terça-feira, 31 de maio de 2016

Por que beber vinho tinto antes de dormir ajuda na perda de peso?

Está mais do que comprovado que uma quantidade moderada da bebida traz benefícios para a saúde. Agora, é sabido, também, que consumir vinho antes de dormir pode ajudar na perda de peso.
 
 
Parece bom demais para ser verdade, mas é ciência. A conclusão é de um estudo realizado na Universidade do Estado de Washington, em que os pesquisadores constataram que o resveratrol, substância encontrada na casca e na semente de uvas pretas e vermelhas, consegue converter o excesso de gordura branca em gordura marrom. E por que isso é bom? Nosso organismo produz os dois tipos, sendo que o segundo é mais fácil de ser expelido pelo corpo. Outros estudos já haviam verificado que pessoas com uma quantidade maior de gorduras marrons no organismo conseguem emagrecer com maior facilidade.
 
“Converter gordura branca em gordura marrom auxilia na queima de lipídios e ajuda a manter o corpo em equilíbrio e prevenir a obesidade e disfunção metabólica”, afirmou Min Du, professor e cientista da Washington State University, no estudo.
 
E o que é essa tal substância que parece mágica? O resveratrol é um polifenol, que tem ação antioxidante, ajudando na eliminação de toxinas do organismo. Frutas, em geral, são ricas em resveratrol, principalmente aquelas com cascas escuras como amora, morango e maçã — enquanto uma concentração ainda maior pode ser encontrada no vinho tinto.
 
A pesquisa
 
O estudo foi publicado no International Journal of Obesity. Para sua realização, ratinhos passaram por um período com uma dieta bastante gordurosa. Uma parte recebeu uma dose diária de resveratrol, enquanto a outra parte não. E adivinhem: aqueles que receberam a substância concentrada engordaram 40% menos do que os outros.

15 rótulos brasileiros marcam presença no espaço La Cité du Vin

O vinho brasileiro estará sob os holofotes do mundo no espaço La Cité du Vin, em Bordeaux, na França. Considerado o maior centro cultural dedicado à bebida de Baco, o local será aberto na próxima quinta-feira (2), com a presença de 15 rótulos elaborados no Brasil. A participação é viabilizada pelo Wines of Brasil, projeto setorial realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A previsão dos organizadores é de que 450 mil pessoas visitarão o local anualmente.
 
“O Ibravin acredita que a presença dos vinhos brasileiros é de extrema importância para o desenvolvimento da imagem e credibilidade de nossos produtos no exterior, posicionando o país ao lado de tradicionais produtores do mundo inteiro”, avalia o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá.
 
Para alcançar este objetivo, o Instituto selecionou alguns dos vinhos mais representativos do Brasil para compor o mix de produtos. Os critérios foram: vinhos premiados em 2015, vinhos premium de suas respectivas regiões e a diversidade deterroirs. A cada 12 meses haverá um rodízio de rótulos e de vinícolas brasileiras presentes no espaço. A escolha e o envio dos primeiros vinhos couberam ao Ibravin, de acordo com orientação do Comitê Gestor do Projeto Wines of Brasil.
 
Além da presença de vinhos dos principais países produtores, o espaço de mais de 13 mil m² contará com sala de degustação, restaurante panorâmico, wine bar, biblioteca, auditório e centro de informações turísticas.
 
Os 15 primeiros vinhos brasileiros no La Cité du Vin
  • Lidio Carraro Faces Branco Olimpíadas Rio 2016 (Lidio Carraro Vinícola Boutique)
  • Aurora Pequenas Partilhas Cabernet Franc (Vinícola Aurora)
  • Aracuri Cabernet/Merlot (Aracuri Vinhos Finos)
  • Innominabile (Villaggio Grando)
  • Gran Reserva – Raizes Corte (Casa Valduga)
  • Miolo Lote 43 (Miolo Wine Group)
  • Espumante Gran Legado Natural Brut Champenoise (Gran Legado Vinhos e Espumantes)
  • Lidio Carraro Agnus Merlot 2014 (Lidio Carraro Vinícola Boutique)
  • Casa Perini Espumante Moscatel (Casa Perini)
  • Espumante Natural Brut Rose Casa Portuguesa (Vinícola Fazenda Santa Rita )
  • Espumante Cave Geisse Extraa Brut (Cave Geisse)
  • Espumante Aliança Moscatel (Cooperativa Vinícola Nova Aliança)
  • Espumante Nature Don Giovanni (Don Giovanni)
  • Espumante Garibaldi Brut Chardonnay (Cooperativa Vinícola Garibaldi)
  • Espumant Brut Dal Pizzol Rose Charmat (Dal Pizzol Vinhos Finos)

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Fundação Badesc oferece oficinas gratuitas de degustação de vinhos em Florianópolis

A Fundação Cultural Badesc realizará, nos dias 2 e 3 de junho, oficinas gratuitas de degustação de vinho. A iniciativa é alusiva ao Dia do Vinho Catarinense, celebrado no segundo domingo de junho. Interessados devem se inscrever pela internet.
 
Os dois dias de oficinas terão dois horários: às 14h ou às 16h, ambas com uma hora e meia de duração. O limite de pessoas por turma é de 15 participantes em cada período.
 
Como forma de inclusão, o projeto também terá uma oficina dirigida exclusivamente para deficientes visuais, marcada para às 10h nos dois dias.
 
Os responsáveis pelas oficinas serão Márcia Maluf Palei, especialista em Marketing Cultural de Permanência, pesquisadora e representante do Sidivinho e Associação Pro Vinho para a Cultura do Vinho, e os enólogos Jucélio Kulmann de Medeiros e Diogo Chamon.
 
O Dia do Vinho Catarinense está no calendário oficial do Estado desde 2009. Os interessados em participar do curso precisam enviar um e-mail para fundacaoculturalbadesc@gmail.com informando o nome completo e o dia e o horário que desejem participar.

Encontro Mistral reúne 74 vinícolas de todo o mundo

A importadora Mistral reunirá mais de 500 vinhos de 74 vinícolas de várias parte do mundo na oitava edição do seu encontro bienal - dias 6 e 7 em São Paulo, no Grand Hyatt, e dia 8 no Rio, no Sofitel Copacabana.
 
 
O ingresso (R$ 290 por dia) dá direito ao visitante provar rótulos de marcas como a grega Gaía, a neozelandesa Sileni Estate e a chilena Lapostolle. Para acompanhar a degustação, produtores e enólogos estarão no evento, como o português Luis Pato, da região da Bairrada, e o italiano Paolo Coppo, do Piemonte.
 
SERVIÇO
 
EM SÃO PAULO
 
Dias 6 e 7, das 17h às 21h30
Grand Hyatt - Av. das Nações Unidas, 13.301

NO RIO DE JANEIRO

Dia 8, das 17h às 21h30
Sofitel Copacabana - Av. Atlântica, 4.240

Ingressos: R$ 290 por dia, pelo tel. 3372-3400
Mais informações: mistral.com.br/encontro

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Taylor´s Select Reserve Port: vigor, corpo, untuosidade e muita frunta na taça

Na última segunda participei de mais uma edição do Winebar, a qual teve como tema o Vinho do Porto e contou com a participação Fernando Seixas, responsável pela marca Taylor´s no Brasil. Na ocasião os participantes puderam aprender um pouco mais sobre vinho do porto e também foram apresentados dois vinhos, sendo um deles o Select Reserva, vinho este que degustei há mais ou menos um ano e ainda não havia comentado aqui.
 
Mas, antes de falar sobre minhas impressões sobre o vinho permitam-me falar um pouco sobre a Taylor´s.
 
