segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vale do São Francisco

Já dizia Antônio Conselheiro, que "O sertão vai virar mar". Um verdadeiro milagre da natureza faz das margens do São Francisco uma das mais promissoras regiões produtivas do Brasil. As vastas planícies do sertão semi-árido, cobertas de caatinga, tem tons marrons únicos.

Com temperaturas que podem bater os 40 graus, um sol escaldante, um rio corta a paisagem, com suas águas cristalinas, abundantes, desenhando serpentes e praias: o Rio São Francisco. Calangos correm entre os cactus, além de aves e outras espécies, contrastando com o verde da irrigação. Basta as primeiras gotas tocarem o solo que, de tons ocres, a paisagem se transforma em verde em poucos dias. Com a ação do homem e alta tecnologia agrícola, aliando sistemas de podas, irrigação, controle e manejo, há a milagrosa transformação de um dos mais ardentes desertos em um abençoado oásis, o paraíso das frutas tropicais. Mangas, melancias, melões, coco, banana, abacaxi e, claro, lindas uvas de todos os estilos são so produtos ícones da região.

O Vale do Rio São Francisco prova que água é vida. A cidade de Petrolina/Pernambuco, juntamente com Juazeiro/Bahia são as bases comerciais e industriais. Derruba qualquer conceito de terroir, safras boas e ruins, o esperar que o tempo atue para depois pensar no vinho. O astral é muito agradável, com orla do rio cheia de bares, boa vida noturna; o vinho começa a ganhar espaço entre os nativos e turistas. Pessoas do mundo inteiros vêm estudar este fenômeno: todas estas condições climáticas permitem que uma videira produza até cinco ciclos em um período de dois anos. Conforme a programação e organização de uma fazenda, há colheitas todos os dias. Ressaltam que as melhores vêm do segundo semestre. Há uma padronização quanto a qualidade dos vinhos, são sempre muito similares, independente da colheita. Para os negócios há boa rentabilidade, pois esta grande produção diminui a ociosidade da estrutura da vinícola, gera muitos empregos. O resultado são vinhos jovens, com boa graduação alcoólica, muitos aromas frutados e perfeitos para consumo em um país tropical como o nosso, com a vantagem de economicamente serem mais baratos e muito competitivos.

As variedades que melhor se adaptaram a este sistema foram a branca Chenin Blanc e a tinta Syrah. Lá também se produz muito espumante moscatel. Grandes grupos internacionais dividem espaço com empresas familiares, sendo as principais Ouro Verde (Miolo), Rio Sol (Dão Sul - Portugal), junto as Garziera, Botticelli, Chateau Ducos e a pequenina Bianchetti. Esta última produz vinhos orgânicos, sendo a personagem do Brasil no documentário "Mondovino". Além da fascinante experiência de ver os vinhedos juntos e em vários ciclos, também é possível ver as produções de uva de mesa. Videiras carregadas de cachos enormes, perfeitos, de mais de duzentas variedades que hoje vêm sendo testadas: com ou sem sementes, com sabores específicos, rosadas, tintas, brancas, muito suculentas, carnudas. E o melhor é ver o sorriso das pessoas trabalhando em meio aos vinhedos tão lindos. Questionados, dizem que a uva os prendeu a terra, evitou o êxodo rural. Além do vinho, o rio possibilita uma gastronomia única, baseada em peixes. É também tradicional a carne de bode, sendo consumida a todo momento, por todas as classes sociais nos mais diversos lugares: restaurantes, bares da margem do rio, etc. O "Bodódromo" é o point do encontro e da festa. Passear de barco pelo rio, com eclusagem na Barragem em Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do mundo, e chegar a fazenda Ouro Verde, da Miolo, através do "Vapor do Vinho", é a grande novidade. É a região que desperta o amor e o ódio dos apreciadores: confesso que é difícil compreender a total quebra de paradigmas e o padrão de qualidade em vinhos "standart" que é possível atingir.

