quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Autoridades francesas e chinesas unem-se para combater falsificação de vinhos

O CIVB - corpo de comércio vinícola de Bordeaux - tem feito visitas-surpresa em supermercados chineses e lojas de vinho para compilar uma base de dados de garrafas falsificadas, a qual foi repassada a investigadores da China.

"Isso é para que eles possam ver as ligações entre empresas que vendem as garrafas falsificadas e onde elas podem ter sido produzidas na China", disse Thomas Jullien do CIVB, que representa cerca de 60 denominações de Bordeaux e 8.500 produtores.

Caixas de Vinhos Consideardas Suspeitas
Jullien disse que as autoridades chinesas se dirigiram ao CIVB para descobrir como lidar com as garrafas falsificadas. "Eles querem estabelecer relações entre importadores e produtores, pois eles precisam de uma prova de que o produto é falsificado".

O CIVB não irá publicar dados sobre o número de garrafas falsas, nem indicar quais marcas foram falsificadas, apesar de imagens obtidas pelo site Decanter.com mostrarem caixas rotuladas com "Forlatour", e um Margaux "Grand Reserve" chamado "Chateau French Tour".

Como um indício da escala do problema, economistas do governo norte-americano estimam que 8% do PIB da China venha da venda de mercadorias falsificadas, desde vinhos a roupas de grife.

As garrafas falsas "continuam um grande problema (...). Há uma ameaça real de que os consumidores comecem a perder a confiança em algumas das principais marcas vendidas na China".

A educação de vinho tem aumentado na China, protegendo tanto os consumidores como as marcas de Bordeaux, representando cada vez mais uma causa comum, disse Jullien.

Para esse fim, o CIVB está planejando uma série de sessões por todo o país nos próximos três meses para ajudar os consumidores a entender as indicações de rotulagem e denominação.

Grandes Pintores e o Vinho - Número 5


Le Déjeuner des Canotiers - AugusteRenoir

O quadro mostra um grupo de amigos de Renoir descansando em um terraço no Maison Foumaise sobre o Rio Sena no Chateau, França. O pintor e o mecenas Gustave Caillebotte estão sentados à direita. À esquerda se vê a futura esposa de Renoir, Aline Charigot, brincando com um pequeno cão.

Pierre-Auguste Renoir (Limoges, 25 de fevereiro de 1841Cagnes-sur-Mer, 3 de dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Jantar de harmonização - Segunda Edição

Aconteceu, no dia 10 do corrente mês, o segundo jantar de harmonização. Recebi em minha casa minha namorada e os amigos, Juberlan, Rejane, Eli e Simone (e filhas) para uma noite e jantar dedicado as mulheres.

Iniciamos com um vinho Pinot Noir, uva conhecida pela elegância e comumente designado como um vinho feminho. O rótulo escolhido foi o Barton & Guestier Reserva Pinot Noir, safra 2009.


Um vinho de cor vermelho intensa e de lágrimas abundantes. Tinto de aromas de fruta madura como cereja e ameixa seca, com toques de chocolate e especiarias. Bouquet elegante e complexo. Boa estrutura e taninos macios. Final longo. Um vinho saboroso, fácil de beber e que agradou muito, sobretudo as mulheres.

Enquanto degustávamos o rótulo batemos um papo descontraído e escutamos a trilha sonora do filme A Good Year (Um Bom Ano), Universo ao Meu Redor de Marisa Monte e Maria Rita (um vinho feminino harmonizando com duas das mais belas vozes femininas do Brasil). Para acompanhar: os queijos Brie, Camembert, Gorgonzola e Provolone.

O Rótulo

Vinho: Barton & Guestier Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2009
País: França
Região: Ile de Beauté
Produtor: Bodega Barton & Guestier
Graduação: 12%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 16 graus

Nota: Este rótulo foi adquirido a um preço muito abaixo do que tenho visto na internet e em outros locais, onde o preço tem variado de R$ 70,00 à R$ 80,00. Para quem estiver em Recife vale a pena passar pelo RM Express e conferir os preços desse e de outros rótulos nacionais e importardos, que em muitas situações encontram-secom valores inferiores aos de outras redes e de lojas especializadas.

