sexta-feira, 31 de maio de 2013

Palo Alto Reserva 2010

Eu e Juberlan pegamos a estrada no último final de semana e até chegar ao nosso destino final: Triunfo, pudemos observar 3 diferentes vegetações, a do litoral e zona da mata, a do agreste e por fim a da caatinga, a qual é típica do sertão nordestino, onde algumas das árvores nela encontradas assemelham-se, coincidentemente, ao "Palo Alto" (tipo de vegetação que se desenvolve bem em solos secos, rochosos e pouco férteis), árvore que estampa o rótulo do vinho que degustamos no restaurante da pousada Baixa Verde e que é o nome popular do Espinheiro, um arbusto nativo do Chile que possui flor e espinhos e que cobrem as colinas do Vale do Maule.

Quando estávamos na estrada tivemos o prazer de ver a paisagem da caatinga modificando-se após alguns breves períodos de chuvas, que infelizmente já estão por findar, mas que deixam no ar aquele agradável "cheiro de chuva" (areia molhada) e que pode ser encontrado em alguns vinhos. Outro aroma que pairava no ar era o de madeira, também presente em uma boa parcela de vinhos e que quando aparece de forma delicada tornam o líquido primoroso.
 
A Viña Palo Alto nasceu em 2006, no Vale do Maule, sendo uma das subsidiárias da gigante Concha y Toro. Na ocasião, foi criado seu primeiro vinho, o Palo Alto Reserva: um blend de três fantásticas uvas: cabernet sauvignon, caménère e syrah.  Este blend é criado a partir de uvas originárias de três vinhedos específicos do Vale do Maule: San Clemente (Cabernet Sauvignon); Villa Alegre (Shiraz) e Pencahue (Carmenere) com uma vinificação clássica e afinamento em barricas de carvalho francês e americano por 8 meses.

Hospedamo-nos na agradável pousada Café do Brejo, situada em um em uma área de vale na entrada da cidade. A pousada possui uma grande área e nela se destacam os pavões e as fruteiras. No período mais frio as noites são de um friozinho muito convidativo para uma boa garrafa de vinho e o amanhecer deve ter bastante neblina, que certamente proporciona um ar agradável e bucólico para o café da manhã.

Fomos jantar no restaurante de outra simpática pousada da cidade: Baixa Verde, que além do bom atendimento dispensou o a taxa de rolha. A harmonização ficou por conta de uma picanha argentina na chapa e de um bode guizado.

Mas chega de conversa e vamos ao vinho. Visualmente mostrou uma cor rubi escura e intensa, halo violáceo e lágrimas finas e rápidas. No nariz o herbáceo e a madeira destacam-se desde o início, mas também se percebem notas de fruta vermelha e chocolate meio amargo, porém muito sutil e, escondidas por trás dos aromas de pimentão. Em boca o vinho mostrou taninos redondos, acidez em boa intensidade e álcool na medida. Repetiu a madeira e o herbáceo, que incomodou do início ao fim da garrafa. Final de boca seco de boa intensidade, mas com a nota herbácea aparecendo no retrogosto.

Não é um vinho ruim, mas também não é aquele vinho que se degusta com frequência. A carménère de alguns terroir possui essas notas de pimentão em demasia e apesar de ser a uva emblemática do Chile, ainda se faz necessário mais esmero no seu uso, pelo menos para meu paladar.

Quem for de Pernambuco e ainda não conhece a região agende sua viagem e leve seus vinhos, pois as cartas de vinhos são praticamente inexistentes; uma boa pedida é no período do circuito do frio e para quem é de outros estados e quer conhecer outros ares vale a pena pegar a estrada e dar um pulinho na região de serra no meio do sertão nordestino.

O Rótulo

Vinho: Palo Alto Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon (50%), Carménère (30%) e Syrah (20%)
Safra: 2010
País: Chile
Região: Vale de Maule
Produtor: Palo Alto
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 35,00
Temperatura de serviço: 16º
Premiações: Medalha de Ouro no Mundus Vini, Medalha de Bonze na International  Wine & Spirit Competition e 87pts da Descorchados.

Mais um estudo confirma que vinho tinto protege a saúde cardiovascular

Um estudo feito por investigadores clínicos da Universidade de Barcelona confirmou que o consumo moderado de vinho - até duas taças por dia - protege a saúde cardiovascular.
 
Tal benefício já era conhecido por alguns médicos. Porém, não se sabia se a condição era proveniente da ingestão de álcool ou dos polifenóis presentes no vinho. Após essa pesquisa, publicada no American Journal Clinical of Nutrition, descobriu-se que são os polifenóis os responsáveis pela melhora.
 
Os investigadores chegaram à conclusão depois analisar 300 pessoas, metade delas obesas e a outra metade de peso normal. Elas foram separadas em grupos, que beberam vinho tinto, tinto sem álcool ou gim. A análise, então, permitiu perceber que aqueles que consumiam vinho tinto, com ou sem álcool, apresentavam mais bactérias benéficas ao organismo.
 
