quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cresce a produção mundial de vinhos

Portugal vai este ano inverter a trajetória de queda na produção de vinho, embora o desempenho positivo não seja suficiente para o sector regressar aos valores do início da década.
 
 
Estimativas publicadas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV, uma entidade intergovernamental que agrega 46 países) indicam que a produção portuguesa terminará 2015 com um crescimento de 8% em relação a 2014. Até ao final do ano, os produtores portugueses deverão ser responsáveis por 6703 hectolitros de vinho – seria o equivalente a 894 mil garrafas, embora parte desta produção tenha outros fins. O valor coloca Portugal em 11º lugar da tabela, mantendo assim a posição anterior.
 
Este será o melhor ano desde 2010, quando foram feitos 7148 hectolitros. Em 2011, a produção tinha sofrido uma queda abrupta significativa, recuperando parcialmente no ano seguinte, mas tendo vindo a descer ligeiramente desde então. Em Portugal, os vinhos são um produto em que as exportações superam largamente as compras feitas ao estrangeiro.
 
A subida da produção portuguesa é quatro vezes superior à média do mercado, que se fica pelos 2%, mas há países que conseguiram evoluções mais significativas. A Itália é outro dos países com um crescimento acima da média: nas previsões da organização, o aumento de 10% dará ao país a subida ao primeiro lugar da tabela, destronando a França, cuja produção aumentará apenas 1%. A diferença entre os dois pesos-pesados é, porém, muito curta. Enquanto os produtores italianos serão responsáveis por 48.869 hectolitros de vinho, os franceses vão totalizar 47.373.
 
Entre os produtores de grande dimensão, o maior crescimento é o do Chile, a sexta maior potência vinícola, cuja produção dispara 23%, reduzindo a distância para a Argentina, que continua, no entanto, num confortável quinto lugar. Em quarto, os EUA sobem 1%, ao passo que a Espanha, o terceiro país na lista, cai 4%. A maior subida, no entanto, acontece quase no fundo da tabela. Depois de um ano de colheitas particularmente más, a Bulgária mais do que duplica a produção e regressará aos níveis habituais.
 
A organização não tem dados actualizados para a China, que foi no ano passado o nono maior produtor. Segundo dados divulgados há alguns meses, a China tornou-se o segundo país com mais área de vinhas, atrás apenas de Espanha e à frente da França, encaixando assim na tendência de aumento de área vinícola nos países asiáticos, que acompanha uma estagnação na Europa. Os dez maiores produtores são responsáveis por aproximadamente 77% do vinho em todo o mundo.
 
Do lado do consumo, a OIV ainda não tem dados precisos, mas aponta para valores em linha com os de 2014, em que foram consumidos 240 mil hectolitros, com os países fora da Europa a assumirem um maior peso na procura. A organização destaca o crescimento da procura por vinho rosé nos últimos anos. Desde 2002, a subida no consumo foi de 20%. No ano passado, em que os rosés representaram quase cerca de 9% do vinho consumido, Portugal, Espanha e Itália foram excepções à tendência e registaram quebras na procura.

O ainda jovem Carodorum 2008

Recebi recentemente, da Wine in Pack, os exemplares do Pack Club, que este mês foi composto por dois vinhos tempranillo espanhóis, um da região de Ribera del Duero e outro da região de Toro.

Já comentei sobre o exemplar de Ribera del Duero: o Tudanca Roble DO e hoje é dia de comentar Carodorum Crianza DO 2008.

Falando um pouco sobre a casta que deu origem ao vinho: Tinta de Toro, mais conhecida como tempranillo, a casta símbolo da Espanha. Originária da região de Rioja a tempranillo é cultivada em quase todas as sub-regiões continentais espanholas e nenhuma outra casta em nenhum outro país possui tanta influência e domínio.

O Carodorum Crianza DO é produzido pela Bodega Carmen Rodríguez Méndez, a menor vinícola registrada no Conselho Regulador da denominação de origem TORO. Pequena no tamanho, mas pois esse aspecto físico não a impede de ser uma das mais apreciadas e de maior qualidade da região.