Antes de passarmos ao jantar eu tive a grande surpresa da noite e não posso dizer que a mesma foi agradável: Simone é alérgica a Camarões... E agora José? Eu vou para Minas! Minas não existe mais! E agora "Eli"... Eli vai a cozinha e prepara rapidamente tomates recheados como calabresa para sua dignissíma Simone...

E, sem esquecer dos detalhes eu só descobri da alergia porque graças a Deus havia preparado um caldinho de camarão para degustarmos antes do prato principal... Salvo por Eli, as cabeças de camarão (que resultaram no caldinho) e pela pergunta antes do jantar. Está certo que a pergunta veio quase que imediatamente antes, mas serviu. Que da próxima essa bendita pergunta venha bem antes...

Mas justiça seja feita! José foi para o mar e o mar não existia mais, mas veio Eli e salvou-me de uma tremenda gafe.

Passado o "susto" iniciamos o nosso jantar. O prato da noite: Camarão na Moranga, em uma criação pessoal, acompanhado de arroz de açafrão. Prato de preparo relativamente simples, desde que já se adquira o filé de camarão.

Para harmonizar escolhi um rótulo chileno: Casillero del Diablo Chardonnay 2009.


Detalhe para a preparação / arrumação final do prato feito pelo pisca Eli para Simone... e ela ainda viria a ter uma surpresa no fim da noite.

O Casillero del Diablo Chardonnay é um varietal de cor amarelo pálido, limpo e brilhante. Apresenta um bouquet muito expressivo, fresco e frutado (cítrico, abacaxi e péssego), com notas sutis de baunilha, frutas, avelãs e tostado que se completam. Em boca, uma rica intensidade floral se entrelaça à madeira em um vinho de boa acidez e frescura, equilibrado, elegante e com um final longo e doce e que caiu como uma luva na harmonização...

Avaliem nas imagens abaixo se o jantar foi do agrado dos convidados da noite.



O Rótulo

Vinho: Casillero del Diablo
Tipo: Braco
Castas: Chardonnay
Safra: 2009
País:  Chile
Região: Valle Central
Produtor: Concha y Toro
Graduação: 12%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 12 graus
Fechamos a noite com um café servido em um jogo de chícaras presenteado a Simone pelo galante pisca Eli e com o Velhotes Porto Ruby.
 

Que venha o próximo! Saúde!
 

Velhotes Porto Ruby

De cor brilhante de intensidade e tonalidade forte, com cor vermelho violeta. Aroma a frutos frescos com uma vertente floral e madura, muito intensa. Com um paladar jovem, cheio de frutos vermelhos maduros, com uma estrutura forte, doce, uma acidez elevada e muito álcool (sobressaiu-se).

O Rótulo

Vinho: Velhotes Porto Ryby
Tipo: Tinto Fortificado
Castas: Tinta Roriz (30%), Tinta Barroca (30%), Tinto Cão (10%), Touriga Franca (30%).
Safra: Não fornecido em rótulo
País: Portugal
Região: Douro
Produtor: Porto Calem
Graduação: 20%
Preço médio: R$ 35,00
Onde Comprar: RM Express

Post Scripitum

Pelas mãos de Antônio Alves Cálem, em 1859, nasceu a Porto Calem. Logo no seu início, o principal objetivo foi o mercado brasileiro. Após esta conquista, a Porto Cálem chegou aos quatro cantos do mundo, possuindo a sua própria frota de caravelas, eternamente representadas na imagem da marca. No ano de 1998, a empresa foi adquirida pelo Grupo Sogevinus. Uma empresa que tinha capacidade de elevar o trabalho de muitas décadas e aliar o desenvolvimento tecnológico aos sabes ancestrais, fazendo assim, cada vez mais e melhor sem nunca esquecer a tradição em suas origens. PORTUGAL O progresso dos vinhos de Portugal nos últimos anos foi impressionante. A modernização tecnológica, aliada às maravilhosas uvas da terra, conduziu o país de volta ao mercado mundial. País que oferece rótulos atraentes por sua relação qualidade-preço, foi o primeiro a ter regiões demarcadas. Douro, Bairrada e Minho (Vinhos Verdes) são algumas de suas regiões produtoras. Também no Douro tem origem o tradicional Vinho do Porto.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Consumo moderado de vinho reduz riscos de diabetes em até 84%

