quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cultivar plantas aromáticas perto de vinhedos influencia aroma dos vinhos

A Universidade Juan Agustín Maza, na Espanha, e o Engenheiro agrônomo Antonio Mas de Finca, descobriram que cultivar plantas aromáticas perto de vinhedos transfere aromas às vinhas. O cultivo conjunto de algumas espécies potencializa o aroma natural da variedade e se incorpora ao vinho.
 
A pesquisa descobriu que essa reação é causada pelos componentes voláteis dessas plantas, que em certos horários, com temperaturas mais altas, se desprendem e acabam sendo captadas pela casca da uva.
 
Os cientistas testaram plantas aromáticas, como rosas e manjericão, e perceberam que cada uma delas influência de forma diferente o aroma de variedades viniferas. "Algumas delas, misturadas à variedades tintas (Malbec e Cabernet) ou brancas (Chardonnay) acentuam não só o aroma, mas também a cor e o gosto dos vinhos", explica o relatório da pesquisa.
 
O relatório continua dizendo que essa pesquisa é importante para avanços naturais nos vinhos. "Permite se aproximar do conhecimento de como influenciar o terroir e dar um passo para tirar proveito do tipo genético da variedade. Dessa forma, obtém-se uma diferença no terroir e, como conseqüência, no vinho".
 
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Monsaraz Tinto 2010

Esse alentejano foi o segundo rótulo degustado na casa do amigo Juberlan no dia 18. Esse aí foi aberto quase que em concomitância com saída do braseiro de uma bela picanha suína.

A CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz – foi criada em 1971 por um grupo de 60 viticultores. Trinta e sete anos depois, a qualidade dos vinhos CARMIM passou a ser sinônimo de excelência. A empresa lidera o mercado nacional no segmento dos vinhos de qualidade.
 
A empresa possui atualmente cerca de mil associados e produz 24 referências de vinhos: dos brancos aos tintos, dos jovens aos reservas, passando pelos licorosos, rosé ou espumantes. A CARMIM também produz aguardente e azeites de reconhecida qualidade.
 
O Monsaraz Tinto 2010 é um vinho jovem. Visualmente mostrou uma cor rubi intensa e um halo atijolado claro, mostrando a evolução, com lágrimas lentas. No nariz mostra a fruta vermelha em primeiro plano e a madeira aparecendo de forma sutil. Em boca mostrou-se macio e redondo, com taninos bem integrados  a acidez e ao álcool; final de boca prolongado e com a fruta aparecendo no retrogosto.


O Rótulo

Vinho: Monsaraz
Tipo: Tinto
Castas: Trincadeira 40%, Aragonez 30% e Alicante 30%
Safra: 2010
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: CARMIM
Graduação: 13%
Onde comprar: Pescadeiro
Preço Médio: R$ 32,00
Temperatura de serviço: 16 graus

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Obikwa Pinotage 2010

A Pinotage é uma variedade de uva tinta sul-africana, ela é resultado de um cruzamento proposital entre as uvas Pinot Noir e Hermitage (que hoje é conhecida como Cinsaut), daí deriva seu nome. Essa uva foi criada na África do Sul em 1925 por Abraham Perold, o primeiro professor de viticultura da Universidade de Stellenbosch. Ele tentava combinar as melhores qualidades da robusta Hermitage com a nobre Pinot Noir, mas que é tão difícil de ser cultivada. Perold plantou quatro sementes do resultado de sua experiência no seu próprio jardim, e acabou por esquecê-las. Algum tempo depois, com o jardim já descuidado e cheio de ervas daninhas, uma equipe de jardineiros foi deslocada para cuidar dele, quando descobriram aquela nova variedade de videira, que foi retirada de lá e enviada para análise na universidade.
 
Após a confirmação da nova variedade, o melhor exemplar foi escolhido para ser propagado, tendo sido batizado de Pinotage. Seu primeiro vinho foi feito em 1941 em Elsenburg, com as primeiras plantações comerciais feitas em Myrtle Grove, próxima à montanha de Sir Lowry. O reconhecimento mundial da uva aconteceu em 1959 quando um vinho Bellevue feito a partir da Pinotage, ganhou uma competição nacional em 1959. Esse vinho foi o primeiro a mencionar a uva Pinotage no seu rótulo, e esse reconhecimento deu origem a uma grande onda de plantações da Pinotage por toda a região da Cidade do Cabo.
 