Iniciada por Carmén Rodriguez e atualmente tocada por um de seus filhos, Guillermo Diez, que também é o Enólogo,  a bodega é uma verdadeira empresa familiar, de instalações aconchegantes e modernas.

Está localizada no povoado Cascajera, em plena planície de Toro, esta bodega de caráter familiar produz vinhos extraordinários com pontuações altíssimas alcançadas nas avaliações de críticos famosos como Robert Parker.

Com uma filosofia única de produção, onde o importante é o cuidado personalizado e tradicional nas diversas fases de elaboração de seus vinhos, a bodega cultiva vinhedos próprios, de idades distintas, incrustados nos terraços agrícolas do rio Duero, onde o solo de cascalho e saibro, e onde as amplitudes térmicas diárias, propiciam condições excelentes para o amadurecimento completo das uvas.

Sua produção é limitada, pois tem como objetivo a conservação da magia e da história dos seus vinhos, cuja feitura é individualizada e artesanal, característica que a distingue dos mega empreendimentos vinícolas. O êxito alcançado com esta produção, no entanto, a coloca entre as grandes vinícolas de sucesso internacional.

O Carodorum DO é um 100% tempranillo que passou por 15 meses amadurecendo em barricas de carvalho francês e merece ser degustado sem pressa.

Na taça apresentou cor rubi escura, quase negra, com reflexos violáceos e lágrimas finas e rápidas.

No nariz mostrou aromas de frutas negras, pimenta seca, especiarias (canela e noz moscada), nozes, terra molhada, couro, chocolate, baunilha e tostado.

Em boca um vinho encorpado com taninos maduros, alta acidez e álcool a 15% pedindo uma aeração prévia a degustação, mas que não incomodou e deixou, junto a sua excelente acidez, o vinho com um grande potencial gastronômico. Repetiu as impressões olfativas e apresentou uma interessante nota licorosa, trazendo a memória algumas nuances de um vinho fortificado. Final de boca seco com notas de canela, chocolate e licor de frutas aparecendo no retrogosto.

Vinho surpreendente na cor, nos aromas e em boca. Difícil acreditar que ele não tenha mais uns 10 anos pela frente, pois apesar de pronto para ser degustado o mesmo ainda mostrou-se jovem.

O Rótulo

Vinho: Carodorum DO
Tipo: Tinto
Castas: Tinta de Toro (Tempranillo)
Safra: 2008
País: Espanha
Região: Toro
Produtor: Bodega Carmen Rodríguez Méndez
Enólogo: Guillermo Diez
Graduação: 15%
Onde comprar: Wine in Pack
Preço médio: R$ 80,00
Temperatura de serviço: 16°
Pontuações: 90pts Robert Parker

Nota:

Este vinho é importado pela Wine in Pack, primeira loja de vinhos a comercializar seus produtos exclusivamente em packs, mas este foi enviado para avaliação juntamente com o Carodorum. Ambos compõe a seleção do mês do Pack Clube.

7 museus de vinhos para conhecer

Para os curiosos e apaixonados pela história por trás de um bom exemplar, listamos 7 museus de vinhos que são um verdadeiro convite a novas descobertas. Olha só:
 
1 – Vivanco Museu da Cultura do Vinho (Rioja, Espanha)
 
 
Com uma área de 4.000 metros quadrados e seis salas, cinco permanentes e uma para exposições temporárias, esse museu é totalmente dedicado à valorização dos mais de 8.000 anos de história da relação entre o homem e o vinho. Além disso, possui o Jardim de Baco, uma coleção de videiras, com mais de 220 ​​variedades de todo o mundo.
 
2 – Museu do Vinho do Porto (Porto, Portugal)
 
 
Dedicado a preservar e contar a história do desenvolvimento da indústria do vinho do Porto, esse museu está localizado no armazém Cais Novo, um edifício do século XVII que já foi depósito de vinho da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Passeio obrigatório para enófilos em Portugal.
 