Diabetes é um problema de saúde crescente nos Estados Unidos e no mundo. Casos do tipo 2 (não dependente de Insulina) têm aumentado - mais de 60% desde 1991, e especialistas em saúde estimam que isso irá afetar 40 milhões de norte-americanos até 2050.

Um novo estudo, contudo, sugere que o consumo moderado de álcool, incluindo vinho, pode reduzir as chances de desenvolver diabetes, particularmente em mulheres.


Cientistas descobriram que o consumo moderado reduziu os riscos em 19% nos homens e 37% em mulheres com idade entre 50 e 71.

O estudo, publicado no dia 6 de setembro pelo "Annals of Internal Medicine", foi conduzido por cientistas de diversos institutos de saúde norte-americanos. Eles estudaram os dois tipos de variação de diabetes, apesar de os autores estimarem que 95% dos casos em adultos são de tipo 2, antes conhecida como diabetes adulta. Ambas as manifestações da doença são identificadas pelos níveis elevados de glucose no sangue e frequentemente levam a problemas de saúde graves e morte prematura.

Junto com o consumo moderado de álcool - definido entre meia e uma taça por dia para as mulheres, e entre uma e duas taças para os homens, - os pesquisados incluíram fatores como índice de massa corporal ideal, não fumar, atividade física adequada e uma dieta saudável e de baixo risco.

Entre os adultos que se adequavam a esses fatores, cerca de 4% dos homens e 2% das mulheres, os resultados foram impressionantes: o risco de diabetes reduziu 72% entre os homens, e 84% entre as mulheres.

Fonte: Revista Adega

Nota: Diabetes - A doença ocorre quando o pâncreas é incapaz de produzir insulina suficiente – hormônio que controla a quantidade de açúcar no corpo. Há também casos em que a insulina é produzida, mas não funciona adequadamente. Grandes quantidades de açúcar no sangue, por sua vez, podem levar a problemas cardíacos, cansaço, cegueira, danos nervosos, problemas nos rins e apoplexia.

Grandes Pintores e o Vinho - Número 4



Um Bar no Folies-Bergère (fr: Un bar aux Folies-Bergère) é um óleo sobre tela de pintado por Édouard Manet e exibido no Salão de Paris em 1882. Foi sua última grande obra.

O bar retrata uma cena do café-concerto Folies-Bèrgere, em Paris.

A cena, ao contrário do que aparenta, não foi pintada no Folies-Bergère, mas sim inteiramente criada em seu atelier. A jovem que serviu de modelo, Suzon, no entanto era realmente empregada do célebre café-concerto.

Os numerosos elementos presentes sobre o balcão do bar, garrafas de bebidas (em sua maioria Champagne), flores, frutas, formam uma evolução piramidal, encontrando o cume, não por acaso, nas flores que ornam o colo da servente.

Mas o aspecto que mais retém atenção dos críticos é o reflexo de Suzon no espelho. Suas costas não parecem revelar uma imagem exata da cena, tanto no que concerne à sua postura, tanto como a presença de um homem em sua frente, tão próximo que deveria ter tampado a visão do observador. É difícil concluir se esta anomalia é fruto da vontade do artista ou um simples erro de apreciação. Huysmans, escritor e crítico de arte francês, descreveu com deleite a maneira como o quadro "surpreende os que o observam, que trocam observações desorientadas sobre a visão desta tela".

