sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Alta carga tributária é principal entrave para expansão do consumo de vinhos

Que o vinho é bom para o paladar e para a saúde, ninguém nega. É possível listar diversas razões pelas quais a bebida deveria fazer parte do dia a dia, seja para acompanhar uma refeição, seja para promover mais qualidade de vida. Contudo, nem todos os adjetivos associados ao vinho têm sido capazes de estimular um aumento de consumo no Brasil: nos últimos 10 anos o consumo per capta passou dos módicos 1,8 litros/ano para os atuais, e igualmente pífios, 2 litros. Mais do que os desafios culturais, o setor sofre com a constante alta de impostos – o último, há cerca de um ano, mudou a forma de tributação e tornou rótulos já caros, ainda mais custosos. Num país onde o preço está equivocadamente associado à qualidade do vinho, a alta carga tributária é, indiscutivelmente, um dos maiores entraves para a popularização da bebida e expansão do consumo qualificado.
 
Impostos em alta – consumo em baixa
 
O consumo brasileiro se torna ainda mais modesto se comparado com países vizinhos: chilenos e argentinos consomem anualmente de 8 a 10 vezes mais litros da bebida. Esses fatores não estão ligados exclusivamente às preferências do consumidor nacional: países asiáticos com pouca tradição no consumo e na cultura do vinho já apresentam números mais expressivos do que o Brasil, que possui uma indústria sólida e regiões como a Serra Gaúcha, de grande tradição vinícola.
 
Um dos maiores responsáveis por essa morosidade é a alta carga de impostos: no mercado brasileiro a composição do preço final do vinho é, em maior parte, formada por tributos. A mudança mais recente, proposta pela da Medida Provisória 690/2015 e transformada na Lei nº 13.241/2015 alterou o antigo modelo de alíquota de IPI que variada de R$ 0,73/litro para rótulos nacionais até US$ 70 para os importados. No novo modelo, em vigor desde dezembro de 2015, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre a bebida passou a ser de 10% em relação ao preço do vinho.
 
E não para por aí: antes de chegar à mesa do brasileiro, diversas cifras são adicionadas ao custo final de uma garrafa e, quanto mais longo o caminho até o consumidor final, maior será a fatia direcionada ao governo. Números do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) apontam que somando ICMS, IPI, COFINS, PIS e ainda encargos relacionados à cadeia produtiva, 54.73% do preço do vinho nacional correspondem a impostos. Porém, se essa garrafa vem de outro país a proporção é ainda maior: até 74.73% do custo final de um vinho importado corresponde a tributos.
 
Entraves burocráticos
 
Tratando-se de rótulos estrangeiros, existem ainda dois itens que podem tornar o preço final ainda mais salgado: a complexidade e a demora do processo de importação. Para se ter uma ideia, antes de chegar às prateleiras, o importador deve considerar os custos de frete, armazenamento adequado e de liberação do produto na alfândega, o chamado desembaraço aduaneiro. Além disso, cada garrafa deve atender aos padrões de rotulagem nacionais e passar por uma análise química a cargo do Ministério da Agricultura, processo este que requer a retenção de algumas amostras de cada lote. Lembrando que boa parte desses processos estendem-se por longos períodos, aumentando os custos de importação. Ou seja, o produto já atraca no país com um custo elevado, antes mesmo de passar pelos encargos de comercialização.
 
Consumo qualificado
 
Não é a toa que o consumo brasileiro é composto, em geral, por vinhos de baixa qualidade, de acordo com dados do site especializado Ibravin, considerando-se apenas o consumo de vinho fino, a média per capta cai para apenas 0,7 litros/ano. De acordo com Stephanie Duchene, sommèliere que trabalha com rótulos artesanais importados da França, é essencial reorganizar o setor, mas também é importante estimular o consumo qualificado: “Não estamos falando apenas de quantidade, mas principalmente de qualidade. O consumidor brasileiro muitas vezes não se sente a vontade para se aventurar no mundo dos vinhos em virtude do pouco conhecimento. Porém, se estimularmos um consumo qualificado, no qual ele não precisa beber muito, mas sim conhecer vinhos de qualidade; permitindo que ele se identifique com a bebida que aprecia, certamente o vinho estará presente com mais frequência na sua mesa.” Para a fundadora da Wine Exclusive, é preciso que esse hábito faça parte do dia a dia do brasileiro “não apenas para aumentar a proporção de consumo anual, mas principalmente para que o consumidor tenha contato com bons vinhos. Quando falamos em consumo qualificado não estamos falando em beber muito, mas conhecer vinhos que realmente traduzam essa cultura tão rica.”. – conclui.
 
Vinho como alimento
 
Uma das saídas para estimular o consumo e, ao mesmo tempo, baixar os encargos seria alterar a classificação da bebida no país. Atualmente, o vinho entra na mesma classificação de bebidas alcoólicas ou de artigos de luxo, produtos que, devido sua natureza, sofrem sobretaxação. Contudo, a exemplo, países como Estados Unidos, Chile e França já categorizam a bebida como um alimento funcional em virtude dos benefícios que o consumo moderado pode trazer à saúde. No Brasil, tramita na Câmara dos Deputados desde 2013 o Projeto de Lei 5965/13, de autoria do deputado Edinho Bez (PMDB/SC), que propõe a inclusão do vinho na cesta básica e sua classificação como alimento, dessa forma seria possível reduzir impostos e estimular a produção nacional. Atualmente, o projeto aguarda apreciação da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR).
 
