sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Que tal degustar vinhos em meio a um Safári?

Os fotógrafos de vinho e de animais selvagens Daryl e Sharna Balfour se uniram para oferecer um safári regado a grandes vinhos na principal reserva de caça do Quênia, a Masai Mara. A atividade chamada "The Wine Cellar Wines of the World Wildebeest Migration Safari" consiste numa semana de aventura, marcada para ocorrer entre os dias 17 e 23 de agosto deste ano.
 
Nas planícies do Serengeti, no interior de Masai Mara, podem ser vistos cerca de um milhão de gnus e zebras todo ano, fator que atrai um séquito de leopardos, guepardos e leões. E será nesse cenário que os fotógrafos consagrados e Roland Peens, diretor da The Wine Cellar Wines, irá guiar 12 convidados pelo safári e apresentar a cada noite vinhos das principais regiões produtoras do mundo. Na ocasião, a The Wine Cellar Wines vai apresentar os vinhos mais reverenciados de Bordeaux, Borgonha, Rhône e Champagne, além de exemplares italianos, espanhóis e sul-africanos. Nomes como como Pétrus, Yquem, Chapoutier, Cristal, Sassicaia, Pingus e Vin de Constance estarão presentes.
 
De acordo com Peens, os visitantes não só irão desfrutar do maior safári migratório da África, mas também poderão provar, todas as noites, os melhores vinhos do mundo em um ambiente único. Além disso, terão a chance de observar dos alojamentos a travessia de gnus e zebras pelos rios habitados por crocodilos, por exemplo.
 
O custo do safári por seis noites é de US$ 9.695 por pessoa, incluindo as taxas da reserva de caça, hospedagem com pensão completa, bebidas e vôos privados em Masai Mara.
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Rémy Pannier Rosé D´Anjou 2011

Finalizei minhas férias fazendo coisas que gosto: cozinhando e harmonizando com vinho e para melhorar ainda mais na companhia de Fernanda.

Preparamos um aratu gratinado e de quebra ainda deu para tomar um caldinho, de lamber os beiços e para harmonizar a pedida foi um belo rosé do Vale do Loire: Rémy Pannier Rosé D´Anjou.

Proveniente de uma das mais famosas regiões francesas produtoras de vinhos rosés, Anjou, no Vale do Loire, este vinho de Rémy Pannier foi produzido com corte das uvas Cabernet Franc, Gamay e Grolleau Gris

"François Rémy fundou, em 1885, a Rémy Pannier para elaborar e comercializar vinhos da área de Saumur, no Vale do Loire. Com a associação à Maison Ackerman, em 1956, desenvolveu-se e tornou-se a maior produtora e comerciante de vinhos do Vale do Loire. Em 2009 a empresa passou a se chamar apenas Akerman e Rémy Pannier a principal marca de vinhos".

"A Akerman alia a constante busca da qualidade dos vinhedos a todo o processo de vinificação, resultando na produção de vinhos de qualidade e personalidade, que traduzem e refletem a grande variedade de microclimas do Loire. O sucesso da Akerman também se deve às suas propriedades ultramodernas para a vinificação e amadurecimento dos vinhos, que buscam preservar as características peculiares e a riqueza das diversas uvas do Loire. Contando com uma competente equipe de enólogos, o controle de qualidade dos vinhos da Akerman é realizado em cada centro de vinificação (são mais de 150 mil testes de laboratório por ano) abrangendo desde a qualidade das uvas até o vinho engarrafado. Todos esses fatores contribuem para a liderança em sua região e fama mundial da Akerman, que exporta 60% da sua produção para mais de quarenta países".
 
Visualmente o vinho apresentou uma cor rosa salmão e pequena formação de agulhas. No nariz mostrou-se muito delicado com aromas de frutas vermelhas (morango e cereja) e algumas notas cítricas. Em boca muito macio, com boa acidez e frescor, casando perfeitamente com o calor que está fazendo e o nosso aratu; final de boca levemente adocicado de média intensidade e com repetição das características olfativas no final de boca.

Vinho de bom custo benefício e que vai bem sozinho ou com uma boa comida. O rótulo ficou maravilhoso servido a 8° e é uma pedida e tanto para se tomar na beira de uma piscina ou na praia.

Um fato curioso é que paguei R$ 40,00 pela garrafa, mas vi lojas virtuais vendendo por R$ 90,00. Ou seja, não basta a carga tributária de cerca de 60% a margem de lucro de alguns empresários é absurdamente alta, bola fora destes...


O Rótulo

Vinho: Remy Pannier Rosé D´Anjou
Tipo: Rosé
Castas:  Cabernet Franc, Gamay e Grolleu Gris
Safra: 2011
País: França
Região: Vale do Loire
Produtor: Ackerman
Graduação: 11%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 40,00
Temperatura de serviço: 8°

Vinho tinto pode proteger contra diabetes tipo 2

De acordo com pesquisas feitas por cientistas da University of East Anglia e do Kings College London, comer alimentos ricos em flavonoide e antocianina, componentes encontrados em chás, chocolates e vinhos tintos, pode oferecer proteção contra diabetes tipo 2. Para chegar a essa conclusão, duas mil mulheres saudáveis foram convidadas para preencher um questionário alimentar para estimar a quantidade total de flavonoide consumido a partir da ingestão de ervas e legumes.
 
No caso, foi analisada a quantidade de flavonoide no organismo após a ingestão de salsa, tomilho e aipo, além da quantidade de antocianina, componentes encontrados em frutas vermelhas, vinho tinto e em outras frutas e legumes. “Nós descobrimos que quem consumia muita antocianina e flavonoide apresentavam menor resistência à insulina”, afirmou a professora Aedin Cassidy, da UEA’s Norwich Medical School e líder das pesquisas.
 
De acordo com resultados publicados no Journal of Nutrition, foram encontrados, nesses mesmos alimentos, componentes capazes de diminuir a inflamação que, quando crônica, está associada com diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e câncer. “A alta resistência à insulina está relacionada com diabetes tipo 2, então o que estamos vendo é que as pessoas que comem alimentos que são ricos em flavonoide e antocianina como frutas vermelhas, ervas e vinho tinto são menos propensos a desenvolver a doença”, afirma Aedin.

Fonte: Revista Adega

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Chineses não se cansam de ser os primeiros...

A China superou a França e a Itália e se tornou o maior país consumidor de vinho tinto no mundo, embora os Estados Unidos permaneçam na primeira posição se somados todos os tipos de vinhos, informou a associação comercial de vinhos e destilados Vinexpo nesta terça-feira.
 
A China bebeu 1,86 bilhão de garrafas de vinho tinto no ano passado ou, em termos de comércio, 155 milhões de caixas de 9 litros, contribuindo para um aumento de 136 por cento no consumo ao longo de cinco anos.
 
Com isso, a França fica em segundo lugar em consumo dos tintos e a Itália, em terceiro, disse a Vinexpo, citando dados coletados pela International Wine and Spirit Research, empresa com sede em Londres.
 
O motivo para o grande incremento no consumo de vinho tinto na China, além do aumento da riqueza no país, é a preferência dos chineses pelo vermelho ao branco por questões culturais relacionadas às cores, disse o executivo-chefe da Vinexpo, Guillaume Deglise.
 
"Vermelho é a cor da sorte e da prosperidade, e branco é a cor da morte" na China, disse Deglise à Reuters. "Então, você não ia querer beber branco, certo?"
 