O quadro possui a assinatura de Manet no rótulo da garrafa vermelha, no canto inferior esquerdo da tela.

Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cesari Chianti Principe DOCG 2009

O Cesari Chianti Principe é um vinho fácil de beber, armazenado em barricas de carvalho francês por 12 meses. Vinho de cor vermelho rubi, porém não muito profundo e com tons de tijolo. Apresenta um aroma frutado com um toque delicado de flores. Em boca é, equilibrado, com boa estrutura e final frutado/adocicado: muito harmônico, bom para o dia a dia e para acompanhar massas.

Mas, faltou algo: mais acidez (comum aos Chianti), a presença dos taninos, que vieram muito tímidos ao paladar e a madeira, praticamente imperceptível, mesmo o vinho tendo sido envelhecido em barricas por 12 meses.

Harmonizei com uma pizza salame com muito molho de tomate.



O Rótulo

Vinho: Cesari Chianti Principe DOCG
Tipo: Assemblage Tinto
Castas: Sangiovese (80%), Trebbiano (10%) e Cannaiolo (10%)
Safra: 2009
País: Itália
Região: Toscana
Produtor: Cesari
Graduação: 12,5%
Preço médio: R$ 30,00
Onde Comprar: RM Express
Temperatura de serviço: 17-18 graus

Post Scriptum

Chianti é um vinho tinto italiano produzido na região da Toscana.

É um vinho tinto seco, com notas de fruta muito concentrada e é produzido com as uvas Sangiovese (predominante) e Canaiolo, ambas tintas, e as brancas Trebbiano e Malvásia. O Chianti combina bem com comidas leves e seus sabores e aromas de violeta e cereja são impressionantes.

O Chianti não é exatamente um vinho de guarda mas pode manter suas caracteristicas por longos anos desde que bem armazenado.

Alguns deles são produzidos sob DOCG (Denominazione d'Origine Controlatta e Garantita), no entanto, nem sempre é uma garantia de qualidade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Vina Maria Reserva Selecionada 2008 e Rincon del Sol Malbec 2010

Vinho de cor vermelho rubi intensa, de lágrimas abundantes. Aromas a fruta vermelha e tostado da madeira, com bom volume de boca, boa estrutura, macio. Em boca percebi taninos com uma adstringência acentuada, deixando a boca bem seca , ácidez equilibrada e álcool bem evidência . Um vinho de grande força e que não agradou muito por conta da adstringência (não teve água que desse... risos). Mas creio que esse mesmo rótulo possa me agradar se envelhecer um pouco mais.

Mais uma vez um vinho brasileiro com preço elevado.

O Rótulo

Vinho: Vinha Maria Reserva Selecionada
Tipo: Assemblage Tinto
Castas: Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon
Safra: 2008
País: Brasil / Região:  Vale do São Francisco
Produtor: Vinibrasil e Dão Sul
Graduação: 13%
Preço médio: R$ 50,00
Temperatura de serviço: 16 graus


O Rincón del Sol Reserva Malbec 2010 é um vinho de cor rubi com reflexos violáceos, aroma bastante frutado, com um leve toque herbáceo e adocicado. Na boca é pouco tânico, tem acidez marcante e uma sensação de retrogosto adocicado. É macio, apesar do final levemente amargo. Vinho jove,m, simples e bom para o dia.
O Rótulo

Vinho: Rincón del Sol Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Malbec
Safra: 2010
País: Argentina
Região:  Mendonza
Produtor: Bodegas Sanata Ana
Graduação: 13%
Onde comprar:?
Preço médio: ?
Temperatura de serviço: 16 graus

Os rótulos forão degustados na casode Macílio e Ana. Agradeço pelo convide, pela acolhida, pela conversa e pelos rótulos.

Santa Helena Reservado Chardonnay 2010

O Santa Helena Reservado Chardonnay 2010 mostrou uma cor amarelo esverdeada bem clara, um bouquet franco e razoavelmente persistente, com aromas de abacaxi e maçã verde. Em boca apresentou intenso frescor e acidez pronunciada, com sabor de maçã verde e leve sabor de pêssego com certo aveludado ao final. Um vinho jovem, saboroso e fácil de beber.