"O benéfico, portanto, não é o álcool, mas sim o próprio vinho tinto. Ele modifica o funcionamento dos micro-organismos que vivem em nosso corpo. Mas o consumo deve ser moderado - uma ou duas taças por dia - e regular", explica Francisco Tinahones, líder do estudo.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Degustação com Georg Riedel

Trazido pela Mistral Importadora, Georg Riedel, 10ª geração da família criadora das taças de cristal mais famosas do mundo, comanda degustação de vinhos, obviamente servidos em suas famosas taças, seguida de jantar no Terraço Itália, dia 6 de junho. Para em está em São Paulo e cm grana sobrando vale a pena conferir este evento.
 
A importadora Mistral traz ao Brasil um dos maiores visionários do mundo do vinho, o austríaco Georg Riedel, representante da 10ª geração da família fundadora da Riedel Crystal, a lendária grife de taças de cristal que, ao desenvolver copos específicos para cada variedade de uva, revolucionou a forma de degustar vinhos.
 
Para demonstrar como a taça correta pode fazer diferença na qualidade da bebida, Mr. Riedel – como é conhecido o “Man of the Year 1996” da prestigiada revista inglesa Decanter – fará uma prova exclusiva no Terraço Itália, dia 6 de junho (quinta-feira), às 20h.
 
A degustação será realizada com três vinhos tintos – cada um elaborado com um tipo de uva – em três diferentes modelos da linha Riedel Vinum XL, que os participantes levarão para casa de brinde (o valor normal das taças é de R$ 350). Na sequência, será servido o jantar harmonizado com os vinhos.
 
 
Confira o menu da noite:
 
TAÇAS
 
* Pinot Noir - Riedel Vinum XL
* Hermitage - Riedel Vinum XL
* Cabernet Sauvignon – Riedel Vinum XL
 
VINHOS
 
* HRV Pinot Noir 2010 (Hamilton Russell/África do Sul)
* Mathilda Shiraz 2010 (Domaine Tournon - M. Chapoutier/Austrália)
* CrossBarn Cabernet Sauvignon 2005 (Paul Hobbs/ Estados Unidos)
 
MENU
 
* Rigatoni al Ragú di Vitello in Bianco
* Carré de Javali ao vinho Morellino di Scansano com risotto de funghi porcini
* Cheesecake com gelato de chocolate
 
Fonte: ArtWine

terça-feira, 28 de maio de 2013

Vinho diminui chances de ter pedra no rim

De acordo com uma pesquisa realizada por pesquisadores nos EUA e na Itália, consumir bebidas como vinho (tinto e branco) e café pode diminuir o risco de ter pedras no rim.
 
 
Durante oito anos, os especialistas estudaram os hábitos de cerca de 194 mil pacientes que nunca haviam sofrido do problema. Uma ou duas vezes por ano, eles reportavam o que haviam bebido e se havia alguma ocorrência de pedras no rim.
 
Com base nos resultados, a equipe concluiu que as bebidas associadas ao baixo risco de aparecimento de pedras no rim são, em ordem decrescente, a cerveja (41%), o vinho branco (33%), o café (33%) e o vinho tinto (31%).
 
Entre as bebidas que mais aumentam as chances estão refrigerantes, bebidas adoçadas artificialmente e ponches.
 
Estou trabalhando nessa prevenção nesse exato momento!!!

Harmonizando Pinot Noir com Hambúrguer #diamundialdohamburguer #cbe

Hoje é o dia mundial do hambúrguer e o Confrade Cristiano Orlandi do blog Vivendo Vinhos lançou o desafio para os confrades da CBE: realizar um post especial de um vinho harmonizando com hambúrguer, aceitamos de pronto.
 
As origens do hambúrguer são incertas e permeadas de mitos e histórias, porém é bem provável que ele tenha sido preparado pela primeira vez da maneira como o conhecemos hoje em fins do século XIX ou começo do século XX. O hambúrguer moderno é derivado das necessidades culinárias de uma sociedade que mudava rapidamente devido à industrialização e, portanto, usufruíam de menos tempo para o preparo de alimentos e consumo das refeições.
 
Escolhi um Pinot Noir do Uruguai para harmonizar com essa comida global e que sem sombra de dúvida é um dos alimentos mais consumidos no mundo moderno.
 
Participaram do momento: Eu, Fernanda e Juberlan, que mesmo aveço a alimentos como hambúrguer, aprovou a receita caseira e a harmonização. Com a correria do dia a dia optamos por uma receita simples do tipo tradicional de carne bovina.
 
O preparo dos hambúrguers ficou por conta de Fernanda, que em cerca de trinta minutos concluiu o preparo a receita, a qual vale a pena ser realizada pelos viciados nesse alimento, visto que você irá ingerir um alimento com ingredientes de procedência confiável e sem adição de inúmeros conservantes (confira os ingredites no fim da postagem).
 
