava a quase dois anos na adega.

Aproveito o vinho para saldar uma dívida com um tema da Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE, sugerido pela Rafaela Giordano do blog Le Vin au Blog -  "Qual vinho especial da sua adega você abriria para comemorar uma data importante? Por que não abrir agora?"

O Yarden Chardonnay rótulo faz parte da linha premium da Golan Heights e o seu nome significa Jordão em hebraico, uma homenagem ao histórico Rio Jordão mencionado nos escritos sagrados: a Bíblia. O Rio nasce no Monte Hermon, passa pelo Mar da Galileia e deságua no Mar Morto, atravessando desta forma a Terra Santa.

Trata-se de um varietal produzido exclusivamente a partir de uvas de vinhedos situados no extremo norte das Colinas de Golan, local cujas altitudes atingem 1200 metros acima do nível do mar.
 
Na taça o vinho apresentou cor  apresentou uma linda cor dourada e lágrimas grossas e lentas.
 
No nariz mostrou um bouquet intenso e fantástico. Pode-se perceber ainda aromas primários como manga, pêssego, notas florais sutis e algum mineral, mas as notas olfativas provenientes do tempo em garrafa são os que encantaram: flores secas, damasco,  avelã, nozes, amêndoas, mel, coco e cedro. Os 7 anos de vida fizeram seus aromas evoluírem até o seu ápice.
 
Em boca repetiu o mesmo explendor do olfato e mostrou-se untuoso, amanteigado e ainda com boa acidez. Vinho com bom corpo, boa textura e final de boca de longa persistência com de mel, frutos secos, coco e cedro aparecendo no retrogosto.

Vinho gastronômico e assim sendo fernanda nos preparou um salmão em cama de risoto ao queijo para escoltá-lo.
 

O Rótulo

Vinho: Yarden
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2008
País: Israel
Região: Colinas de Golan, Galiléia
Produtor: Golan Heights Winery
Graduação: 14,5%
Onde comprar em Recife: Casa dos Frios
Preço médio: R$ 98,00
Temperatura de serviço: 10°
Outros atributos: Vinho Kosher

sábado, 2 de janeiro de 2016

2016 inicia com aumento do imposto sobre vinhos

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisória 690, que dispõe sobre a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas quentes, como vinho, cachaça e outros destilados. O texto também suspende a isenção concedida por 10 anos de algumas tarifas a computadores, smartphones, notebooks, tablets, modens e roteadores.
 
O texto prevê o pagamento de alíquota cheia de PIS e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para os itens de informática a partir deste mês, durante todo o ano de 2016.
 
Pela lei, o IPI incidente sobre as bebidas quentes passará a ser calculado com uma alíquota sobre o valor do produto (é a chamada alíquota ad valorem). Até então, o IPI era um valor fixo por determinada quantidade produzida (alíquota ad rem).
 
Na prática, será cobrado um valor porcentual sobre o valor do produto na saída da indústria. As alíquotas vão variar de 10% a 30%, dependendo do tipo de bebida. Os porcentuais foram definidos por decreto já editado pelo governo.
 
No caso da industrialização por encomenda, quando uma empresa produz a bebida para outra, o IPI será cobrado tanto na saída da empresa que produziu como na da que encomendou.
 
No caso dos produtos de informática, a lei revoga legislação anterior que isenta os produtos de informática do pagamento da contribuição do PIS/Pasep e da Cofins nas vendas do varejo. O estímulo integrava o Programa de Inclusão Digital, criado para ampliar a produção nacional de equipamentos de informática em 2005.
 
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Vetos
 
Um dos vetos realizados foi ao parágrafo único do artigo 7º, que definia as alíquotas máximas do IPI para os produtos. O governo justificou o veto afirmando que os dispositivos tratam de IPI, caracterizado como regulatório, em razão de sua natureza extrafiscal e de sua seletividade. "Por isso, não é adequada a fixação em lei de alíquotas máximas. Além disso, a proposta acabaria por contrariar o que dispõe o art. 153, parágrafo 3°, inciso I, da Constituição", justifica.
 