O Obikwa é possivelmente o vinho sul africano mais vendido no Brasil e também o deve ser assim nos outros paeses para onde é comercializado, para se ter uma idéia do quanto comercial a vinícola produz em torna de 7 milhões de garrafas por ano.
 
O Obikwa Pinotage 2010 foi degustado na casa do amigo Juberlan e foi o primeiro vinho com a varietal Pinotage degustado pelos presentes (Eu, Juberlan, Pedro, Fernanda e Luciana).
 
Na análise o vinho mostrou uma cor rubi vermelha e brilhante, com lágrimas lentas. No nariz mostrou a fruta escura e um leve adocicado. Em boca repetiu a fruta e somada a ela leves toques apimentados e de tostado; seus taninos são macios e bem equilibrados com a acidez e o álcool; corpo mediano e retrogosto com a presença da fruta deixando o final agradável. Um vinho simples, feito para ser degustado ainda jovem; bom custo versus benefício e bom para o dia a dia.
 


O Rótulo
 

Vinho: Obikwa
Tipo: Tinto
Castas: Pinotage
Safra: 2010
País: África do Sul
Região: Stellenbosh
Produtor: Distell Limited
Graduação: 13%
Onde comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 25,00
Temperatura de serviço: 16 graus

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Depois do vinho envelhecido com meteorito vem o envelhecido na...

Depois do vinho envelhecido com um pedaço de meteorito, o enólogo britânico Ian Hutcheon, que tem uma vinícola no Chile, lançou outro dos seus vinhos diferentes: Sacrifício, que foi engarrafado e depois enterrado em uma montanha para envelhecer.
 
Proprietário da vinícola Tremonte, Hutcheon disse no site da empresa que tirou a inspiração de civilizações antigas, como os incas. "Há 600 anos eles usavam o topo das montanhas para sacrificar animais, humanos e colocar objetos valiosos", disse.
 
As 200 garrafas do vinho, um blend de Cabernet Sauvignon, Carménère e Syrah, foram envoltas em um manto, pregadas no fundo de uma caixa e enterradas no cume do Monte Tuca, no Vale do Cachapoal, perto da vinícola. As garrafas foram enterradas no começo do outono e deixadas lá durante o inverno.
 
A partir de 22 de setembro, os consumidores poderão comprar o vinho, mas para isso terão de pegar o mapa da localização de cada um dos vinhos e desenterrá-los da montanha, em uma viagem de cerca de 2 horas.
 
Fonte: Revista Adega

sábado, 25 de agosto de 2012

Sol de Andes Cabernet Sauvignon 2008

Esse foi um segundo rótulo degustado na passagem por Natal há 8 dias, também no restaurante Camarões, mas antes que se assustem foi degustado apenas como aperitivo.
 
O Sol de Andes é um vinho chileno produzido pela vinícola de mesmo nome do rótulo e que possui vinhedos nas regiões do Maule e Colchagua. A filosofia da vinícola está pautada na elaboração de vinhos modernos e com boa relação de preço x qualidade.
 
Degustar um vinho chinelo com 4 anos de idade e na categoria bom custo x benefício é sempre um risco, mas que resolvi enfrentar.
 
O rótulo não é dos mais belos e com certeza não está entre os mais feios, mas possui uma boa integração com o nome do vinho o que nem sempre podemos ver.
 
Visualmente mostrou uma cor rubi com um halo atijolado, mostrando sua evolução; boa formação de lágrimas que escorrem pela taça de forma lenta. No nariz mostrou fruta  vermelha madura e um adocicado que lembrou vinhos suaves, o que incomodou, mas que diminuiu um pouco após deixá-lo respirar por 5 minutos e com o passar do tempo. Em boca mostrou-se outro vinho, totalmente distinto do observado na análise olfativa, repetiu a fruta só que em menor intensidade e esta apareceu associada a notas sutis de chocolate e pimenta; taninos macios e sem muita adstringência, tornando um vinho fácil de beber aos iniciantes no mundo do vinho. Vinho de médio corpo e uma persistência mediana. Apesar dos 4 anos de vida ainda em forma e bem equilibrado, mas não passará disso.