Contudo, enquanto mudanças como essa não vem, é preciso investir em conhecimento e apostar no consumo qualificado, principalmente na hora de escolher um rótulo estrangeiro. De acordo com Geoffrey Pompier, empreendedor do setor, neste caso, o consumidor deve optar por rótulos sem intermediários “Quanto menos intermediários houver entre o produtor e o consumidor, mais acessível será o preço da garrafa. Por isso, nem sempre comprar uma garrafa num supermercado é a opção mais barata. Além disso, a compra em locais especializados pode garantir mais qualidade em virtude da exclusividade do produto.”- conclui.

Game of Thrones ganha linha oficial de vinhos

A fabricante de bebidas Vintage Wine Estates fez uma parceria com o canal HBO para produzir uma seleção de vinhos baseada na série, nos tipos Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Red Blend.
 
Os vinhos de Game of Thrones têm lançamento previsto para o segundo trimestre de 2017 nos Estados Unidos. As versões Red Blend e Chardonnay sairão por US$ 20 (cerca de R$ 67), enquanto o Cabernet Sauvignon custará US$ 40 (cerca de R$ 135).
 
Essa não é a primeira bebida alcoolica baseada no universo criado por George R. R. Martin. Anteriormente, a marca Brewery Ommegang também lançou cervejas oficiais temáticas de Game of Thrones. Além disso, uma linha não-oficial de vinhos inspirada na série da HBO foi lançada em 2014.

O Vinho na Ponta da Língua

O Vinho na Ponta da Língua, de Maria João de Almeida, pretende revelar tudo o que o leitor precisa saber sobre... vinho. A edição é da Saída de Emergência.
 
A jornalista e crítica de vinhos Maria João de Almeida quer fazer de qualquer pessoa um craque em vinho, por isso, criou este manual. Com uma linguagem acessível, descontraída e bem-humorada (e as divertidas ilustrações de Cristina Sampaio), esta obra vai permitir-lhe responder a todas as dúvidas:

- A que temperaturas devemos servir o vinho?
- Que tipo de copos utilizar?
- Como fazer a análise sensorial? (visão, olfacto, paladar)
- Como combinar comida e vinho?
- Que utensílios devemos utilizar?
- Como armazenar vinho em casa?

EA: quando o vinho se junta à arte

Com a nova campanha “EA, a inspiração bebe-se”, a marca de vinhos EA pediu a 5 artistas para traduzirem a arte de fazer vinho na sua arte. Luís Mileu na fotografia, Pantónio na pintura, Né Barros na dança, Matilde Campilho na poesia e Dead Combo na música aceitaram o desafio. As intervenções destes resultaram em autênticas obras de arte.
 
A criação processou-se em três fases: na primeira, os artistas tiveram a oportunidade de provar o vinho, seguindo-se o processo de criação do conceito individual para cada forma de arte, culminando na produção, efectiva, da obra.
 
Com este conceito, criado pela Albuquerque Designers para a Cartuxa, foi possível sair do território cultural do produtor e posicionar-se noutra atmosfera cultural. Neste caso, é sair das narrativas muito usadas na divulgação de um novo vinho – cansados estamos nós de ouvir falar em vinhos frutados, vinhas, na região, em adegas, entre outros  –  e partir para a arte.  Ela própria faz parte do projecto cultural da Fundação Eugénio de Almeida, detentora da Cartuxa.
 
Desta forma, a Cartuxa transfere o papel de interpretação do vinho para quem o prova.

EXTRA EXTRA: Onde comprar vinho mais barato nesta black friday

No mundo do vinho é assim, quem consegue se planejar, geralmente bebe melhor e paga menos. Estamos a poucas horas da Black Friday, que acontece nesta sexta (25), e para muitos é a primeira oportunidade para comprar os presentes do fim do ano. Listo aqui algumas das promoções que os fãs de vinhos podem aproveitar tanto para presentear quanto para servir nas festas.
 
 
Mas, antes, um alerta: é preciso cautela na hora de escolher o que colocará na cesta de compras. Aqui você tem dicas de como não cair em roubadas nas promoções de vinho.
 
Agora, às promoções:
 
A Mistral dará descontos apenas em sua loja do Iguatemi JK, de até 30% em 1,2 mil rótulos. Até o fim do ano, no entanto, faz uma promoção em todos os seus canais. A importadora, que mantém o preço dos vinhos cotado em dólar, tem quase 2 mil vinhos com o dólar cotado a R$2,49. O restante do catálogo tem a moeda cotada a R$ 2,99.
 
Sua importadora irmã, a Vinci, terá algo semelhante: mais de 400 vinhos cotados com o dólar entre R$ 2,29 e R$ 2,49.
 
Na Grand Cru, a regra é “compre dois leve três” de uma seleção que inclui vinhos da safra atual e que se manterão no catálogo. Para os que buscam vinhos de custo-benefício, a dica é a linha de biodinâmicos espanhola Menguante, com o Garnacha DO Cariñena (R$ 61), o Roble Tempranillo DO Cariñena (R$ 66) e o Garnacha Blanca DO Cariñena (R$ 86).
 