O vinho foi degustado com minha namorada (Fernanda) na Creperie Montmartre, um restaurante agradável pela sua decoração e baixa luz, dando um romantismo, mas o serviço deixa a desejar. Harmonizamos o rótulo com crepes. No meu caso Camarão e queijo Brie  e de Fernanda Camarão e Salmão, os quais deixaram a desejar pelo sabor e por terem sido servidos frios.

Recomendo o vinho, mas não a creperia: pela falta de qualidade do atendimento. Fica a dica aos donos do local.
O Rótulo

Vinho: Santa Helena Reservado
Tipo: Branco
Casta: Chardonnay
Safra: 2010
País: Chile
Região: Valle Central
Produtor: Viña Santa Helena
Graduação: 12,5%
Onde comprar: Rede de Supermercados
Preço médio: R$ 32,00 (Na Creperie Montmartre)
Temperatura de serviço: 10 - 12 graus

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Good Year - Um Bom Ano

Um filme um pouco água com açúcar e que poderia ter focado mais sobre os vinhos de garagem, mas vale assistir, sobretudo pela trilha sonora, a qual é convidativa para a degustação de vinhos.



Sinopse

Aos 11 anos, Max Skinner (Freddie Highmore) é cuidadosamente educado na arte de saborear vinhos por seu tio Henry (Albert Finney), dono de um vinhedo na França. Adulto, Max (Russell Crowe) torna-se um bem-sucedido homem de negócios em Londres, sem qualquer tempo para degustações mais duradouras. Certo dia Max recebe a notícia de que Henry morreu, deixando-o como único herdeiro. Prevendo bons negócios, resolve fazer uma rápida viagem para visitar a nova propriedade. Mas, uma vez ali, percebe que não será tão fácil vender o lugar que lhe traz tantas lembranças de infância.

"Um bom ano", um bom filme e um bom vinho a todos!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Grandes Pintores e o Vinho - Número 3



Vinhedo Vermelho (Novembro de 1888) - Vincente Van Gogh


Van Gogh teve sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.

A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901.

Vincent van Gogh chegou em Arles, no Sul de França, no dia 21 de fevereiro de 1888. A cidade era um local que o impressionava pelas paisagens e onde esperava fundar uma colônia de artistas.

Com objetivo de decorar a sua casa em Arles (conhecida como A Casa Amarela, retratada em uma de suas obras), Van Gogh pintou a série de quadros com girassóis, dos quais um se tornaria numa de suas obras mais conhecidas. Dos artistas que deixara em Paris, apenas Gauguin respondeu ao convite feito para se instalar em Arles. O Vinhedo Vermelho, único quadro vendido durante a sua vida, foi pintado nesta altura. Vendido por 400 francos para Anne Boch. Van Gogh fica sabendo do negócio por intermédio de seu irmão e mecenas Theo, em fevereiro de 1890.

Fonte: Wikipedia

domingo, 4 de setembro de 2011

Bourgogne Masson Dubois Pinot Noir 2008

Estava quase largando do trabalho na última sexta quando meu telefone toca; era o Confrade Cachacelié Juberlan e uma ligação àquela dada hora me cheirava a vinho, dito e feito, logo ao atender escuto ao fundo o Confrade Cachacelié Eli dizendo: o vinho está gelando! De pronto respondo: está marcado!

Por volta das 20h30min iniciam-se os trabalhos na residência do Confrade Cachacelié Eli (desta vez não perdeu a hora), que tem uma notória preferência pelos vinhos do velho mundo a saber os franceses e portugues, no caso do último os do Porto. Portanto, o rótulo da noite não poderia vir do novo mundo, sendo-nos apresentado o Masson Dubois Bourgogne Pinot Noir 2008.

