sábado, 30 de junho de 2012

Pacato 2009

Estava outro dia em uma loja de bebidas e bati o olho em uma garrafa de vinho, o rótulo e o nome me chamaram a atenção: cores em harmonia assim como nome do vinho e imagem estampada no rótulo, o vinho - Pacato Tinto 2009, mas esse aí estava pacato apenas no nome... Errei no olho e na mão...

O vinho mostrou uma cor vermelho rubi, com halo violáceo e lágrimas finas e lentas. No nariz apresentou aroma de frutas vermelhas maduras, com um discreto toque de pimenta e café. Em boca apesar de taninos macios o que me vem a mente quando lembro do vinho é a acidez bem marcada e pronunciada, que só aumentou com o tempo, nem a aeração foi capaz de diminuir a acidez; fato este que me fez deixar a garrfa de lado após duas taças... Não agradou, quem sabe outra safra...

Do vinho degustei 2 taças e o que ficou? Dor... meu estômago, que dificilmente reclama, não aguentou e reclamou com uma dor de cabeça na fronte por umas 3 horas... E Fernanda, que já tem problemas de estômago, não aguentou mais que 150ml...

O Rótulo

Vinho: Pacato
Castas: Trincadeira e Syrah
Safra: 2009
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Herdade Monte da Cal
Graduação: 13%
Onde Comprar: DLP
Preço Médio: R$ 27,00
Temperatura de Serviço: 16 graus

Já pensou encontrar uma adega de 2000 mil anos embaixo de sua casa?

A casa que hoje abriga o Museu de Vinho de Ronda, na Espanha, foi uma adega romana há 2 mil anos atrás. Sergio Flores, depois te todos os boatos que ouviu de seus vizinhos decidiu investigar e encontrou a adega embaixo da casa.

Sergio Flores é o idealizador do museu e enquanto preparava o lugar para inauguração ouviu muitas histórias de seus vizinhos, sobre uma adega subterrânea em algum lugar do terreno.


Sergio então passou e procurar a adega que tanto falavam. Depois de encontrada, as escavações arqueológicas descobriram a adega de cerca de 2 mil anos, segundo as informações. Também foram encontradas algumas moedas, enviadas ao museu municipal.

Para criar acesso ao seu interior foi construída uma pequena escada que leva ao pequeno espaço de temperatura constante. Esse era um dos grandes objetivos desse tipo de lugar, manter a temperatura constante entre 12 e 14 graus, para conservar os vinhos.

A antiga adega foi aberta para visitação, junto com o resto do museu, que agora é um dos maiores pontos de visitas da cidade.

Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Mapa do Vinho - Parte III

Dando continuidade as nossas postagens sobre o mapa mundial do vinho iremos falar hoje sobre Itália, país velho mundo e que é o terceiro maior produtor de vinho.

Itália

O terceiro produtor de vinhos do mundo. Chamada pelos gregos de Enotria (Terra do Vinho), a Itália se destaca por sua identidade e variedade. Todas as regiões do País são próprias para o cultivo, com mais de 1 milhão de vinicultores e vinhedos. Uvas nativas, como Sangiovese, Barbera e Nebbiolo, entre centenas de outras, resultam em vinhos de grande tipicidade e boa acidez, que se valorizam quando acompanhados de gastronomia local. São famosos os seus Chianti, Brunello de Montalcino, Barolos, Proseccos. Na Década de 80, rótulos produzidos com o uso da Cabernet Sauvignon, os chamados supertoscanos, tiveram reconhecimento da crítica mundial e foram sucesso de vendas.
A imagem de seus vinhos, prejudicada por anos de produção em massa e baixa qualidade, inverteu-se e, hoje em dia, vive-se um retorno aos tintos, brancos e espumantes de qualidade, produzidos com cepas nativas.


Principais Regiões

Noroeste (Piemonte, Lombardia), Nordeste (Vêneto), Centro (Toscana, Umbria e arredores) e Sul e Ilhas (Puglia, Silicia e Sardenha).

Piemonte, Lombardia e Emilia-Romagna

Localizada aos pés dos Alpes, no noroeste da Itália, o Piemonte é responsável por um dos mais desejados vinhos da bota, os Barolos. As uvas (predominância das tintas) são cultivadas nas encostas, o que rendem boa drenagem e exposição ao sol. As regiões vinícolas mais conhecidas são Barolo, Barbaresco, que são compostas das DOCs de Alba e Asti e Langue, este o centro nervoso de Piemonte. A Lombardia é responsável por bons espumantes da região de Franciacorta. Já a Emilia é mais conhecida entre nós pelos Lambruscos, um tinto fácil e frisante.

Principais uvas: Tintas -  Nebbiolo (produz o Barolo), barbera e dolcetto. Brancas - Arneis, moscato (Espumante Asti), cortese.

Os espumantes da Franciacorta seguem regulamentação rigorosa e são elaborados pelo método tradicional, e muitas vezes são confundidos com champagnes franceses.

O Barolo é intenso, complexo e persistente, por isso deve ser evitado quando novo, quando é impenetrável.

Apesar de a uva Nebbiolo ser a variedade mais usada nos principais vinhos de Piemonte, a Barbera ocupa metade da plantação da região.

Veneto, Friuli e Trentino

Os famosos Soave, Valpolicella e Bardolino são produtos típicos da região, próximo de Vêneto, assim como os Prosecco. Do Friuli, chegam ótimos brancos e espumantes.

Principais uvas: Tintas - Corvina, rondinella, molinara, cabernet sauvignon, cabernet franc e merlot. Brancas - Chardonnay, garganeca, pino bianco, pino grigio, prosecco e trebbiano.

Prosecco é o nome de uma uva branca responsável por um espumante que leva seu nome no rótulo. Muita gente acredita ser uma região da Itália.