A Via Vini selecionou dez vinhos italianos e franceses com desconto, entre eles o Chianti Superiore Castelani por R$ 45 e o Delor Reserve Bordeaux por R$ 69.
 
Na World Wine, são mais de 70 rótulos com descontos que chegam a 70%. Na lista entraram o célebre rosé de Angelina Jolie e Brad Pitt Miraval Rosé 2014 (de R$ 217,80 por R$141,57), o sul-africano L’Avenir Chenin Blanc 2012 (de 196,90 por R$98,45) e o chileno Tabalí Reserva Especial Chardonnay 2013 (de 115,50 por R$75,08). A promoção funciona nas lojas físicas, televendas e site.
 
A Zahil escolheu sete vinhos de quatro países com diferentes perfis para baixar o preço no esquema “compre um, leve dois” e “compre dois, leve três”. Entre eles, o argentino Calia Magna Malbec, que custa R$ 108, mas que ao levar três, paga-se R$ 216. O chileno Volcanes Reserva Carmenère, que sai a R$ 103, sai pela metade do preço se o cliente levar duas garrafas. A promoção vai até este domingo (27) na loja e no site.
 
Já a Ville du Vin fará uma feirinha de vinhos brancos, espumantes e rosés neste sábado (26) em suas duas unidades, no Itaim e em Alphaville. Entre as ofertas estão La Vieille Ferme Rosé 2015 (França), R$ 73,90; o espumante Norton Demi Sec (Argentina), R$ 50; Pedra Cancela Seleção do Enólogo Branco 2014 (Portugal), R$ 70,18; Grove Mill Riesling 2013 (Nova Zelândia), R$ 73,31; e Cartuxa Colheita Branco (Portugal), R$ 133.
 
Entre as vinícolas brasileiras, a Casa Valduga e outras empresas do grupo que formam a Famiglia Valduga, darão descontos de até 50% em produtos selecionados até o domingo (27) no site. Entre os produtos com descontos, o espumante Casa Valduga Prosecco 12 meses, que é vendido a R$ 75,95 em São Paulo, sairá 50% mais barato.
 
A catarinense Villaggio Grando vai vender todos os rótulos da marca com 30% de desconto em seu site, com a senha VG30OFF.
 
Fonte: Paladar

URGENTE: Black Friday do Pão de Açúcar tem descontos agressivos

Pão de Açúcar participa pelo quinto ano consecutivo do Black Friday em todas as lojas físicas no Brasil e também no PãodeAçúcar.com. A ação começa às 6 horas da manhã em todas as lojas com descontos em diversas categorias de produtos nacionais e importados de alimentos e bebidas.
 
Para a seleção de produtos, o Pão de Açúcar manteve foco numa seleção com alto valor agregado e desejados pelos clientes da rede, com destaque para as cestas de compras e as categorias que mais fizeram sucesso nas edições anteriores do Black Friday, como vinhos, destilados, queijos, chocolates, sorvetes importados, massas e itens para crianças.
 
Assim como já ocorre com as demais ofertas da rede, os descontos do Black Friday são exclusivos para clientes participantes do programa de relacionamento Pão de Açúcar Mais. Aqueles que ainda não forem, podem se cadastrar previamente ou na hora pelo aplicativo do programa disponível nas lojas de aplicativos dos smartphones (IOS ou Android) ou pelo site.
 
O cadastro é gratuito.  As ofertas valerão exclusivamente para o dia 25 de novembro.
 
Alguns produtos em destaque:
 
- Cerveja Heineken 350 ml: Leve 3 Pague 2. Nessa promoção a unidade sai por R$1.99
- 50% de desconto na segunda unidade de todos os azeites (Oferta valida para a mesma marca, tipo e preço)
- 30% de desconto em todos os whiskies
- 50% de descontos nos vinhos chilenos do Club de Sommeliers
- 50% de desconto nos vinhos chilenos Santa Rita 120
- 30% de desconto em todas as vodcas

sábado, 19 de novembro de 2016

França deve ter a menor safra dos últimos 30 anos

O ano de 2016 já entrou para a história da vitivinicultura francesa, mas os motivos que a levaram ao marco certamente figuram longe dos ideais. As fortes intempéries climáticas – incluindo geada, granizo, pragas e incêndios - que o país sofreu durante o atual período de crescimento e maturação das uvas devem resultar na menor colheita local das últimas três décadas, segundo pronunciamentos dados nesta semana por funcionários do Ministério da Agricultura da França. Entre as regiões mais afetadas está Borgonha, Loire e Champagne.
 
Toda a safra nacional deve resultar em 43,2 milhões de hectolitros de vinho, o equivalente para encher cerca de 5,76 bilhões de garrafas. Apesar dos números parecerem bastante altos, a quantidade prevista representa uma queda de 10% em comparação a 2015 e de 6%, se comparada à média francesa dos últimos cinco anos. Na contramão do declínio, Aslácia e Bordeaux são as duas principais regiões que devem apresentar crescimento relativo à safra passada, de 18% e 7%, respectivamente.