3 – Wine Museum Koutsoyannopoulos (Santorini, Grécia)
 
 
Localizado dentro de uma caverna natural, oito metros abaixo do solo, esse museu demorou 21 anos para ser construído pela família Koutsoyannopoulos e é o único do seu tipo, na Grécia. A visita ao lugar é facilitada por um guia de áudio, disponível em 14 idiomas. Além de admirar artefatos relacionados com o vinho, o visitante ainda pode provar quatro exemplares produzidos pela Koutsoyannopoulos Winery.
 
4 – Wine Museum Castello di Barolo (Barolo, Itália)
 
 
Verdadeira atração turística na região, esse museu recebe cerca de 45.000 visitantes por ano, desde que foi inaugurado, em 2010. Entre as atrações do lugar, está uma visitação interativa, que leva o visitante pelos cinco andares do castelo em que foi instalado. Para finalizar, uma super degustação com mais 180 rótulos disponíveis para quem quiser provar e comprar.
 
5 – Museu do Vinho Lungarotti (Torgiano, Itália)
 
 
O MUVIT, aberto ao público em 1974, já foi descrito pelo New York Times como o melhor museu do vinho na Itália. O museu oferece um passeio através de vinte salas, onde mais de 2.900 artefatos são encontrados: coleções etnográficas, arqueológicas e coleções de arte, que carregam mais de 5000 anos de história do vinho.
 
6 – Museu do Vinho Mário Pellegrin (Videira, Santa Catarina)
 
 
Mantido pela prefeitura da cidade, o museu conta a história da uva e do vinho, através da exposição de equipamentos usados pelos primeiros colonizadores para a fabricação de vinho, na região. O espaço ainda oferece exposições temporárias de fotos e objetos, exposição permanente de vitivinicultura e pesquisa histórica.
 
 
 
Aberto ao público desde 2008, esse museu contém uma preciosa coleção de objetos históricos e documentos que contam a história do desenvolvimento do comércio de vinhos na região, desde a Idade Média. O lugar ainda possui área de degustação e loja de vinhos.
 
Fonte: Wine

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vinícola italiana Mais entra na bolsa de valores

Em agosto, a vinícola italiana Mais resolveu entrar na bolsa de valores de seu país e foi avaliada em 150 milhões de euros.
 
A empresa vendeu 20% de suas cotas por 4,6 euros a ação. “Espero que outros produtores nos vejam como pioneiros”, afirmou Sandro Boscaini, dono da Mais, conhecida pelo vinho Amarone.
 
Estudos apontam que o PIB italiano poderia subir cerca de 1% se mais empresas ingressassem no mercado de ações.
 
Fonte: Revista Adega

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

10 dicas para você não errar na hora de harmonizar

Vinhos tintos, brancos, rosés, champagnes, cervejas… As soluções refrescantes para as refeições são muitas. E há ainda mais quando se nota que elas mudam de acordo com o prato que acompanham — aperitivo, almoço com carne, jantar com peixe ou sobremesa à base de chocolate.
 
Veja 10 dicas para não errar na hora de harmonizar:
 
1 – Vinho branco ou champagne com ostras: a harmonização fundamental
 
Sem dúvida é uma das harmonizações mais naturais e fáceis para um iniciante. O vinho branco, assim como o espumante, casa bem com as ostras.
 
2 – Vinho fortificado ou de colheita tardia com chocolate
 
Matéria nobre, que derrete todos os gulosos, o chocolate casa bem com vinhos doces naturais, como o Banulys, Porto, etc.
 
3 – Harmonize um queijo e um vinho branco
 
Não é fácil! As harmonizações de queijo e vinho são difíceis, principalmente para quem gosta de vinho tinto. É um clichê totalmente obsoleto porque, de maneira geral, são os vinhos brancos que casam melhor com os queijos.
 