Toscana

A Toscana é famosa no mundo inteiro pelos vinhos Chianti (produzidos entre Florença e Sienna) e pelos tintos Brunello di Montalcino e Vino Nobile di Montepulciano (mais distantes de Florença), além da renovação que representaram nos anos 80 os "supertoscanos", elaborados com uvas cabernet sauvignon, cabernet franc e em alguns casos com a sangiovese (os mais famosos podem ser identificados pelos rótulos terminados em aia: Sassicaia, Ornellaia, etc.). Ainda da região o famoso vinho de sobremesa, o Vin Santo.

Principais uvas: Tintas - Sangiovese, brunello (uva clone da sangiovese), prugnollo (também clone da sangiovese), canaiolo nero, merlot e montepulciano. Brancas - Trebiano toscano, canaiolo, vernaccia, vermentino.

Uma boa referência para escolher rótulos Chianti DOC e GOGC (denominação de origem controlada e garantida) é o símbolo do galo preto que indica a procedência impresso na cápsula que envolve o gargalo da garrafa.

Os chamados "supertoscanos", apesar do preço e sucesso mundial, oficialmente são classificados de vino de tavola, pois não usam só variedades nativas, como a sangiovese.

Um Brunello não pode ser comercializado antes de 5 anos, 2 dos quais  envelhecidos em barricas de carvalho. Já o Rosso de Montalcino DOC pode ser vendido após 1 ano de guarda em barricas.

Le Marche, Umbria, Lazio e Abruzzo

Situada na área central da Itália, entre o Mar Adriático e a cadeia de Apeninos, esta região responde por grande parte da produção de vinhos italianos. Há desde brancos secos de Orvieto (Úmbria), os frescos Frescati da Lazio até os tintos de maior volume, como os da região de Abruzzo, quinta maior produtora da Bota.

Principais uvas: Tintas - Sangiovese, montepulciano, canaiolo, sagrantino, cabernet sauvignon, merlot. Brancas - Trebbiano, trebbiano d'abruzzo, falanghina, malvasia, grechetto, sauvignon blanc e verdicchio.

Diz-se que os irmãos franciscanos de Assis iniciaram o cultivo da uva Sagrantino, que na grafia alternativa sacrantino significa vinho de missa.

Sul e Silícia

A maior parte da produção do Sul é consumida na própria região. Nos últimos anos há uma abertura ao mercado internacional e bons rótulos da Puglia e da Campanha começam a aparecer. Já a Sicília, reconhecida pelo seu vinho fortificado Marsala, também produz o campeão de vendas: Corvo.

Principais uvas: Tintas - Nero d'avola, primitivo, aglianico, negroamaro e sangiovese. Brancas - Catarrato, grillo, damaschino e inzolia (composição do Marsala), bombino bianco, verdeca, chardonnay e fiano.

Pouco conhecidos, os tintos da cepa aglianico, da Puglia e da Campanha são carnudos e intensos; merecem ser conhecidos.

Fonte: Veja.com

sábado, 23 de junho de 2012

Passeio Enológico por Portugal: Quinta da Chocapalha

A Quinta de Chocapalha está situada nas colinas ensolaradas da Região Demarcada de Lisboa, mais precisamente próxima à histórica Aldeia Galega da Merceana, município de Alenquer, a 45 Km da capital portuguesa. Esta quinta é referida desde o séc. XVI pelas suas excelentes vinhas e vinhos. Pertenceu desde os começos do séc. XIX a Constantino O`Neil, que mais tarde doou a Diogo Duff, ilustre fidalgo escocês muito estimado de El-Rei D. João VI que o condecorou com a comenda de «Torre e Espada».

 A Quinta permaneceu na posse da família Duff até à década de oitenta do século passado, altura em que foi adquirida por Alice e Paulo Tavares da Silva, pais da enóloga Sandra Tavares da Silva. A partir dessa data profundas benfeitorias nos 45 hectares de vinhas e novas técnicas de cultivo foram introduzidas na Quinta de Chocapalha, continuando-se assim as antigas tradições desta quinta vinhateira, sempre em busca de uma melhoria das qualidades e prestígio dos seus vinhos.

Só na vindima de 2000, momento em que as vinhas atingiram a sua maturidade e qualidade pretendida, decidiu-se proceder ao engarrafamento dos melhores vinhos aí produzidos.

A charmosa casa sede desta quinta foi construída em 1780. A Adega atual ficou pequena e está equipada com 2 lagares com pisa a pé. Uma adega nova, muito bonita e encravada no meio das vinhas, foi concluída e iniciou seu funcionamento em novembro de 2011. Muito bem equipada, mas respeitando as tradições desta quinta. O número de lagares com pisa a pé foi ampliado de 2 para 4.

A quinta produz os vinhos Quinta da Chocapalha Branco, Quinta da Chocapalha Arinto, Vinha da Palha Tinto, Quinta da Chocapalha Tinto, Chocapalha Reserva Tinto e CH By Chocapalha Tinto. Dentre eles só deixamos de degustar o Vinha da Palha Tinto 2008.

Quinta Chocapalha Branco 2009

Trata-se de um corte das uvas Viosinho e Arinto. Visualmente mostrou uma cor amarelo palha bem clara. No nariz mostrou aroma de floras e frutas brancas. Em boca mostrou-se intensos, com boa acidez e uma boa persistência. Final de boca bem agradável com a presença do frutado. Deste vinho foram produzidas apenas 3200 garrafas.

O Rótulo

Vinho: Quinta da Chocapalha
Tipo: Branco
Castas: 71% Viosinho e 29% Arinto
Safra: 2009
País: Portugal
Região: Lisboa
Produtor: Quinta da Chocapalha
Enólogos: Sandra Tavares da Silva e Diogo Sepúlveda
Graduação: 13%
Onde Comprar: Presenza (Loja Virtual)
Preço Médio: R$ 49,00
Temperatura de Serviço: 12 graus
Pontuações: 89 Wine Enthusiast

Quinta da Chocapalha Arinto 2009

O vinho mostrou uma cor amarela bem clara e brilhante. No nariz um mix de notas de frutas brancas e notas minerais. Em boca mostrou-se muito fresco e com acidez na medida, com bom equilíbrio. Uma boa pedida para os nossos dias quentes.