No conjunto, os Estados Unidos continuam sendo os principais consumidores de vinhos do mundo, segundo a Vinexpo. A China ocupa a quinta posição e não se espera que mude de lugar no ranking em um futuro imediato, disse a entidade.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Província de Mendoza é uma das maiores produtoras de vinho

Os agricultores de Mendoza, na Argentina, aproveitaram a água do degelo e o clima da região para investir no cultivo da uva. A iniciativa transformou o país em um dos maiores produtores de vinho do mundo.
 
Um espetáculo grandioso, que reúne dezenas de bailarinos, orquestra e um coral com 250 vozes, conta a história da uva e do vinho em Mendoza. A Festa da Vindímia, que celebra o início da colheita das uvas na região, acontece todos os anos entre os meses de março e abril e atrai milhares de pessoas.
 
A província de Mendoza fica no oeste da Argentina, aos pés da Cordilheira dos Andes. As uvas e o vinho chegaram ao lugar no século 16, junto com os colonizadores espanhóis. O enólogo Roberto de la Mota, conhecedor e criador de vinhos, explica: “Mendoza foi fundada em 1561. Os espanhóis trouxeram as videiras porque precisavam da uva passa como alimento nas grandes caminhadas. Não se esqueça que eles vieram do Chile atravessando a cordilheira a pé e também precisavam do vinho pra celebrar as missas”.
 
Roberto de la Mota é um dos donos da vinícola Mendel, que só produz vinhos de alta categoria. No lugar, há videiras com mais de 80 anos de idade. Quanto mais velha a planta é melhor para fazer vinho.
 
O agrônomo da vinícola Santiago Mayorca explica que em Mendoza todos os vinhedos são irrigados por gotejo, sistema que garante em torno de 95% do aproveitamento da água. O clima dessa região também proporciona uma grande amplitude térmica, o que é muito bom para o cultivo de uvas. Além de seca, a região tem solos pobres, que retém pouca umidade e com baixo teor de matéria orgânica.
 
Os vinhedos da Argentina ocupam mais 230 mil hectares de terra. A variedade malbec é a mais plantada na região. Essa uva, de origem francesa, chegou à Argentina por volta de 1860. Hoje o vinho malbec produzido na Argentina é famoso no mundo inteiro.
 
Muitas vinícolas ou bodegas, como se diz pelo lugar, instalaram-se nas encostas da Cordilheira dos Andes, na região conhecida como Vale do Uco. A bodega Salentein, empresa que cultiva um dos maiores vinhedos de Mendoza, tem 700 hectares. A fazenda tem 22 quilômetros de comprimento e altitudes variando de 1.050 a 1.700 metros, que permite o cultivo de diversas variedades de uva e com muita qualidade. Na propriedade há videiras com idade variando entre três e 35 anos, com 80% de uvas tintas e 20% de brancas.
 
A tela que reveste as videiras serve para proteger as frutas de chuvas de granizo, que são frequentes nessa região. Para conduzir as videiras, é usado o sistema de espaldeiras: estrutura formada por linhas de arame esticado. O clima da região também é bom para a saúde das plantas.
 
Por ano, a bodega produz sete milhões de quilos de uva. O clima e a topografia da fazenda facilitam a colheita das frutas. Com a maturação escalonada, 80 pessoas dão conta de colher toda a produção.
 
O clima certo e a água do degelo estão atraindo produtores de vinho de outras partes do mundo para Mendoza, como o empresário espanhol José Ortega Fournier. A bodega Ofournier tem três fazendas na região, onde cultiva 300 hectares de videiras. A especialidade da bodega é uva tempranilho, que tem esse nome porque é a primeira a ser colhida. Essa variedade também é a mais usada pra produção de vinhos na Espanha. A bodega ainda planta uva das variedades sirrah, cabernet sauvignon, merlot e malbec.
 
Para financiar a expansão dos vinhedos, a bodega criou uma espécie de condomínio com 70 hectares de videiras, divididos em lotes de um hectare cada. Quem compra um lote pode usar as uvas pra produzir seu próprio vinho ou vender a produção para a bodega. A empresa mantém o vinhedo por dois anos, tempo que leva para começar a produzir. A maior parte dos lotes foi comprada por brasileiros.
 
As uvas colhidas no campo vão para a bodega onde são selecionadas, separadas dos cachos e esmagadas. Depois, seguem para imensos tonéis para fermentação. Após esse processo, o vinho é transferido para a cave, lugar onde vai envelhecer. Os vinhos tintos são colocados em barris de carvalho francês, onde passam de três a 18 meses, dependendo da categoria. Quanto melhor o vinho, mais tempo ele fica no barril. Os vinhos brancos não envelhecem em madeira.
 
Hoje há cerca de mil bodegas em Mendoza, que transformaram a Argentina na quinta maior região produtora de vinhos do mundo. De 2010 para 2012, as exportações de vinho do país tiveram um aumento de mais de 47%.
 
Fonte: Globo Rural

domingo, 26 de janeiro de 2014

Casa Valduga Leopoldina Premium Merlot 2010

A história da Casa Valduga remota para o fim do século XIX e dispensa apresentações. Ela dedica especial atenção à elaboração dos espumantes e foi uma das primeiras vinícolas brasileiras a dominar e desenvolver o método champenoise de vinificação. Hoje possui a maior adega de espumantes da América Latina.
 
Possui um rico portifólio que vai muito além dos espumantes, com tintos e brancos premiados como o tinto Raízes Cabernet Franc, que já passou aqui pelo blog: relembre.

O nome da linha do rótulo, que é tema desta postagem, trata de uma homenagem ao período do império em que a Família Valduga desembarcou no Brasil e também a todos os imigrantes, como o texto extraído do web sit da vinícola afirma: "Em 1875, período Imperial, data em que o 1º Valduga aporta em terras brasileiras, a monarquia batiza com nome de Leopoldina a via mais importante do que seria hoje o Vale dos Vinhedos. Localizada nesta via, a Casa Valduga homenageou em 1972 seu primeiro vinho rotulado com o nome da Princesa. Passados 40 anos, a vinícola novamente rende homenagem não apenas a Princesa, mas a todo o período de bravura dos primeiros imigrantes".

Visualmente o vinho mostrou uma coloração rubi com tons violáceos e lagrimas abundantes, finas e rápidas. No nariz um bouquet rico, com notas de fruta fresca, chocolate, baunilha, especiarias e elegante tostado. Em boca mostrou taninos macios e redondos, boa acidez e repetiu as notas olfativas;  bom corpo com final de boca seco, de boa persistência e notas de fruta e tostado aparecendo no retrogosto. Vinho muito bem feito e que vale o que custa.

Degustei o vinho na companhia de Fernanda e do amigo Juberlan. Harmonizamos com pizza de presunto e medalhões de contra-filé ao molho madeira.

O Rótulo

Vinho: Casa Valduga Leopoldina Premium
Tipo: Tinto
Castas: Merlot
Safra: 2010
País: Brasil
Região: Vale dos Vinhedos
Produtor: Casa Valduga
Graduação: 13%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 38,00
Temperatura de serviço: 16 graus

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Brasil terá uva mais doce na safra deste ano

Teor elevado de açúcar aumenta potencial para desenvolver derivados de melhor qualidade.

Beneficiada pelo clima seco, a colheita de uva se iniciou com perspectivas de frutas mais doces — e consequentemente com potencial para desenvolver derivados de melhor qualidade. No Rio Grande do Sul, a expectativa é de obter 700 milhões de quilos, ante 611,3 milhões da safra passada.
 