O vinho mostrou a típica cor rubi clara e transparente, tal qual os tradicionais pinot noir da França e um pouco distinto dos rótulos com esta casta produzinos no novo mundo, sobretudo os chilenos e argentinhos. No nariz mostrou aroma frutado (cereja) e leves toques de chocolate e tostado, proveniente da passagem (35% do vinho) por barricas de carvalho. Em boca muito suave e delicado, com taninos macios e elegantes, bem equilibrados com acidez e álcool, que apesar dos 13,5% não incomodou em nenhum momento. Repetiu a fruta e o tostado. Final de corpo seco e de média intensidade. Caiu muito bem com o hambúrguer e para quem gosta de Pinot Noir este exemplar mostrou excelente custo versus benefício.
 
Para você que está com um pouco mais de tempo e gosta de cozinhar, vale a pena criar suas receitas com outros tipos de ingredientes, como carne de ovinos, peixes e também as receitas com recheios, mas fique atento na hora da harmonização, pois carnes com sabor mais forte pedirão vinhos com mais corpo e os de peixe vinhos brancos com boa acidez.
 
Saúde e bons vinhos e hambúrguers a todos!

O Rótulo

Vinho: Don Pascual Reserve
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2011
País: Uruguai
Região: Canelones
Produtor: Estabelecimiento Juanicó
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 25,00
Temperatura de serviço: 16º

Ingredientes do Hambúrguer

- 1 Kg de carne moida (use o corte de sua preferência)
- 1 pacote de creme de cebola
- 1 ovo
- 2 colheres de sopa de shoyo
- Coentro a gosto
- Cebola, alho e salsa desidratados (tempero pronto)

Rende de 12 a 20 hambúrguers, de acordo com o tamanho.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Pratos vegetarianos e vinhos

A harmonização segue os mesmos critérios tradicionais, como intensidade, textura e sabor. Os vinhos orgânicos (ou biológicos, como também são chamados), que têm as mais diversas categorias, são uma boa opção.
 

 
Fonte: CBN

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Consumir vinho ajuda o cérebro a manter a agilidade

De acordo com mais de 70 estudos  científicos recentes, tomar uma taça de vinho por dia é muito mais benéfico para o cérebro do que ser abstêmio. De acordo com eles, o consumo leve de vinho pode melhorar as funções cognitivas e a agilidade menta.
 
Além disso, ingerir pequenas doses também previne a demência, conforme demonstra um estudo feito pela Academia Sueca Sahlgrenska, que acompanhou 1.500 mulheres durante 34 anos. Possivelmente, estes efeitos estão relacionados aos antioxidantes do vinho, que reduzem as inflamações, impedem o enrijecimento das artérias e melhoram a circulação sanguínea.
 
Outro benefício do consumo de vinho diz respeito à saúde física. De acordo com uma investigação publicadada na revista FASEB Journal, o revesratrol presente nos tintos é capaz de neutralizar os efeitos negativos de uma vida sedentária, pois pode diminuir o processo de detiooração da massa e força muscular.
 
Fonte: Revista Adega

Cave de Ladac Côtes du Rhône 2009

Os vinhos franceses, por mais simples que sejam, sempre são líquidos agradáveis. Não foi diferente com o Cave de Ladac Côtes du Rhône, vinho proveniente de uma das mais famosas regiões vitivinícolas da França e de onde provém vinhos jovens, delicados, fáceis de beber e com um bom custo versus benefício.

Visualmente o rótulo mostrou uma cor rubi alaranjada, mostrando sua evolução já aos quatro anos de vida; lágrimas em pequena quantidade e que escorreram lentamente pelas paredes da taça. No nariz seu bouquet é muito delicado e tem a fruta vermelha em evidência, mas também notas de especiarias (café e pimenta) e notas de alcaçuz. Em boca repetiu a delicadeza e suavidade do nariz e repetiu a fruta e a pimenta. Final de boca seco e suave de média persistência.
 
Um rótulo simples, bem feito e que já está passando da hora de se degustar. Boa pedida para o happy hour acompanhado de pratos leves e puco condimentados.
 
O Rótulo
 
Vinho: Cave de Ladac Côtes du Rhône
Tipo: Tinto
Castas: Syrah, Grenache e Mourvedre
Safra: 2009
País: França
Região: Côtes du Rhône
Produtor: Compagnie Vinicole  de Bourgongne
Graduação: 12,5%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 16º

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mouton Rothschild irá inaugurar galeria de rótulos, Eu estou montando a minha e você, o que coleciona?

Em junho deste ano o Château Mouton Rothschild irá abrir uma galeria de arte para abrigar a exposição itinerante dos rótulos de seus vinhos denominada "Mouton Rothschild: Paintings for the Labels".
 
O novo espaço, que estará separado do Mouton's Museum of Art in Wine, apresentará os rótulos desenhados por artistas consagrados desde a safra de 1924, quando a prática foi iniciada, até as mais atuais. Quem inaugurou a tradição foi o designer Jean Carlu, que elaborou um rótulo em comemoração ao primeiro vinho engarrafado no Château.
 
Depois disso, outro rótulo especial só foi desenhado em 1945 - o famoso "V", de vitória, criado por Philippe Jullian, celebrando o final da Segunda Guerra Mundial. Após essa data, o barão Philippe decidiu que, a cada safra, um grande artista ficaria responsável pelo desenho do rótulo.
 