O Rótulo

Vinho: Quinta da Chocapalha
Tipo: Branco
Castas:  100% Arinto
Safra: 2009
País: Portugal
Região: Lisboa
Produtor: Quinta da Chocapalha
Enólogos: Sandra Tavares da Silva e Diogo Sepúlveda
Graduação: 12,5%
Onde Comprar: ?
Preço Médio: ?
Temperatura de Serviço: 12 graus
Pontuações: 88 RP



Quinta da Chocapalha Tinto 2007

Um vinho muito gastronômico com estágio de 18 meses em barricas de carvalho francês de segunda e terceira utilização.

Visualmente mostrou uma bela cor granada, com lágrimas finas e abundantes, com sinais de evolução. Um bouquet muito intenso, com notas de frutas escuras madura. Em boca mostrou muito potente e estruturado, com bom equilíbrio entre taninos, acidez e álcool; madeira aparecendo, mas sem agredir. Final de boca com a fruta aparecendo e mostrando uma longa persistência.

O Rótulo

Vinho: Quinta da Chocapalha
Tipo: Tinto
Castas: 30% Castelão, 30% Tinta Roriz, 20% Touriga Nacional, 15% Syrah e 5% Alicante Bouschet
Safra: 2007
País: Portugal
Região: Lisboa
Produtor: Quinta da Chocapalha
Enólogos: Sandra Tavares da Silva e Diogo Sepúlveda
Graduação: 13,5%
Onde Comprar: Presenza (Loja Virtual)
Preço Médio: R$ 55,00
Temperatura de Serviço: 16 graus

Chocapalha Reserva Tinto 2007

Um vinho com estágio de 20 meses em barricas de carvalho francês de primeiro uso. Deste vinho foram produzidas apenas 6800 garrafas.

Visualmente mostrou uma cor rubi intensa, com reflexos violetas, com lágrimas grossas e lentas, sem sinais de evolução. No nariz a madeira aparece em evidência, seguido de aromas de furta vermelha madura e delicadas notas florais. Em boca mostra muita potência e concentração, com a madeira aparecendo bem forte; taninos maduros e bem integrados ao álcool e a acidez. Um vinho muito encorpado, com a madeira incomodando um pouco, mas com grande potencial de guarda, pelo menos mais 5 anos.


O Rótulo

Vinho: Chocapalha Reserva
Tipo: Tinto
Castas:  30% Tinta Roriz, 55% Touriga Nacional e 15% Syrah
Safra: 2007
País: Portugal
Região: Lisboa
Produtor: Quinta da Chocapalha
Enólogos: Sandra Tavares da Silva e Diogo Sepúlveda
Graduação: 14%
Onde Comprar: Presenza (Loja Virtual)
Preço Médio: R$ 150,00
Temperatura de Serviço: 16 graus
Pontuações: 92 Winr Enthusiast; Medalha de Bronze  Decanter World Wine Awards


CH by Chocapalha Tinto 2008

Vinho 100% Touriga Nacional com 22 meses de estágio em barricas novas de carvalho francês. Visualmente mostrou uma cor rubi intensa e reflexos violáceos, com lágrimas finas e abundantes. No nariz aromas intensos e com boa integração entre a madeira e os aromas de frutas vermelhas maduras. Em boca repetiu a fruta e a madeira, mostrou taninos maduros e bem equilibrados com álcool. Outro exemplar da Quinta da Chocapalha grande potencial de guarda.


O Rótulo

Vinho: CH by Chocapalha
Tipo: Tinto
Castas:  100% Touriga Nacional
Safra: 2008
País: Portugal
Região: Lisboa
Produtor: Quinta da Chocapalha
Enólogos: Sandra Tavares da Silva e Diogo Sepúlveda
Graduação: 14%
Onde Comprar: ?
Preço Médio: ?
Temperatura de Serviço: 16 graus





Fontes: Adega Alentejana e Notas pessoais de degustação

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Espumante Pol Clément Brut para Brindar ao Amor

Eu e Fernanda saímos para comemorar o dia dos namorados e nossa primeira opção foi o La Plage, ou melhor, o La Vague Crepes e Saladas e, graça a Deus não tivemos que esperar mais que 10 minutos, um verdadeiro achado nesse dia de restaurantes lotados e com tempo médio de espera em 1h ou mais.

O La Vague é uma casa de decoração agradável e a meia luz torna o ambiente mais aconchegante e com um ar de romantismo bucólico. O Restaurante possui um cardápio com boas e variadas opções de crepes doces e salgados, além de saladas para os mais lights.

Para iniciar escolhemos tábua de frios com torradas da casa, uma opção simples, mas com opções muito saborosas e em seguida pedimos dois crepes de camarão, queijo gruyère, alface, geleia de damasco e tiras/lascas de amêndoas, um verdadeiro primor. E para harmonizar escolhemos o espumante francês Pol Clémente Brut.

O crepe que escolhemos dispensa comentários, é muito saboroso e caiu muito bem com o espumante que escolhemos para brindar ao amor em mais um dia dos namorados juntos.

O Pol Clément Brut é produzido por uma empresa reputada como uma das precursoras no desenvolvimento do mercado francês de vinhos espumantes e que hoje conta com uma produção superior a 80 milhões de garrafas ao ano, a Française De Grands Vins - CFGV, que  é a maior produtora de Espumanres da França, com presença em mais de 50 países ao redor do globo.