Um novo sotaque ao falar de vinhos, cheio de bom humor, uma nova forma de entender a produção desta bebida, que derruba vários conceitos e transforma uma região de caatinga em fonte de riqueza e fixação do sertanejo a terra; é a diversidade do vinho do Brasil, que supera fronteiras e desenha sua personalidade nos quatro cantos do país. E, há apenas uma hora de vôo a partir de Recife; vale juntar o passeio à uma escapada a praias como Porto de Galinhas, um roteiro diferente e muito interessante.
 
Por Maria Amélia D. Flores
 
Fonte: Sabores do Sul

domingo, 28 de outubro de 2012

Ói Nós Aqui de Novo

Uma postagem do Vinhos de Minha Vida voltou a figurar entre os Posts Mais Populares do Enoblogs. Esta é a segunda vez no mês de outubro e a quarta vez vez na nossa curta história. Já figuramos também três vezes entes os posts mais lidos da semana. Você pode conferir todas estas "conquistas" clicando aqui.
 
Para nós sempre é motivo de orgulho cada uma destas aparições entre os Posts Mais Populares, visto que são classificados dez dentre mais de 400 blogs sobre vinho.
 
Desta vez ficamos com a sétima posição e a postagem você confere clicando no link abaixo e a lista completa na imagem.
 
 
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Trivento Amado Sur Malbec 2009

O Trivento Amado Sur é produzido pela Trivento Bodegas y Viñedos, que foi fundada em 1996  pela vinícola Concha y Toro, fato este que eu desconhecia, porém não me crucifiquem, visto que o rótulo não traz tal informação. A bodega produz vinhos com marca própria, mas pesquisando sobre a vinícola percebi algumas semelhanças com a sua "mãe": a Trivento e seus vinhos já receberam reconhecimentos em concursos internacionais de revistas especializadas e em sua curta trajetória já se converteu na marca argentina de vinhos de maior cobertura internacional.
 
Comprei este vinho há alguns meses em uma promoção do Empório Pescadeiro. O rótulo é um corte de Malbec, Bonarda e Syrah, como predominância da primeira, que é a uva tinta ícone da Argentina. A safra recebeu 90 pts pela Wine Spectator.
 
Na ocasião da compra alguns fatores foram decisivos para a escolha  do vinho: o primeiro deles foi a presença da varietal Bonarda, uma casta que vem sendo muito empregada na Argentina e que ainda não havia degustado e o outro foi o valor; por esta paguei R$ 27,00, um valor muito atrativo, sobretudo para um vinho que recebeu 90 pts de uma revista especializada.
 
Visualmente o vinho mostrou uma cor vermelho produnda e brilhante, com matizes violáceas; lágrimas finas e rápidas. No nariz mostrou muita fruta, com notas de morango e cereja seguidos de notas de pimenta e delicados toques de baunilha ee tostado. Em boca mostrou suave e ao mesmo tempo potente e impetuoso; repetiu a fruta e msotrou bom entre esta e o tostado proveniente da madeira. Taninos redondos e em boa harmonia com acidez e álcool.
 
Como todo bom Malbec o rótulo foi harmonizado com uma boa carne no último sábado na companhia de Fernanda, meu pai e Juberlan, que só chegou aos 45' do segundo tempo.

O Rótulo

Vinho: Amado Sur
Tipo: Tinto
Castas: Malbec (73%), Bonarda (15%) e Syrah (12%)
Safra: 2009
País: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Trivento Bodegas y Viñedos
Graduação: 14%
Onde Comprar: Pescadeiro
Preço Médio: R$ 50,00 (Por esta garrafa paguei R$ 27,00)
Temperatura de Serviço: 16 graus
Pontuações: 90 pts Wine Soectator

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vinho tinto tem poder semelhante ao dos aditivos

Assim como alguns aditivos na gasolina ajudam a manter o motor de um carro mais limpo, substâncias encontradas no vinho tinto e diversas frutas vermelhas podem contrabalancear os efeitos negativos na saúde causados por alimentos gordurosos.