Outros dispositivos foram vetados porque resultavam em renúncia de receita e não vieram acompanhados de estimativas de impacto orçamentário-financeiro e das compensações necessárias, o que seria um desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.
 
Fonte: ZH Notícias

Estudos revelam que garrafas de vinho não precisam ficar na horizontal

Um dos dogmas do mundo do vinho – que de tão decantado está enraizado no subconsciente até dos enófilos mais inexperientes – é o fato de guardar as garrafas de vinho sempre (sempre!) deitadas. Isso é importante, pois mantém a rolha umedecida, impedindo que ela resseque, conservando suas qualidades, especialmente no que diz respeito à mínima entrada de oxigênio que favorece o bom envelhecimento do líquido.
 
No entanto, chegou a hora de rever esse conceito, pois dois longos estudos – um da Facultè d’Oenologie de Bordeaux e outro do The Australian Wine Research Institute (AWRI) –, demonstram que a posição da garrafa simplesmente não tem qualquer relevância durante a guarda do vinho. E isso derruba tudo o que aprendemos e pregamos por aí durante anos e anos.
 
Essas duas pesquisas estudaram o ingresso de oxigênio na garrafa de acordo com diferentes tipos de vedantes (rolhas naturais, sintéticas e rosca) e a posição de armazenagem (vertical ou horizontal) com o tempo. O estudo australiano foi além e mediu ainda impactos na composição, cor e sabor dos vinhos testados (um Riesling e um Chardonnay barricado), além de ter feito essa avaliação por mais tempo (cinco anos contra três dos franceses). Ambas as investigações chegaram a conclusões interessantes quanto aos efeitos causados pelas diferentes rolhas usadas, no entanto, um aspecto se sobressaiu: “a orientação da garrafa durante o armazenamento teve pouco efeito na composição dos vinhos examinados”, reportou o relatório australiano, e “as taxas de ingresso de oxigênio foram independentes da posição de armazenagem da garrafa”, atestaram os franceses.
 
Então quer dizer que posso guardar meus vinhos em pé? “Sem qualquer problema!”, garante Paulo Lopes, enólogo PhD que gerencia o departamento de pesquisa e desenvolvimento da Amorim, o maior fabricante de rolhas do mundo, e que liderou a equipe do estudo bordalês. Para ele, os resultados das duas pesquisas citadas mostram muito claramente que as diferenças entre a armazenagem horizontal e vertical são mínimas, independentemente do tipo de rolha, ou seja, mesmo nas de cortiça natural. “Em termos de capacidade de vedação e transferência de oxigênio, a conservação pode ser realizada com a garrafa em pé ou deitada, pois os resultados serão idênticos”, confirma.
 
Horizontal ou vertical?
 
A pesquisa de Lopes e seus colegas bate de frente com outra feita em 2002 por um grupo de cientistas espanhóis. Na época, eles afirmaram que as análises químicas e sensoriais mostraram que o vinho era melhor preservado quando mantido na horizontal. No entanto, os testes atuais usam sistemas mais eficazes de avaliação, como um método colorimétrico (que usa a cor para medir a absorção de determinados elementos em uma solução), por exemplo.
 
Aliás, as primeiras análises feitas sobre o ingresso de oxigênio na garrafas de vinho datam dos anos 1930. O francês Jean Ribéreau-Gayon foi pioneiro e apontou que de 0,1 a 0,38 ml de oxigênio entrava na garrafa (vedada com rolha de cortiça) nas três primeiras semanas depois do engarrafamento e de 0 a 0,07 ml nos quatro meses seguintes.
 
Cerca de 80 anos depois, a pesquisa bordalesa mostra que as rolhas de cortiça, na verdade, deixaram passar 1,7 e 2,3 ml de oxigênio durante os 36 meses (três anos) de estudo quando as garrafas são mantidas deitadas. Essa variação depende da qualidade da rolha (veja matéria sobre rolhas na página 42) e a de categoria Flor (melhor qualidade) permitiu menos ingresso do que a considerada de 1º grau.
 