Desde então, nomes como Picasso, Chagall, Andy Warhol, Salvador Dali, Francis Bacon, Jeff Koons e até mesmo o príncipe Charles deixaram sua marca nos vinhos Mouton Rothschild. Como pagamento pela arte, o Château oferece cinco caixas com o vinho da safra em questão e outras cinco de safras diferentes.
 
"Tanto a safra de 1924 quando as do período entre 1945 e 2010 estarão expostas. A exposição ficará majoritariamente no Mouton, mas também passará por outras cidades por um tempo", afirmou a baronesa Philippine.
 
A exposição "Mouton Rothschild: Paintings for the Labels" existe desde 1981 e já passou por 42 cidades, como Moscou, São Petesburgo, Londres e Nova York. O diretor do Château, Philippe Dhalluin, acredita que o número de visitantes da galeria poderá chegar a 50 mil por ano.
 
Fonte: Revista Adega

Um malbec correto por R$ 19,90

Quem acompanha o blog viu que em abril se comemorou o dia mundial da Malbec e que degustei e comentei quatro bons vinhos com a Malbec que me formam enviados pela Wines of Argentina. Passado um mês desse dia o amigo Juberlan trouxe aqui pra casa um malbec que custou R$ 19,90 e a nossa ideia era avaliar e de certa forma comparar o rótulo com os outros quatro que degustamos.
 
A primeira comparação é inevitável: o Medrano Terroir custou de 4 a 6 vezes menos que os rótulos enviados pela Wines of Argentina, o que faz temer qualquer um tenha o mínimo de noção de como um vinho é produzido e como ele pode custar tão pouco.
 
Diante disto não tem como não me pegar pensando como pode um vinho vir da Argentina, Chile, Portugal, França, etc., e custar valores que, pasmem, variam entre R$ 11 e R$ 25. Alem dos custos com a produção da uva em si, temos que levar em conta o valor das garrafas, das rolhas, dos rótulos, dos impostos e dos valores com o transporte, então ficam algumas perguntas no ar: o que estamos bebendo é vinho? Como esse vinho é transportado? As informações no rótulo são verdadeiras?

Medrano Terroir  Malbec 2011 é um vinho da linha Medrano da  Filus Bodega & Viñedos, vinícola argentina fundada em 1997 por Gustavo Capone e Ambrosio Di Leo e que possui duas outras categorias de vinhos, a Filus e a La Boca. A bodega está situada em Lujan de Cuyo a região vitivinícola mais tradicional dos nossos vizinhos.

Visualmente o vinho mostrou uma cor rubi escura, com matizes violetas e lágrimas grossas e lentas. No nariz a fruta vermelha madura foi o destaque, seguido de um toque leve de madeira, proveniente de passagem por barrica ou do uso de chips? (alguns sites informam que o vinho amadureceu por 6 meses em barricas de carvalho francês, algo difícil de crer devido o seu baixo preço). Em boca mostrou taninos suaves  e macios e em bom equilíbrio com a acidez e o álcool. Repetiu a fruta e mostrou leve toque de chocolate e especiarias. Final de boca adocicado e de média intensidade.

Vinho simples, correto e fácil de beber; vale o que custa. Uma boa pedida para os iniciantes no mundo do vinho e também para se degustar no fim de tarde início de noite como aperitivo. Está pronto para beber e não creio que evoluirá com a guarda.

No período de um mês pudemos degustar 7 vinhos malbec, de três diferentes terroirs da argentina, de 6 diferentes produtores, de diferentes faixas de preço e que mostraram todo o potencial vitivinícola da Argentina, onde até os vinhos simples são corretos e bem feitos.

Moral da história: nem todo vinho barato é ruim e nem todo vinho bom é caro.

O Rótulo

Vinho: Medrano Terroir
Tipo: Tinto
Castas:  Malbec
Safra: 2011
País: Argentina
Região: Lujan de Cuyo - Mendonza
Produtor: Filus Bodega & Viñedos
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: Pescadeiro
Preço médio: R$ 19,9
Temperatura de serviço: 16º - 18º

sábado, 18 de maio de 2013

Olha o que Parker disse!

O conceituado/odiado crítico de vinhos Robert Parker, via Twitter, fez uma série de considerações sobre o mercado de vinhos. Algumas são interessantes, outras polêmicas. Veja o que "oráculo" de Bob falou, com alguns comentários de Artwine.
 
Usando o microblog Twitter, o queridinho Robert Parker, o crítico norte-americano fez algumas considerações sobre a atual situação do mundo do vinho. Ao mesmo tempo, fez uma pergunta, em forma de enquete via Twitter. E você o que pensa a respeito?

O que todos pensam hoje do mercado de vinhos?

Seguem alguns de meus (dele, Parker) pensamentos:

1. O mercado de vinhos acima de USD 25 (25 dólares, 50 reais), continua lento.
 
2. A proliferação de vinhos excelentes, oriundos de muitas regiões, mas em especial, da América do Sul, Espanha, Sul da França, Sul da Itália, Leste Europeu (fique atento à Bulgária), Sul da Austrália e África do Sul, tem sido cada vez mais acelerada.
 