Para não tornar-se diferente aos encontros na residência do Pisca Eli, este foi marcado por outra história, que desta vez foi narrada não por sua caçula, mas por sua digníssima Simone. A narrativa do do dia foi nada mais nada menos que o cortejar do Pisca Eli para com a Simone, quando esta estava com seus 15 anos.

O Pisca rondando e rondando e ela fazendo aquele doce, até o dia em que ela aceita o convite para o jantar, mais sem dar muita bola, ou será fingindo. No dia do jantar, meio que como uma predição e para a supresa de Simone, seu pai ao bater os olhos em Eli ele logo diz: você é filho de Claucínio? Sou sim! Simone de longe já pensava: não vou conseguir escapar do Pisca. Pois é, como já diz o dito popular: de destino não se foge ou ainda qualquer semelhança é mera conicidência. O pai de Simone e o do Pisca haviam labutado juntos em um passado não muito longícuo e já estava escrito, mesmo sem o conhecimento de seus genitores, que Eli e Simone viriam a unir as duas famílias... Lá se vão 20 e poucos anos de convívio.

O Pisca já havia maquinado um plano infalível até para o mais duro coração: levou Simone para jantar no requintado Oficina de Massa sito à Avenida Boa iagem, Recife-PE (lamentavelmente não encontrei nenhum registro fotográfico do restaurante em questão, visto que não existe mais e que nenhum ser postou nada na rede sobre o mesmo). O jantar foi marcado por muito cortejo e ao fundo musical do clássico violíno ao pé da mesa vem o pedido de namoro, com o testemunho do garço da mesa. Impossível dizer não hein Simone? O Pisca é bem filho de seu Claucínio: pura genética de Galantes.

Mas, nem não só as histórias que marcam os encontros na casa de Eli, boas músicas sempre harmonizam os momentos e, diga-se de passagem, em geral as músicas não são conhecidas por quase ninguém ou ninguém fora ele, típico de um Pisca. O cd da noite foi o Lay me Dow da intérprete Nancy Bryan e pasmem eu não encontrei na net a letra título do álbum. Encontrei apenas um vídeo no youtube com cenas de um filme antigo e uma de suas músicas de fundo musical: Guilty (acesse o vídeo clicando no link e leia a letra da música abaixo). Fica então a pergunta: Pisca Eli onde raios você encontra essas músicas e cds? Brincadeiras a parte a voz feminina e suave da Nancy Bryan harmonizou perfeitamente com o feminino e elegante Pinot Noir da noite.


Guilty - Nancy Bryan

Oh tonight I'll be with you in paradise, I'll never leave you. In the sky, every star that ever burned so bright is going home with you.

I said I'd never leave you alone. The fire that I'm giving will go on and on and on.

Guilty, I'm guilty for loving you. Guilty, so guilty for believing in you.

Every dream you have ever dreamed or hoped you'd see, is simply hiding in the night. All the promises are black and white; just shine your light on them.

I said I'd never leave you alone. The fire that I'm giving will go on and on and on.

Guilty, I'm guilty for loving you. Guilty, so guilty for believing in you. Yes I believe in you.


E o vinho? Quem? O vinho! Sim... Bourgogne é o vinho de entrada da casa Masson Dubois em Bourgogne. 100% Pinot Noir, com alguma passagem por madeira. Este apresentou uma cor vermelho brilhante, limpido/transparente, típico dos Pinot Noir franceses. Nariz com frutas vermelhas muito evidentes, morango principalmente, surgem também aroma doce, de madeira. Em boca, taninos ainda jovens convivem com acidez acentuada. Aromas de boca trazem morango e um pouco de madeira.

O vinho foi harmonizado com queijos originários de regiões francesas (Brie e Normandia), nada mais apropriado. São eles: Brie e Camembert (receitas de massa mole, textura uniforme e cremosa. Não são prensados e nem cozidos, possuem odor de mofo, com nuances adocicadas e defumadas. Sabor rico, concentrado e bastante pronunciado), sendo o segundo uma derivação do primeiro. Além deles, fizeram parte da harmonização da noite geléia de framboeza e de laranja e morangos frescos.