O Rótulo

Vinho: Sol de Andes
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2008
País: Chile
Região: Vale Central (Maule)
Produtor: Sol de Andes
Graduação: 14%
Onde comprar: Lojas Virtuais
Preço Médio: R$ 32,00 (R$ 50,00 no Camarões)
Temperatura de serviço: 18º

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Paula Chardonnay 2011

Quem vai a Natal - RN não pode deixar de deliciar-se com um bom prato de camarão e as opções de bons restaurantes não são poucas, mas uma opção bem conhecida e com qualidade e serviço comprovada é a da rede Camarões, que está aberta há 23 anos e que hoje conta com 4 estabelecimentos em Natal.

A pedida foi um belo prato de camarão ao molho de queijo gruyére e palmito, acompanhado de purê gratinado e arroz a grega. Depois de escolhido o prato fui escolher um rótulo e a escolha foi o Paula Charddonnay 2011, que é produzido pela Viña Doña Paula, da qual já degustei dos bons rótulos, o Doña Paula Estate Malbec 2009 e o Doña Paula Los Cardos Cabernet Sauvignon 2009.

O Paula Chardonnay 2011 é produzido a partir de uvas colhidas entre a terceira semana de fevereiro e a primeira semana de março e a sua fermentação se dá a baixas temperaturas em tanques de aço inoxidável, preservando desta forma os aromas primários desta varietal.

O vinho é simples e produzido para ser degustado ainda jovem, dois anos ou três no máximo. Visualmente mostrou uma cor amarelo brilhante com reflexos dourados, lágrimas em pequena quantidade e que deslizaram lentamente pelas pares da taça. No nariz mostrou um bouquet rico em frutas cítricas e algumas notas de pão tostado. Em boca repetiu a fruta, mas sem deixar enjoativo e mostrou toques minerais e de fermentação, acidez na medida certa. Um bom vinho para o dia a dia e que apesar de jovial e de um corpo médio conseguiu cumprir seu papel na harmonização com o camarão.
 
O Rótulo
 
Vinho: Paula
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2011
País: Argentina
Região: Luján de Cuyo
Produtor: Viña Doña Paula
Enólogo: David Banomi
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Wine
Preço Médio: R$ 42,00 (R$ 60,00 no Camarões)
Temperatura de serviço: 8º

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Malhadinha Branco 2009

Escolhi um rótulo, que estava há uns meses na adega, para o almoço especial de dia dos pais: o Malhadinha Branco 2009, o qual teve a missão de harmonizar com uma tilápia ao molho de camarão e com um belo ensopado de sururu, dois maravilhosos pratos e que estavam simplesmente divinos.

O vinho é produzido pela Herdade da Malhadinha Nova e é fruto da paixão dos atuais proprietários, uma típica Herdade Alentejana situada em Albernoa, no coração do Baixo Alentejo.

O Rótulo é simples e mostra toda a pureza de uma criança. Ele foi desenhado por Matilde, que é a segunda menina da nova geração da família (masceu em 2001); a ideia de pedir-lhe para desenhar o rótulo foi a de transmitir aos enófilos o caráter distinto e intenso do vinho, fruto de toda paixão e empenho que é dedicado a sua elaboração. Deste rótulo e safra foram produzidas apenas 8266 garrafas.

Na taça o vinho mostrou uma bela cor amarela dourada, com lágrimas lentas. No nariz mostrou muita elegância, com notas florais e de fruta seca (amendoas e damasco) e ainda um delicado e muito integrado aroma de tostado, proveniente do estágio de 8 meses em barricas de carvalho francês. Em boca mostrou-se estruturado, volumoso e intenso, com repetição do floral e da fruta e ainda, notas minerais e também de fermentação; nuances de tostado fecham o vinho e dão um final de boca agradável, prolongado e persistente.