3. O controle sobre a venda e distribuição de vinhos continua na mão dos operadores do mercado, em especial os atacadistas, que continuam a ter controle excessivo sobre os legisladores (nota do editor de Artwine - isso não se aplica ao Brasil, onde o controle da distribuição e venda dos vinhos está nas mãos dos importadores, o que é proibido nos EUA).
 
4. As notas atribuídas a vinhos ainda são tão importantes quanto sempre foram, mas apenas de algumas fontes selecionadas, porque o oceano de números causou uma espécie de surdez seletiva nos consumidores, assim como um cansaço com o sistema de notas.
 
(Comentário do editor - aqui Parker foi um pouco corporativista, defendendo seu quintal, uma vez que todos os dados disponíveis atualmente, nos EUA, Reino Unido e França, e até no Brasil, mostram que as notas dadas a determinado vinho por críticos, incluindo os famosos, possuem cada vez menos importância para os consumidores na hora de comprar o vinho. Só para completar a informação, hoje, cada vez é maior a influência da indicação dos amigos e conhecidos, ou seja, cada vez é maior a influência das redes sociais).
 
5. Os investimentos futuros nos vinhos de Bordeaux, assim como as vendas, e os preços, "en primeur", estão em fase terminal, pelo menos até a próxima safra excepcional, e mesmo assim, dada a situação econômica mundial, até essa situação pode não despertar atenção.
 
(Comentário do Editor - essa situação já havia sido prevista pela conceituada crítica britânica Jancis Robinson, que escreveu um duro artigo criticando as avaliações precoces dos vinhos de Bordeaux e o sistema de vendas antecipadas, baseadas em notas dadas para vinhos que, nem de longe, representavam o, que seria colocado posteriormente no mercado).
 
6. A guarda de vinhos em adegas, para serem apreciados com mais idade, ou com propósitos especulativos, é uma espécie em extinção, pois o gosto do consumidor está claramente voltado para vinhos acessíveis, frutados e prontos para beber no momento em que são comercializados, com apelo imediato e fáceis de beber.

7. O movimento jihadista dos vinhos não-sulfurados, ecológicos, com frutas não plenamente maduras, com álcool baixo e sem sabor, promovido pela política dos "anti-prazer" e pela liga "anti-álcool" segue seu curso para o esquecimento, como todos os movimentos extremistas e sem utilidade.
 
(Comentário do editor - o mundo já possui fanáticos em excessos e certamente o mundo do vinho não escaparia ileso dessa ameaça. Felizmente o movimento já está refluindo e os ecochatos do vinho diminuindo. Só sobreviverão os bons vinhos, com seria de se esperar).
 
8. A contínua centralização de poder na mão de poucos personagens do mundo do vinho, é mais perigosa agora do que nunca.
 
9. Vinhos finos e vinhos frágeis continuam a ser maltratados no transporte, armazenamento e nos centros de distribuição, e até nos pontos de venda, pois as empresas preferem não arcar com o elevado preço dos conteiners refrigerados, manutenção de armazéns refrigerados e do transporte em caminhões climatizados.
 
(Comentário do editor - esse problema é ainda mais crítico no Brasil, um país de clima quente e sistema aduaneiro medieval, o que obriga os pobres vinhos a prolongadas sessões de tortura nos escaninhos portuários, submetidos a verdadeira sauna, com evidentes prejuízos à qualidade).
 
10. As gerações mais jovens estão se voltando para as cervejas artesanais e para outras bebidas alcoólicas (Nota do editor- no caso do Brasil, para a vodca) e chegando à conclusão que o vinho não merece o preço e o aprendizado requerido para melhor ser apreciado.
 
Fonte: Artwine (Robert Parker - Via Twitter).

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Vinho em tubos de ensaio

Depois de perceber que o formato de venda de vinho em copo em bares e hotéis de luxo não estava surtindo o efeito desejado, alguns produtores norte-americanos se uniram para criar um recipiente para os chamados "single serve", com quantidades individuas de vinho.
 
 
O The Vini se assemelha a um tubo de vidro de perfume, cilíndrico, com capacidade para 187 ml de vinho, o equivalente a uma taça da bebida. "Vini é um vinho fino, e deve ser tratado como tal", diz um de seus criadores. "Se supõe que seja servido na própria garrafa, como qualquer vinho, para que seja consumido em taças".
 
Diferente dos demais formatos individuais, que sugerem uma bebida menos glamorosa, The Vini mantém o status do vinho e é capaz de conservá-lo por um período mais longo, uma vez que é feito de vidro e possui tampa de rosca.
 
Por enquanto, a aposta do novo formato fica restrita para os mini-bares de hotéis de luxo, nos EUA.
 
 
Fonte: The Vini

Beber vinho previne infecções bucais

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Pavia, na Itália, consumir vinho, seja ele branco ou tinto, ajuda na prevenção de doenças bucais como cárie e gengivite.
 
Os pesquisadores comprovaram que o vinho possui uma substância fitonutriente chamada proantocianidina, um antioxidante que evita o crescimento dos estreptococos (causadores da cárie e de outras doenças bucais) e que ele se ligue à saliva e aos dentes.
 