Criada há mais de três séculos, em 1692, a Taylor’s dedica-se exclusivamente à produção de vinho do Porto e, especialmente, aos seus melhores estilos.
 
A Taylor’s tem o compromisso de permanecer independente e familiar. O patrimônio familiar garante a continuidade de propósito necessário para fazer vinhos de qualidade e de caráter.
 
A independência da Taylor´s também contribui para a proteção do seu futuro como produtor dos melhores vinhos do Porto, permitindo-lhe tomar decisões e fazer investimentos que estão mais de acordo com os interesses a longo prazo da empresa e das futuras gerações.
 
Como uma empresa familiar cujo sucesso é inseparável do sucesso da própria região do Douro, a Taylor’s continua empenhada em proteger esta bela região praticando uma viticultura que é economicamente e ambientalmente sustentável. O futuro do Vale do Douro e do seu ambiente único é também o futuro do vinho do Porto, um dos grandes vinhos clássicos do mundo e uma parte insubstituível do patrimônio da humanidade.
 
O Select Reserva da Taylor’s é elaborado a partir de um lote de jovens vinhos do Porto cuidadosamente selecionados e produzidos nas áreas do Baixo Corgo e do Cima Corgo, na região do Douro. Estes vinhos estagiam cerca de três anos em tonéis de carvalho, onde suavizam e desenvolvem sem perder o seu caráter fresco.

Na taça mostrou cor rubi profunda, intensa, brilhante e límpida. Lágrimas abundantes, finas e rápidas.
 
No nariz apresentou aromas de fruta negra em compota, frutos secos, especiarias, cedro e tostado.
 
Em boca um encorpado, vigoroso, untuoso e sedoso, mas sem perder o toque frutado. Boa acidez. Repetição das notas olfativas e final de boca longo e equilibrado.

Se você é fã de vinho do porto como eu não pode  deixar de deliciar-se pelos produzidos pela Taylor’s, que para muitos é a mais ilustre casa produtora de vinhos do Porto.

O Rótulo
 
Vinho: Taylor´s Select Reserve Port
Tipo: Porto
Castas: Blend de castas durienses
Safra: Não Safrado
País: Portugal
Região: Douro
Produtor: Taylor´s
Graduação: 20%
Onde comprar / Importador: Wine/ Qualimpor
Preço Médio: R$ 180,00 (R$ 70,00 em 2015)
Temperatura de serviço: 16º
Degustado em: 07.06.2015

Château Mouton Rothschild de 1945 é leiloado a preço recorde

Dez garrafas de vinho tinto Château Mouton Rothschild de 1945, um dos Bordeaux mais famosos e aclamados no mundo do vinho, que fazem parte da adega do colecionador multimilionário William Koch, foram vendidas por US$ 343 mil em um leilão realizado pela Sotheby’s em Nova York. Segundo a casa, o valor do lote seria um recorde para uma coleção de vinhos em leilões.
 
Seis garrafas magnum de 1,5 litro de Vosne Romanée Cros Parantoux de 1989, de Henri Jayer, foram vendidas por US$ 171,5 mil enquanto o Romanée Conti com 6 litros de 1991 foi arrematado pelo valor de US$ 159.250. Segundo o site da Sotheby’s, os três principais lotes foram vendidos com preços superiores aos da pré-venda.
 
Distribuídas em 2.729 lotes, 20 mil garrafas levaram 27 horas para ser vendidas. Após queda nos preços, o interesse por vinhos da região francesa de Boudeaux vem crescendo.
 
“Essa venda estabelece um novo marco para o mercado”, afirmou em comunicado o presidente da Sotheby Wine para as regiões de Ásia e Américas. “A procedência excepcional e condição dos vinhos corresponde à escala e ambição de suas coleções”.
 
Os vinhos da região de Bourgogne, na França, também dominaram outros lotes grandes com 12 garrafas de 1978 RDC Montrachet vendidos por US$ 147 mil e 12 garrafas de Cros Parantoux 1996, de Jayer que arrecaram US$ 134.750.

Fonte: O Globo

terça-feira, 24 de maio de 2016

Vinho & Sabores de Portugal chega pela primeira vez ao Recife

 
Para você que como eu é fã dos vinhos portuguese anote essa na sua agenda o evento imperdível que chega a capital pernambucana, pela primeira vez nos próximos dias 17 e 18 de junho: o evento Vinho & Sabores de Portugal.
 
Durante o encontro, mais de 40 produtores apresentarão seus produtos ao público, incluindo cerca de 250 rótulos de vinhos de diferentes regiões de Portugal, além de azeites e outros produtos gastronômicos daquele país, com livre degustação.
 
O evento, que acontecerá no Mercure Recife Mar Hotel Conventions, das 14h às 22h, e deve receber tanto integrantes do trade quanto estudantes, apreciadores de vinhos e consumidores finais em geral.
 
A organização está a cargo da Opal Publicidade, empresa responsável por trazer a mostra ao Brasil, juntamente com a Go2Market, Revista Adega e Encontro de Vinhos, selo especializado em eventos com vinhos no Brasil. Esta é a quarta edição do evento e a primeira vez que ele vai acontecer fora da região sudeste.
 
Além de degustação a feira dará espaço à formação do público, com a realização de Aulas Temáticas que envolverão assuntos como Vinhos de Lisboa, Vinhos Verdes, Vinhos da Beira Interior e Harmonizações. Outra atração do evento Vinho & Sabores de Portugal será o Showcooking, onde o renomado chef português Marco Lopes ministrará aulas com culinária e harmonização de rótulos portugueses.

Caixa WineRun reúne 1.500 corredores no Vale dos Vinhedos

A quinta edição do Caixa WineRun reuniu 1.500 competidores de 17 estados no último sábado (21) no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.  Na categoria masculina o vencedor foi Ricardo Julio dos Santos, de Curitiba (PR), que completou o circuito em 1h28m e na na feminina, com o tempo de 1h52m quem levou o ouro foi Daniela Santarosa, de Porto Alegre (RS).
 
Segundo Ricardo, a prova foi muito difícil e o clima estava muito frio e com neblina. A vencedora do feminino, Daniela, comemorou seu segundo título da WineRun. Em 2015, ela ficou em 1º lugar na categoria dupla mista. “Agora teve um gosto especial, porque ganhei sozinha”, comemora a atleta. “Foi uma prova dura, com muitas subidas. O cenário, porém, é gratificante. O clima de confraternização pré-prova e a festa pós-corrida vale muito. É a única corrida gourmet do país”, elogia.

Lotes de vinhos mais caros do mundo são retirados de leilão por suspeita de fraude

Um especialista em fraudes de vinho colocou sob suspeita a autencidade de um lote que seria leiloado como o mais caro do mundo em Genebra no último fim de semana. Seis lotes de Romanée Conti foram retirados, de última hora, do evento promovido pela Bagheera Wines.
 
A suspeita foi publicada no site Wineberserkers.com por Don Cornwell, um advogado e especialista em vinhos de Los Angeles. Cornwell é conhecido como o "pesadelo dos fraudadores de vinhos", estando envolvido numa série de ações judiciais por causa de suas alegações, ganhando umas, perdendo outras.
 
A casa de vinhos disse ao "The Independent" que irá verificar urgentemente a veracidade das garrafas à venda. Se tudo se confirmar, eles serão retirados da lista.
 
"A gente protege os interesses dos nossos clientes seriamente", disse Michael Ganne, diretor da Bagheera. "Estou certo de que a esmagadora maioria dos lotes é genuína. Se houver, no entanto, qualquer dúvida, as vendas serão anuladas".
 