A conclusão é de um time de pesquisadores israelenses que acompanhou diversos participantes durante uma dieta específica: consumo de carne vermelha gordurosa, acompanhada de bebidas diversas, entre elas o vinho tinto.
 
Tanto o vinho tinto quanto diversas frutas com colaração avermelhada são ricos em uma família de componentes naturais chamados polifenóis.
 
“Nossa hipótese para explicar a forma como os polifenóis agem no organismo era que eles ‘limpassem’ o organismo de diversas substâncias tóxicas. Por isso passamos a acompanhar os participantes da pesquisa, medindo as variações de toxinas no sangue, mais especificamente no plasama que compõe o sangue”, diz Joseph Kanner, um dos autores da pesquisa e pesquisador da Organização de Pesquisa em Agricultura do governo israelense.
 
 
Para complementar a avaliação, também foram colhidas amostras de urina e níveis de gordura no sangue (a chamada malondialdeído ou MDA) que, já se sabe, contribui para futuros problemas no coração.
 
De acordo com os resultados, após refeições ricas em gorduras os níveis de MDA atingiam níveis extremamente altos. Mas os piores resultados eram daqueles que consumiam qualquer outro tipo de bebida que não fosse vinho tinto.
 
Para se ter uma ideia, indivíduos que consumiam vinho junto com alimentos gordurosos, chegavam a ter níveis de MDA até cinco vezes menores que os outros participantes.
 
“A pesquisa demonstra que uma dieta rica em gorduras pode ser amenizada com o consumo de um copo de 200 ml de vinho tinto a cada refeição e, possivelmente, também com o consumo de frutas vermelhas como sobremesa, por exemplo. É uma descoberta bastante interessante e que pode, no futuro, fazer parte de diversas recomendações dos profissionais de nutrição ou de cardiologistas”, diz Gerald Weissman, revisor do artigo publicado no periódico FASEB Journal.
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por Enio Rodrigo

Fontes: Portal O que eu tenho? e Google Imagens

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Dificuldade para interpretar o bouquet de um vinho? Então veja isto!

A casa de Champagne Ruinart lançou uma nova embalagem que para ajudar o consumidor a interpretar os aromas e sabores presentes em seu novo vinho, Ruinart Rosé.
Idealizada pelo enólogo Frédéric Panaïotis com o auxilio da International Flavors and Fragrance, a embalagem traz oito fracos contendo os principais aromas que compõem buquê do vinho - lichia, grapefruit rosa, romã, goiaba, entre outros. Cada frasco vem acompanhado de tiras de papel mouillette, para espirrar a fragrância, e um livro para ajudar a interpretar os aromas.
 
 
Fonte: Revista Adega
 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Redegustando: .com Branco 2010

No dia 26 de abril deste ano eu e Fernanda participamos do Passeio Enológico por Portugal, lá podemos degustar muitos rótulos portugueses e, o que é melhor, em alguns casos, com os produtores, como foi o caso dos vinhos produzidos pela Tiago Cabaço Wines.
 
Um dos rótulos foi o .COM Branco, rótulo este escolhido para ser redegustado no último sábado em comemoração ao dia do Fisioterapeuta.
 
O .COM Branco mostrou uma cor amarelo palha bem clara e brilhante. No nariz muito delicado e com a fruta fresca aparecendo em primeiro plano, seguindo de suaves notas de fruta seca e um toque mineral. Em boca repetiu a fruta e as notas minerais; com boa acidez e refrescância. Um vinho suave, delicado e refrescante. Bom para beber como aperitivo ou acompanhado de comidas leves.

O Rótulo
 
Vinho: .COM
Tipo: Branco
Castas: Antão Vaz, Arinto, Roupeiro, Verdelho e Viognier
Safra: 2010
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Tiago Cabaço Wines
Enólogo: Susana Esteban
Graduação: 13,5%
Onde Comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 38,00
Temperatura de Serviço: 12 graus

sábado, 13 de outubro de 2012

Mendoza é conhecida pela fabricação do melhor vinho malbec do mundo

Por Délis Ortiz
Mendonza, Argentina
 
Foram os italianos e os espanhóis que levaram as primeiras parreiras para a província argentina. Criadores da região herdaram dos índios a maneira de irrigar as plantas e também desenvolveram novas técnicas.
 