Chamo a atenção para o vinho da direita na foto acima. É um Viña Albina Gran Reserva 1975 da Bodegas Riojanas, um vintage da casta Tempranillo da região de Rioja Alta, Espanha. Uma garrafa de colecionador.

O Rótulo

Vinho: Bourgogne
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2008
País: França
Região: Borgonha
Produtor: Masson Dubois
Graduação: 12,5%
Onde comprar: SAM's Club; Pescadeiro
Preço médio: R$ 50,00
Temperatura de serviço: 16 graus




Nota:

As palavras grifadas no texto são uma contribuição do novo dicionário de neologismos da língua portugesa: Juberlanês. Os agradecimento ao autor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Jantar de harmonização - Primeira Edição

Em uma noite muito agradável e com um motivo especial: a nomeação de Rejane em concurso público, nos reunimos ontem (31 de agosto de 2011) na casa dos amigos Juberlan e Rejane, os grandes anfitriões de uma noite histórica: a noite palco do primeiro Jantar de Harmonização, o qual foi regado a rótulos do velho e novo mundo.

Mais uma vez surgiu a idéia da criação de uma confraria, que a cada encontro torna-se uma idéia mais concreta. Aproveito a oportunidade e proponho aos amigos a oficialização da criação de uma Confraria em nosso novo encontro: pensem em uma alcunha.

A idéia inicial era degustar o Gato Negro: rótulo chileno em um Jantar de Harmonização com uma carne com algum tipo de molho. Conversa vai e conversa vem optamos por harmonizar o rótulo previamente citado com Medalhão de Filé Mignon ao Molho de Gorgonzola.

Eu fui o primeiro a chegar até porque estava sobre os meus ombros a responsabilidade de preparar o Filé Mignon e que responsabilidade, pois apesar de gostar de por a mão na massa minha pequena experiência é com frutos do mar, não havendo ainda preparado nenhum prato a base de carne.

Iniciei o preparo do prato da noite e a medida que os convidados foram chegando o noite foi mudando de rumo e o desenho final foi distinto do imaginado inicialmente, mas não inferior e sim superior.

Após a chegada de Macílio e Ana iniciamos os trabalhos da noite. Com o Gato Negro ainda na adega fomos do novo para o velho mundo e o primeiro a sair da adega foi o Cabeço de Pedra, um vinho Português potente da região do Ribatejo.

O Cabeço de Pedra mostrou uma cor rubi intensa, com um bouquet de frutas vermelhas e um toque de madeira, resultado dos seus 8 meses de estágio em barricas de carvalho francês; em boca mostrou-se equilibrado, com um corpo médio e um final médio-longo.

 
O Rótulo

Vinho: Cabeço de Pedra
Tipo: Assemblage Tinto
Castas: Castelão (60%) e Tinta Roriz (40%)
Safra: 2008
País: Portugal
Região: Ribatejo
Produtor: Encosta do Sobral
Enólogos: João Melícias, Duarte, Alexandra Mendes e Pedro Sereno
Graduação: 13%
Onde comprar: Ingá Vinhos
Preço médio: ?
Temperatura de serviço: 16 graus


Nota: Uma parte da garrafa foi reservada e utilizada no preparo dos medalhões de Filé Mignon, os quais podem ser vistos em pleno preparo ao fundo.

Já após o fim do Cabeço de Pedra chega o último convidado da noite: Eli, que para variar chegou com um pequeno atraso de cerca de 2 horas... Iniciamos então o segundo rótulo da noite: Cotes du Rhône Tinto Abel Pinchard - Loron et Fil's (Beaujolais) 2010, que já foi tema de uma outra postagem do blog, postagem esta que descreveu momentos memoráveis.

Depois de algumas pedras no caminho enfim os medalhões ficaram prontos era a hora de realizar a montagem do prato e de torcer para que este fosse agradável ao paladar de todos. Creio eu que tenha agradado e o melhor tirou-me um pouco do receio em preparar pratos a base de carne.