Apesar do cancelamento, 1.407 garrafas foram vendidas por uma média de 11 mil libras cada (cerca de R$ 57 mil), arrecandando cerca de R$ 81 milhões.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

O sensacional sul africano The Joshua shiraz-viognier 2011

Na minha vida de enófilo e de blogueiro poucos foram os vinhos sul africanos degustados e se for considerar os que me agradaram esse número fica ainda mais diminuto, mas há pouco mais de mês tive a oportunidade de degustar um rótulo que fez meus olhos brilharem; trata-se do Granhan Beck The Joshua Shiraz-Viognier 2011.
 
O vinho é produzido pela Graham Beck Wines, uma adega familiar que está entrando em sua terceira geração. Fundada em 1983, quando o empresário Graham Beck comprou a fazenda Madeba fora da cidade do Cabo Ocidental, em Robertson com a ambição ardente de estabelecer uma adega de classe mundial na região. O sucesso do vinhedo em Robertson estendeu-se para um segundo vinhedo da Graham Beck em Franschhoek, uma das regiões vinícolas mais antigas da África do Sul.
 
Os vinhedos da Grahan  estão localizados em quatro fazendas diferentes na província de Western Cape, possibilitando ter acesso a variedades de uvas cultivadas nas condições climáticas e solos a que são os mais adequados.
 
O vinho é elaborado a partir de 94% Shiraz e 6% Viognier, com estágio de 15 meses em barricas de carvalho francês (90%) e norte-americano (10%) e não filtrado para maximizar a cor e os aromas.
 
Na taça mostrou cor vermelho rubi, intensa e brilhante. Lágrimas abundantes e rápidas.
 
No nariz apresentou aromas de boa intensidade e complexidade marcado pela presença da fruta (ameixa e cassis), seguido de notas florais, menta, especiarias, café, chocolate, tabaco e tostado.
 
Em boca um vinho espetacular, encorpado e estruturado. Taninos vivos, porém sedosos, acidez marcante e álcool a 14,6%, sem incomodar, mas mostrando que o vinho pede uma boa e suculenta carne vermelha. Repetição das notas olfativas e final de boca persistente e equilibrado.
 
Vinho sensacional, pronto pra beber, mas que tem tudo para evoluir em garrafa por mais alguns anos.
 
O Rótulo
 
Vinho: Graham Beck The Joshua
Tipo: Tinto
Castas: Shiraz 94% e Viognier 6%
Safra: 2011
País: África do Sul
Região: Paarl, Western Cap
Produtor: Graham Beck Wines
Enólogo: Pieter Bubbles
Graduação: 14,6%
Onde comprar / Importador: ? / Cantu
Preço Médio: R$ 230,00
Temperatura de serviço: 8º
Degustado em: 14.04.2016

domingo, 22 de maio de 2016

Vinhos portugueses penalizados por quebra de braço entre Europa e Mercosul

Tarifas alfandegárias do Brasil fazem com que o preço do vinho português para o consumidor brasileiro seja oito vezes mais elevado que em Portugal. Negociações entre a União Europeia estão a ser dificultadas pelo braço-de-ferro em torno da carne produzida pelos países daquele bloco sul-americano.


As exportações de vinho português para o Brasil continuam a ser dificultadas pelas taxas alfandegárias brasileiras, que levam a que os preços para os consumidores sejam multiplicados por oito. A questão está a ser negociada entre a União Europeia e o Mercosul, mas a questão está dificultada em virtude da quebra de braço entre os dois blocos econômicos em torno da carne produzida pelos países sul-americanos.
 
Segundo o "Público", o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, encontra-se no Rio de Janeiro para visitar o Mercado do Vinho de Portugal, uma iniciativa que visa dar a conhecer a produção vinícola portuguesa, com a participação de 66 produtores portugueses.
 
Questionado sobre as dificuldades colocadas pelas elevadas taxas alfandegárias brasileiras, o ministro referiu que "estão a decorrer negociações entre a União Europeia e o Mercosul”, bloco econômico de que fazem parte a Argentina, o Brasil, o Paraguai, o Uruguai e a Venezuela. “Há vários anos que estas negociações não avançam, mas elas terão de ter um epílogo feliz. E isso passará necessariamente por concessões recíprocas", disse o ministro, citado pelo mesmo diário.
 
"O Mercosul é hoje a maior potência agrícola a nível mundial (...) sendo que o Brasil contribui em grande medida para isso, essencialmente na produção de carne bovina (...) que é uma produção muito importante para a Europa. Este dossier tem impedido as negociações do tratado de comércio, que terá de ser mutuamente vantajoso”, acrescentou.

Como as mudanças climáticas afetam os vinhos

Vinhedo Canaã
O clima de uma região define o terroir de um vinhedo, isto é, os fatores ambientais que afetam a qualidade das uvas, como o índice pluviométrico, a temperatura, o solo e a topografia. Por esse motivo, os vinhedos e sua produção são extremamente sensíveis às mudanças climáticas. A maioria das uvas cresce em temperaturas de 12°C a 22°C. Em consequência do aquecimento global, as pesquisas nos últimos anos indicaram que o cultivo futuro dos vinhedos deverá ser feito em latitudes mais altas e em terrenos elevados.
 
Um artigo publicado em abril na revista Nature Climate Change, mostrou que as uvas na França estão sendo colhidas duas semanas mais cedo do que há 500 anos. Essa tendência afetará a qualidade do vinho, como aconteceu depois da onda de calor na Europa em 2003. As uvas expostas ao sol por muito tempo ficam mais doces e menos ácidas; podem, em alguns casos, transformarem-se em passas. Em determinados lugares, como no Napa Valley na Califórnia, a temperatura elevada demais pode prejudicar o cultivo de vinhedos. Se isso acontecer, as receitas de um setor que gera mais de US$1 bilhão por ano em impostos nos Estados Unidos irão diminuir.
 
Os desertos de Israel podem servir de laboratórios para o cultivo de vinhedos em climas mais quentes. Com o sol intenso nesses lugares um lado de uma uva pode aquecer até 50°C no verão, enquanto o lado na sombra ficará exposto a uma temperatura de 30°C. Aaron Fait, um pesquisador italiano da Universidade Ben Gurion, está usando telas de diferentes espessuras e cores para proteger as uvas em crescimento. A temperatura, peso, tamanho e composição química das uvas são monitorados e as condições de cultivo obedecem aos resultados do monitoramento.
 
Fait também pesquisa as combinações de variedades de uvas produzidas por meio de técnicas de cultivo e os rizomas, que permitirão o uso da água de modo mais eficaz; alguns tipos australianos são especialmente resistentes. A poda ou o uso de treliças para forçar o crescimento das videiras com diferentes formas, também ajuda a controlar o uso eficiente da água. Em razão de suas pesquisas, Fait tem sido consultado por viticultores de Bordeaux preocupados com o aquecimento global.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Corticeira Amorim desenvolveu tecnologia que analisa rolhas à unidade numa escala industrial

Um investimento de 10 milhões de euros permitiu à Corticeira Amorim desenvolver uma tecnologia inovadora que em 20 segundos deteta a presença, nas rolhas de cortiça, de um composto químico (TCA) associado a desvios sensoriais nos vinhos.
 
 
“NDTech é uma tecnologia de ponta que possibilita uma revolução em termos de controle de qualidade, na medida em que introduz pela primeira vez uma triagem individual nas linhas de produção das rolhas de cortiça, baseada em cromatografia gasosa, uma das análises químicas mais sofisticadas do mundo”.
 