O estudo teve como base 100 degustadores de vinhos, que provaram, por dia, entre 25 e 50 vinhos. Análises mostraram que nenhum deles apresentou sinais de erosão ou cárie nos dentes.
 
A esse respeito, investigadores da Universidade de Lavat, no Canadá, explicaram que os polifenóis conseguem modular e anular a ação componentes liberados pelo corpo que propiciam inflamações.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Vem aí os vinhos sem sulfitos

O anidrido sulfuroso é a solução mais cómoda até agora como antioxidante e antimicrobiano dos vinhos. E é por isso que é usada extensivamente a nível mundial. Mas uma nova tecnologia – de origem portuguesa - promete alterar este panorama.
 
O problema é que o sulfuroso – como é conhecido o anidrido sulfuroso ou dióxido de enxofre – não é uma solução totalmente inócua. Estima-se que cerca de 3% das pessoas são intolerantes ou mesmo alérgicas a este composto, apresentando sintomas como náuseas, dores de estômago, dores de cabeça, etc. E depois o sulfuroso leva algum tempo a dissolver-se e, até lá, deixa gosto no vinho.
 
 
Pois bem, a Dão Sul/Global Wines desafiou a Universidade de Aveiro a encontrar uma alternativa tecnológica à utilização do sulfuroso na conservação dos vinhos. Desenvolveu-se a partir daqui o projecto WineSulFree que foi apoiado pelo programa europeu QREN. A Universidade de Aveiro desenvolveu uma película à base de quitosana, proveniente das cascas dos crustáceos, que demonstrou ter a mesma ação que o sulfuroso na conservação e manutenção dos vinhos brancos e espumantes. Para o testar, a Dão Sul realizou uma prova cega comparativa, efectuada no Paço dos Cunhas de Santar, onde um público especializado composto por onze pessoas treinadas terá verificado que os vinhos com sulfuroso e os vinhos conservados com a película de quitosana apresentaram diferenças mínimas. Foram provados 14 vinhos brancos e 2 vinhos espumantes feitos a partir da casta Encruzado onde se utilizaram quantidades e composições diferentes das películas de quitosana e sulfuroso para definir o tratamento “ótimo”. A primeira conclusão, certamente ainda provisória, é a de que a aplicação desta nova tecnologia é enologicamente viável, garantindo a qualidade do produto quer a nível sensorial quer a nível da segurança alimentar.
 
Segundo Osvaldo Amado, esta tecnologia não requer alterações na adega. As películas – estilo papel celofane - são de fácil aplicação e remoção e não serão necessários equipamentos e manuseamentos especiais. Está a ser preparada a informação a enviar para a Organização Internacional da Vinha e do Vinho de forma a garantir que todas as questões legais estão a ser cumpridas. Só depois se poderá colocar o primeiro vinho no mercado. Não há ainda garantias sobre o sucesso desta tecnologia mas Osvaldo Amado garante que tem havido resultados positivos nos últimos três anos consecutivos. A tecnologia resultou de um investimento de cerca de 600.000 euros e os detentores desta patente são a Dão Sul e a Universidade de Aveiro. Assim que os trâmites legais do processo estiverem concluídos, o objetivo é poder alargar a sua utilização a outros produtores.
 
Fonte: Revista de Vinhos

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Um Cabernet com jeito de Pinot: Santa Helena Selección del Directorio Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2010

Esse rótulo me foi gentilmente presenteado por um paciente no final de 2012 e estava guardado na adega desde então, até que resolvi abrir a garrafa no último sábado.
 
O rótulo é produzido pela Vnícola Santa Helena, a qual foi fundada em 1942 e adquirida pelo grupo San Pedro em 1994. Atualmente é uma das maiores vinícolas do Vale de Colchagua com um total de 334 hectares cultivados. Além disso, possui contratos de longo prazo com os melhores vales vitivinícolas chilenos: Maipo, Elqui, Casablanca, Leyda, Cachapoal, Curicó e Maule.
 
Santa Helena faz parte de San Pedro Tarapacá Wine Group que em parceria com outras 10 vinícolas constituem o segundo holding de Vinhos no Chile. Além das vinícolas Santa Helena, San Pedro e Tarapacá, fazem parte do grupo Vinícola Misiones de Rengo, Altair, Vinícola Mar, Casa Rivas, Vinícola Tabalí, Vinícola Leyda, e na Argentina, Finca La Celia e Tanques Tamari.

Propriedade da CCU - a maior empresa de bebidas do Chile, em parceria com a Heineken NV-, a Santa Helena representa um 10% da faturação do grupo.
 
O título da postagem já diz muito sobre o vinho que, visualmente, mostrou uma cor rubi clara e de boa transparência, com uma boa formação de lágrimas e que escorreram lentamente, contrariando os 14% de álcool. No nariz aromas de fruta vermelha aparecem em primeiro plano, seguidos de aromas sutis de especiarias, caramelo e tostado, produto da passagem de 70% do vinho por barricas de carvalho francês. Em boca mostrou taninos macios e acidez moderada, tudo muito equilibrado com o álcool, quem em momento algum se mostrou; a fruta apareceu e mostrou boa integração com a madeira. Final de boca levemente adocicado com a fruta e pimenta aparecendo no retrogosto.
 