O Pol Clémente Brut  é elaborado através do método Charmat e mostrou uma cor amarelo palha bem clara, com boa espuma e perlage, sendo a última muito fugaz. No nariz aromas de frutas brancas como a maça verde, com leve toque de pão tostado e frutas secas (damasco). Em Boca repetiu a fruta e o pão tostado, com uma acidez leve a moderada, fresco e com um final de média persistência.

No site do produtor não constam informações sobre as uvas usadas e as informações encontradas na internet não são um consenso, alguns relatam que ele é 100% Chardonnay e outros que ele é uma assemblage de Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Ugni Blanc. Fica então no ar essa dúvida, que souber dados precisos, por favor, passe-me.

O Rótulo
 
 
Vinho: Pol Clément Brut
Tipo: Espumante
Castas: Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Ugni Blanc; 100% Chardonnay (Informações dúbias)
País: França
Região: Tournan
Produtor: Française De Grands Vins
Graduação: 11%
Onde Comprar: La Vague
Preço Médio: R$  42,00 (No Restaurante)
Temperatura de Serviço: 6 graus

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Escolha seu vinho pelo celular

Ao se deparar com uma carta de vinho cheia de opções, alguns consumidores ainda tem dúvida na hora de escolher o que irá acompanhar sua refeição, pensando nisso o programador Hugo Bernardo, junto com a Apple, desenvolveu um aplicativo que indica vinhos ao usuário, de acordo com um histórico de provas e com os vinhos disponíveis no local em que ele está.

Ao contrário de países onde o vinho faz parte da cultura e tradição, nos EUA, como em outros países, as cartas de vinho mudam muito de um restaurante para outro, e possuem vinhos de diversas variedades, países e tipos, dificultadndo a escolha do cliente, que não entende da bebida.

O aplicativo que se chama EasyVino vai recomendar ao consumidor um vinho da sua preferência, que esteja disponível no restaurante ou loja em que se encontra. "A quantidade diferente de marcas nos restaurantes norte-americanos faz com que seja muito difícil as pessoas saberem que vinhos escolher", explicou ele.

Bernardo conta que a ideia veio de um amigo, que não conseguia descrever o tipo de vinho que gostava para os garçons nos restaurantes. O aplicativo também registra e indica vinhos comprados pela internet. "Vamos conhecer o paladar dessas pessoas melhor que eles próprios, por isso conseguimos ir ao mercado avaliar melhor para fazer ofertas direcionadas ao que as eles gostam", afirma ele.

Após o lançamento, que ainda não tem data, o desafio será aumentar a cobertura, primeiro dentro dos EUA, depois expandindo para países "com pouca produção doméstica, mas que têm uma cultura de consumo" como o Brasil, China e Alemanha.

Fonte: Revista Adega

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Puerto Viejo Syrah 2009

No dia 7 de junho vi na TV a receita de uma batata recheada e logo quis conferir, então, como um bom amante de batata que sou, preparei junto com Fernanda e simples e rápida receita apenas dois dias depois.

Eis a receita que vale a pena experimentar...

Batata Recheada Cremosa

Ingredientes

- 1kg de batata inglesa cozida (firme) e amassada- 1 colher de sobremesa de creme de leite
- 1 colher de chá de margarina
- recheio* "seco" de sua preferência

* Recheio que usamos

- 4 fatias de  muzzarella
- 1 linguiça calabresa defumada dourada na cebola
- 1,5 tomates em cubos
- alho poro a gosto
- 2 colheres de sobremesa de requeijão
- queijo roquefort a gosto
- queijo minas

E o resultado... de lamber os "beiços"... E para harmonizar abrimos um exemplar chileno da Syrah, proveniente de vinhedos do Curico Valley.

O Puerto Viejo Syrah 2009 apresentou uma cor rubi intensa com halo discretamente violáceo e lágrimas grossas e lentas. No nariz muito aromático, com a presença de frutas escuras, de pimenta  e notas de tostado. Em boca repetiu a a futa e a pimenta e mostrou taninos macios e bem integrados a acidez e ao álcool; final de boca de média persist~encia repetindo a fruta e a madeira. Acompanhou muito bem a batata recheada.

 
O Rótulo
 
Vinho: Puerto Viejo
Tipo: Tinto
Casta: Syrah
Safra: 2009
País: Chile
Região: Curicó Valley
Produtor: Viña Requingua
Graduação: 13%
Onde Comprar: Pescadeiro
Preço Médio: R$  35,00
Temperatura de Serviço: 16 graus

sábado, 16 de junho de 2012

O Mais Popular é Nosso

O Vinhos de Minha Vida figurou no topo da lista dos Posts Mais Populares do Enoblogs divulgada no dia 15 de junho de 2012 e o post foi: Pensar em Vinho te Faz Relaxar? Confira a lista completa abaixo.

Mais uma vez obrigado aos leitores e espero continuar contando com a visita de vocês.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

O Mapa do Vinho - Parte II

Uruguai

Chegou a hora de falarmos um pouco sobre mais um país da América do Sul: o Uruguai, que é o vigésimo sétimo no ranking mundial da produção de vinho.

Grande parte do vinho produzido pelo Uruguai é para consumo interno. A partir da década de 90, incrementou sua produção para o mercado externo, principalmente para o Brasil. A partir de 1996 teve início o processo de modernização dos vinhedos uruguaios, com a substituição das uvas de baixa qualidade (Isabel) por Vitis Viníferas europeias, onde se destacou a uva símbolo do país, a Tannat.

Os principais vinhedos concentram-se no sul do país, próximo a Montevidéu: Canelones, San José e Colônia (70% da produção), Rivera, ao norte e Colônia a oeste.

Principais uvas: Tintas - Tannat (31% da produção), Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Brancas - Pinot Branc, Sauvignon Blanc e Chardonnay.

O melhor vinho do Uruguai é feito com o varietal Tannat, ou com cortes que contenha esta uva. São fermentados, potentes, de cor escura, ótimos para acompanhar um churrasco. Como o nome indica, a uva Tannat possui muito tanino, e em excesso ou mal vinificados deixa um gosto adstringente na boca.