Produção de vinho verde cai, mas a qualidade deve ser a melhor da década

"Em 2016 vamos ter uma produção cerca de 20% inferior em relação ao ano passado", disse Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), numa entrevista à Lusa no âmbito do balanço da campanha de 2016.
 
 
A quebra na produção, que se explica sobretudo com o período de chuvas que decorreu até junho, que fez com que os agricultores tivessem de fazer mais tratamentos e, mesmo assim, fosse afetada a produção, contrasta com um aumento da qualidade do vinho verde, que poderá transformar a campanha de 2016 num dos melhores anos da década, afirmou Manuel Pinheiro.
 
"A qualidade é muito boa. Foi um ano realmente de excecional qualidade. Muito ajudado pelo facto de termos tido tempo seco quente a partir dos santos populares, o que permitiu ter ótimas maturações das uvas", explicou o presidente da CVRVV, assumindo que "de certeza que os vinhos deste ano de 2016 vão ser dos melhores da década".
 
A produção baixou principalmente nos vinhos verdes brancos, tendo-se produzido 52 milhões de litros. O vinho verde tinto teve uma ligeira baixa, com uma produção em 2016 de 12 milhões de litros, enquanto a do vinho verde rosado foram 3,8 milhões de litros.
 
O presidente da CVRVV diz que apesar de a produção de vinho verde ser em menor quantidade, 2016 vai fechar com um crescimento de sete a oito por cento do mercado. As exportações do vinho verde, até ao final de setembro, rondavam os 48 milhões de litros, o que representa um "aumento de 8% em relação a 2015". "É um ano que comercialmente correu muito bem. Estamos muito satisfeitos. Chegamos à vindima com um 'stock' baixo, o que é bom".
 
Em Portugal, segundo dados fornecidos pela CVRVV, há 21 mil hectares de vinha de vinhos verdes, com 19 mil viticultores e 600 engarrafadores. A produção de vinho verde é na ordem dos 80 milhões de litros por ano, existindo duas mil marcas e 110 mercados internacionais que compram vinho verde português.
 
A região demarcada dos vinhos verdes estende-se por todo o noroeste de Portugal, na zona conhecida como Entre-Douro-e-Minho, tendo como limites a norte o rio Minho, que estabelece parte da fronteira com Espanha, a sul o rio Douro e as serras da Freita, Arada e Montemuro, a este as serras da Peneda, Gerês, Cabreira e Marão e a oeste o oceano Atlântico. Tem nove sub-regiões (Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa).
 
Em termos de área geográfica, é a maior região demarcada portuguesa e uma das maiores da Europa.

Garrafa de vinho que conta uma história

 
Essa é a ideia por trás da linha de vinhos Librottiglia, da vinícola italiana Matteo Correggia e da agência de design Reverse Innovations.
 
As garrafas de 375ml vêm com histórias curtas nos rótulos. Os minicontos foram escritos por três autores - Patrizia Laquidara, Regina Nadaes Marques e Danilo Zanelli. Cada história foi concebida para harmonizar com o tipo de vinho que a acompanha
 
 

Equipamento analisa vinho sem abrir lacre da garrafa

Obter informações sobre vinhos tintos sem violar o lacre da garrafa e sem comprometer o conteúdo, de forma que a garrafa ainda possa ser vendida após a análise, foi o objetivo de pesquisa do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP.
 
 
O trabalho da pesquisadora Esther Scherrer acompanhou a concentração de íons metálicos (como manganês, ferro e cobre) presentes no vinho e, com isso, inferiu se o local de produção é realmente aquele especificado no rótulo. Para fazer isso, utilizou-se um equipamento de ressonância magnética nuclear (RMN) semelhante àqueles usados em hospitais para exames clínicos. Terminada a medição, a garrafa de vinho continua exatamente como era antes.
 
O estudo analisou um total de 53 garrafas de vinho tinto, buscando a maior variedade possível entre países e tipos de uva, para observar qual dessas características surtia maior influência nos resultados. Íons metálicos estão naturalmente presentes em todas as bebidas que consumimos, sejam alcoólicas ou não, em concentrações variadas.
 
A garrafa é colocada inteira dentro dele e a medição dura em torno de dois minutos. O resultado é um gráfico que mostra o tempo de relaxação da amostra. Trata-se do tempo que a amostra demora para retornar à sua condição magnética inicial após ser irradiada com uma onda de rádio, nesse caso a onda foi de 9 Megahertz (MHz).
 
“Quando esse gráfico é comparado a um banco de dados pré-existente, podemos saber a concentração aproximada de metais presentes na amostra”, ressalta Esther. “Realizou-se ainda as medidas invasivas do vinho, aquelas que precisam que a garrafa seja aberta. Os resultados obtidos em ambas as análises foram correlacionados para construir esse banco de dados que foi mencionado”.
 
A pesquisa comparou vinhos de diferentes países e observou que os gráficos de relaxação das amostras foram bastante parecidos entre vinhos do mesmo país, ou de localidade geográfica parecida.
 