A harmonização ficou perfeita, não só bela beleza dos pratos e do vinho, como também pelo grande potencial gastronômico do rótulo.

O vinho foi uma indicação do Sommelier do RM Express Helton, que disse: por esse preço você não deve deixar de levar. Valeu cada centavo.

O Rótulo
Vinho: Mlhadinha
Tipo: Branco
Castas: Arinto 50%, Viognier 35%, Chardonnay 15%
Safra: 2009
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Herdade da Malhadinha Nova
Enólogos: Luis Duarte e Rui Lopes
Graduação: 14%
Onde compra: RM Express
Preço Médio: R$ 180,00 na Wine.com (por este paguei R$ 61,00)
Temperatura de serviço: 10 graus
Pontuação: Recebeu 16,5/20 da Wine

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Latitude 33º Cabernet Sauvignon 2011

Não há dúvida que vinho tintos vão bem com uma boa carne e foi essa a minha aposta para o último dia 11, abri a adega e peguei o simples e jovial Latitude 33º Cabernet Sauvignon 2011, mas tenho minhas dúvidas se essa combinação vai bem com futebol, você deve estar se perguntando como assim? Pois é, abri e essa garrafa para harminizar com um churrasquinho básico e o jogo do Brasil... a primeira harmonização ficou perfeita, mas logo ao abrir a garrafa o Brasil levou seu primeiro gol, desandou e preferi ficar apreciando apenas o vinho e a carne.
 
O Latitude 33º é produzido pelas Bodegas Chandon e um Malbec 2010 já foi comentado aqui: relembre.
 
O vinho mostrou uma cor rubi brilhante com reflexos violáceos e lágrimas lentas. No nariz aparecem em primeiro plano as notas de frutas vermelhas (morango e framboesa), seguidas de suvas toques de baunilha e madeira, provenientes da passagem de parcela do vinho por barricas de carvalho. Em boca repetiu a fruta e a madeira, mostrando-se bem equilibrado, um vinho jovem com taninos macios e acidez na medida. Final de corpo médio e com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Um vinho como ótimo custo versus benefício, mas evite em dias de jogos do Brasil... risos.
 
O Rótulo
 
Vinho: Latitude 33º
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2011
País: Argentina
Região: Valle do Uco
Produtor: Bodegas Chandon
Graduação: 14%
Onde compra: RM Express
Preço Médio: R$ 30,00 (por este paguei R$ 23,00)
Temperatura de serviço: 18 graus

Mais uma da China... Por que não estou surpreso?

Para você que gosta de ter novas experiências com o vinho é bom ficar atento, você pode estar ingerindo veneno...

Produtores chineses são acusados de contaminação de vinhos

Três produtores de vinhos chineses estão sendo investigados por contaminação de vinhos nacionais e uso excessivo de pesticidas, que prejudicam a saúde. O pesticida carbendazim, usado nos vinhedos para prevenir o aparecimento de fungos, foi encontrado em altas doses em vários tipos de vinhos das empresas, e pode causar infertilidade e câncer pulmonar.

Um dos produtores enviou um comunicado à imprensa, em 11 de agosto, garantindo que seus vinhos seguem os padrões nacionais para o uso de produtos químicos.

O sub-chefe do Instituto Nacional de Investigação de Industrias Alimentícias disse que eles irão avaliar o resto dos produtos e tomar as providencias necessárias, caso seja confirmado a contaminação proposital da bebida.

O pesquisador Yan Weixing, do Centro Nacional de Avaliação dos Riscos Alimentícios da China, diz que atualmente os pesticidas são inevitáveis, mas lembra que, se usado nos padrões corretos, não afetam a saúde dos consumidores.

Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Quebrando Paradgmas: Club des Sommeliers Cabernet Sauvignon 2010

Club des Sommeliers é uma marca de vinhos exclusiva do Grupo Pão de Açúcar.   Lançada em 2000, a linha possui mais de 60 rótulos de 10 países selecionados pelo enólogo e consultor de vinhos Carlos Cabral.