Falar de vinho argentino é falar de Mendoza, um deserto com pequenos oásis, onde italianos e espanhóis fincaram raízes e plantaram as primeiras mudas de parreiras da Europa. Ainda hoje, chegam imigrantes, como os operários bolivianos, que levam para o campo o ritmo da terra que deixaram para trás.
 
A natureza é a protagonista da região: ora é o vento que pode ser quente ou gelado. Ora é a luz que, em geral, é intensa em todas as estações do ano.
 
Cultivar uvas no deserto exige dedicação. Mendozinos de várias gerações conquistaram a fama de produzir o melhor malbec do mundo. Eles herdaram dos índios o jeito de irrigar as plantas e ainda desenvolveram outras técnicas.
 
Cada pedaço de terra de Mendoza tem um proprietário. É como se fosse uma bodega ainda na terra, com tudo identificado: o nome escolhido pelo proprietário e o tipo da uva plantada. Nas plantações, fios negros são abertos em alguns momentos do dia para irrigar determinada uva. Não é tudo ao mesmo tempo, depende da qualidade do vinho que se pretende obter. “Temos quatro variedades de uva: cabernet franc, petit verdot, merlot e malbec. Cada uma delas se expressa pelos diferentes aportes de água que damos durante todo o seu ciclo”, explica o agrônomo Daniel Guillen.
 
Um dos pedaços de terra pertence a dois sócios brasileiros, que já estão engarrafando a primeira safra de malbec especial na região. Eles fazem parte de um projeto que atrai estrangeiros de todo o mundo. “Isso começou há seis anos, quando um americano se apaixonou pelos vinhedos. Foi uma combinação da paixão de Michel, e sua capacidade empreendedora, com a experiência que eu tinha de três gerações fazendo vinho em Mendoza. Nos demos conta que os brasileiros tinham muito interesse nisso, que se apaixonaram pelas montanhas mendozinas, pela qualidade dos vinhos e pela natureza”, conta Pablo, um dos produtores argentino.
 
Do total de 110 proprietários, 25 são brasileiros. Os fazedores de vinhos costumam se reunir ao pé da montanha, no meio da plantação, sob o pretexto de um bom churrasco para degustar suas experiências. Eles trocam opiniões com enólogos, sommeliers e vão apurando o paladar.
 
Para assistir o vídeo da matéria clique aqui.
 
Fonte: Portal G1

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mais uma vez entre os mais populares do Enoblogs

Mais uma vez uma postagem do Vinhos de Minha Vida figurou entre os Posts Mais Populares do Enoblogs na lista publicada na Newsleter de 09.10.2012..
 
Desta vez ficamos com a oitava posição. Agradeço mais uma vez a fidelidade dos leitores.
 
Para ver a postagem que nos deu mais essa alegria basta clicar no link abaixo.
 
 
Confira abaixo a lista completa:
 
 
 
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Minha Compra Certa - Crios Cabernet Sauvignon By Susana Balbo 2009

Susana Balbo é considerada a maior personalidade feminina do vinho argentino. A enóloga fundou a Domínio del Plata em 1999. Seus vinhos são intensos e muito elegantes.
 
Quando se compra um vinho com a assinatura de Susana Balbo espera-se ao mínimo um vinho correto, mas isto é o mínimo, pois é certo estar comprando um rótulo com o toque elegante das mãos desta prestigiada enóloga e ainda um bom corpo, boa intensidade e muito equilíbrio, fazendo com que o vinho Crios da Susana Balbo figure entre os produtos da Minha Compra Certa.
 
O Crios Cabernet Sauvignon não é o primeiro rótulo degustado e comentado aqui, já pudemos degustar o Zohar Torrontés 2010, relembre.