Segundo explica, “tradicionalmente, cada análise de cromatografia gasosa demora cerca de 14 minutos”, mas com este desenvolvimento – feito em parceria com uma empresa internacional especializada – a Corticeira Amorim “conseguiu reduzir o tempo desta análise para cerca de 20 segundos, viabilizando a sua integração numa escala industrial”.
 
Como resultado, a corticeira passou a disponibilizar no mercado “rolhas de cortiça natural com garantia de TCA não detetável”, que garantem “um controle sensorial irrepreensível”.
 
Segundo a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), o TCA é um composto químico vulgarmente presente na natureza e pode ser encontrado na madeira, no vinho, na água, no solo, em frutas, legumes e, também, na cortiça.
 
“É um produto exógeno ao vinho, à madeira e à rolha de cortiça, mas se estiver presente na atmosfera e entrar em contacto com as barricas, as rolhas de cortiça ou mesmo o vinho, é facilmente absorvido”,
 
De acordo com o grupo de Mozelos, Santa Maria da Feira, que é líder mundial no setor das rolhas de cortiça, a tecnologia NDTech assegura “uma precisão incrível”, sendo capaz de detetar “qualquer rolha de cortiça que apresente mais de 0,5 nanogramas/litro (partes por trilião) de TCA, removendo-a automaticamente da linha de produção”.
 
“Este nível de precisão numa escala industrial é surpreendente, tendo em conta que o limiar de deteção de 0,5 nanogramas/litro pode ser o equivalente a uma gota de água em 800 piscinas olímpicas”, explica.
 
Segundo a Corticeira Amorim, o desempenho da NDTech “está a ser validado por entidades líderes mundiais em investigação associada à indústria do vinho — a Geisenheim University, na Alemanha, e o Australian Wine Research Institute –, o que faz dela “a única tecnologia de controle individual de qualidade do TCA alvo de validação científica por parte de ambas as organizações”.
 
Esta nova tecnologia será inicialmente aplicada à gama de rolhas naturais ‘premium’ da corticeira, que são utilizadas “por algumas das marcas de vinho mais importantes do mundo, incluindo as principais marcas nacionais”.
 
Até agora, revela, a receptividade dos produtores de vinho tem sido “muito positiva, tendo em conta a importância da rolha natural no ‘packaging premium’ [embalagem de qualidade superior] de vinhos, muito valorizada em mercados-chave para a exportação, como os EUA ou a China”.
 
Para o presidente e administrador executivo da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim, a “aposta contínua” da empresa no reforço da qualidade das rolhas de cortiça tem sido “determinante” na consolidação da sua liderança na indústria e no aumento, nos últimos cinco anos, das vendas de três mil milhões de rolhas para um número recorde de 4,2 mil milhões em 2015.
 
“Este crescimento resulta, em parte, de uma maior percepção generalizada das vantagens técnicas e de sustentabilidade da rolha de cortiça, assim como da capacidade que esta tem de aportar valor ao vinho. Com NDTech, simplesmente tornamos melhor aquele que já é o melhor vedante para vinho”, conclui.

Dia do Vinho 2016 combina descontos, espetáculos e até esporte

De 20 de maio a 5 de junho, redes de hotelaria, gastronomia e vitivinicultura de Rio Grande do Sul e São Paulo oferecem quase 300 programações especiais
 
Do tortéi com receita da nonna, ao prato com assinatura de chef em Jantar Magno. Do espetáculo artístico, com direito a apresentações e orquestra, ao tour com a mais emblemática música do Sul – dos Estados Unidos. Do tradicional menarosto, ao curso de degustação (que pode ser de vinho, cachaça ou azeite de oliva). Do esporte de lazer, com caminhadas, meia maratona e passeios de bicicleta, ao competitivo – se assim for interpretado um torneio de bisca, antigo jogo de baralho herdado dos imigrantes italianos. E, finalmente, das grandes barganhas, nas diversas feiras e festivais de vinho em praças, parques e até em shopping. De 20 de maio a 5 de junho, o Dia do Vinho 2016 aposta na variedade e na amplitude da carta com mais de 270 programações especiais para incrementar a geração de negócios das redes de gastronomia, hotelaria e vitivinicultura em aproximadamente 10%.
A iniciativa envolve mais de 250 estabelecimentos com ações e descontos que chegam a 30% em 10 municípios da região Uva e Vinho da Serra Gaúcha, na Campanha Gaúcha, e em São Roque, no interior paulista. Além de Porto Alegre, que sediará a Feira do Vinho no Barra Shopping Sul. A programação completa está no site oficial diadovinho.com.br.
“São duas semanas para celebrar o mundo do vinho. Temos atrações para todos os gostos e para todos os bolsos. E algumas das programações só são realizadas nesta época do ano. Então, é um bom momento para se aproveitar e percorrer estes roteiros, descobrir aquela pousada, aquele prato, aquele vinho diferente em três regiões do país”, afirma o presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (SEGH) Região Uva e Vinho, João Leidens.
As novidades já começam logo na abertura do evento, na próxima sexta-feira (20), em Garibaldi (RS), com apresentações da Orquestra Jovem do município e grupos de circo, teatro e danças folclóricas, pelo projeto Girando Arte. As atrações no Ginásio Municipal, a partir das 19h, incluem ainda Wine Bar e Espaço Gastronômico com food trucks e o Convivium de Slow Food 1a Colônia Italiana.
No encerramento, em Flores da Cunha, dia 5 de junho, será a vez da Orquestra de Sopro de Veranópolis acompanhar os grupos do projeto Girando Arte. O espetáculo ocorrerá durante a 2a Feira de Vinhos da Rota dos Altos Montes, onde qualquer rótulo sairá por R$ 25 e haverá comida de rua – a partir das 11h, no Parque da Vindima.
E há também a estreia do município de Vila Flores, que torna-se o 10o integrado à programação na região Uva e Vinho da Serra Gaúcha.
“As 85 vinícolas participantes estarão comercializando produtos com descontos que podem chegar a 30%. Além disso, será um Dia do Vinho ainda mais especial para o setor, porque a comunidade de Monte Belo do Sul estará celebrando a conquista da Indicação Geográfica (IG) para certificar a procedência de seus rótulos. Uma vitória dos produtores e das famílias daquela região”, revela o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá.
Cardápio inclui gastronomia, feiras de vinho e blues
Entre os destaques do Dia do Vinho 2016 está a segunda edição do projeto Mesa Ao Vivo Serra Gaúcha, em Bento Gonçalves, entre 3 e 5 de junho, reunindo alguns dos mais renomados chefs de cozinha do Brasil e os expoentes da gastronomia local. Outra atração é o Jantar da Estrada do Sabor, dia 3 de junho, em Garibaldi, que oferece, em uma única noite, toda a excelência das iguarias elaboradas na rota que é sinônimo de culinária original.
Para expiar o pecado da culpa, sugerem-se uma meia maratona pelo Vale dos Vinhedos, dia 21 de maio, um passeio de bicicleta pelos altos e baixos da Serra, em Veranópolis, dia 29 de maio, e uma caminhada de 16 quilômetros, dia 5 de junho, em Farroupilha – que termina com almoço em um vinícola. Além das romarias de Caravaggio e Corpus Christi, que este ano ocorrem simultaneamente, em Farroupilha e Flores da Cunha, dia 26 de maio.
“O melhor de tudo é vermos que os empreendedores estão inovando cada vez mais para surpreender. Em Caxias do Sul, por exemplo, dia 28 de maio, teremos o Blues Tour. Um percurso por vários pontos turísticos e gastronômicos da cidade, onde o grupo será recebido com vinho e boa música ao vivo. Em Antônio Prado, dia 4 de junho, haverá um jantar harmonizado às cegas. Já para quem prefere o que há de mais típico, temos os filós italianos em Vila Flores, dia 20 de maio, e Bento Gonçalves, dia 4 de junho”, destaca o presidente do Sindicato Empresarial de Hotelaria e Gastronomia (SEGH) da Região Uva e Vinho, João Leidens.
Além da programação pela região da Campanha Gaúcha e o concorrido Roteiro do Vinho de São Roque, no interior paulista, ganham força as ações de comercialização em áreas urbanas de pequenos e grandes municípios da região Uva e Vinho da Serra Gaúcha.
“As feiras de vinho se multiplicaram em 2016. Farroupilha vai estrear a sua, no dias 28 de maio e 4 de junho. Flores da Cunha vai para a segunda edição, dia 5 de junho, e Caxias do Sul, que é um grande sucesso, realiza a sua entre os dias 3 e 5 de junho. E temos ainda a Feira de Porto Alegre, que em 2015 atraiu 40 mil pessoas e comercializou mais de 28 mil garrafas de vinho”, comenta o presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá.
O dirigente lembra que em Caxias do Sul, também no ano passado, em apenas três dias, a Feira do Vinho na Praça Dante Alighieri registrou público de 25 mil pessoas e vendas de mais de 23 mil litros de vinhos e sucos, o que, num caso sem precedentes, provocou o surgimento de uma edição extra do evento, para dar conta da demanda, na Praça da Bandeira.
“Ainda teremos as mostras da produção local, que é algo fantástico, vindo das famílias para as praças das cidades. Em Pinto Bandeira, dia 28 de maio, no Festival de Vinhos, haverá gastronomia típica, apresentações artísticas, artesanato e até um vovô contador de histórias. E em Monte Belo do Sul, dias 4 e 5 de junho, além dos rótulos com Indicação Geográfica, teremos os produtos coloniais da 4a Mostra do Vinho, Agroindústrias e Artesanato”, acrescenta Scottá.
“A vantagem para o visitante é que em cada ponto de parada, seja pelo vinho, gastronomia ou passeios, vai se descobrindo uma coisa nova. Em mais da metade dos municípios envolvidos na região Uva e Vinho da Serra Gaúcha, por exemplo, muita gente poderá conhecer ao vivo paisagens, arquitetura e pessoas que talvez tenha visto pela primeira vez em alguma cena de filme ou novela. Isso existe. E está aqui”, conclui Leidens.
Sobre o Dia do Vinho
O Dia do Vinho é realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul e pelo Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (SEGH) Região Uva e Vinho, como resultado do Projeto Eventos Integrados e Integradores – reinterpretação da concepção de evento, fomentado pelo Ministério do Turismo. A lei que instituiu o Dia do Vinho no Rio Grande do Sul no primeiro domingo de junho de cada ano foi promulgada em 12 de dezembro de 2003. O projeto partiu do então deputado estadual Iradir Pietroski (PTB).
A edição 2016 tem apoio das prefeituras municipais de Antônio Prado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, Veranópolis e Vila Flores, além da Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin), Associação dos Produtores de Vinhos de Pinto Bandeira (Asprovinho), Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Roteiro dos Vinhos de São Roque (SP), Vinhos da Campanha Gaúcha, Atuaserra, Enotur, Bento Convention Bureau, Caxias do Sul Convention & Visitors Bureau, Phoenix Eventos, Oxford Cristais e patrocínio máster de Verallia.
Fonte: IBRAVIN