“Correlacionando esses gráficos com as medidas invasivas que fizemos, observamos que o íon metálico que mais influencia as medidas é o íon de manganês. Além de ter concentração mais expressiva que os demais íons ativos na RMN, sua interação com o campo magnético é bem maior que a dos outros íons em solução”, explica a pesquisadora. “Portanto, a classificação de vinhos tintos por país ou região de plantio é possível utilizando a Ressonância Magnética Nuclear, e acontece de acordo com a concentração de íons de manganês presentes na amostra”.
 
Segundo Esther, não existe muita aplicação industrial do método. “Antes do vinho ser engarrafado vale mais a pena realizar análises diretas de metais do que esperar o envase para depois realizar medidas de RMN”, observa. “O equipamento utilizado na pesquisa, em relação a aparelhagens similares para uso em embalagens fechadas, é mais comum, mais barato, mais fácil de ser operado e possui outras aplicações, como por exemplo a análise de frutas e sementes. Apesar disso, não é um equipamento que valha a pena ter em casa. Ele é bastante grande, cerca de 2 metros de comprimento, e ainda é caro para o consumidor comum”.
 
De acordo com a pesquisadora, num futuro próximo, o aparelho poderia ser usado em supermercados, onde o consumidor poderia analisar o produto desejado (seja vinho, azeite ou frutas frescas) antes de comprá-lo. Com informações da Agência USP.

Real Companhia Velha lança vinho do Porto do séc. XIX

A Real Companhia Velha comemora este ano 260 anos de existência e lança agora um vinho ímpar. O Carvalhas Memories é um vinho do Porto do séc. XIX, mais precisamente da vindima de 1867 feita na Quinta das Carvalhas, uma propriedade situada no Alto Douro vinhateiro.
 
Este vinho foi preservado com cuidado e de forma meticulosa, inicialmente nas caves da reputada Firma Miguel de Sousa Guedes e, mais tarde, em meados do século XX, por incorporação desta empresa, deixada aos cuidados das sucessivas gerações de mestres de cave da Real Companhia Velha Envelheceu em pipas da mais nobre madeira de carvalho, e destaca-se pela suntuosidade aromática e uma inesquecível dimensão de prova. São 149 anos de estágio de um néctar que é lançado para o mercado numa edição comemorativa limitada de 260 garrafas numeradas e com o P.V.P. de 2750€.
 
A Real Companhia Velha confunde-se com a história do Vinho do Porto. Fundada a 10 de setembro de 1756 é a mais antiga empresa de Portugal e aquando da sua fundação foi-lhe confiada a tarefa de estabelecer a Região Demarcada do Douro, que foi a primeira Região Demarcada para a produção de vinhos no mundo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Vendas brasileira superam metas em feira na China

A participação inédita de vinícolas brasileiras na ProWine China, que ocorreu entre os dias 7 e 9 deste mês em Shangai, deve resultar em US$ 410 mil em vendas. Durante os três dias de feira, representantes da Aurora, Miolo, Peterlongo e Salton fizeram 63 contatos e, para os próximos 12 meses, esperam efetivar 20 contratações com importadores e distribuidores do país oriental. A ação integrou o projeto setorial Wines of Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para divulgação dos vinhos no mercado externo.
 
As quatro empresas participantes avaliaram positivamente a ProWine China como uma importante estratégia de posicionamento e prospecção no mercado e uma ótima oportunidade para que os chineses pudessem conhecer um pouco mais sobre os vinhos brasileiros. Grande parte dos visitantes do estante eram nacionais e ficaram impressionados com a qualidade das bebidas verde-amarelas. Devido à preferência dos chineses por produtos mais adocicados, os vinhos e espumantes com uva moscato e o suco de uva 100% integral se destacaram entre as opções.
 
As quatro vinícolas brasileiras já confirmaram presença na ProWine 2017. Para o próximo ano, o projeto Wines of Brasil espera reunir seis empresas no local.

Final de ano repleto de atrações no Vale dos Vinhedos

Ceias de Natal e Reveillon e pacotes completos de hospedagem prometem tranquilidade aliada às comemorações de encerramento do ano.
 
As festas de final de ano possuem uma energia contagiante, inundando nossos corações de alegria e satisfação pelo encerramento de um ciclo e de esperança pelo início de um novo ano, de novos projetos, novas realizações.
No Vale dos Vinhedos a magia do natal coincide com a transição da primavera para o verão, quando a expectativa de início da safra toma conta de todos os que aqui vivem e dos visitantes que nos procuram para desfrutar deste momento especial.
Todas estas características se refletem na programação especial de final de ano divulgada hoje pelo Vale dos Vinhedos. Pacotes de hospedagem e ceias de Natal e Reveillon são as grandes atrações para os que buscam se afastar do cotidiano, alternando momentos de festejo com as tradicionais atividades já realizadas no enoturismo no Vale dos Vinhedos. Elas dividem espaço com as primeiras atividades da vindima – colheita da uva, que são lançadas em dezembro.
Esta também é a época de refletir através das manifestações religiosas cultuadas desde a chegada dos primeiros imigrantes italianos. A comunidade do Vale dos Vinhedos ainda realiza encontros de Natal, a noite dos Reis Magos e a partilha, atividades que podem ser desfrutadas também pelos visitantes que buscam a verdadeira imersão em nossa cultura e viver o espírito de Natal em sua essência.
As programações ao ar livre, como piqueniques e caminhadas, se mantém aproveitando o período primavera/verão, quando nossas paisagens são deslumbrantes. Cursos de degustação, harmonização, produtos inspirados no Natal, promoções de espumantes e cardápios baseados no que a estação nos oferece também são opções para aqueles que desejam fugir da rotina no melhor que o Vale dos Vinhedos oferece.