 
Até o momento, foi colhido no máximo 10% do volume esperado para a temporada, de acordo com presidente do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Moacir Mazzarollo: - Tivemos pouca chuva recentemente. É o ideal para a fruta. O que torna a uva mais doce é o clima seco no período certo, como estamos vivenciando agora.
 
Para o executivo e também presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Veranópolis, Vila Flores e Fagundes Varela, outra característica da atual vindima é o atraso de 10 dias, em média, principalmente por causa das temperaturas mais baixas entre agosto e setembro. As variedades mais precoces para a venda in natura na safra passada, por exemplo, começaram a ser colhidas antes da primeira quinzena de dezembro de 2012. Na safra atual, só depois do Natal. A brotação, que normalmente começa em agosto, atrasou: nesta safra, ocorreu entre o final de agosto e o início de setembro.
 
Colheita é segunda melhor época para o enoturismo

Para que a qualidade da uva se mantenha elevada, o setor espera continuar contando com a ajuda do clima. Quanto mais sol e calor durante a vindima, que tem seu auge entre 15 de fevereiro e 15 de março, melhor.
 
Além dos ganhos diretos com a industrialização e a venda para consumo in natura, a uva movimenta o turismo. No Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, por exemplo, mais de 70 mil visitantes deverão passar pelo roteiro de vinícolas durante a colheita. O número estimado é maior do que o do mesmo período do ano passado: em 2013, foram 60 mil turistas só no primeiro trimestre. É a segunda melhor época para o enoturismo, depois do inverno.
 
- Quem visita o Vale dos Vinhedos em qualquer época do ano se encanta com a paisagem do lugar, a qualidade de vinhos, espumantes,gastronomia, hotéis e pousadas. Mas é na vindima que a alegria toma conta — diz Juarez Valduga, presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).
 
Nem todos os atrativos turísticos da Serra estão tão bem estruturados assim. No Caminhos de Pedra, que abrange 20 pontos de visitação, não há mão de obra suficiente para receber os visitantes. É que os produtores estão envolvidos com a colheita.
 
- As famílias estão mais dedicadas à safra. Mas a gente está se adaptando a esse novo momento para conseguir oferecer atrativo turístico — diz Josirene Pinto Crestani, turismóloga do roteiro Caminhos de Pedra.

De Farroupilha para Minas Gerais

Com uma semana de atraso em relação ao ano passado, os Broilo deram a largada na colheita no interior de Farroupilha. Até o final de fevereiro, a família e os empregados passarão quase o dia inteiro nos 25 hectares de parreirais, das 7h às 20h, com intervalo para o almoço. A expectativa é de que, no final, pai, mãe, filho e mais nove ajudantes retirem das parreiras 450 toneladas de uva.

Pai e filho divergem quanto a prejuízos. Wilson Broilo, 71 anos, avalia que os parreiras poderiam
render 50 toneladas a mais. Adriano, 39 anos, crê que, em razão dos tratamentos após a chuvarada, não houve perda. Na manhã em que a reportagem visitou a propriedade, enquanto todos coletavam cachos, a matriarca Ivani Broilo, 68 anos, preparava o almoço para o batalhão. A produção da família não fica no Rio Grande do Sul. Vai para uma vinícola de Minas Gerais, que envia caminhões à região para buscar a safra.
 
A concentração de açúcar na uva colhida até o momento não é das melhores. A família poderia esperar para retirar a fruta mais tarde, o que elevaria o grau de açúcar.
 
O problema é que não podem esperar pela graduação ideal porque o produto enfrenta uma longa viagem até o sul de Minas, o que deixaria a uva madura demais. Para os Broilo, o que importa mesmo é o volume de produção.
 
- Para nós, é melhor quantidade porque não vendemos por grau (de concentração de açúcar). Nós vendemos por quilo. Mas cuidamos da qualidade também. Caso contrário, os compradores não vão mais querer — salienta o filho.
 
Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Silversea cria roteiros exclusivos de vinho

A Silversea criou roteiros exclusivos de vinho, harmonizados com gastronomia de seus navios, única linha de cruzeiros do mundo a oferecer restaurantes Relais & Chateaux a bordo. Em cada roteiro de vinho os passageiros desfrutarão de vinhos vintages e aprenderão sobre as tradições e a arte de fazer vinho, em degustações e palestras conduzidas por especialistas, donos de vinhedos e produtores.

Dependendo do itinerário, viajantes a bordo terão a chance de explorar algumas regiões de vinho do mundo, em tours opcionais guiados. A bordo do navio, passageiros dispõem de uma carta selecionada de vinhos tintos e brancos, uma cortesia durante todas as refeições.
 
 
Nossas viagens temáticas de vinho oferecem aos passageiros a chance de incrementar sua apreciação de uma das grandes maravilhas da vida – beber vinho“, diz Ellen Bettridge, presidente da Silversea nas Américas. “Convidamos top experts de alguns dos mais importantes vinhedos e produtores do mundo para passar suas experiências aos nossos viajantes, para degustações guiadas e palestras certamente vão enriquecer suas experiências de viagem“.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Meia Maratona do Douro oferece Vinho do Porto aos participantes

Você é um amante do vinho e de uma corrida? Então o que acha de trocar alguns goles de água durante sua atividade física por bebidas com vinho do porto na composição? Isso em breve será possível.
 
O Douro prepara-se para receber, a 18 de Maio, a nona edição da Meia Maratona do Douro Vinhateiro, que terá este ano cocktails de Vinho do Porto em dois pontos do percurso. É uma novidade que será lançada em parceria com a empresa vinícola Porto Reccua Vinhos SA.
 
 
A Porto Reccua, através do seu departamento de desenvolvimento de produto, criou um conjunto de cocktails com Vinho do Porto exclusivos para momentos de turismo ativo que serão lançados durante a mais bela corrida do mundo. Com 12 mil participantes de 27 países, este é atualmente um dos eventos mais emblemáticos de Portugal, não só pela beleza da paisagem do Vale Encantado, mas também por tudo o que este evento oferece ao longo dos dias que o antecedem.

Esta prova, que atualmente integra o circuito mundial de meias maratonas em Patrimônios Mundiais – Running Wonders e o circuito nacional de corrida “Portugal A Correr”, é a única corrida do mundo que coloca à disposição de todos os participantes Vinho do Porto ao longo do percurso, quer da corrida quer da caminhada, transformando o evento que decorre bem nas margens do Rio Douro numa gigantesca festa do turismo ativo, da vinha, do vinho e do território.

Cientistas voltam a destacar efeitos positivos do vinho tinto

O resveratrol, um polifenol existente no vinho tinto, contribui para reforçar o sistema imunitário e o consumo moderado de vinho ajuda os homens a produzir esperma mais forte. São resultados de dois estudos científicos, o primeiro realizado pela Universidade do Texas, EUA, o segundo desenvolvido pelo Instituto Nofer de Medicina Ocupacional em Lodz, Polônia.
 
Em trabalhos anteriores, a Universidade do Texas, em Austin, já tinha chegado a conclusões interessantes sobre as vantagens para a saúde do consumo moderado de vinho – no combate à obesidade e aos sintomas de envelhecimento, por exemplo. Mas esta é a primeira vez que os cientistas detectaram indícios de que o resveratol pode melhorar o sistema imunitário, particularmente no contexto de uma dieta com excesso de gorduras.
 