Os vinhos Club des Sommeliers são selecionados nas melhores regiões vinícolas do mundo: França, Itália, Portugal, Espanha, Chile, Argentina, Brasil, África do Sul, Nova Zelândia e Austrália.

Em 2011, lançamos a linha Reserva Club des Sommeliers, com vinhos que passam por um processo de envelhecimento em barricas de carvalho. O contato da bebida com a madeira torna-a mais saborosa e encorpada.

A grande variedade de rótulos oferece a você vinhos de qualidade a preços acessíveis, com opções para o dia a dia e também para grandes celebrações.
 
Há algum tempo que venho flertando com exemplares dessa linha, mas nunca tive coragem de comprar nenhum, vezes por achar os que me atraim caros e por vezes pelas safras serem um pouco velhas 3 anos ou mais, enfim teimei em comprar. Porém recentemente lendo o Blog Vinho Para Todos do Gil Mesquita senti-me tentado a ir no supermercado e fazer minha primeira compra, visto que ele tem degustado e aprovado alguns dos exemplares.
 
Fui em busca de um Pinot Noir da Nova Zelândia, mas não achei que a garrafa valia R$ 49,00 então optei por um exemplar da África do Sul da varietal Cabernet Sauvignon, que me custou R$ 22,00, produzido pela Distel Limited, isso mesmo, a mesma do famosso Obikwa, o vinho sul africano mais encontrado no Brasil.
 
O vinho mostrou uma cor rubi profundo, com halo púrpura bem claro e lágrimas finas abundantes e lentas. No nariz aromas em boa intensidade, com as frutas escuras em evidência e um toque bem discreto de tostato. Em boca apareceu melhor que no nariz, mostrando um bom corpo com taninos suaves, macios e bem integrados a acidez e ao álcool, tostado aparecendo no final de boca oferecendo um final de corpo agradável e de média intensidade.
 
O Rótulo

Vinho: Club des Sommeliers
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2010
País: África do Sul
Região: Steleenbosh
Produtor: Distell Limited
Graduação: 13,5%
Onde compra: Grupo Pão de Açúcar
Preço Médio: R$ 22,00
Temperatura de serviço: 18 graus

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Vinho é tao eficaz quanto remédios para fortalecer os ossos

Uma equipe de pesquisadores realizou um estudo da Universidade de Oregon, sobre os benefícios do vinho aos ossos de mulheres depois da menopausa, e descobriu que o vinho é tão bom quando remédios para a saúde óssea.

O estudo mostrou que mulheres que bebem cerca de duas taças pequenas de vinho têm uma perda menor de massa óssea, que ajuda no balanço entre ossos novos e velhos, e mantém a força.

Em comparação, o relatório, publicado no Menopause Journal, revelou que as abstêmias correm mais riscos de desenvolver osteoporose.

Fonte: Revista Adega

sábado, 4 de agosto de 2012

O Mapa do Vinho - Parte V

Alemanha

Está na nona posição do ranking mundial em produção de vinho. A Alemanha que exportou para o Brasil, na década de 90, os vinhos brancos adocicados da garrafa azul de baixa qualidade, também é responsável pela produção dos melhores vinhos brancos e de sobremesa do mundo. O clima frio explica a predominância dos brancos e a Riesling é a estrela absoluta.

Principais Regiões

São onze no total; nove delas ao longo do Rio Reno: Ahr, Baden, Franken, Hessiche, Bergstrasse, Mittelrhein, Mosel-Saar-Ruwer, Nahe, Rheingau, Rheinhessen, Pfalz e Württemberg.

Cada região (Anbaugebiet) pode ser dividida em: distritos (Bereiche); grupos de vinhedos (Grosslagen); e vinhedos únicos (Einzellagen).  Os melhores vinhos são da Einzellagen, são 2600 ao todo. No rótulo, as Einzellagen e Grosslagen são sempre precedidas do nome da aldeia onde se localiza o vinhedo. Exempo: o vinhedo (Einzellagen) chamado Mäuerchen associado ao nome da cidade Geisenheim aparecerá no rótulo desta maneira: Geisenheim Mäuerchen.



