domingo, 22 de maio de 2016

Vinhos portugueses penalizados por quebra de braço entre Europa e Mercosul

Tarifas alfandegárias do Brasil fazem com que o preço do vinho português para o consumidor brasileiro seja oito vezes mais elevado que em Portugal. Negociações entre a União Europeia estão a ser dificultadas pelo braço-de-ferro em torno da carne produzida pelos países daquele bloco sul-americano.


As exportações de vinho português para o Brasil continuam a ser dificultadas pelas taxas alfandegárias brasileiras, que levam a que os preços para os consumidores sejam multiplicados por oito. A questão está a ser negociada entre a União Europeia e o Mercosul, mas a questão está dificultada em virtude da quebra de braço entre os dois blocos econômicos em torno da carne produzida pelos países sul-americanos.
 
Segundo o "Público", o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, encontra-se no Rio de Janeiro para visitar o Mercado do Vinho de Portugal, uma iniciativa que visa dar a conhecer a produção vinícola portuguesa, com a participação de 66 produtores portugueses.
 
Questionado sobre as dificuldades colocadas pelas elevadas taxas alfandegárias brasileiras, o ministro referiu que "estão a decorrer negociações entre a União Europeia e o Mercosul”, bloco econômico de que fazem parte a Argentina, o Brasil, o Paraguai, o Uruguai e a Venezuela. “Há vários anos que estas negociações não avançam, mas elas terão de ter um epílogo feliz. E isso passará necessariamente por concessões recíprocas", disse o ministro, citado pelo mesmo diário.
 
"O Mercosul é hoje a maior potência agrícola a nível mundial (...) sendo que o Brasil contribui em grande medida para isso, essencialmente na produção de carne bovina (...) que é uma produção muito importante para a Europa. Este dossier tem impedido as negociações do tratado de comércio, que terá de ser mutuamente vantajoso”, acrescentou.

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