Vinhos kosher para a independência de Israel

No mês de maio é celebrada a Independência de Israel, em comemoração à declaração assinada em 14 de maio de 1948, no salão do antigo Museu Nacional de Tel Aviv. Desde então, várias tradições desenvolveram-se para celebrar a importante conquista do país. Pouco conhecido no Brasil, o vinho de Israel é um dos mais antigos do mundo.
 
A Golan Heights é uma das mais importantes vinícolas israelenses. Com produção exclusiva de vinhos kosher - que significa "adequado", "apto", ou "próprio" para o consumo em hebráico.
 
Os vinhos da Golan Heights são produzidos respeitando regras determinadas pelo Kashrut, o conjunto das leis judaicas relativas à alimentação. Ou seja, só podem ser produzidos a partir de uvas de vinhedos que tenham, no mínimo, quatro anos de idade; o vinhedo, se estiver localizado em terras bíblicas, deve deixar de produzir uma vez a cada sete anos; nas terras dos vinhedos nenhum outro tipo de planta deve ser cultivada; todo o equipamento e insumos utilizados na elaboração do vinho deve ser igualmente Kosher; e o vinho só pode ser manuseado por judeus ortodoxos, para evitar sua possível contaminação ao ser manipulado por pessoas desprovidas de fé. Junto a isso, os vinhos da Golan representam o que de melhor as uvas da Galiléia produzem.
 
A Golan Heights foi a primeira vinícola israelense a ter um vinho relacionado na lista TOP 100 da Wine Spectator. A Golan Heights não apenas elevou o padrão de qualidade dos vinhos israelenses, mas também proporcionou a Israel competir no cenário internacional dos vinhos de qualidade.
 
Para conhecer um pouco mais sobre alguns dos vinhos israelenses da Golan Heights clique aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Melhores produtores de vinho do mundo são portugueses

Portugal tem os dois melhores produtores de vinho do mundo, segundo a Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores (WAWWJ). A Sogrape está no topo da lista dos melhores produtores de 2016 e a Casa Santos Lima vem logo em 2.º lugar.
 
No ano passado, a Sogrape, que lidera a classificação mundial, arrecadou 206 prêmios somando, assim, para a WAWWJ, um total de 4.441 pontos. Segue-se a Casa Santos Lima com 138 prémios conquistados e 2.630 pontos.
 
O Ranking Mundial de Vinhos e Licores 2016 considerou as pontuações de cada produtor em 75 provas internacionais (sendo que só contaram os concurso em que participaram mais de cinco países), com a mais importante (Vinalies Internationales, em França) a valer 9 pontos. As provas de menor incidência internacional valiam apenas 4.5 pontos.
 
Os resultados são relativos a 2015 e cada concurso avaliado pela WAWWJ deve estar sujeito a auditoria e controlo legal que justifique a clareza dos seus resultados.

O Top 100 da Classificação Mundial inclui outros nove produtores portugueses, cinco dos quais nos primeiros 50 produtores mundiais.
 
Portugal no Top 5 Mundial, sempre a subir
 
Com estes valores, Portugal vem ocupar a 5.ª posição da classificação mundial de países. Em 2015, o nosso país conquistou 2.979 prémios nos 20 concursos onde participou, obtendo 52.457 pontos.

Portugal conquistou ainda 22 selos de Vinhos do Ano, com o Sandeman Porto Tawny 40 Anos a levar a distinção de melhor vinho português do WRWS 2016. Este vinho arrecadou sete prêmios em sete concursos, obtendo 232 pontos.


O desempenho superou ainda o do ano anterior (relativo a 2014), em que Portugal obteve 2.032 prêmios (22 concursos; 40.876 pontos).

Também a Sogrape foi considerada a melhor produtora naquele ano (146 prêmios; 11 concursos; 3282 pontos), enquanto que o melhor vinho português foi o Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon 2011 (vinho regional da península de Setúbal), com sete prémios em sete concursos (161 pontos).

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Por que vinho é tão caro?