Vinho agradável e equilibrado, que vai bem como aperetivo ou acompanhando pratos sem muito condimento. Recomento, apesar de achar que o valor é elevado.


O Rótulo

Vinho: Santa Helena Selección del Directorio Gran Reserva
Tipo: Tinto
Castas:  Cabernet Sauvignon (85%) e Shiraz (15%)
Safra: 2010
País: Chile
Região: Vale do Colchágua
Produtor:  Santa Helena
Graduação: 14%
Onde comprar em Recife: RM Express, DLP
Preço médio: R$ 55,00 (Essa foi presente)
Temperatura de serviço: 16º - 18º

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A diferença entre o vinho frisante e o espumante

Por Renato Pujol

A diferença entre o vinho frisante e o espumante é um questionamento comum para os iniciantes nométodos de vinificação.
mundo do vinho. E o primeiro passo para entendê-la é conhecer como se produz um vinho, para depois entender como funciona os diferentes
 
A fermentação alcoólica é um conjunto de reações provocadas por micro-organismos, as leveduras, que atacam a glicose e a frutose contidas no mosto transformando-os em álcool e gás carbônico.
 
Para se produzir um espumante ou um frisante, precisamos de gás carbônico (borbulhas) e esse gás tem de ser obtido de maneira natural. Agora vamos às características de cada um desses vinhos:
 
Espumante
 
Os espumantes são produzidos através de duas fermentações, a primeira que chamamos de vinho base, aonde a fermentação vai até o final. Ou seja, o vinho fica seco e sem gás carbônico e a segunda é quando se obtém esse gás (as borbulhas).
 
Para isso, existem dois processos, Champenoise (também conhecido como Tradicional ou Clássico) e Charmat:
 
 - O método champenoise é aquele onde a 2ª fermentação do vinho base ocorre dentro da própria garrafa.
 
- O método charmat já passa por uma produção um pouco diferente, fazendo com que o vinho base realize sua segunda fermentação em tanques de aço inox.
 
- No final, os dois métodos recebem uma mistura que se chama Liqueur d`expédition (Licor de expedição), que é responsável em fazer a classificação deste espumante, sendo brut ou demi sec.
 
Frisante
 
- Trata-se de uma fermentação sem vinho base, sem licor de tiragem e sem licor de expedição.
 
- Ou seja, como não tem vinho base, tanto a fermentação alcoólica quanto a toma de espuma ocorrem no mesmo processo.
 
- Nos vinhos frisantes o método de obtenção das bolhas pode ser tanto natural como artificial.
 
Por essas diferenças no método de produção, o vinho frisante sempre terá menor nível de gás carbônico em relação ao espumante. Ou seja, o vinho frisante é menos gaseificado e tem menos espuma do que um espumante.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Espumante das índias

A francesa Moet Hennessy anunciou há poucos dias que irá lançar no mercado um espumante elaborado na Índia, na região noroeste de Mumbai. Em 2011 foram plantados 19 hectares de Pinot Noir, Chenin Blanc e Chardonnay para a produção.
 
"A data exata do lançamento dos nossos vinhos ainda não foi confirmada, mas sei que as primeiras garrafas serão vendidas no final desse ano", afirmou Cathryn Boudiak, gerente da marca. A vinícola - que só deve ficar pronta em 2014 - terá capacidade para produzir 50 mil caixas de vinho por ano.
 
De acordo com a IWSR (International Wine & Spirt Research), o mercado indiano de espumantes está em crescimento, embora a partir de uma base pequena, de apenas 4% da fatia de mercado. "Em 2012, quase 100 mil caixas de vinho foram vendidas, um crescimento de 24% em relação ao ano anterior", comentou Alastair Smith, diretor do instituto.
 
Para os profissionais da indústria vinícola, a expectativa é que o mercado cresça significativamente nos próximos anos, uma vez que, num país com 1,5 bilhão de pessoas, sempre há motivos para comemorações. Nessa onda, a Moet Hennessy espera emplacar seus vinhos por serem de produção interna. "Champagne é muito caro e espumantes como Prosecco e Cava não são conhecidos na Índia, então, a produção doméstica terá bastante força", explicou o escritor indiano Magandeep Singh.
 
Fonte: Revista Adega.

Livros para Degustar - Parte III

Por Carolina Almeida

 
Quem se interessa não só pelo vinho, mas pela gastronomia em geral, deve ler "De caçador a gourmet" (24), de Ariovaldo Franco. O livro trata da história da civilização por meio de sua alimentação, mostrando o comportamento desde o homem das cavernas até o século XX. Franco ainda aborda os rituais que cercam o alimento e como a gastronomia foi se desenvolvendo ao longo dos anos.
 