Curiosidade: a Tannat foi plantada primeiro na Argentina, onde quase desapareceu, e no Uruguai ganhou o nome de Harriague, sobrenome do imigrante francês que plantou as primeiras mudas. Só nos anos 80, constatou-se que se tratava da Tannat.

Estados Unidos

Mais um país do dito Novo Mundo, mas que já é o quarto maior produtor de vinho do mundo, ficando atrás apenas de Itália, França e Espanha na produção de vinhos - e 90% dos vinhedos estão concentrados na região da Califórnia. O país tem um forte mercado interno, quase toda a produção é consumida nos EUA, por isso é pequena a oferta de rótulos americanos nas lojas e importadoras brasileiras.

Os vinhos são produzidos em mais de 100 zonas, conhecidas como American Viticultural Area (AVA). As mais importantes ficam na Califórnia, onde se encontram as regiões do Vale do Napa (aqui reina a Cabernet Sauvignon), Sonoma (bons Pinot Noir e Chardonnay), Mendocino e Lake Caoutry. Os estados de Washington e Oregon também se destacam no cenário da viticultura americana. O clima de Oregon segue o modelo da Borgonha, na França, com pequenas propriedades e uso de Pinot Noir para os tintos.

Principais uvas: Tintas - Cabernet Sauvignon, Zinfandel, Merlot, Pinot Noir e Syrah. Brancas - Chardonnay, Viognier, Roussane, Riesling e Sauvignon Blanc.

Os enólogos que se instalaram na Califórnia sempre tiveram a região de Bordeaux, na França, como modelo, seus cabernet sauvignon e chardonnay de primeira linha, a despeito do preço altíssimo, são verdadeiras joias do mundo do vinho.

Apesar de ser considerada a uva símbolo dos EUA, muitos vinhos produzidos com a Zinfandel são muito potentes e alcoólicos.

Testes recentes de DNA apontam muitas semelhanças entre a italiana Primitivo e a Zinfandel. Em solo americano, no entanto, ganhou características próprias, e os Estados Unidos conquistaram assim uma uva para chamar de sua.

Curiosidade: Em 1976 o mundo do vinho recebeu, surpreso, a notícia de que em uma degustação às cegas, realizadas em Paris pelo britânico Steven Spourrier, rótulos americanos da Califórnia venceram tradicionais franceses de Bordeaux e da Borgonha. As estrelas da terra do Tio San foram o Stag´s Leap Winnes Cellar (Cabernet Sauvignon) e Château Montelena (Chardonnay). Começa aí a ascensão - até dos preços - dos vinhos americanos.

França

Esta é a primeira do ranking mundial e também a mais lembrada quando se fala de vinhos. A França produz os melhores e mais emblemáticos vinhos do planeta com uma legião de admiradores e imitadores; é ainda o país que mais bebe vinho no planeta por consumidor adulto. Berçário das principais uvas usadas em vinhedos ao redor do mundo tem um sistema de classificação que é uma referência para outros países. Deve-se a França o conceito de terroir, do envelhecimento do vinho em pequenos tonéis de carvalho, além da tradição passada de geração a geração. Mais do que em qualquer outro lugar, o vinho francês está intimamente ligado à região e a terra onde é produzido.



As principais regiões produtoras são: Borgonha, Bordeuax, Rhône, Loire, Alsácia, Champagne, Languedoc-Roussilon.

Borhonha

Possui alguns dos mais raros e caros rótulos do mundo. A figura do produtor é tão importante na definição de qualidade quanto os diferentes tipos de solo e de microclima (terroir). Principais sub-regiões: Chablis (brancos), Côte d`Or (melhores vinhos da Borgonha: tintos na Côte de Nuits e brancos na Côte de Beaune), Côte Chalonise (tintos e brancos), Mâconnais (brancos) e Beaujolais (vinho tinto leve e fácil de beber, para ser consumido jovem).

Principais uvas: Tintas - Pinot Noir e Gammay (só em Beaujolais). Brancas - Chardonnay.

Os melhores tintos da Borgonha (Pinot Noir) são vinhos de conhecedores, de incomparável elegância e complexidade; os brancos são considerados os melhores do mundo.

Os vinhos mais comuns da Borgonha podem ostentar no rótulo nomes famosos de sua comuna confundindo o consumidor que leva gato por lebre.

Curiosidades: Um vinhedo da Borgonha pode ter dezenas de proprietários com métodos de cultivo e vinificação diferentes. Os melhores rótulos são aqueles classificados como Grand Cru (apenas 2% da produção da região), seguido de Premiers Crus.

Bordeaux

É a mais conhecida região vinícola da França e produz tintos encorpados e classudos, seu corte bordalês (uma variação de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot) é imitado em todo o mundo. Os brancos são sempre da aromática Sauvignon Blanc. Também de Bordeuax vem um dos mais incensados doces do mundo, o Château de Yquem.

Os rios Garonne e Dordogne dividem a região de Bordeaux em dois grandes blocos: margem esquerda e direita. Na margem esquerda ficam as sub-regiões Médoc (Haut, tintos encorpados; e Baixo, com 60 clássicos Grand Crus); Graves (Bas, tintos e brancos; Graves Superior, brancos e Pessac-Léognan, tintos e brancos); Sauternes (brancos doces); na margem direita, Entre-Deux-Mers (tintos encorpados e brancos); Saint-Émillion (63 Grand Crus) e Pomerol (tintos potentes e famosos).

Principais uvas: Tintas – Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, PetitVerdo e Malbec. Brancas – Sauvignon Blanc, Sémillon e Muscadelle.

Experimente vinhos de “Petit Châteaux” das AOCS de Bordeuax, eles apresentam uma boa relação de preço / qualidade.