Este abuso nas gorduras limita a produtividade do timo (o órgão linfático que produz as células que regulam o sistema imunitário). Com menos células de defesa (chamadas células T), o corpo humano torna-se mais vulnerável a infecções. Os cientistas descobriram que os ratinhos com uma dieta rica em gorduras aos quais era ministrado resveratrol conseguiam aumentar o número de células T e engordavam menos.
 
O resveratrol pode encontrar-se no vinho tinto, nas bagas silvestres e nos amendoins. Mas um outro estudo aponta ainda mais claramente para um efeito benéfico do consumo moderado de bebidas alcoólicas sobre o sistema imunitário: a Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, EUA, diz que o etanol ajuda a reforçar as nossas defesas contra infecções. A experiência envolveu um grupo de macacos, a quem foi inoculada uma vacina de varíola e disponibilizada uma solução com 4% de etanol (outros tinham apenas água com açúcar). Sete meses depois, o sistema imunitário dos macacos que beberam álcool regular e moderadamente mostrou melhor resposta do que o dos que beberam pouco, muito, ou nada.
 
Na Polónia, as conclusões prometem um debate ainda mais animado: contrariando estudos recentes feitos no Reino Unido, investigadores do Instituto Nofer de Medicina Ocupacional, em Lodz, concluíram que os homens que bebem vinho até três vezes por semana produzem esperma mais forte. Outros fatores que contribuem para ter espermatozóides capazes de “nadar” melhor são dispor de tempo livre, beber pouco café e usar boxers. Por oposição, usar telemóvel há mais de dez anos diminui a mobilidade do esperma.
 
Fonte: Revista de Vinhos

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Rolha com chip para monitorizar qualidade do vinho

E se em vez de ter que ler todo o rótulo da garrafa de vinho pudesse saber grande parte das informações, incluindo o histórico de temperaturas, através do smartphone? Em Aveiro dois investigadores estão a trabalhar no conceito.

Dois estudantes da Universidade de Aveiro estão a desenvolver um chip eletrônico para rolhas de garrafas de vinho. As "rolhas inteligentes" permitem aceder ao histórico das condições pelas quais o vinho já passou, contribuindo para o combate à contrafação e para aumentar os níveis de qualidade da indústria.

A estrutura eletrónica que será colocada na rolha permite uma ligação com computadores e smartphones através da transmissão de dados por tecnologia RFID. Assim será possível para vendedores e clientes controlarem as condições que o vinho já enfrentou, como quando foi produzido, quando foi engarrafado, a que temperaturas já esteve sujeito e a que quantidade de humidade.

Os dois investigadores da UA, Ricardo Gonçalves e Roberto Magueta, acreditam que o projeto que estão a desenvolver tem um alto potencial econômico. Primeiro porque o protótipo que está a ser testado atualmente tem um custo de produção de um euro, valor que pode reduzir substancialmente com a produção em massa.

A seguir porque tanto produtores, como compradores de retalho e hotelaria, como os próprios consumidores finais poderão fazer a sua própria análise ao vinho, através do smartphone.

De acordo com o relato dos investigadores à Lusa, a primeira do projeto, a da "caracterização eletromagnética da cortiça" foi a mais difícil pelo estudo das "propriedades de radiação e adaptá-las para os chips RFID". O desafio seguinte foi trabalhar na miniaturização do chip para que pudesse ser aplicada a uma rolha normal, sem prejuízo para a ergonomia da mesma.

Os vinhos do Oriente Médio

Até em plena guerra na Síria, tem gente fazendo vinho. E há ainda os destaques do Líbano.
 


Fonte: CBN

Salton Classic Reserva Especial Merlot 2011

Você já degustou um mesmo vinho mais de uma vez e o mesmo te pareceu diferente? Pois bem, isso já aconteceu comigo mais de uma vez.
 
Muitas vezes um vinho simples nos parece muito bom e um vinho bom nos parece mediano e até ruim. Isso pode estar relacionado a "n" fatores, dentre os quais podemos citar: diferentes safras e tudo por trás disto; transporte do vinho; no caso de vinhos de corte, parcelas diferentes das castas utilizadas; dentre inúmeras outras razões. Mas, eu queria citar aqui uma razão emocional e não racional e/ou técnica, que é o momento, companhia, ambiente, situação em que o vinho foi degustado, a qual no meu entender tem grande influência sobre a nossa opinião sobre o líquido.
 
Deixem-me explicar melhor. Na primeira vez que o Salton Classic Reserva Especial Merlot passou aqui pelo blog o Brasil vivia a incerteza sobre as salvaguardas relacionadas ao vinho e isso pode ter influenciado a minha avaliação negativa em relação ao rótulo: relembre, uma vez que tentava-se aumentar a carga tributária sobre o vinho importado.
 
Eu continuo discordando do nome do vinho, contudo isso é apenas uma opinião pessoal. O rótulo também não é dos mais atraentes, talvez até as safras atuais possuam uma nova roupagem tal qual a dada ao Salton Prosseco.
 
Porém, as minhas opiniões sobre o líquido mudaram. A safra de 2011 foi degustada na companhia de Fernanda e dos amigos Juberlan e Rejane na agradável praia de Serrambi. Harmonizamos com rondele de frango e o vinho deu conta.
 
Na taça apresentou cor rubi escura com reflexos violáceos e lágrimas finas e translúcidas. No nariz aromas de frutas vermelhas madura e e leves toques de chocolate e especiarias. Em boca mostrou taninos discretos e macios, acidez correta e álcool na medida certa. Final de boca levemente adocicado com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Vinho bem mais equilibrado que o outro que passou por aqui e apesar de simples agradou.

O Rótulo

Vinho: Salton Classic Reserva Especial
Tipo: Tinto
Castas: Merlot
Safra: 2011
País: Brasil
Região: Bento Gonçalves
Produtor: Salton
Graduação: 12%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 15,00
Temperatura de serviço: 16 graus

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Vale em filme

A história do Vale dos Vinhedos, um território localizado no encontro dos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Sul, da Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul, será eternizada em um documentário que será gravado ao longo deste ano. A produção do filme “Memórias do Vale dos Vinhedos” faz parte de uma iniciativa da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) para registrar as histórias e memórias dos moradores mais antigos, tornando-se uma ferramenta de educação cultural e promovendo o fortalecimento da identidade da comunidade.
 
O projeto, que pretende registrar as histórias e memórias dos moradores mais antigos do Vale, está sendo coordenado pelo presidente da Aprovale, Juarez Valduga, que irá inserir no documentário entrevistas com integrantes da comunidade que acabaram se tornando protagonistas na história e desenvolvimento do Vale dos Vinhedos. A produção do documentário ficará por conta da Triângulo da Produção Cultural com Michel Marchetti da Rosa na direção de filmagem e Dandy Marchetti da Rosa na direção de fotografia.
 
Após a conclusão do documentário, a intenção é que ele seja assistido pela comunidade local e exibido de forma itinerante, divulgando e disseminando as memórias do Vale e reativando as práticas antigas. Além disso, o material produzido deverá ser disponibilizado para as escolas municipais de Bento Gonçalves, ao Patrimônio Histórico, às entidades envolvidas com a aquisição de acervo histórico e à Biblioteca Pública Municipal Castro Alves.
 