Wine Day reunirá grandes marcas de rótulos importados em Recife

A Casa dos Frios, em parceria com a escola Enoclass, irá promover no próximo dia 18/11 (sexta-feira), um evento voltado para a apresentação de vinhos de diversas nacionalidades. Trata-se da primeira edição do Wine Day, feira que acontecerá no andar superior da Casa dos Frios das Graças, a partir das 18h.
 
Na ocasião, cerca de cem rótulos estarão disponíveis para degustação, inclusive ícones da vitivinicultura mundial, como o italiano supertoscano Tignanello, o português Chryseia, o argentino Achaval Ferrer Finca Altamira e o champagne Louis Roederer Brut Premier, entre outros. Na lista dos expositores estão a Licínio Dias Importação (LD), Mistral, Estampa Wines, Zahil, Casa Flora, Porto a Porto, Winebrands, Berkmann Wine Cellars, além da própria Casa dos Frios, com seus rótulos de importação direta.
 
Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de comprar os vinhos demonstrados na feira por preços bem abaixo da tabela normal. Outra vantagem é que na compra de um ingresso para participar do Wine Day, que custa R$ 100, o cliente poderá reverter metade desse valor para a compra de vinhos no local.
 
As entradas estão sendo comercializadas apenas na Casa dos Frios (unidades Graças, Boa Viagem e RioMar Shopping). Somente 200 ingressos serão disponibilizados. Não haverá reservas.
 
SERVIÇO:
 
WINE DAY
Quando: 18/11/16 (sexta-feira)
Horário: a partir das 18h
Onde: Casa dos Frios (Av. Rui Barbosa, 412, Graças, Recife-PE)
Ingressos individuais: R$ 100 (dos quais R$ 50 podem ser revertidos em compras de vinhos no local). Vendas apenas na Casa dos Frios (Graças | Boa Viagem | RioMar)

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Brasil quer aumentar suas vendas de vinho para China

Edição chinesa da ProWine ocorre entre os dias 7 e 9, em Shangai. Participação das empresas é viabilizada pelo projeto Wines of Brasil

A participação das vinícolas brasileiras na ProWine China, que ocorre entre os dias 7 e 9 deste mês, deve resultar em US$ 400 mil em vendas. A projeção é de ampliar o mercado para os vinhos brasileiros num dos países que mais cresce em consumo. A estimativa de comercialização foi feita pelas vinícolas Aurora, Miolo, Peterlongo e Salton, que estarão com representantes em Shanghai. A ação integra o projeto setorial Wines of Brasil, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores para divulgação dos vinhos no mercado Externo.
 
 
O presidente do Ibravin, Dirceu Scottá, explica que o objetivo é posicionar os vinhos, espumantes e sucos de uva brasileiros ao lado de marcas mundialmente consagradas. "A ideia é prospectar contatos comerciais e gerar novos negócios. O Wines of Brasil vê a China como um mercado bastante atrativo e com potencial para se consolidar como um dos principais destinos para o vinho brasileiro", acredita.
 
A China é um dos países que registra o maior crescimento no consumo de vinhos no mundo. Segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o país consumiu 1,6 bilhão de litros em 2015, sendo o 5º maior mercado da bebida no mundo.
 
Com relação à importação de vinhos brasileiros, as vendas para o país asiático cresceram 7,5% em 2015 se comparado ao ano anterior. Neste ano, até o mês de agosto, foi registrada a comercialização de 34 mil litros de vinhos e espumantes brasileiros para a China. "Apesar do volume ainda ser baixo, verificamos um interesse que vem crescendo pelos nossos produtos e a participação na ProWine certamente reforçará nossa presença no mercado", conclui Scottá.
 
O mercado chinês para vinhos:
 
  • Em 2015 o Brasil exportou 75 mil litros para a China, 7,5% a mais que em 2014
  • 34.485 litros foram comercializados para o país de janeiro a agosto de 2016
  • A China é o 5º maior consumidor mundial de vinhos, ficando atrás de Estados Unidos, França, Itália e Alemanha
  • Em 2015 foram consumidos 1,6 bilhão de litros no país
  • Os chineses detém a segunda maior área mundial de vinhedos, com 830 milhões de hectares
  • Da produção total de uvas no país, 12% são destinadas à produção de vinhos, sendo a China o 6º maior produtor global, com 1,15 bilhão de litros
Fonte: IBRAVIN

Sherry Wine Week acontece de 07 a 11 de novembro


Mais de 2000 eventos realizados simultaneamente em 22 países, com a participação de 100.000 pessoas. Esses são alguns dos números que comprovam o sucesso do Sherry Wine Week - festa internacional de celebração em torno dos famosos vinhos espanhóis Jerez.