Infelizmente não existe milagre: os Bordeaux genéricos, muito baratos são vinhos muito fracos e não representam a qualidade da bebida produzida na região.

Rhône

Região vinícola mais antiga da França. No vale do Rhône, a uva Syrah é quem domina o cenário, produzindo vinhos com notas de flores, frutas e principalmente especiarias. O vale do Rhône se divide em duas principais áreas: ao norte, com as apelações Côte-Rotie e Hermitage; ao sul com a famosa Châteauneauf-du-Pape.

Principais uvas: Tintas – Syrah, Grenache, Mourvèdre, Carignan e Cinsault. Brancas – Viognier, Marsanne, Roussanne e Muscat (doce).

Curiosidade: Châteauneauf-du-Pape se refere ao castelo construído pelo papaClemente V ao norte de Avignon, no período em que o papado foi transferido de Roma para esta cidade.

Loire
O Vale do Loire produz vinhos de vários estilos, mas os brancos predominam e são responsáveis pelos rótulos mais emblemáticos. Experiências biodinâmicas são muito bem sucedidas na região, com o produtor Nicolas Joly.

Principais uvas: Tintas – Pinot Noir, Gammay, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon Syrah, Grenache, Mourvèdre, Carignan e Cinsault. Brancas – Sauvignon Blanc, Chenin Blanc, Chardonnay e Muscadet.

Champagne

É a região vinícola da França mais setentrional, o que dificulta o cultivo de vinhedos para tintos tranquilos. A composição do solo e subsolo (calcário) produzem uvas maduras com boa acidez que resultam em uma bebida excepcional. Aqui é o berço dos melhores e mais desejados espumantes do mundo.

Principais uvas: Tintas – Pinot Noir e Pinot. Brancas – Chardonnay.

Curiosidades: Ao contrário do ocorre com os tintos e brancos, nos champanhes é comum a mistura de uvas de mais de uma safra na composição do vinho.

Fonte: Veja.com

Pensar em Vinho te faz Relaxar?

Cientistas da Universidade de Victória, na Nova Zelândia, descobriram que pensar em vinho ajuda a relaxar. A pesquisa publicada no Jornal de ciência psicológica, mostra que isso ocorre por causa do poder de sugestão.

Eles explicaram que o subconsciente reage antecipadamente às expectativas da situação sugerida, e antecipa os efeitos. "os efeitos da sugestão são muitas vezes mais surpreendentes que muitas pessoas poderiam pensar", explicou em um deles em um relatório.

Vários outros estudos têm mostrado que o poder da sugestão pode ajudar as pessoas a um melhor desempenho em testes e até mesmo influenciar o quão bem eles respondem a tratamentos com drogas, também conhecido como o "efeito placebo".

Por isso, os especialistas testaram o efeito que pensar em uma taça de vinho pode causar nas pessoas. A maioria delas acredita que vinho relaxa, por isso, assim que eles pensaram em tomar um copo de vinho, o cérebro antecipou o efeito.

"Quando esperamos um determinado desfecho, nós automaticamente colocado em movimento uma cadeia de cognições e comportamentos para produzir esse resultado", completou.

Fonte: Revista Adega

Vinho em Tela V - By Elisabetta Rogai

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Passeio Enológico por Portugal: Monte do Pintor

“Quando o viajante acordou e abriu a janela do quarto, o mundo estava criado. Era cedo, ainda vinha longe o Sol. Nenhum lugar pode ser mais serenamente belo, nenhum o será com meios mais comuns, terra larga, árvores, silêncio…”

José Saramago - Prêmio Nobel da Literatura 1998
em VIAGEM A PORTUGAL capítulo
“A Grande e Ardente Terra de Alentejo”

Chegamos a mais uma postagem sobre o Passeio Enológico por Portugal - PEP, onde vamos falar sobre a Monte do Pintor, que assim como as demais vinícolas portuguesas presentes  no PEP e já comentadas aqui, possuem uma história bem recente, de alguns anos ou décadas.

A Monte do Pintor foi constituída em 1991 e o primeiro vinho produzido data de 1993. Ela está situada próximo a Igrejinha, conselho dos Arraiolos e têm uma área de 200 ha, dos quais 30 ha. Em 1995 iniciou-se a comercialização dos vinhos.

Seus vinhos são compostos, majoritariamente, por castas tradicionais alentejanas: Trincadeira e Aragonez, bem como Alicante Bouschet, Castelão, Verdelho, Antão Vaz e Arinto.

Monte do Pintor Branco 2010

Este é o primeiro rótulo branco produzido pela vinícola e foi lançado em 2011. É um vinho produzido a partir de vinhas novas de Antão Vaz, Arinto e Verdelho.

O vinho mostrou uma cor amarelo clara, com reflexos esverdeados. No nariz foram perceptíveis notas de frutas tropicais. Em boca mostrou-se muito fresco, uma boa acidez e um leve toque mineral, dando um bom volume e conferindo um bom final de boca.

O Rótulo

Vinho: Monte do Pintor
Tipo: Branco
Castas: Antão Vaz, Arinto e Verdelho
Safra: 2010
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Monte do Pintor
Enólogo: David Patrício
Graduação: 12,5%
Onde Comprar: Loja de Bebidas (Loja Virtual)
Preço Médio: R$ 60,00
Temperatura de Serviço: 12 graus

Pequeno Pintor Tinto 2008

Esse rótulo foi fruto de uma postagem recente: relembre e, portanto, não repetirei as impressões do mesmo.


O Rótulo

Vinho: Pequeno Pintor
Tipo: Tinto
Castas: Aragonez e Trincadeira
Safra: 2008
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Monte do Pintor
Enólogo: David Patrício
Graduação: 13,5%
Onde Comprar: RM Express
Preço Médio: R$  40,00
Temperatura de Serviço: 16 graus


Monte do Pintor Tinto 2008

Rótulo com 18 meses de repouso em barricas de carvalho francês de segundo uso e mais 6 meses de repouso em garrafa antes da comercialização. Visualmente mostrou uma cor rubi intensa sem sinais de evolução e lágrimas finas e lentas. Um bouquet  rico em frutas escuras em compota, notas de café tostado e madeira. Em boca repetiu a fruta com boa integração com a madeira e taninos potentes, mas macios e bem integrados ao álcool e a acidez.