No Brasil, onde o vinho ainda pode ser visto como um broto, se comparado com grandes pólos como França, os livros nacionais a respeito do assunto são poucos. Mas vale a pena conferir a obra de Carlos Cabral, "A Presença do Vinho no Brasil" (25). A partir de documentos históricos, o enófilo mostra as raízes da vinicultura brasileira; como, quando, por que e até onde o brasileiro consumiu, produziu e comercializou o vinho.
 
O publisher de ADEGA, Christian Burgos, sugere também outro título de Cabral. "A mesa e a diplomacia brasileira: O Pão e o Vinho da Concórdia" (26), que registra a história da diplomática brasileira, desde o final do 2º Império até os nossos dias. No livro, Cabral conta como o Brasil recebe seus convidados em banquetes, quais refeições serviu a Embaixada em Londres, o que o Príncipe de Gales degustou em São Paulo, em 1934, o que comeu e bebeu Walt Disney, e a descrição em detalhes dos vinhos servidos ao presidente Eisenhower, além de revelar curiosidades sobre o formato do serviço diplomático e a atual preferência por vinhos e comidas típicas nacionais.
 
Compilações de fatos e curiosidades relacionados ao vinho ajudam a entender como esta bebida influenciou a história da humanidade desde os primórdios até os dias atuais.
 
Por falar em Cabral, o autor acha imprescindível a leitura de clássicos como "Tintos e Brancos" e "A História do Vinho", para citar um nacional e um estrangeiro. "O livro do Amarante [Os Segredos do Vinho] também é essencial", comenta. Mas para quem está começando nesta área e quer aprender as coisas básicas, ele indica "Iniciação à Enologia" (27), de Aristides de Oliveira Pacheco. O livro dá subsídios para o aprofundamento dos estudos e uma boa escolha num mercado vasto e cheio de opções como o de hoje.
 
Como a proximidade de Brasil e Portugal, tanto no vinho quanto em outros assuntos, é grande, uma boa opção, dada por Ricardo Castilho, diretor editorial da revista Prazeres da Mesa, é o livro "Memórias do Vinho" (28), de Maria João de Almeida e Paulo Laureano. Ela jornalista, ele um dos melhores enólogos do mundo. A narrativa conta a história de 20 propriedades com produção vinícola, inseridas no contexto político, social e econômico da época - e das famílias que viveram e investiram nelas.
 
Portugal também é cenário do livro de Marcelo Copello, colaborador da revista Gosto, "Os sabores do Douro e do Minho" (29). Nele, Copello fala um pouco sobre história, culinária e roteiros turísticos, além de, é claro, explicar porque o Douro vai além do Porto, e a razão pela qual o Vinho Verde se tornou uma bebida tão notória.
 
Já a região de Champagne mereceu os olhares de Aguinaldo Záckia Albert com seu livro "Borbulhas - Tudo sobre Champagne e Espumantes" (30). Esta obra, que ganhou prêmio como a melhor de 2009 no tópico "educação do vinho" pelo prestigiado "Gourmand World Cookbook Awards", se propõe a contar tudo o que importa saber sobre os espumantes em geral, tanto do Velho quanto do Novo Mundo, além de discorrer sobre seu engarrafamento, suas safras e a harmonização com a comida.
 
Outros
 
Saindo destes dois universos, tão necessários para quem quer mergulhar de cabeça no vinho e em suas propriedades, Castilho indica o "Wine People" (31), de Stephen Brook. "Neste livro, o autor mostra quem é quem no mundo do vinho. Quem são os principais enólogos, críticos, vinhateiros e homens de negócios do vinho. Perfis muito bem escritos", conta o diretor editorial da Prazeres da Mesa.
 
Também em relação ao famosos (mas desta vez não do vinho) está o "Bebendo estrelas: Histórias e Receitas" (32), do crítico de cinema Rubens Ewald Filho e da jornalista Nilu Lebert. Nele, são apresentados diversos filmes que exploram o universo das bebidas e da boa mesa. A obra traz informações e curiosidades envolvendo grandes atores e diretores, como o "Martini" de James Bond, o "Manhattan" de Sex and the City ou os vinhos de Sideways, por exemplo.
 
Para os curiosos, o livro "110 Curiosidades sobre o Mundo dos Vinhos" (33), de Euclides Penedo Borges, parece ter caído do céu. O autor tem a resposta para algumas das perguntas que qualquer enófilo se faz ao longo da vida: sobre o amargor no vinho; a origem do aroma e do sabor da baunilha, do caramelo e da framboesa; a elaboração do vinho fortificado e do jerez; além de lendas, mitos e acontecimentos imprevistos que geraram vinhos maravilhosos.
 
Para finalizar, numa outra vertente, mais clássica e poética, está o livro "A Alma do Vinho" (34), da Editora Globo, que reúne as mais nobres poesias sobre a bebida, que esteve presente na maioria - senão em todos - os momentos históricos mais marcantes. A coleção conta com obras-primas de Voltaire, Gil Vicente, Balzac e Maupassant.
 
Fonte: Revista Adega

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vinho boliviano tenta conquistar mercado internacional


 
Produzido com uvas cultivadas a 1.850 metros acima do nível do mar, os vinhos de Tarija buscam espaço entre as melhores produtoras do planeta.
 
Fonte: Veja