O Crios Cabernet Sauvignon possui pequenas parcelas de Malbec e Merlot, 7 e 5% respectivamente, que só faz o vinho tornar-se mais harmônico.

Vamos ao vinho - a linha Crios de Susana possui a verdadeira expressão de custo-benefício e é uma ótima introdução aos seus vinhos; em seu rótulo, as três mãos é uma alusão à Susana e seus dois filhos. Visualmente o vinho apresentou uma cor vermelho rubi, brilhante, com um halo de evolução e lágrimas grossas e rápidas. No nariz aromas de ameixa em primeiro plano, seguido de toques de pimenta, chocolate amargo e baunilha. Em boca mostrou-se intenso e complexo, taninos redondos e em harmonia com o álcool e a acidez. Repetiu a fruta, a qual estava bem integrada com notas de baunilha, provenientes da passagem por barricas de carvalho por nove meses. Final de boca agradável e elegante, com um gole pedindo outro.

Um vinho bem equilibrado e que merece o carimbo: Minha Compra Certa do Vinhos de Minha Vida. Saúde!
 
O Rótulo
 
Vinho: Crios
Tipo: Tinto
Casta: Cabernet Sauvignon (88%), Malbec (7%) e Merlot (5%)
Safra: 2009
País: Argentina
Região: Mendonza
Produtor: Dominio del Plata
Enóloga: Susana Balbo
Graduação: 13,9%
Onde Comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 40,00
Temperatura de Serviço: 16 Graus
Pontuações: 90 pts RP

sábado, 6 de outubro de 2012

Música clássica é usada para melhorar a qualidade de vinhos na Itália

A previsão do tempo é sempre acompanhada com atenção pelos agricultores. As condições climáticas são fundamentais para eles, assim como a qualidade do solo. Mas os correspondentes Ilze Scamparini e Maurizio Della Costanza mostram que um produtor da Itália descobriu mais um fator importante no cultivo de uvas.
 
O que parecia uma intuição romântica tornou-se um método vitorioso. Em Frassina, nas colinas da região da Toscana, onde se produz um dos vinhos mais famosos do mundo, o Brunello di Montalcino, a plantação de uvas reage muito bem ao repertório clássico de Mozart. O homem que sonorizou o campo, Giancarlo Cignozzi, deixou a profissão de advogado há 12 anos.
 
Foi depois de uma viagem à Amazônia, quando um pajé disse que a minha vida seria feita de vinho e música”, ele conta.
 
Os vinhedos crescem com a música de Mozart durante 24 horas por dia. As composições escolhidas usam sempre os mesmos instrumentos: cordas e piano. As óperas e as grandes orquestras foram excluídas para não estressar as plantas. A experiência, que começou com 12 caixas acústicas, hoje tem 80 e já apresenta os primeiros resultados científicos.
 
Um engenheiro agrônomo afirma que a música ajuda a afastar insetos ou parasitas. O professor Stefano Mancuso, pesquisador da inteligência das plantas na Universidade de Florença, explica que a vibração da música estimula a produção de polifenóis, substâncias responsáveis pelo gosto agradável, e que dão ao vinho aquela característica saudável se consumido em pequenas doses.
 
O produtor de 50 mil garrafas por ano acredita que o cultivo musical pode ser uma forma sustentável para o futuro, e que não faz diferença para os cachos ouvir uma sinfonia de Mozart ou um sambinha, desde que seja suave.
 
Para assistir do vídeo da matéria clique aqui.
 
Fonte: Portal G1

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Mapa do Vinho - Parte VI

Hungria

A Hungria é o décimo quarto produtor mundial e é uma das mais importantes regiões vinícolas do leste europeu, mas ficou um pouco esquecida durante o domínio soviético, quando seus vinhos perderam muito de sua qualidade. A grande estrela aqui são os vinhos doces Tokay Aszú (tokaj em húnguro) - comprados em qualidade aos Sauternes da França e brancos doces alemães -, mas brilham também alguns brancos secos.
 