Além disso, a pesquisa mostrou que a dinâmica do ingresso de oxigênio é maior no primeiro mês após o engarrafamento, com 0,7 para a Flor e 1,3 ml para a de 1º grau, o que chega a representar mais de 50% do total de oxigênio observado ao final dos três anos. Depois do primeiro mês até o final de um ano, a quantidade de oxigênio foi de 0,03 e 0,17 ml por mês. Finalmente, depois de 12 meses, a entrada foi de 0,002 e 0,07 ml por mês até o término do período de estudo.
 
No entanto, o que interessa é a comparação com os números obtidos com as mesmas rolhas, porém, em garrafas mantidas em pé. Aí podemos dizer que há uma surpresa, pois a entrada foi de 1,5 e 2,4 ml de oxigênio, respectivamente, ao final de três anos. Ou seja, uma rolha de alta qualidade, como a Flor, deixou passar até menos oxigênio quando armazenada na vertical do que na horizontal (1,5 contra 1,7 ml) – apesar de a diferença ser desprezível.
 
Continuando a comparação, quando em pé, as rolhas permitiram o ingresso de 0,8 e 1,3 ml de oxigênio no primeiro mês. De dois meses a um ano, os níveis caem para 0,05 e 0,1 ml por mês. Depois disso, ficam entre 0,02 e 0,04 ml por mês até o fim do segundo ano (veja o gráfico com as curvas de ingresso de oxigênio dependendo do tipo de rolha e da posição de armazenamento nas páginas a seguir). Mas, afinal, o que é importante, permitir a entrada de mais ou de menos oxigênio?
 

Oxigênio

“Oxigênio é o pior inimigo do vinho”, já dizia Louis Pasteur, apenas para complementar em seguida: “o oxigênio é quem faz o vinho, é por sua influência que ele envelhece”. Isso mostra o quão dicotômica é a relação desse gás com a bebida. Ao mesmo tempo que uma pequena quantidade garante uma boa evolução do vinho, quando em excesso, o líquido oxida e estraga.
 
É por isso que esse elemento é o alvo de muitas das pesquisas, incluindo essas duas. Sobre esse fenômeno do envelhecimento, o estudo australiano aponta: “Pareceu que uma taxa de ingresso de oxigênio muito alta – como vista nas rolhas sintéticas – levaram a sabores oxidados, assim como taxas muito baixas – como as observadas nas tampas de rosca e de vidro – levaram ao desenvolvimento de aromas reduzidos, de borracha e similares, no vinho”. Nesse caso, ponto para as rolhas de cortiça, as que melhor se comportaram no estudo patrocinado pela associação de produtores da Austrália. Lembrando que foi devido à insatisfação da indústria vitivinícola australiana quanto à qualidade das rolhas naturais que as sintéticas e de rosca se propagaram mundo afora.
 
A pesquisa francesa chega a conclusões semelhantes: “Está claro que as taxas de ingresso de oxigênio são baixas com screw caps e rolhas técnicas, intermediárias com rolhas naturais, e altas com rolhas sintéticas”. As rolhas técnicas usadas no teste foram a 1+1 (que tem um disco de cortiça natural em cada extremidade de um corpo granulado) e a microgranulada. Curiosamente, elas chegaram a permitir a entrada de menos oxigênio do que as tampas de rosca, que variaram de 0,9 a 1,3 ml (quatro tipos foram testados) ao fim de um ano de guarda, enquanto que as rolhas técnicas apresentaram 0,7 (microgranulada) e 0,8 ml (1+1), quando na horizontal, e 0,8 e 1,2 ml respectivamente quando mantidas em pé. Sendo que, assim como os screw caps, o primeiro mês concentrou cerca de 90% da entrada de oxigênio na garrafa. Na tampa de rosca, contudo, 90% do ingresso ocorreu nos primeiros dois dias e depois mostrou-se totalmente hermética. Com isso, os cientistas estimam que boa parte do oxigênio que entra nas garrafas com screw cap está relacionada à exposição ao ar na hora do engarrafamento e, uma porção mínima, ao oxigênio de dentro da tampa.