Fonte: Revista Adega

"Língua eletrônica" para melhorar produção de vinho

Pesquisadores espanhois criaram um dispositivo que executa funções da língua humana e aponta o momento ideal para a colheita das uvas no processo de fabricação do vinho.
 
Seus criadores, da Universidade Politécnica de Valência, o chamam de 'língua volumétrica ou eletrônica'. Manez Ramón Martínez, coautor do estudo, disse à BBC que a 'língua' é capaz de medir a quantidade de açúcar (°Brix), o nível de acidez total, e o pH das uvas.
 
O momento da colheita determina o resto da linha
de produção do vinho (Foto: Getty/ BBC)
 
O dispositivo, um cilindro de aço equipado com eletrodos, analisa esses elementos, que indicam a melhor época para a colheita da fruta a partir do suco que é obtido quando as uvas são esmagadas. Essa análise é bem semelhante à realizada pela língua de seres humanos ou animais, quando entra em contato com um alimento.
 
Primeiro a língua determina se o sabor é de uma substância doce, ácida ou amarga. Em seguida, realiza um processo mais complexo e reconhece se se trata de uma fruta, um legume ou qualquer outra coisa, como explica Martínez.
 
O acadêmico explica que uma das vantagens do dispositivo é que permite que se tenha uma certeza científica sobre a qualidade da fruta no início do processo, o que é essencial para obter um bom produto final.
 
'A colheita é muito importante, pois determina o resto da linha de produção, por isso tem que acontecer na hora certa: se a fruta está muito doce, a quantidade de álcool na bebida não seria correta, e se não forem colhidas na hora certa, apodrecem.' Ele acrescentou que, nesta fase inicial, a decisão sobre o momento da colheita decorre, muitas vezes, da intuição dos vinicultores.
 
O tempo que a fruta passa na videira depende ainda do tipo de vinho a ser produzido. Por exemplo, as primeiras uvas que são colhidas são usadas para a cava, um vinho espumante semelhante ao fabricado na região de Champagne, no norte da França.
 
Dados
O conceito da língua eletrônica para a análise de líquidos foi desenvolvido há vários anos, quando vários protótipos foram construídos. É inspirado no nariz eletrônico, que identifica odores usando reconhecimento de padrões que são processados por um computador.
 
O trabalho de campo foi realizado nos meses de agosto e setembro de 2012, época de colheita, em vinhedos na região mediterrânea da Espanha. Oito tipos de uva foram estudadas: Cabernet Sauvignon, Shyrah, Chardonnay, Pinot Noir, Merlot, Bobal e Macabeo.
 
Os dados coletados pelo dispositivo eletrônico foram confirmados por estudos de laboratório realizados através de métodos tradicionais.
 
Os resultados acabam de ser publicados na revista Food Research International, do Instituto Canadense de Ciência e Tecnologia de Alimentos (CIFST, na sigla em inglês), especializada na divulgação de pesquisas sobre nutrição e alimentos.
 
Fonte: BBC

sábado, 18 de janeiro de 2014

Cariocas levam vinho para brindar o pôr do sol na praia

Foi-se o tempo em que cervejas reinavam absolutas na praia. De uma forma discreta, os vinhos vêm conquistando seu espaço nas areias do Rio, sobretudo entre os mais jovens. E para acompanhar? Basta um biscoito de polvilho.
 
Nas praias de Ipanema e do Leblon, uma cena comum são os grupos de mulheres com suas taças e garrafas para brindar o pôr do sol. Uma das adeptas da prática é a estilista Ana Lu Reis.
 
- Sempre me programo. Coloco meu vinho branco na geladeira pelo menos 12 horas antes. Levo um baldinho com gelo e taças de acrílico, para não correr o risco de quebrarem. Adoro encontrar minhas amigas na praia, bater papo e apreciar o pôr do sol carioca — diz Ana.
 
Ela faz uma comparação: se em Paris moradores e turistas levam suas bebidas para ver, dos jardins do Champ de Mars, as luzes da Torre Eiffel, na Zona Sul do Rio a programação do verão é aproveitar a praia com seu próprio vinho: - Prefiro os rótulos da região de Provence, na França. É um programa que todos devem fazer na praia pelo menos uma vez na vida.
 
A arquiteta Aline Araújo e a consultora de moda Júlia Melo têm opiniões semelhantes sobre a bebida.
 
Além de ser saborosa, ajuda a manter a forma e a saúde, dizem.
 
- Os vinhos são menos calóricos e não engordam como a cerveja. Os médicos sempre recomendam uma taça de vinho por dia, né? A bebida traz muitos benefícios para o corpo e ajuda a relaxar — diz Aline.
 
De acordo com a sommelière Deise Novakoski, os vinhos rosés, brancos e os espumantes refletem o espírito do carioca, que busca praticidade, sociabilidade e um certo glamour.  O vinho sempre deixa a conversa mais animada, e seus apreciadores gostam de falar sobre assuntos interessantes. O vinho não é para ficar bebendo garrafas e mais garrafas. É uma bebida limitante e que abre o apetite.
 
Deise pede ainda atenção especial aos aperitivos para acompanhar a bebida. Ela sugere biscoito salgado de polvilho Globo e sanduíche natural de ricota. É uma combinação bem carioca. Amêndoas, avelãs e castanhas de caju também são bem-vindas. Já os amendoins estão vetados completamente. Eles causam amargor na boca. Só combinam com cervejas — explica a sommelière, que não recomenda a colocação da bebida no freezer. O vinho não pode sofrer choques térmicos. Muito frio ou muito calor podem levar à perda do sabor original.
 
Além das mulheres, os homens também vêm optando pelos vinhos na areia. É o caso do advogado Bernardo Costa Souza: a bebida é muito boa para ser consumida ao longo do dia. Não dá vontade de ir ao banheiro com frequência, como é o caso da cerveja. Acaba sendo mais prático e até mais higiênico. Como não se vende vinho na praia, o jeito é levar de casa mesmo.
 
Num curso sobre vinhos, a médica Paula Soares aprendeu dicas valiosas. Ela observa que o ideal é usar produtos de safras recentes, já que, explica, a bebida fica mais leve. Paula sugere os vinhos que têm em sua composição uvas do tipo pinot noir e sauvignon blanc: — Esses tipos de uvas dão um toque de frescor ao vinho. São ideal para um lugar quente como a praia — sugere ela.
 
O comportamento dos cariocas é comprovado pela vinoteca Cavist. A empresária Janine Sad, sócia da empresa, afirma que a procura por vinhos gelados registrou alta de 100% nas últimas semanas: notamos que os consumidores com idades entre 35 e 50 anos querem aproveitar a praia com produtos de qualidade. As vendas de bebida gelada aumentaram muito e, por isso, investimos em embalagens especiais, como a ice bag, que mantém a temperatura — conta Janine, que também teve o estoque de dez mil taças de acrílico esgotado nos últimos 40 dias.
 
Segundo ela, a “cultura da cervejinha” está ficando para trás: os rótulos de vinhos brancos franceses acima de R$ 100 e os espumantes chilenos com uvas chardonnay por R$ 40 são os mais vendidos. Isso prova que a praia pode unir sofisticação e informalidade.
 
Fonte: O Globo

Faça você mesmo uma adega

Para quem não dispensa um vinho e gosta de armazená-lo corretamente, com a garrafa deitada na horizontal, uma opção criativa e econômica é fazer sua própria adega reciclando materiais.
 