No Brasil, o Sherry Wine Week acontece entre os dias 07 e 11 de novembro e conta com a participação de vinícolas, inclusive a maior referência da região, a González Byass. Em sua terceira edição brasileira, a vinícola promoverá eventos especiais com menus de harmonização, degustações e ações temáticas em restaurantes, wine bars, hotéis e empórios, tanto Brasil, como em outros países.
 
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Top 100 best buy Wine Enthusiast

Saiu a lista dos 100 Best Buy da Wine Enthusiast. Em 2016 a revista americana avaliou cerca de 21.000 vinhos de todas as regiões vinícolas do planeta. Quase 1.400 deles mereceram a designação “Best Buy”, ou seja, vinhos que apresentaram uma benéfica relação “preço x qualidade” para o consumidor, com boa avaliação dos críticos da revista e cujos preços de varejo (nos EUA) são iguais ou inferiores a US$15. Desse grupo foram selecionados os vinhos que compõem essa lista Top 100.

Confira a lista completa abaixo!


Estudo afirma que vinhos orgânicos apresentam melhor qualidade

Um estudo inédito da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), dos Estados Unidos, analisou 74 mil pontuações e resenhas de vinhos do estado publicadas por três revistas especializadas do setor vitivinícola e apontou que vinhos tintos “ecológicos” têm cerca de 4,1 pontos a mais, em média, do que seus respectivos pares convencionais.
 
“Descobrimos que cultivos orgânicos e biodinâmicos possuem esse pequeno, mas significativo, efeito positivo na qualidade do vinho”, afirmou Magali Delmas, uma das autoras do estudo norte-americano. Segundo ela, uma semelhante análise preliminar das pontuações de vinhos franceses vem demonstrando o mesmo padrão de resultado.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Saca-rolhas gigante é leiloado por £ 104 mil

 
A casa de leilão britânica Christie’s vendeu por £ 104.500 uma inusitada máquina vinícola. Construída com 300 peças de metal, entre as quais peças de relógio e bolas de canhão, ela funciona como um saca-rolhas gigante por meio de um complexo sistema hidráulico. Além de abrir a garrafa, os estranhos e curiosos pêndulos também conseguem servir uma taça de vinho, ao girar de uma manivela. A obra é fruto da criatividade do escultor local Rob Higgs, já famoso pelo emprego inusitado da engenharia. Inicialmente, a peça estava avaliada entre 15 mil e 25 mil libras, cerca de um quarto do valor pela qual foi arrematada.

Antioxidante presente no vinho reverte danos da doença de Chagas

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) usaram resveratrol — antioxidante presente em algumas frutas e concentrado nos vinhos tintos — para combater sintomas da doença de Chagas em camundongos, após infectá-los com o parasita Trypanosoma cruzi. O resultado do experimento surpreendeu o grupo: a substância não apenas diminuiu a progressão da patologia como também reverteu danos graves causados ao coração, além de aprimorar o funcionamento do órgão.
 
O tratamento durou apenas um mês. Agora, os cientistas planejam novos testes para checar sua eficácia em humanos.
 
De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, a enfermidade em seu estágio crônico afeta de 1,9 milhão a 4,6 milhões de pessoas no Brasil, mas muitos casos são descobertos após décadas de infecção. E a maioria não apresenta sintomas. A versão aguda (inicial) da doença é de notificação obrigatória. Dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) indicam que foram confirmados 224 casos e dois óbitos somente no ano passado. Em 2014, 4.428 óbitos foram registrados, considerando os dois estágios.
 
A doença de Chagas é muito complexa e pode causar problemas cardíacos, digestivos e neurológicos. O que se faz hoje é controlar os sintomas decorrentes. Curar a doença é difícil, mas podemos oferecer qualidade de vida. Com a pesquisa, mostramos que é possível reverter os danos, algo considerado impossível até então — diz Joseli Lannes-Vieira, chefe do Laboratório de Biologia das Interações do IOC, que coordenou o estudo com Claudia Paiva, do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes da UFRJ.
 
O artigo publicado tem como primeira autora a doutoranda Glaucia Villar, orientada por ela. Joseli explica que as células cardíacas passam por efeito de “estresse oxidativo” que vem da resposta imunológica do organismo ao tentar controlar o ser estranho. E o parasita é persistente. O remédio disponível atualmente para o tratamento desta doença, considerada negligenciada, é o benznidazol. No tratamento com este medicamento, há redução da quantidade de parasitas, porém sem reversão dos danos cardíacos. Já em duas outras terapias baseadas em moléculas de ação antioxidante — o fármaco metformina, usado no tratamento da diabetes, e o composto tempol —, também estudadas pelos pesquisadores, os efeitos cardioprotetores mostraram-se semelhantes aos do resveratrol. Estas últimas, por outro lado, não eliminam os agentes infecciosos. O resveratrol entraria, então, com a ação completa, na medida que ativa um mecanismo (ainda não identificado) que leva o parasita à morte.
 
Ainda precisamos saber a via molecular onde esse combate ocorre. O resveratrol já é conhecido por seu efeito cardioprotetor em pessoas saudáveis. Na pesquisa com os animais, que foram monitorados com eletrocardiograma, ele funcionou mesmo com o tratamento tardio, meses após a infecção e já com complicações no coração. Já o benznidazol, ainda que atue bem na fase aguda, para a fase crônica tem pouco efeito — acrescenta.
 