Você caminha pelos corredores do supermercado e chega à gôndola dos vinhos. Se olha para baixo, encontra garrafas que podem custar R$ 20 ou até menos; se os olhos se movem para o alto, veem rótulos que chegam a R$ 100, R$ 200, R$ 300. Em lojas e sites especializados, não é difícil topar com tintos, brancos e espumantes com valores de quatro dígitos. Entenda por que os preços dos vinhos variam tanto de uma garrafa para outra.
 
1. Rendimento da parreira
 
Quanto menor o rendimento - a quantidade de frutas que brotam de uma única planta -, maior a qualidade do vinho. Isso porque a parreira tem uma cota de nutrientes a ser distribuída igualmente entre as uvas, não interessa se são muitas ou poucas. Esses nutrientes se transformam, no fim das contas, nas substâncias que dão aroma e sabor ao vinho. Assim, uma parreira que rende pouco acaba produzindo frutas de sabor mais concentrado.
 
O baixo rendimento pode advir da idade da planta: as mais antigas têm menos cachos, daí o valor dado às bebidas que estampam no rótulo a expressão "vinhas velhas". Outro fator determinante é a disponibilidade de água. Pouca água é melhor, pois a planta se estressa, não dá muitos frutos e dedica toda sua energia àquelas poucas crias.
 
Ao extrair menos vinho por metro quadrado, o produtor compensa a diferença na etiqueta da garrafa. A recíproca é verdadeira: os vinhos mais baratos são feitos com irrigação abundante, o que estimula a multiplicação dos cachos e a diluição do sabor da uva.
 
2. Seleção de uvas
 
Os produtores reservam para seus rótulos mais caros as melhores uvas. A seleção é feita de dois modos: separando a melhor terra ou escolhendo os cachos mais saudáveis para o vinho especial. Ambos os casos exigem atenção artesanal para o vinhedo (traduzida em práticas como a colheita manual), o que encarece o processo.
 
3.  Desastres naturais
 
O vinho, como toda atividade agrícola, depende dos fatores imponderáveis da natureza. As perdas causadas por fatores climáticos, incêndios, terremotos e pragas fazem oscilar, principalmente, o preço dos vinhos mais caros.
 
Digamos que certa safra foi terrível, com geadas que mataram 30% das parreiras e comprometeram a qualidade das uvas sobreviventes. O produtor dos vinhos A (caro), B (médio) e C (barato) decide: não há condições de engarrafar A naquele ano. A produção de B é reduzida e o grosso das uvas vai para C. Em falta no mercado, as garrafas de A sobem de preço devido ao desequilíbrio entre oferta e demanda.
 
O contrário é muito incomum: em anos excepcionalmente bons, o produtor costuma reter o estoque para evitar a queda do preço.
 
4. Métodos de produção
 
Depois de colhidas e prensadas, as uvas do vinho barato vão para grandes tanques de fermentação e de lá para as garrafas e para o mercado. Tudo isso é feito da forma mais rápida e menos custosa possível.
 
Já o vinho caro (e presumidamente melhor) recebe tratamento VIP. Todo o processo de vinificação é acompanhado de perto pelo enólogo. O líquido permanece mais tempo na vinícola, ocupando as instalações e a mão de obra. Lá, envelhece em barris de carvalho (material caríssimo) ou na garrafa por meses ou anos.
 
Por último, a embalagem: vinhos caros são envasados em garrafas mais pesadas, com rolha e cápsula (o revestimento da rolha) de melhor qualidade e rótulos trabalhados.
 
5. Impostos
 
Nos vinhos nacionais, os impostos representam cerca de 65% do preço final; nos europeus, 85%. Argentina, Uruguai e Chile levam vantagem porque são isentos dos 27% de tributo de importação.
 
6. Oferta e demanda
 
É a lei de mercado que afeta qualquer produto. Quando um rótulo se torna sucesso de vendas, o preço tende a subir - e se estabilizar no topo.
 
 O mesmo pode ocorrer com todos os vinhos de uma zona de origem que ganha fama repentina. Há casos crônicos: na Borgonha (França), a demanda sempre foi maior que a oferta, que, por razões geográficas e burocráticas, não tem como crescer. Assim, os vinhos borgonheses têm preço muito acima da média.
 
7. A nota que um vinho recebe
 
A nota que um vinho recebe de um crítico pode jogar para cima ou para baixo seu valor de mercado antes mesmo de ocorrer um reflexo na demanda. O comércio está muito atento à avaliação dos profissionais da revista americana Wine Spectator, da equipe do crítico Robert Parker (também americano), da inglesa Jancis Robinson e de publicações regionais, como os guias Descorchados (América do Sul), Peñín (Espanha) e Gambero Rosso (Itália). Quando um desses veículos dá boa nota a um rótulo, o vinho em questão tende a ter preço maior na safra seguinte; quando vinho recebe boas notas de forma consistente, ano após ano, ele tende a mudar de patamar de preço.
 
8. Itens de colecionador
 
É a exacerbação do desequilíbrio oferta x demanda. Há vinhos que chegam a custar milhares de reais - não existe nenhum fator inerente à produção que justifique essas cifras. Tais vinhos são tão caros não porque são ótimos (geralmente são), mas porque são disputados a tapa por gente rica que os usa como objeto de status. Não há teto para o preço de um vinho assim: enquanto houver quem pague, o valor vai subir.
 
Por Marcos Nogueira
Fonte: Superinteressante

Americano vai se desfazer de parte de coleção de vinhos milionária

A partir do dia 19 de maio, e ao longo de três dias, o bilionário americano Bill Koch irá vender ao menos metade de sua coleção de vinhos em um leilão organizado pela Sotheby’s de Nova York. Bill decidiu se desfazer de parte da coleção por um motivo simples: aos 76 anos e com mais de 43 mil garrafas em sua adega, ele acredita que não terá tempo de vida suficiente para saborear todas elas.

Distribuída em duas adegas mantidas em suas propriedades em Palm Beach, na Flórida, e Cape Cod, em Massachusetts, a coleção  inclui raridades, como um lote com seis garrafas magnum (1,5 L) do vinho francês Pétrus, da safra de 1982, com preço estimado entre US$ 42 mil (R$ 145,8 mil) e US$ 60 mil (R$ 208,3 mil). Há ainda um lote com dez garrafas do vinho Château Mouton Rothschild, de 1945, que vale entre US$ 80 mil (R$ 277,7 mil) e US$ 120 mil (R$ 416,5 mil), e outro lote com seis garrafas do La Tâche, de 1971, com preço estimado entre US$ 20 mil (R$ 69,4 mil) e US$ 28 mil (R$ 97,2 mil). 

 
O valor total estimado dos vinhos de Koch que irão a leilão gira entre US$ 10,5 milhões (R$ 36,4 milhões) e US$ 15 milhões (R$ 52,1 milhões). Bill é irmão de David e Charles Koch, considerados os empresários mais influentes no meio político dos Estados Unidos e donos de fortuna individuais de US$ 43,2 bilhões (R$ 149,9 bilhões). Menos abastado do que os dois, Bill, que pouco se interessa pelos assuntos de Washington, possui “apenas” US$ 2,1 bilhões (R$ 7,3 bilhões).

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Vinho de talha do Alentejo é "mina de ouro" que Portugal deve aproveitar

"O vinho de talha tem um grande potencial. É uma mina de ouro, Portugal e o Alentejo têm de aproveitá-la", defendeu à agência Lusa o especialista Paul White, à margem do 10.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, em Évora.
 
 
Em "muitas partes do `novo mundo`, as pessoas amadureceram o seu consumo de vinhos, entraram numa fase mais adulta, e estão agora mais recetivas a este tipo de vinhos, diferentes dos tradicionais", afirmou o também crítico de vinhos e que escreve em revistas do setor.
 
