sábado, 13 de outubro de 2012

Mendoza é conhecida pela fabricação do melhor vinho malbec do mundo

Por Délis Ortiz
Mendonza, Argentina
 
Foram os italianos e os espanhóis que levaram as primeiras parreiras para a província argentina. Criadores da região herdaram dos índios a maneira de irrigar as plantas e também desenvolveram novas técnicas.
 
Falar de vinho argentino é falar de Mendoza, um deserto com pequenos oásis, onde italianos e espanhóis fincaram raízes e plantaram as primeiras mudas de parreiras da Europa. Ainda hoje, chegam imigrantes, como os operários bolivianos, que levam para o campo o ritmo da terra que deixaram para trás.
 
A natureza é a protagonista da região: ora é o vento que pode ser quente ou gelado. Ora é a luz que, em geral, é intensa em todas as estações do ano.
 
Cultivar uvas no deserto exige dedicação. Mendozinos de várias gerações conquistaram a fama de produzir o melhor malbec do mundo. Eles herdaram dos índios o jeito de irrigar as plantas e ainda desenvolveram outras técnicas.
 
Cada pedaço de terra de Mendoza tem um proprietário. É como se fosse uma bodega ainda na terra, com tudo identificado: o nome escolhido pelo proprietário e o tipo da uva plantada. Nas plantações, fios negros são abertos em alguns momentos do dia para irrigar determinada uva. Não é tudo ao mesmo tempo, depende da qualidade do vinho que se pretende obter. “Temos quatro variedades de uva: cabernet franc, petit verdot, merlot e malbec. Cada uma delas se expressa pelos diferentes aportes de água que damos durante todo o seu ciclo”, explica o agrônomo Daniel Guillen.
 
Um dos pedaços de terra pertence a dois sócios brasileiros, que já estão engarrafando a primeira safra de malbec especial na região. Eles fazem parte de um projeto que atrai estrangeiros de todo o mundo. “Isso começou há seis anos, quando um americano se apaixonou pelos vinhedos. Foi uma combinação da paixão de Michel, e sua capacidade empreendedora, com a experiência que eu tinha de três gerações fazendo vinho em Mendoza. Nos demos conta que os brasileiros tinham muito interesse nisso, que se apaixonaram pelas montanhas mendozinas, pela qualidade dos vinhos e pela natureza”, conta Pablo, um dos produtores argentino.
 
Do total de 110 proprietários, 25 são brasileiros. Os fazedores de vinhos costumam se reunir ao pé da montanha, no meio da plantação, sob o pretexto de um bom churrasco para degustar suas experiências. Eles trocam opiniões com enólogos, sommeliers e vão apurando o paladar.
 
Para assistir o vídeo da matéria clique aqui.
 
Fonte: Portal G1

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