Antes da realização de testes clínicos com o resveratrol em pacientes será preciso definir um esquema de administração oral eficaz e de associações com outras substâncias. “O uso de antioxidantes em terapias tem um histórico de dificuldades, possivelmente em função das moléculas escolhidas e do seu tempo de permanência no organismo. No estudo, utilizamos principalmente a administração por injeção, mas também tivemos resultados bons com um protocolo de administração oral, que pode ser melhorado. Queremos testar o funcionamento do resveratrol oral associado com piperina, para aumento da vida média, como se faz em suplementos alimentares”, explicou Claudia, também à frente da pesquisa.
 
Diversos estudos apontam que consumir resveratrol através do suco de uva ou do vinho pode fazer bem ao coração de forma geral. Porém, para garantir que a molécula tenha o efeito desejado no tratamento da cardiopatia chagásica precisamos determinar as doses adequadas — reforça Joseli, lembrando que devem ser avaliados também o impacto do tratamento em estágios mais avançados da doença e a evolução do quadro após a interrupção da terapia.
 
Para o atual presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, o cardiologista Ricardo Mourilhe, no entanto, os benefícios do resveratrol ainda não têm comprovação científica em humanos.
 
Até os últimos estudos, não havia nenhum benefício comprovado com o uso do resveratrol. Todos os ensaios clínicos feitos foram pequenos e, em geral, com animais. Quando usado em humanos, eles não resultaram em dados reproduzidos em todos os trabalhos; alguns deram positivos, outros não deram em nada, então, não existe evidência científica, até o momento, para a utilização em seres humanos com o objetivo de melhoria cardiovascular — afirma.
 
Segundo ele, o mecanismo antioxidante relacionado ao resveratrol, vendido como suplemento alimentar, existe a nível laboratorial (em ação in vitro), mas seria “apenas suposição” dizer que a substância traz os mesmos efeitos para a população.
 
A indústria desses produtos rejuvenescedores, antioxidantes, tem um poder de venda muito grande, mas é baseada em trabalhos experimentais, com casos esporádicos. O resveratrol, normalmente, não é encontrado puro. A maioria dos trabalhos feitos com seres humanos utilizando essa substância é misturada a outros produtos também antioxidantes e isso enfraquece sua eficácia isolada — frisa.
Fonte: O Globo

Gato de "Botas" Carménère 2015 #cbe

Primeiro dia do mês começando e com ele o penúltimo vinho do ano para Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE, cujo tema foi escolhido pela conterrânea Fabiana Gonçalves do site Escrivinhos e que agora é a nova comandante da nossa confraria virtual, sucesso para ela nesse novo desafio de gerir a primeira e única confraria virtual do Brasil.
 
E o tema foi: "´Garimpar´ alguma coisa legal, com um precinho camarada. Então, que tal procurar nas prateleiras das lojas ou mercados uma boa oferta? O ideal é que seja até R$ 40.
 
Um tema que, com certeza, agrada a qualquer enófilo, pois gostamos de vinho e bons vinhos a preços justos é o que queremos.

Pensei bastante em que vinho comentar, tenho alguns na adega que foram verdadeiras pechinchas, mas que com a alteração na forma de tributação já não mais se enquadram no valor do tema, então terminei por escolher um vinho campeão de vendas no país: Gato Negro.
 
O rótulo é conhecido por muitos e pode ser facilmente encontrado nos supermercados na faixa dos R$ 35,00 em média, um valor alto para o mesmo, já que tinha um preço médio na casa dos R$ 20,00.
 
O Gato Negro é produzido pela Viña San Pedro, fundada em 1865 pelos irmão Correia Albano, no Vale do Curicó é a segunda maior exportadora do Chile.

O nome "Gato Negro" partiu de uma estória a qual menciona uma degustação numa vinícola alemã entre enólogos que decidiam entre 3 barricas, e inesperadamente foram surpreendidos por um "schwartze katze" (gato negro) que saltou em uma delas e então a barrica foi "eleita".
 
Inspirado nesta simpática estória o nome "gato negro" foi adotado pela Viña San Pedro para representar uma linha de vinhos leves, frutados e fáceis de beber. Um perfeito companheiro para o dia-a-dia.
 
O Gato de Botas (como gosto de chamar o vinho), que escolhi é um 100% carménère e vamos ao vinho!
Na taça mostrou cor rubi com reflexos violáceos e boa formação de lágrimas.
 
No nariz apresentou aromas de fruta negra, seguido de notas herbáceas sutis, especiarias e discreto tostado.
 
Em boca um vinho apresentou corpo médico taninos macios e boa acidez. Repetiu as notas olfativas. Final de boca com média persistência com notas frutadas e de tostado no retrogosto.
 
Vinho simples, correto e o que é melhor sem aquele excesso de pimentão verde tão comum a muitos vinhos produzidos com a carménère.
 
O Rótulo
 
Vinho: Gato Negro
Tipo: Tinto
Castas: Carménère
Safra: 2015
País: Chile
Região: Vale Central
Produtor: Viña San Pedro
Enólogo: Carlos Chandía
Graduação: 13,5%
Onde comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 32,00
Temperatura de serviço: 16º