Resistente e em formato circular, as latas de alumínio são matéria-prima ideal para fazer a adega. Elas levam cerca de 200 a 500 anos para se decompor. Portanto reutilizá-las é uma forma de contribuir com o meio ambiente e também decorar a casa de um jeito econômico com objetos criativos e funcionais.
 
Parecida com uma colmeia, esta adega é feita com latas pintadas com spray. Ela ocupa pouco espaço e armazena até 12 garrafas. Confira como fazer:
 
Materiais 
  • 12 latas de alumínio
  • Tinta spray
  • Um abridor de latas sem rebarbas
  • Prendedor de papel tipo Binder
  • Pistola com cola quente
 Como Fazer


Tire o fundo da lata utilizando o abridor sem rebarbas. Caso você não o tenha pode usar um abridor comum e tirar as rebarbas com a haste de uma chave de fendas para evitar que haja riscos, ferimentos ou cortes.
 





Pinte a parte externa das latas utilizando tinta spray e deixe secar. Uma outra opção é preparar a lata com duas demãos de primer para metal (que pode ser comprado em lojas de materiais para artesanato) e pintar as latas com esmalte a base de água. Quem preferir pode simplesmente encapar as latas com adesivo vinílico.
 




A próxima etapa é pintar a parte interna da lata. Neste exemplo foram usados três tons de azul: azul claro, azul-turquesa e azul-marinho escuro. Lembrando que esta etapa é opcional.
 



Com a pistola de cola quente cole uma lata ao lado da outra, formando uma fileira com três latas. Use o prendedor de papel para segurar a próxima fileira de latas e tire-os assim que a adega for finalizada. Uma outra opção é utilizar um prego e fazer dois furos laterais e através deles passar abraçadeiras para uni-las.
 

Confira outras opções de adegas feitas com latas:

 
Fonte: Catraca Livre
 

Classificação do Vinho do Porto

Sob a DOC Porto produz-se o mais famoso vinho fortificado do mundo. Embora o nome desse vinho sugira uma ligação com a cidade do Porto, os vinhedos e os centros de vinificação onde é produzido situam-se ao longo do vale do rio Douro, distantes cerca de 100 km da cidade do Porto. Nem mesmo os armazéns de amadurecimento e engarrafamento do vinho situam-se naquela cidade, e sim em Vila Nova de Gaia, situada na margem oposta defronte ao Porto. No entanto, desde a antiguidade, a cidade constitui o principal porto exportador do país e dali o vinho saiu para ganhar fama no mundo, levando com ele o nome da cidade.
 
Classificação do Vinho do Porto

O Vinho do Porto é uma bebida sofisticada e para aprecia-lo devidamente é necessário conhecer a intrincada classificação que contempla diferentes tipos, estilos e preços, dentre os quais o consumidor certamente escolherá o seu favorito. A seguir, apresentamos os diferentes tipos existentes.
 
Portos sem indicação de safra
 
White: Branco, meio seco, pálido, feito de uvas brancas, envelhecido até 3 anos.
 
Dry (ou Very Dry) White: Branco, seco (ou muito seco), mais envelhecido que o anterior.
 
Esses dois tipos fogem do padrão clássico do Porto de sabor doce e foram criados mais para competir com os vinhos fortificados secos de aperitivo, como por exemplo o Madeira e o Jerez. Exceção feita aos brancos velhos, vinhos de prestígio, produzidos em quantidades ínfimas, os Portos brancos são jovens e não constituem certamente o que há de melhor, sendo mais consumidos por jovens e não conhecedores.
 
Ruby: O nome refere-se à cor da pedra preciosa rubi, advindo de sua coloração vermelho-púrpura. Jovem, frutado, obtido pelo corte de vinhos de diferentes safras, envelhecido até 3 anos em cascos (tonéis) de carvalho. É um vinho pronto para ser consumido e não deve ser guardado.
 
Crusted: Rubies com amadurecimento mínimo de 2 anos em cascos e 3 anos em garrafa, não filtrados e que deixam borra (em inglês, crust).
 
Vintage Character (Premium Ruby): Ruby superior, envelhecido de 4 a 6 anos em garrafa. Alguns produtores utilizam outros nomes para esse tipo tais como Bin, First State, Six Grapes, Founder’s Reserve. Constitui uma categoria superior de Ruby e o nome Vintage confunde o consumidor, pois deveria ser reservado para os verdadeiros vinhos dessa categoria, descrita mais adiante.
 
Tawny (Aloirado): Amarelo-tijolo, mais encorpado, também resultante do corte de vinhos de diferentes safras, amadurecido nos cascos, por 3 anos em média. Também é um vinho pronto para ser consumido. Ele e o "Ruby" são os portos "comuns" e mais vendidos no mundo. Existe, também, o Tawny Reserva envelhecido de 4 a 8 anos, vinho mais diferenciado.
 
Tawny Years-Old (Old Tawny): Tawnies bastante diferenciados e de alta categoria, feitos a partir de cortes de lotes de diferentes safras, geralmente muito antigas. A idade declarada (10, 20, 30 e 40 anos) refere-se à média de idade dos vinhos utilizados no corte. Tem o ano do engarrafamento no rótulo. É um vinho pronto para ser consumido


Portos com indicação de safra
 
Garrafeira: Este tipo é produzido atualmente por apenas uma empresa, a Niepoort. É um Tawny proveniente de uma só safra, pronto para beber, que permanece 7 anos em garrafões de vidro de 10 litros antes de ser comercializado. Por não se submeter à grande oxidação que ocorre nos outros tipos amadurecidos em tonéis, tem uma cor mais vermelha e mais frescor, e aromas mais frutados, conhecidos como ‘aroma de garrafa’.
 
Colheita: Tawny proveniente de uma só colheita (safra) e envelhecido em cascos por no mínimo 7 anos. Tem a data da safra e do engarrafamento no rótulo e não melhora com a guarda. São vinhos em geral diferenciados, em alguns casos de excelente qualidade.
 
Late-Bottled Vintage (LBV): É um vinho de uma só safra (declarada no rótulo), envelhecido de 4 a 6 anos, que apesar de excelente qualidade, não atingiu a exuberância organoléptica para receber a designação Vintage (ver abaixo). É um vinho de cor e aromas intensos, pois é amadurecido em balseiros, grandes tonéis de milhares de litros, e não sofre a intensa oxidação dos vinhos armazenados em cascos de carvalho, responsável pela perda da cor. Há o LBV dito tradicional que não é filtrado (tem borra no fundo da garrafa), sendo um Porto bastante diferenciado, e de ótima relação custo-benefício se comparado com os Vintage.
 
Vintage: É o grande Vinho do Porto, de uma única safra de um bom ano (em geral, tres a quatro vezes por década) constante no rótulo, (ex. Vintage 1994, Vintage 1997, etc.) envelhecido de 2 a 3 anos em balseiros e não é filtrado (tem borra no fundo da garrafa). É um dos vinhos mais enaltecidos no mundo e necessita no mínimo cerca de vinte anos de guarda para atingir a sua plenitude. Alguns Vintages chegam a sobreviver mais de um século, mantendo a sua realeza!
 
Observações:
 
As empresas que num determinado ano julgam ter obtido um vinho de qualidade suficiente para receber o rótulo de Vintage, enviam amostras do vinho, ainda no balseiro, para análise do Instituto do Vinho do Porto (IVP), órgão responsável pela regulamentação dos vinhos dessa DOC. Lá, as amostras são analisadas quimicamente em laboratórios equipados com modernos recursos tecnológicos, e, a seguir, uma experiente equipe de degustadores (a Câmara de Provadores) realiza a análise organoléptica e decide se o vinho em questão receberá ou não a declaração de Vintage.
 