Entrada de oxigênio?

Aliás, a discussão sobre como se dá o ingresso de oxigênio na garrafa, especialmente quando se trata das rolhas de cortiça, é extensa e inconclusiva. “O mecanismo [de entrada] permanece desconhecido e serão necessárias pesquisas mais aprofundadas para elucidar esse fenômeno, que pode ocorrer por difusão ou infiltração, ou ambos”, aponta o estudo francês. De acordo com Paulo Lopes, contudo, boa parte (ou até mesmo a totalidade) do oxigênio que ingressa na garrafa com o tempo já está dentro da própria rolha. “Há bons indícios que levam à essa conclusão”, diz.
 
Isso estaria explicado pelo fato de a difusão de oxigênio observada no primeiro mês (fase crítica) ser alta, para então decair até o final de 12 meses e seguir mínima e estável até o fim do estudo. Nos gráficos, vê-se que as rolhas de 1o grau permitiram mais oxigênio na garrafa do que as Flor e, segundo os cientistas, “é possível que elas contenham mais ar dentro de suas estruturas (pois têm um coeficiente de porosidade maior), que se propaga da rolha para a garrafa durante o primeiro mês”. Ou seja, a vedação pela rolha, ao contrário do que se pensa, impediria as trocas gasosas, na verdade.
 
Como guardar então?
 
Depois de tudo isso, estaria aqui então os porquês de alguns produtores de Champagne e também de Vinho do Porto afirmarem que seus vinhos devem ser guardados em pé? Sim, pois ainda há estudos feitos pelas casas de Champagne que dizem não haver grandes diferenças entre espumantes envelhecidos na vertical ou na horizontal, apesar de as avaliações ligeiramente favorecerem as garrafas mantidas em pé.
 
Mesmo reafirmando que simplesmente não importa a posição de armazenagem, Lopes recomenda guardar deitados – como manda o figurino – os vinhos feitos para envelhecer. Isso não por qualquer receio de sua pesquisa estar errada, mas devido a outro estudo que avalia a migração de compostos fenólicos da rolha para o vinho. “O vinho pode, sim, ser armazenado em pé, no entanto, face aos novos resultados que mostram que existe um ‘aporte’ de compostos da rolha para o líquido, a conservação deitada poderá ser benéfica, pois facilitará a migração desses compostos para a bebida e estou certo de que eles irão contribuir para o envelhecimento equilibrado do vinho em garrafa”, aponta.
 
Segundo algumas pesquisas, compostos fenólicos como os ácidos gálico, protocatecuico e caféico, vanilina, além de taninos, podem passar da rolha para o vinho e, de certa maneira (ainda não evidenciada completamente), também contribuir para o envelhecimento.
 
Por outro lado, se pensarmos que, além desses citados, outros compostos, como o TCA, também podem migrar para o vinho quando o líquido está em contato com a rolha, talvez seja melhor manter as garrafas em pé.
 
Matt Holdstock, enólogo da AWRI, lembra, contudo, que os experimentos foram conduzidos em ambiente controlado com as garrafas mantidas em temperatura constante, próxima de 20oC, e umidade relativa de 65%. Ele aponta que, na pesquisa australiana, os mesmos vinhos em condições não controladas mostraram uma maior taxa de escurecimento nas garrafas guardadas em pé. “Isso indica que, se você não tiver esses fatores sob controle, manter vinhos em pé pode acelerar o envelhecimento”, diz o pesquisador. Lembrando que, diante de alterações de temperatura, o volume do líquido pode variar (contraindo com o frio e expandindo com o calor – o que pode expelir a rolha) e, sem umidade, o vedante pode secar (perdendo suas propriedades elásticas – permitindo a entrada de ar ou saída do líquido). Ou seja, se quiser guardar suas garrafas em pé, não há problema, só tenha cuidado com a umidade e a temperatura.
 
 Por: Arnaldo Grizzo
 Fonte: Revista Adega