Principais Regiões
 
Das setes regiões consideradas mais importantes, sem dúvida é a mais representativa é a de Tokay-Hegylja.
 
Principais Uvas: Tintas - Kékfrancos, Cabernet Sauvignon e Merlot. Brancas - Furmint, Müller-Thurgau, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
 
Apesar de os Tokay doces serem o que há de melhor na Hungria, vinhos brancos secos da uva Furmint também são agradáveis e elegantes.
 
Curiosidades
 
Os vinhos doces Tokay são classificados em Punttonyos (de 3 a 6), que indicam a intensidade do açúcar. Punttony era uma tina de madeira aonde eram depositadas as uvas colhidas uma a uma e deixadas até a obtenção do mosto.
 
Áustria
 
É o décimo nono produtor mundial e assim como a vizinha Alemanha os brancos são a maioria: 75% da pequena produção. A maior parte consumida internamente. O clima continental, com outonos amenos, possibilita colheita de uvas tardias em outubro e novembro, gerando frutas excelentes para brancos doces.
 
Principais Regiões
 
Niederösterreich e Burgenland
 
Principais Uvas: Tintas - Blaufränkish e Zweigelt. Brancas - Grüner Veltliner, Welschrieling, Zierfandler, Rotgipfler, Neuburger, Riesling e Chardonnay.
 
Além de vinhos brancos secos, um bom exemplo de vinho doce encontrado no Brasil vem da Áustria, Alois Kracher.
 
Curiosidades
 
A Áustria também produz espumantes, chamados de Skets.

Fonte: Veja.com 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Enfim uma boa experiência com a Itália: La Pieve Pergolo Prosecco D.O.C. Treviso #CBE

Os leitores do blog já devem estar se acostumando as postagens regulares que aparecem por aqui sempre no dia primeiro de cada mês, são as postagens do vinho degustado para a Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE, que este mês chega a edição de número 73 e é a nossa nona participação. Para conferir as postagens anteriores basta clicar no menu a esquerda no marcador DEGUSTAÇÕES.
 
O tema do mês foi uma sugestão do Confrade Thiago Bulla do Blog Universo dos Vinhos que mandou: "Amigos, aproveitando a chegada do calor e da primavera sugiro apreciarmos um refrescante espumante Prosecco."
 
Prosecco é uma casta de uva branca da família da Vitis vinifera, originária da região do Veneto, Itália. Seu nome identifica o vinho branco espumante em cuja produção é empregada.
 
Apenas duas regiões têm direito à denominação de origem controlada: as vilas de Valdobbiadene e Conegliano. Vinhos de outras partes do Veneto são classificados com indicação geográfica típica.
 
O Prosecco DOCG (pequena área vermelha entre o vilarejo de Valdobbiadene e de Conegliano) apresenta uma consistência e uma persistência no paladar muito maior que um genérico DOC (área azul). A denominação DOC pode ser genérica DOC ou DOC TREVISO (como nocaso do Pergolo) ou DOC TRIESTE para identificar as 2 cidades que mais tem tradiçao na produção do Prosecco.

Vamos ao vinho: visualmente mostrou uma com amarelo palha com reflexos esverdeados; perlage abundante e de boa duração. No nariz rico em flores brancas, maça verde, e elegantes toques de damasco e pão fermentado. Em boca muito agradável: fresco e boa cremosidade, lembrando fruta branca madura. Boa persistência e final de boca agradável, um gole pede outro. Boa compra. Ideal para acompanhar comidas leves e para beber com a amada, como foi feito.
 
O Rótulo
 
Vinho: La Pieve Pergolo Prosecco DOC Treviso
Tipo: Espumante
Casta: Prosecco (Glera)
Safra: Não Safrado
País: Itália
Região: Valdobbiadene e Conegliano
Produtor: Mionetto
Graduação: 11%
Onde Comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 55,00
Temperatura de Serviço: 6 graus