No caso do vinho não ser declarado Vintage pelo IVP, resta ao produtor deixar o vinho amadurecer mais tempo (4 a 6 anos) e o comercializar como LBV, ou utiliza-lo em lotes que entrarão no corte de Ruby, Tawny, etc.
 
No caso do vinho ter sido declarado Vintage pelo IVP, mas a empresa não considera-lo no nível de excelência por ela exigido, ela o engarrafará como um Vintage de segunda linha. Para diferenciar este vinho, muitas empresas o rotulam de duas formas: como Single Quinta, caso seja feito com uvas de uma único vinhedo ou Quinta (propriedade), ou usando um outro nome. Por exemplo, a Graham, denomina seu melhor Vintage Graham-Vintage-19.., e o segundo Malvedos-19...; a Nieeport denomina seu Vintage segunda linha como Quinta do Passadouro-Vintage-19..., e a Fonseca declara Fonseca-Vintage-19.. nos anos exepcionais e Vintage-Fonseca Guimaraens 19... nos demais anos. O problema é que o nome Quinta pode constar no rótulo de Vintages de primeira linha de alguns produtores, como por exemplo o Quinta do Vesúvio (da empresa de mesmo nome) e o Quinta das Carvalhas (da Real Companhia Velha).
 
Os Vintage de segunda linha têm ótima relação custo-benefício, considerando tratar-se de um Vintage, ainda que não seja de excepcional qualidade.
 
Fonte: Academia do Vinho

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Bordeaux vai usar drones em seus vinhedos

Apesar de ser um produto extremamente tradicional, cujos preceitos respeitam a história, o vinho também evolui. E na mais recente onda tecnológica está o produtor Bernard Magrez, que vai usar drones (veículos aéreos não tripulados) para ajudar a gerenciar suas propriedades em Bordeaux.
 
A tecnologia, que envolve mini-helicópteros não tripulados equipados com câmeras e outros sensores, pode ser usada para voar sobre os vinhedos medindo os danos em plantas doentes, estresse hídrico, maturação das uvas entre outros parâmetros, incluindo especificidades do solo.
 
Magrez vai usar os drones inicialmente nas propriedades de Pape Clement, La Tour Carnet, Fombrauge e Haut Peyraguay. Vale lembrar que o Château Luchey-Halde no Pessac Léognan testou o Scancopter 450, em maio de 2011. Além dele, diversos produtores na Califórnia e Oregon começaram a usar tecnologia similar. Os Châteaux Bouscaut e La Dauphine também usaram drones para criar vídeos aéreos de suas propriedades.
 
Jeanne Lacombe, diretor-técnico das propriedades de Magrez disse que um único drone, ao custo de 50 mil euros, vai começar a trabalhar em abril deste ano. “Fizemos os testes e estamos felizes com os resultados. O drone pode cobrir 1,5 hectare de vinhedo em quatro minutos, então esperamos que, em uma semana, ele cubra a propriedade toda de La Tour Carnet, que tem 120 hectares”, conta Lacombe.
 
Lacombe espera ainda que a adoção do drone signifique redução de mão-de-obra. “Esperamos fazer reduções significativas também em uso de fertilizantes e outros tratamentos, assim que o drone fizer as medições mais precisamente. Isso também significa diminuir o uso de tratores. No começo, usaremos controles manuais, mas, no futuro, o drone será operado por programas de computador”, conclui.
 
Fonte: Revista Adega

Calyptra Assemblage Premium 2011

Fui passar uns dias na praia de Serrambi com Fernanda e os amigos Juberlan, Rejane e Philipe e levei o Calyptra Assemblage Premium para acompanhar um churrasco. Comprei esse vinho em uma promoção na Wine e pelo que paguei posso dizer que foi uma excelente compra.
 
O vinho é produzido pela Calyptra, que é uma vinícola boutique que está localizada em Coya, no Alto Cachapoal. Seus vinhedos foram plantados em 1989 e estão localizados na pré-cordilheira, a quase mil metros de altitude, perto da cordilheira dos andes.
 
Os vinhos e barricas são produzidos pelo enólogo e tonelero François Massoc. A região se beneficia pela alta amplitude térmica que favorece aos vinhos frescor e complexidade.
 
A Calyptra tem como missão produzir vinhos finos usando métodos de cultivo que respeitam a natureza e processo de vinificação artesanais, mas modernos, que respeitam a pureza das uvas.

Na taça apresentou cor rubi escura, com reflexos violáceos e boa formação de lágrimas. No nariz aroma de frutas negras , chocolate, café, pimenta e tostado. Em boca repetiu as notas olfativas e mostrou taninos macios e boa acidez. O álcool não apareceu, apesar dos seus 14,5%. Final de boca de boa intensidade com a fruta e o tostado aparecendo no retrogosto. 
 
O Rótulo

Vinho: Calyptra Assemblage Premium
Tipo: Tinto
Castas: Merlot (45%), CS (29%), Syrah (26%)
Safra: 2011
País: Chile
Região: Vale Cachapoal
Produtor: Calyptra
Graduação: 14,5%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 65,00 (por esta R$ 25,00)
Temperatura de serviço: 16 graus

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Colheita no Rio Grande do Sul promete

O clima entre os produtores de uva na região norte do Rio Grande do Sul é de muito otimismo. As geadas do último inverno não prejudicaram a safra. A incidência de pragas também foi menor neste ano. O resultado são colheita e frutas de boa qualidade.
 
A escassez de chuva no último mês colaborou para o amadurecimento da fruta. “Porque a produção de açúcar, a glicose, que faz com que a uva fique mais doce, ela se fortalece na estiagem. A uva não gosta de muita chuva neste período de amadurecimento”, explica Nilton Cipriano Dutra de Souza, engenheiro agrônomo da Emater.
 
A safra da uva abre com uma estimativa de 11 mil toneladas produzidas na região. A uva é a principal fruta cultivada no Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater. A produção atinge em média 600 milhões de quilos e atende principalmente o mercado do vinho.
 
No momento, os agricultores estão recebendo R$ 6 pela caixa de 5 quilos de uva, valor que é o dobro do estipulado pelo Instituto Brasileiro do Vinho, o Ibravin.
 
A renda está garantida para a família Szefer, que pretende colher 140 toneladas. Em outra propriedade, as uvas são produzidas em estufas e de forma orgânica. “A gente tem investido gradativamente nesta questão de qualidade de uva, dando um produto diferenciado, de maior qualidade e agora pensando quase 100% no orgânico”, diz Antônio Zanandréa, produtor rural.
 
Fonte: Globo Rural

Vinho envenenado pode ter matado Alexandre, o Grande

O toxicologista do National Poisons Centre e cientista da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, Dr. Leo Schep, acredita que um vinho envenenado, feito de uma planta, pode ter matado Alexandre, o Grande – que moldou um dos maiores impérios da antiguidade.
 
O rei macedônio, depois de ter conquistado diversos povos por onde passou, especialmente na Ásia e África, morreu jovem, aos 32 anos, no ano de 323 a.C. Alguns historiadores dizem que ele faleceu de causas naturais, outros que foi em decorrência de envenenamento em um banquete de celebração.
 