O Rótulo

Vinho: Monte do Pintor
Tipo: Tinto
Castas: Aragonez, Castelão e Trincadeira
Safra: 2008
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Monte do Pintor
Enólogo: David Patrício
Graduação: 14%
Onde Comprar: RM Express
Preço Médio: R$  80,00
Temperatura de Serviço: 16 graus


Monte do Pintor Reserva Tinto 2007

Trata-se do rótulo topo de gama da vinícola, com passagem de 12 meses por barricas de carvalho francês de primeiro uso e repouso de mais 12 meses na garrafa e dele foram produzidas apenas 14.700 garrafas.

Visualmente mostrou uma cor rubi intensa e densa, sem sinais de evolução e lágrimas abundantes finas e lentas. No nariz mostrou-se complexo com a fruta negra madura aparecendo em primeiro plano, seguido de delicadas notas de chocolate amargo e pimenta preta. Em boca muito intenso, com taninos sólidos e potentes, bom equilíbrio e boa persistência e um final de boca com notas de especiarias e a madeira sobressaindo um pouco, mas nada comprometedor.


O Rótulo

Vinho: Monte do Pintor Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Aragonez e Trincadeira
Safra: 2007
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Monte do Pintor
Enólogo: David Patrício
Graduação: 14%
Onde Comprar: Internet
Preço Médio: R$ 150,00
Temperatura de Serviço: 16 graus



* Os Rótulos são de autoria do Escultor português João Cutileiro


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pequeno Pintor 2008

Continuando a noite do dia dois de junho, passamos para um tinto do Alentejo que também estava na adega há algum tempo, sempre convidando a ser bebido.

Degustei esse mesmo vinho no Passeio Enológico por Portugal - PEP. O rótulo é produzido pela Monte do Pintor, a qual ainda será tema de uma postagem, onde falarei um pouco sobre a história da mesma bem como de todos os vinhos que degustei.

O Pequeno Pintor é o vinho mais simples da Monte do Pintor e trata-se de um corte das variedades Aragonez e Trincadeira. A safra degustada foi a de 2008. O rótulo da garrafa é uma atração à parte, visto que a ideia é que de fato pareça com uma pintura e mesmo fazendo uso de cores básicas não deixa o charme de lado.

O vinho mostrou uma bela cor granada com discretos reflexos violáceos, mas já com sinais de evolução; lágrimas finas e rápidas. No nariz, apesar do curto estágio em barricas de carvalho francês, a madeira mostra-se bem presentes, mas sem agredir e muito bem integradas com os aromas de frutas (ameixa e jambo). Em boca repetiu a fruta e a madeira e mostrou taninos sedosos bem integrados a acidez e ao álcool, dando uma final de corpo agradável e longo. Acompanhou bem tomates recheados e carne de sol.


O Rótulo

Vinho: Pequeno Pintor
Tipo: Tinto
Castas: Aragonez e Trincadeira
Safra: 2008
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Monte do Pintor
Enólogo: David Patrício
Graduação: 13,5%
Onde Comprar: RM Express
Preço Médio: R$ 40,00
Temperatura de Serviço: 16 graus

domingo, 10 de junho de 2012

Jaume Serra Cristalino Brut Cava

O Espumante Jaume Serra Cristalino Brut Cava repousava já há alguns meses na adega e foi aberto com a visita dos amigos Juberlan e Rejane e Wilton e Roberta no último dia dois. Para acompanhar esse belo exemplar espanhol fomos de sanduiche de metro da Com.Pão Delicatessen, feito com ciabatta, presunto, queijo, tomate seco, alface e pasta de mostarda... um primor de sanduba.

Cristalino agradou desde o rótulo, que apresenta uma cor dourada clara e reflexos brilhantes. Visualmente mostrou uma cor amarela com reflexos dourados, perlage fina, rápida de média persistência. No nariz mostrou-se muito aromático e suave, com notas de maçã, pêssego e melão em primeiro plano, seguida de delicadas notas de avelã e pão. Na boca, é volumoso, fresco e sedoso e, apesar de Brut, mostrou notas adocicadas, deixando o espumante muito suave, delicado e fácil de beber. Para quem aprecia um espumante não muito seco, essa garrafa é excelente indicação, sem falar no seu excelente custo versus benefício.

O Rótulo

Vinho: Jaume Serra Cristalino Brut Cava
Tipo: Espumante Branco
Castas: Xarel-lo (15%), Macabeo (50%) e Parellada (35%)
País: Espanha
Região: Penedês
Produtor: Jaume Serra
Graduação: 11,5%
Onde Comprar: Ingá Vinhos Finos
Preço Médio: R$ 35,00
Temperatura de Serviço: 6 graus
Premiações: Value Brand of The Year Wine & Spirits Magazine por 3 anos consecutivos

sábado, 9 de junho de 2012

Uma vinícula dentro de casa, literalmente!

A vinícola McGuigan Wines confirmou as datas para a criação de vinhedos no centro de Dublin em setembro. O projeto Dublin Cit Vineyard irá transformar uma casa em uma vinícola.

O centro terá mais de 100 vinhas plantadas, adega, barris e o time de vinificação do enólogo Neil McGuigan. Os vinhedos serão os primeiros a serem plantados no centro urbano de Dublin.

Esta data coincidirá com o 20º aniversário dasérie Etiqueta McGuigan Black. Os visitantes da vinha urbana serão encorajados a caminhar entreas videiras e estar entre os primeiros a saborear a nova versão Sémillon Blanc e Rosé Black Label.

