segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Impostos tiram vantagem do vinho nacional após dólar alto

A combinação de alta do dólar ao longo de 2015 e início de 2016 com o aumento do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) de vinho e espumantes para 10% – que passou a valer a partir de 1º de dezembro do ano passado – já fez o preço médio da bebida no Brasil subir de 15% a 20%. A afirmação é do presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá. O setor poderia ter se beneficiado mais com a alta da moeda norte-americana, mas conseguiu uma alta de vendas de apenas 8% em 2015.
 
“A alta do dólar fez aumentar o preço do vinho importado. Aí você teria o vinho brasileiro mais competitivo no mercado. Mas é só na teoria”, acrescenta Scottá. Isso porque os custos para os produtores brasileiros aumentaram entre 14% e 20%, em pequenas, médias e grandes vinícolas. As mudas das plantas são todas importadas; defensivos e nutrientes usados na plantação vêm de multinacionais; enzimas e leveduras têm um custo altíssimo e também são importadas; e até o engarrafamento e a rotulagem dependem de produtos de fora.
 
O aumento do IPI foi mais um “balde de água fria”, e ainda houve o aumento do ICMS no Rio Grande do Sul – que detém hoje 90% de toda a produção de vinhos e derivados no Brasil.

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