Principais uvas: Tintas - spätburgunder (parente da pinot noir), blauer, portugieser, dornfelder, trollinger; Brancas - riesling, sylvaner, scheurebe (cruzamento da sylvaner com a riesling), kerner, (trollinger e riesling), muller-thurgau.

A sigla A.P.(amtliche prüfung) no rótulo granate que o vinho foi produzido com uvas autorizadas e com o nível de açúcar mínimo exigido, além de garantir a região de origem.

O chamado Liebfraumilch atende a critérios pouco rigorosos, mesmo sendo um QbA.

Curiosidades

Os melhores vinhos alemães são os classificados QmP - Qualitäteswein Mit Prädikat. São elaborados com as uvas que possuem açúcar necessário para a produção do vinho, sem a necessidade de chaptalização (adição de açúcar). Para complicar um pouco mais o entendimento, os vinhos alemães de qualidade  (QbA) são classificados de acordo com o nível de açúcar do msoto (sumo da uva).

Outras informações que fazem parte dos rótulos indicam o grau de concentração de açúcar das uvas:

- Kabinett (reserva) - uvas de colheita normal, é a base dos QmP (baixo teor de álcool, pouco encorpado e seco).
-Spätless (colheita tardia) - uvas plenamente amadurecidas (alto nível de acidez, podem ser doces ou secos).
- Ausless (colheita selecionada) - uvas muito maduras, cachos selecionados, às vezes atacadas pelo fungo da podridão nobre, o Botrytis cinera (que resulta em vinhos de melhor qualidade).
- BA - Beerenauslese(colheita de bagos selecionados, um a um) - raros e caros, também podem usar uvas afetadas pelo podridão nobre.
- TBA - Trockembee Rebauslese (Colheita de bagos secos selecionados, mais de uva passa e seca: Troken) - ricos, mais doces e também os mais caros vinhos alemães.
- Eisweein (vinho de gelo) - uvas congeladas, colhidas de madrugada, e muito maduras. São exemplares raros e caros.

Grécia

Eis o décimo terceiro maior produtor de vinho. Para eles experiência não falta, visto que eles produzem vinhos desde 4.000 a.C e exportam há mais de 2.000 anos. São mais de 300 uvas nativas que, junto com as cepas internacionais, sãp plantadas em todo o continente e nas ilhas. Conhecida antes só pelo vinho resinoso do tipo Retsina, atualmente vem ganhando atenção da crítica e vários prêmios internacionais.

Principais Regiões

São 28 áreas, mas as mais significativas são: Macedônia, Peloponeseo e Ilhas Cyclades (Santorini e Páros).

Principais uvas: Tintas - agiorgitiko, mavrotragáno, mavroúdia, limnió, xtnómavro, syrah e cabernet sauvignon; Brancas - assyrtiko, moschofilero, malagoisá, chardonnay, sauvignon blanc, viognier.

Os tintos produzidos com a variedade nativa agiorgitiko, que significa São Jorge, costumam ser ricos e intensos. São uma boa porta de entrada do vinho grego.

Os Retsina mais rústicos, e de produção em massa, têm acentuado sabor de resina e pouco se percebe a fruta da uva savatiano.

Curiosidades

Há 2000 anos, para impedir a oxidação dos retsina exportados, selava-se as ânforas com resina de pinheiro. Daí surgiu a tradição deste curioso branco de gosto resinoso

Líbano

Outro ancestral do berço do vinho, tem pequeníssima produção concentrada no Vale do Bekaa, no centro do país. Alí são constantes os bombardeios nos vinhedos e a interrupção da produção. A influência francesa se faz sentir nas uvas e vinificação utilizados, que resultam em tintos de excelente qualidade nas poucas vinícolas que sobrevivem no país.

Principal Região

Vale do Bekaa

Principais uvas: Tintas - cabernet sauvignon, merlot, syrah, carignan e cinsault ; Brancas -  chardonnay, sauvignon blanc e clairette.

Os melhores exemplares encontrados no Brasil são de tintos, como o Kefraya e Musar, mas não são baratos.