"Há 10 ou 12 anos, toda a gente queria vinhos frutados, mas, agora, a audiência global para os vinhos alterou-se. Querem vinhos como os de talha, que acompanhem melhor a comida e que tenham um sabor mais mineral e vegetal, mais complexo, sem tanta fruta ou notas de carvalho", argumentou.
 
Paul White, que falou hoje no simpósio, precisamente, sobre o vinho de talha e as novas tendências do mercado mundial de vinhos, realçou à Lusa que Portugal deve apostar neste antigo método de produção vinícola, no Alentejo usado sobretudo para vinhos brancos, antes que outros países "corram" nessa direção.
 
"Na zona onde vivo, na Nova Zelândia, há duas pequenas adegas e já têm duas talhas. E a maior empresa de vinhos do país também já tem algumas talhas. A minha previsão é que, dentro de 10 anos, quase todas as adegas por todo o mundo tenham talhas e comecem a produzir estes vinhos", alertou.
 
Em Portugal, segundo a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), o "grande guardião" dos vinhos de talha tem sido o Alentejo, que soube "preservar até aos dias de hoje este processo de vinificação desenvolvido pelos romanos" e que terá chegado à região há dois mil anos.
 
A CVRA explicou hoje à Lusa que, neste processo, as uvas esmagadas são colocadas dentro das talhas de barro e ficam a fermentar, durante vários meses, em cima das massas formadas pelas películas do fruto, saindo depois o líquido para o exterior, através de uma torneira, límpido e puro.
 
"O contacto do líquido com essas massas que ficam no fundo, obviamente, vai conferir-lhe características diferentes", além de que o vinho ganha "outros aspetos também diferenciadores" por a fermentação acontecer num recipiente em que "o material, o barro, apesar de revestido, tem porosidade", disse o presidente da CVRA, Francisco Mateus.
 
Este conjunto de características "não é possível replicar num ambiente de produção mais massiva", disse, referindo que, na talha, "fica-se com um vinho antigo, que marca a diferença nos tipos de vinhos que existem hoje em dia".
 
A CVRA, em 2011, reconheceu este método de produção e incluiu o vinho de talha na Denominação de Origem Alentejo, passando a assegurar o seu controlo de origem, ou seja, que é feito com uvas da região, e a certificar a qualidade do mesmo.
 
"Este era um método que, se calhar, não era tão conhecido no passado, era mais conhecido só em termos locais, mas começa, hoje em dia, a ganhar alguma expressão", destacou Francisco Mateus.
 
De acordo com dados da CVRA fornecidos à Lusa, no primeiro ano de certificação, foram produzidos 3.200 litros de vinho de talha. Esse número "tem aumentado gradualmente" e, no ano passado, a CVRA já certificou "quase 44 mil litros", ou seja, "12 vezes mais do que em 2011".
 
No ano passado, acrescentou o organismo, 20% do volume de vinho de talha "Alentejo" comercializado teve como destino a exportação, para países como os Estados Unidos, o Brasil, Angola e Suíça.
 
"Ainda são quantidades pequenas de um vinho de nicho de mercado, mas já vemos produtores de maior dimensão a produzirem vinho de talha, que antes era apenas um produto tradicional ou familiar, feito por pequenos produtores", pelo que "isso é bom" e pode contribuir para, nos mercados internacionais, "o Alentejo mostrar a sua diferenciação", argumentou o presidente da CVRA.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Ciclovia Vale dos Vinhedos pode ser retomada

Comitiva de três municípios leva ao Governo Estadual solicitação de retomada imediata do projeto, cuja licitação e contrato estão aprovados desde 2010

 
“A maior prova da importância deste projeto é esta bela união entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, que demonstra a força da região Uva & Vinho no nosso estado”. Com esta frase o Diretor-Geral da Secretaria dos Transportes, Vicente de Britto Pereira, saudou a comitiva que o visitou no Centro Administrativo do Governo do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, nesta última quinta-feira, 5 de Maio. Reunidos desde o final do ano passado através do Fórum Intermunicipal de Planejamento Turístico e Econômico realizado pela APROVALE (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos).
 
“Estamos convictos que este é o momento certo de dotar o principal destino enoturístico do país de um equipamento capaz de trazer segurança, integração regional, mobilidade para turistas e residentes, impactando decisivamente no desenvolvimento social e econômico no Vale dos Vinhedos”, disse a Diretora Deborah ao abrir a reunião, que contou também com apoio do DAER através do Diretor de Operações Rodoviárias, Rogério Brasil Uberti.
 
Ciclovia nasceu em 2005
 
Desde 2005 a Aprovale reivindica a construção de uma ciclovia em sua principal via de acesso, a rodovia estadual RS 444, onde estão localizados os principais atrativos turísticos do Vale dos Vinhedos. Este trecho conhecido como “Estrada do Vinho” abriga mais de 30 vinícolas, restaurantes, hotéis, pousadas, comércio e produtores rurais, porém sua rodovia não possui acostamento, áreas de escape, iluminação ou mesmo uma simples calçada para pedestres.“Recebemos mais de 397 mil visitantes só em 2015, porém apenas uma pequena parcela deste público permanece por mais de um dia no Vale dos Vinhedos. A insegurança causada pela rodovia impede o motorista de parar para apreciar a beleza do vale e dificulta seu acesso a muitos estabelecimentos. Inúmeros são acidentes fatais, que crescem ano a ano pela inadequação da estrada atual às atividades do vale. O turista acaba se dirigindo apenas a locais pontuais, reduzindo seu tempo de permanência na região. É clara também a necessidade de possibilitar ao visitante usufruir de degustações e enogastronomia sem depender exclusivamente de automóveis para circular entre as vinícolas e restaurantes. Por fim, a ciclovia também ensejaria a prática de várias atividades esportivas e de lazer para famílias, além de contribuir significativamente para a mobilidade de turistas e dos próprios habitantes do vale”, relatou a Diretora da Aprovale.
 
O Diretor-Geral Vicente B.Pereira relatou que, ao deixar o cargo em 2011, havia assegurado a verba necessária para o início da obra, porém na mudança de governo estes valores foram realocados para outras rubricas. “Sempre enfatizei a necessidade de se separar as decisões relativas aos transportes em geral das ações relacionadas ao setor turístico, pois claramente obedecem a diferentes diretrizes. Participei ativamente do nascimento deste projeto de ciclovia, conheço profundamente a região Uva e Vinho e estou absolutamente convencido da sua importância, não apenas socioeconômica, mas também para a cultura do vinho no nosso estado. Por isso apoiarei todos os esforços para que este processo chegue a bom termo junto ao governo do RS”. Na ocasião, Vicente solicitou ao Diretor Uberti retomar também o projeto de regularização do fluxo de veículos na RS 444, estipulando horários adequados para escoamento da produção, tráfego de veículos pesados e de turismo. Rogério informou que o projeto já está pronto para aprovação e poderá ser encaminhado paralelamente à atualização orçamentária da licitação da Ciclovia Vale dos Vinhedos. O Secretário Gilberto acrescentou que um abrangente projeto de paisagismo complementar já foi aprovado pela Prefeitura de Bento Gonçalves, ampliando os benefícios que a ciclovia promoverá na região.
 