Pratos montatos e servidos. Cadê o Gato Negro? Mudanças de planos! Macílio trouxe um Paralelo 8 Premium e nos propôs harmonizarmos o prato com este rótulo nacional. Xiii! Lá vamos nós: eu e minha falta de "enopatriotismo". Mas, que grata surpresa me foi este rótulo, o qual é produzido a partir de uvas vitiviníferas de parreirais do Vale do São Francisco, pleno sertão nordestino.

De uma região incomum para a vinicultura, o Vale do São Francisco, o Paralelo 8 Premium conseguiu atingir um bom grau de qualidade graças a forte investimento na vinícola Vini Brasil em associação com a Dão Sul. Feito com Cabernet Sauvignon, Syrah, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Aragonez.

Mais uam vez meu preconceito foi quebrado, o Paralelo 8 Premium 2007 mostrou-se um vinho imponente e de grande força e personalidade.

Um vinho de cor rubi escura com reflexos violáceos e lágrimas abundantes. Bom ataque no nariz, onde logo vem a madeira (baunilha) e em seguida frutas maduras como ameixa e goiaba vermelha. Em boca é onde está maior surpresa, pois revela uma complexidade e estrutura interessantes, destacando-se a fruta madura, com um bom equilibrio, taninos presentes, acidez equilibrada e final de boca médio.

A harmonização deixou um pouco a desejar, pois o vinho sobressaiu um pouco o prato, nada que comprometesse de forma muito grave, mas fica a observação... Faltou a pimenta no prato para fechar com o vinho.

Notas:

1.1 O vinho necessitava de decantação.
1.2 É um vinho de valor alto para úm rótulo Nacional, pois é possível comprar excelentes rótulos do velho mundo e do novo mundo por valores similares e inferiores. Creio que a carga tributária aplicada a vinhos nacionais precisa ser reduzida.

O Rótulo

Vinho: Paralelo 8 Premium
Tipo: Assemblage Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon (20%), Syrah (20%), Alicante Bouschet (20%), Touriga Nacional (20%) e Aragonez (20%)
Safra: 2007
País:  Brasil
Região: Vale do São Francisco
Produtor: Vini Brasil e Dão Sul
Enólogos: Carlos Lucas
Graduação: 13,5%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 70,00
Temperatura de serviço: 16 graus

Depois deste belo jantar fomos  surpreendidos com um Dow's Vintage 2003, um presente do Eli para Rejane, que vinha sendo "guardado a 7 chaves"; um grande rótulo para finalizar esta noite tão especial.

O Vintages são produzidos apenas nos anos de excepcional qualidade e representam apenas 2-3% da produção total. A espinha dorsal dos Portos Vintage é extraída dos vinheidos mais finos: Quinta do Bomfim e a Quinta da Senhora da Ribeira. É envelhecido em madeira por cerca de 18 meses e engarrafados sem filtragem. É um vinho com imenso poder e grande estrutura.

O Dow's Port Vintage 2003 recebeu 94 pontos do Robert Parker (vinho de primeira qualidade, melhor de seu tipo. Equilíbrio perfeito, tonalidade absolutamente limpa e caráter inigualável). Tem cor rubi intensa escura e brilhante, de lágrimas abundantes, encorpado com aroma de madeira, baunilha, chocolate e especiarias, em boca mostrou-se aveludado, macio, de final longo, equilibrado e intenso.


O Rótulo

Vinho: Dow's Port Vintage
Tipo: Porto
Castas: Predominantemente Touriga Nacional e Touriga Franca
Safra: 2003
País: Portugal
Região: Douro
Produtor: Symington Family Esteves
Graduação: 19%
Onde comprar: Casa dos Frios (Sob Encomenda)
Preço médio: R$ 150,00
Temperatura de serviço: 16 graus ou Temperatura Ambiente (Conforme Preferência)

E o saldo da noite foi positivo! Que venha os próximos jantares de harmonização!