Curiosidade

Durante a Guerra Civil dos anos 80, no Líbano, a família Hochar, produtora do Château Musar, transportava suas uvas em meio a tiroteios entre grupos rivais.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vinho tinto reduz risco de câncer de próstata

Pesquisadores do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, investigaram a relação do consumo de álcool com o câncer de próstata e descobriram que homens que tomam vinho têm menos chance de desenvolver a doença.

Eles analisaram os hábitos de 1.456 homens entre 40 e 64 anos de idade e os fatores que podiam influenciar o desenvolvimento da doença, como histórico familiar, peso, ingestão calórica diária, consumo de tabaco, vida sexual, estilo de vida e consumo de álcool.

Depois das análises, foi possível perceber uma diferença no risco de desenvolver a doença de acordo com o tipo de bebida alcoólica ingerida. Homens que são consumidores assíduos de cerveja registraram um risco maior, enquanto os que beberam vinho, preferencialmente tinto, tinham menores chances de ter a doença.

Os pesquisadores ainda não sabem especificar o porquê, mas acreditam que o efeito seja por conta dos flavonóides e do resveratrol, antioxidantes presentes em maior quantidade nos tintos que diminuem a atividade dos genes das células que podem causar o câncer.

Os relatórios mostraram que até o baixo consumo pode ajudar, uma taça por semana chega a baixar em até 7% do risco de desenvolver a doença e sete por semana diminui as chances em 52%.

Os médicos ainda ficam relutantes em recomendar qualquer tipo de consumo de bebidas para ajudar a saúde dos pacientes, mas afirmam que beber vinho moderadamente pode sim trazer benefícios, não só contra o câncer de próstata mas para a saúde cardiovascular.

Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Fantástico e Especial Burmester Tawny 20 Anos #CBE

Chegamos a 71ª edição da CBE com mais um tema muito criativo, o qual foi sugerido pelo confrade Gustavo Kauffman do blog Enoleigos, que nos instigou a buscar no fundo de nossas mais agradáveis memórias dizendo:

"Neste mês eu gostaria de diversificar e trazer a tona variáveis tão ou mais importantes que o vinho em si! Falemos de nossa lembrança, pessoas, lugares e momentos. O tema deste mês é falar de um vinho que tenha marcado muito você! Férias inesquecíveis, o nascimento de um filho, bodas, casamento, não importa, descreva, degustando novamente ou não, suas percepções sobre o vinho degustado neste momento tão especial!"

A cada mês os temas tem sido cada vez mais criativos e desafiadores e esse não foi diferente. Muitos vinhos que degustei foram especiais, mas resolvi escolher um que faz parte da história do blog, então escolhi um vinho que degustei durante uma das comemorações do primeiro aniversário do Vinhos de Minha Vida.

A minha escolha para a CBE de agosto de 2012 foi o Burmester Tawny 20 anos e ele foi degustado em 26 de abril de 2012, durante o Passeio Enológico por Portugal e no exato dia em que o blog completou um ano.

Na ocasião da degustação o exemplar mostrou uma bela cor alaranjada com nuances acastanhadas, lágrimas abundantes, finas e rápidas. No nariz divinamente intenso, com aromas de frutas secas, predominando amendoas e castanha o Pará; um toque floral de almíscar e também nuances de couro e tostado, formando um conjunto elegante, forte e quente. Em boca repetiu os frutos secos associados a notas de mel, caramelo e baunilha, dando um adocicado agradável e saboroso. Apresenta um final de boca intenso, volumoso e longo.

Simplesmente o melhor porto já degustado, com um conjunto (garrafa, caixa, cor, aromas e sabor) extremamente harmonioso. Degustei dentro de um pacote de uma evento, mas para quem aprecia vinhos do porto esse aí vale cada centavo.

O Rótulo

Vinho: Burmester Tawny 20 Anos
Tipo: Porto
Castas: Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Touriga Franca
Safra: Não Safrado
País: Portugal
Região: Douro
Produtor: Burmester
Enólogo: Francisco Gonçalvez
Graduação: 20%
Onde compra: Super Adega Express; Bacco´s
Preço Médio: R$ 175,00 - R$ 230,00
Temperatura de serviço: 12 graus