Licitação e Contratação originais continuam válidas para obra
 
A parceria entre o DAER e a Aprovale data de 2009, quando a associação adquiriu e entregou em comodato uma Estação Total de Topografia para que o órgão pudesse desenvolver o projeto da Ciclovia. “Elaboramos um projeto completo, com todos os equipamentos necessários para garantir a segurança, a mobilidade e prática de ciclismo em um trecho inicial de oito quilômetros, que poderia ser ampliado a qualquer momento em que houvesse necessidade”, informou o Diretor Uberti durante a reunião. Em 2010 a Central de Compras do Estado – CECOM/RS tornou público o Edital de Concorrência para as obras de terraplenagem, drenagem, pavimentação asfáltica e sinalização em 8,258 km da ERS/444, no trecho intitulado “Ciclovia Vale dos Vinhedos”. André da Costa Eifert, representante da empresa Simonaggio & Cia Ltda, vencedora da licitação que permanece válida até hoje, também participou da reunião em Porto Alegre e informou que está apto a iniciar a obra, dependendo apenas da atualização do orçamento, em 2010 estimado em R$ 5.369.764,01. “Se depender de nossa empresa, este será um dos mais belos equipamentos dentro do enoturismo, pois este projeto é digno de primeiro mundo”, entusiasmou-se Eifert frente à possibilidade de finalmente ver a licitação que venceu em 2010 se tornar realidade.
 
Prefeituras e Setor Vinícola unidos pela Ciclovia
 
Várias entidades ligadas ao setor vitivinícola já declararam seu apoio à obra, com destaque para Ibravin, SEGH Uva & Vinho e ABS-RS. Dentre os presentes, o Secretário Gilberto Durante, que também representou a AtuaSerra, comprometeu-se a apresentar os dados do impacto socioeconômico que a obra causará na região Uva & Vinho. Orestes de Andrade, Diretor-Geral do Gabinete de Comunicação - RS foi convidado pela comitiva a acompanhar a reunião dada sua representatividade na promoção do setor vitivinícola, expressando ser fundamental que um interlocutor respaldado como o Diretor-Geral Vicente possa auxiliar o encaminhamento do projeto ao governo do RS. O Prefeito Lírio Turri enfatizou que, mesmo este primeiro trecho da ciclovia não alcançando Monte Belo do Sul, tudo fará para viabilizar sua ampliação até seu município na sequência. Na mesma linha, Antônio Fachinelli, Vice-Prefeito de Garibaldi, declarou que considera estratégica a localização da ciclovia neste trecho, pois dali será facilmente ramificada em direção aos três municípios que integram o Vale dos Vinhedos. Para o Prefeito Guilherme Pasin a Ciclovia Vale dos Vinhedos será o gatilho para a viabilização de diversos outros projetos de desenvolvimento turístico e econômico que dependem da revitalização da RS 444. “Nosso empenho nesta obra é total, o governo do RS poderá contar com nosso total apoio e as diligências necessárias para que ela se concretize no menor prazo possível. Cuidarei pessoalmente do agendamento das próximas reuniões para que nossa comitiva solicite sua imediata retomada junto às Secretarias Estaduais de Turismo e de Transportes”. Os integrantes da comitiva acordaram levar sua solicitação ainda nesta primeira quinzena de maio às Secretarias responsáveis e na sequência solicitar audiência junto ao Governador Sartori.
 
O Vale dos Vinhedos é a principal região produtora de vinhos finos do país, certificado como Denominação de Origem em 2012 e tombado como patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul no mesmo ano. Sua vocação turística cresce ano a ano e foi reconhecida pela prestigiada revista americana Wine Enthusiast, que o elegeu entre os 10 melhores destinos enoturísticos do mundo.
 
Para o Presidente da Aprovale, Márcio Brandelli, a retomada da Ciclovia seria a boa notícia capaz de dar o impulso necessário ao desenvolvimento da principal região vinícola do país – ao invés de loteamentos residenciais ou fábricas, poderá ser mais lucrativo transformar as belas colinas do Vale no paraíso de atividades de esporte e lazer para famílias e visitantes apaixonados pelo bom vinho brasileiro.
 
Fonte: Aprovale

Vinícola Aurora tem dois espumantes no TOP 100 do mundo 2016

Associação Mundial dos Jornalistas e Escritores de Vinho (WAWWJ) divulgou seu ranking dos 100 melhores vinhos do mundo, com base no desempenho apresentado em concursos internacionais durante o ano passado. E mais uma vez a Vinícola Aurora aparece com dois dos quatro vinhos brasileiros nessa seleção. Este ano, os vinhos da Aurora no TOP 100 do mundo são os espumantes Aurora Chardonnay Brut e o Aurora Moscatel Branco.
 
De acordo com as informações divulgadas no site da WAWWJ, a entidade apurou os resultados de mais de 400 concursos e um total de 680.930 amostras que deles participaram.
 
A Vinícola Aurora é a mais premiada do Brasil nos concursos internacionais, com 519 medalhas conquistadas até hoje.

Vendas de vinho do Porto no Brasil caem para metade

As exportações portuguesas de vinho do Porto para o Brasil sofreram no primeiro trimestre deste ano uma forte queda, recuando 51,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o IVDP - Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.
 
 
De janeiro a março os vinhos do Porto faturaram apenas 461 mil euros no Brasil, menos de metade do valor de vendas do primeiro trimestre de 2015. A queda deixou o Brasil na 13ª posição entre os maiores mercados mundiais de vinho do Porto.
 
O Brasil, que já chegou a estar entre os dez maiores compradores do mundo de vinho do Porto, representa em 2016 apenas 0,7% das vendas mundiais deste produto vinícola.
 
Os dados do IVDP mostram que no total as vendas globais de vinho do Porto de janeiro a março ascenderam a 68,1 milhões de euros, mais 1,1% do que em igual período do ano passado.
 
Apesar de uma queda de 2,7% da procura, França continuou a ser o maior mercado para os produtores de vinho do Porto. Em segundo lugar, e com um crescimento de quase 22%, surge Portugal. O terceiro maior mercado é a Holanda, que no primeiro trimestre teve um crescimento das vendas de vinho do Porto de 8,7%.
 
Bélgica, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Dinamarca e Suíça completam o lote dos dez maiores mercados mundiais do vinho do Porto. Também à frente do Brasil no consumo de vinho do Porto estão Espanha e Itália, segundo o IVDP.
 
Entre os 25 maiores mercados de venda de vinho do Porto o Brasil foi o que registou a maior queda durante o primeiro trimestre. A maior subida, de 92%, foi registada pelo México, apesar de este país ser apenas o 24º destino do tradicional produto luso.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Megadegustação reúne 90 vinhos da Itália em São Paulo

Para quem ficou intrigado com a declaração do primeiro-ministro italiano de que a Itália hoje produz vinhos melhores que a França, a World Wine oferece a chance de tirar a prova, num evento com 90 vinhos italianos neste sábado (7).
 
 
World Wine Experience Itália, na Casa da Fazenda, vai reunir 21 marcas de diversas regiões italianas. Dez produtores estarão presentes. Entre os mais célebres estão Castello Banfi, Poggiotondo, Zenato, Gianni Gagliardo, Bruno Rocca e Bellavista.
 
Na terça e na quarta da semana que vem, os produtores participam de prova na loja da importadora e de jantares em diversos restaurantes.
 
SERVIÇO
 
Encontro World Wine Experience – Itália
Quando: sábado, 7 de maio, das 12h às 20h
Onde: Casa da Fazenda (Avenida Morumbi, 5.594)
Ingressos: R$ 40 (meia), R$ 80 compra antecipada, R$ 90 no dia. Por mais R$ 100, é possível provar até cinco vinhos ícones de até R$ 1.000. Vendas no site www.encontrodevinhos.com.br.