Para o Dr. Schep, as hipóteses de uso de arsênico e estricnina “são risíveis”, pois, desse modo, a morte teria sido rápida. Em sua pesquisa, em parceria com o expert Dr. Pat Wheatley, publicada na revista Clinical Toxicology, ele diz que o culpado mais provável foi um vinho feito de Veratrum album, conhecida como heléboro branco.
 
A planta de flor branca pode ser fermentada em um vinho envenenado e era bem conhecida pelos gregos como um tratamento à base de plantas para induzir o vômito. Ela também seria responsável pelos 12 dias que Alexandre levou para morrer, durante os quais ele ficou mudo e incapaz de andar.
 
Dr. Schep disse que o veneno provavelmente seria "muito amargo", mas poderia ter sido adoçado com vinho. Ele admitiu, contudo, que a morte de Alexandre permanecerá para sempre um mistério.
 
Fonte: Revista Adega

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cabernet Sauvignon: a mais popular do mundo

Estudos recentes da Universidade de Adelaide, na Austrália, mostram que a Cabernet Sauvignon vem substituindo a espanhola Airen como a uva mais plantada no mundo. De acordo com as pesquisas, a Cabernet Sauvignon fechou o ano de 2010 com 300 mil hectares cultivados no mundo, três vezes mais do que os 100 mil calculados há duas décadas.
 
O relatório australiano analisa as plantações de 44 países responsáveis por 99% da produção mundial de vinho. A partir desses dados pode-se notar a crescente popularidade de variedades francesas nativas, que têm se beneficiado de uma adoção mais ampla nos países do Novo Mundo, que somavam 36% da área vitivinícola mundial em 2010, contra 26% em 2000.
 
Nesse tempo, a Merlot se juntou a Cabernet Sauvignon no topo do cultivo, ficando em segundo lugar, ultrapassando Garnacha Tinta, que agora ocupa o sétimo lugar, e deixando Airen em terceiro. Outras castas que perderam terreno nas últimas duas décadas são Trebbiano Toscano, Mazuelo e Rkatsiteli, que tiveram muitas vinhas arrancadas ou substituídas na década de 1990.
 
Este estudo serve como um aviso sobre a diminuição da diversidade de castas na cena do vinho no mundo. “Igualmente preocupante é que a diversidade de uvas está se estreitando para algumas variedades ‘internacionais’”, afirmaram os pesquisadores.
 
Veja a lista das top 10 mais plantadas no mundo:

1. Cabernet Sauvignon
2. Merlot
3. Airen
4. Tempranillo
5. Chardonnay
6. Syrah
7. Garnacha Tinta
8. Sauvignon Blanc
9. Trebbiano Toscano
10. Pinot Noir

Branco português com a cara do nosso verão

O verão não está leve não, por aqui estamos transpirando até embaixo de árvore e em ambientes refrigerados e, para refrescar um pouco, as praias e piscinas estão lotadas.
 
Na última semana eu, Fernanda e Luquinhas colocamos as mochilas nas costas, ou melhor na mala do carro e fomos conhecer algumas praias do litoral alagoano, ao todo foram 13 praias, umas simplesmente maravilhosas.
 
Aportamos na casa da minha tia Tânia e em uma das noites, após um dia intenso pelas praias ela nos recebeu com um camarão maravilhoso e uma garrafa de Casal Garcia Branco 2012, um rótulo leve e fresco, que é a cara desse nosso verão tórrido e vai bem sozinho ou acompanhando pratos pouco condimentados.
 
O vinho apresentou uma cor amarelo palha com reflexos esverdeados e pequena formação de agulhas. No nariz aromas suaves e agradáveis  de flores e frutos brancos. Em boca mostrou-se fresco e leve; repetiu as notas olfativas e mostrou um final de boca de média intensidade com toques de maça e jasmim aparecendo no retrogosto.
 
Vinho fácil de beber, bom para o dia a dia e com ótimo custo versus benefício. Esse rótulo já passou por aqui em 2012: relembre.

Duas Barras, Jequiá - AL
O Rótulo

Vinho: Casal Garcia
Tipo: Branco
Castas: Trajadura, Loureiro, Arinto e Azal
Safra: 2012
País: Portugal
Região: Vinho Verde
Produtor: Avelada Vinhos S/A
Graduação: 10%
Onde comprar em Recife: Pescadeiro
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 12 graus

domingo, 12 de janeiro de 2014

Vinho ou suco de uva?

Que o vinho traz inúmeros benefícios à nossa saúde, parece que todo o mundo já sabe. Mas uma pergunta frequente é: suco de uva é tão saudável quanto o vinho? Pergunta frequente, e resposta difícil. Isso sem falar nos benefícios do consumo de vinho sem álcool, e da uva, em si.
 
Suco de Uva
 
Estudos sugerem que alguns tipos de suco de uva podem oferecer os mesmos benefícios cardíacos do vinho tinto. Principalmente com uvas da variedade Concord, que não são propriamente viníferas, mas são muito indicadas para a produção de sucos. Essas uvas são cultivadas em países como Estados Unidos e Canadá, e, também, no sul do Brasil.
 
E, se por um lado, alguns pesquisadores afirmam que parte dos efeitos benéficos do vinho vem justamente do efeito vasodilatador do álcool, outros cientistas garantem que o suco produzido a partir das uvas Concord proporciona o mesmo relaxamento das artérias, e, consequentemente, os mesmos benefícios à saúde. Polêmico, até para a ciência.
 
De qualquer maneira, não devemos esquecer que é bom ficar atento para a eventual presença de açúcar ou de ingredientes artificiais nos diferentes sucos de uva.
 
Vinho sem Álcool
 
Qual a diferença entre suco de uva e vinho sem álcool? No suco, as uvas são cozidas, com ou sem açúcar. Já os vinhos sem álcool são produzidos por meio da fermentação natural da fruta, sem adição de água ou de açúcar, da mesma maneira que os vinhos normais. E é isso que talvez faça toda a diferença, pois o vinho possui uma centena de compostos que só lhe são conferidos após a fermentação.
 
O vinho sem álcool passa por um processo de desalcoolização, depois da fermentação, e antes de ser engarrafado, mantendo, assim, todas as propriedades do vinho, inclusive aquelas relacionadas à saúde.
 
Para aqueles que relacionam a presença do álcool aos efeitos saudáveis, uma pesquisa realizada na Espanha, e publicada no American Journal of Clinical Nutrition, atestou iguais, ou até maiores efeitos benéficos no consumo de vinho sem álcool, quando comparado ao vinho normal.
 
Uvas "in natura"
 
E comer as uvas? Será que daria na mesma? Primeiro vamos lembrar que o resveratrol, componente benéfico à saúde presente principalmente nas cascas das uvas, é muito concentrado nos vinhos tintos, em função do processo de vinificação. E, em linhas gerais, cada taça de vinho é produzida a partir, de aproximadamente, 75 bagos de uva.
 
Então, o mais importante, nesse caso, é imaginar algumas continhas matemáticas. Quantas uvas precisaríamos ingerir para consumir o resveratrol equivalente a uma ou duas taças diárias recomendadas? Parece um pouco indigesto, não é?
 
Mas até essa posição encontra opositores. Pesquisando um pouco, é possível encontrar estudos defendendo ambos os lados (o vinho e a fruta). Se, por um lado, os defensores do vinho ressaltam a relevância do álcool nos benefícios à saúde, os defensores da uva lembram dos benefícios adicionais do consumo das fibras das frutas.
 
Fonte: Tintos e Tantos