"A categoria de vinhos australianos é o número um na Irlanda, e vemos atividades como o projeto como chave para manter a nossa posição de liderança no mercado. É sobre inovação em comunicação e como nós, como a indústria australiana, se envolver comum dos nossos mercados de crescimento estratégico", explicou Niel McGuigan, enólogo da vinícola.




Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Mapa do Vinho - Parte I

O vinho é produzido em todo o mundo. Mas, os melhores vinhedos estão entre os paralelos 30 e 50. Os principais produtores são: Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Grécia, Líbano, Hungria, Áustria, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.


Argentina

É o quinto maior produtor mundial e o maior consumidor e produtor da América Latina; a Argentinateve uma grande evolução na qualidade de seus rótulos com as novas vinículas de Mendoza. Ela é a responsável por 80% do volume produzido, seguida de San Juan. Os vinhedos plantados em grandes altitudes (entre 900 e 1500 metros), aos pés da Cordilheira dos Andes, produzem uvas com maior maturação e qualidade. As plantações são irrigadas com água do degelo. Regiões de Rio Negro, como Patagônia e Salta, no entanto, testam novas fronteiras do vinho argentino com ótimos resultados.

Principais uvas: Tintas - Malbec, Cabernet Sauvignon, Bonarda, Merlot e Syrah. Brancas - Torrontés, Chardonnay e Viognier.

Na dúvida, prefira rótulos produzidos com Malbec, a variedade se adaptou melhor a Argentina do que em Cahors, no sul da França.

Tome cuidado com a qualidade dos vinhos exportados que não indiquem a procedência no rótulo, a qualidade é duvidosa.

Brasil

Décimo quinto no ranking mundial, onde 90% da produção ainda são de vinho mais simples, de garrafão, elaborado com uvas híbridas (não viníferas). Mas o vinho nacional passa, como no resto do mundo, por um processo de modernização de seus equipamentos e maior cuidado nos vinhedos. O destaque fica por conta dos Espumantes. A área mais apropriada ao cultivo de vinhedos no Brasil fica no sul do país. Rio Grande do Sul é a mais tradicional, apesar de o clima úmido e o ciclo das chuvas às vezes atrapalhar. As regiões vizinhas oa Uruguai, como a Campanha e Candiota têm se relevado mais adequadas ao cultivo de uvas, o que permite a colheita das uvas antes do período de chuvas. A surpresa fica por conta dos vinhedos em Pernambuco, no paralelo 8, contrariando todas as regras do mundo da vinicultura: ali a colheita acontece durnte todo o anos.

Principais regiões: Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves e Campanha), Santa Catarina e Pernambuco.

Principais uvas: Tintas - Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir. Brancas - Chardonnay, Gewürztraminer, Riesling Italic, Sauvignon Blanc e Sémillon.

Os espumantes são os melhores e mais premiados vinhos do Brasil. Nos tintos, a uva Merlot vem apresentando bons resultados.

Curiosidade: Nos vinhedos do Vale do São Francisco, no Nordeste, há 25 safras por ano, a cada 15 dias alguma casta é colhida. Por não ter inverno, não há hibernação das parreiras, portanto elas vão dando frutos em sequência.

Chile

É o décimo na lista. Grande exportador, começou a se destacar no mercado com vinhos de alta qualidade a partir da década de 80 com a associação de suas uvas vinículas e grandes produtores mundiais da França e dos EUA. Protegido pelos Andes, desertos e o Pacífico, o Chile é o único país produtor de vinhos que nunca foi afetado Phyloxera, uma praga que ataca as raízes das videiras e causou a devastação mundial das vinhas no final do século 19.

Principais regiões: Atacama (Capiapó e Huasco), Coquimbo (Elqui, Limarí e Choapa), Aconcágua (Aconcágua e Casablanca), Vale Central (Rapel, Maipo, Curicó e Maule) e Sul (Itata e Bio-Bio).

Principais uvas: Tintas - Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz, Carmenère, Pinot Noir, Cabernet Franc e Malbec. Brancas - Chardonnay, Sauvignon Blanc, Moscatel, Alexandria, Riesling e Viognier.

Os melhores tintos, os "superchilenos", são produzidos com as variedades Cabernet Sauvignon e Merlot. Nos últimos anos, a Shiraz vem surpreendendo com vinhos de ótima qualidade e a Carmenère começa a produzir rótulos importantes.

A região de Casablanca produz os vinhos Brancos mais frescos e aromáticos do Chile. O clima moderado e a influência marítima são responsáveis por bons Sauvignon Blanc e Chardonnay.

As classificações reserva e reservado nos rótulos não são indicativos de qualidade, é preciso confiar na qualidade do produtor.

Curiosidade: Até 1996 a Carmenère era confundida com a Merlot. Um exame de DNA nas parreiras constatou o erro. A Merlot amadurece cerca de três semanas antes que a Carmenère.

Fonte: Veja.com

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mais uma artista transforma vinho em arte

A sede da Radio Televisión de Andaluzia (RTVA) em Sevilla, acolhe a partir de do dia 5 de junho, a mostra da artista Cristina Diaz, 'Vid&Arte', quadros em homenagem a enocultura pintados com vinho tinto.

A mostra tem 22 obras com pinturas sobre a geografia andaluza, a origem e a cultura do vinho na região; e é fruto de uma etapa de busca por novas formas de expressão com materiais inovadores, como é o caso do vinho.

"Depois de conhecer a riqueza vitivinícola que temos em Andaluzia, foi curioso saber como estes vinhos se expresam, não somente no paladar, mas também no papel, isto é, envolver todos os sentidos desta descoberta", explicou a artista.

"Trabalhar com vinho nos pinceis é muito especial, é um material vivo, sua resposta na tela é evolutiva, surpreendente", acrescentou Cristina.

Fonte: Revista Adega