4 – Siga seu instinto e seus gostos
 
Harmonizar um vinho e uma receita é algo que muitos experts fazem todos os dias e os novatos querem imitá-los. Mas, vinho é, antes de tudo, uma questão de gosto. O primeiro princípio é seguir suas afinidades com os diferentes vinhos para conseguir a aliança perfeita.
 
5 – Evolua aos poucos
 
E preciso otimizar seus gostos em matéria de vinho e refeições, mas vá evoluindo aos poucos. O vinho branco é uma bela opção para começar antes de atacar um vinho tinto mais robusto. Na hora da sobremesa, um vinho doce saberá finalizar bem a refeição, sem assustar as papilas.
 
6 – Champagne com sobremesas: uma má ideia
 
Os franceses costumam finalizar uma refeição com uma sobremesa servida com champagne. O erro é, contudo, fatal para os paladares se o prato principal foi servido com vinho tinto. As bolhinhas do champagne são perfeitas para abrir o apetite. Mas, no fim do jantar, é uma catástrofe, salvo algumas exceções. Uma opção: criar uma refeição que harmonize bem com o champagne do início ao fim.
 
7 – Servir um grande vinho na refeição pode ser de mau gosto
 
Os belos vinhos que guardamos para uma ocasião especial não precisam de nenhuma receita para expor seu potencial aromático. Servi-lo no jantar, mesmo que com os cortes mais nobres de carne ou o melhor queijo, pode ofuscá-lo.
 
8 – Vinho branco ou vinho tinto evoluem ao lado de peixes
 
Isso é fato em degustações: o vinho branco harmoniza muito bem com peixes. Mas pode acontecer de pessoas não gostarem deste tipo de bebida. Nesse caso, o vinho tinto não é de todo proibido, se seu tanino não for forte. Em caso positivo, ele se confronta com as proteínas do peixe, resultando em um gosto ruim. Vinhos tintos mais antigos, no entanto, têm tempo de tornarem-se mais brandos e caírem bem com um peixe.
 
9 – Não sirva bebidas ricas em açúcar ou de alto teor alcoólico como aperitivo
 
Os vinhos ricos em açúcar ou em álcool podem sobrecarregar as papilas gustativas antes mesmo de a refeição começar. Eles saturam imediatamente o paladar, ao contrário do vinho branco no champanhe e outros vinhos gasosos.
 
10 – Atenção na escolha para acompanhar pratos muito condimentados
 
Os temperos, quando vêm em grande quantidade no prato, tendem a perfumar muito o paladar, tornando difícil a degustação de um vinho. Ao seu lado de um prato muito temperado, apenas um vinho muito acentuado pode ter expressão na refeição. Um curry, por exemplo, harmoniza muito bem com um Gewürztraminer.
 
Fonte: Gazeta do Povo

O belo, aromático e macio Salton Gerações Antonio "Nini" Salton

Já provou algum vinho da linha Exclusividade da Salton? Não? Então você simplesmente não sabe o que está perdendo. A linha é composta pelo Salton Gerações Paulo Salton, Salton Gerações Antônio Domenico Salton, Salton Gerações José Bepi Salton, Salton Septimum, Salton Lucia Canei Salton e o Salton Gerações Antônio Nini Salton.
 
Cada  produto desta linha é uma homenagem da vinícola aos integrantes da família Salton que ajudaram na construção da vinícola ao longo dos seus primeiros 100 anos de existência da empresa. Quase todos já passaram pela taça do Vinhos de Minha Vida e hoje é dia de falar sobre o último lançamento da linha: o Salton Gerações Antônio Nini Salton que provamos no último Winebar com os lançamentos da empresa.
 
O projeto baseia-se no conceito “O Melhor da Vida é Passado de Geração para Geração” e tem como foco a qualidade dos produtos. “Fazemos uma referência aos homens que tiveram pulso firme e deixaram uma marca pessoal na empresa. Eles atuaram em diversas posições, transmitindo experiências e ensinamentos, que foram extremamente fundamentais na construção de uma companhia consolidada”, ressalta o presidente da vinícola Salton, Daniel Salton.
 
As garrafas e rótulos das garrafas da linha exclusividade por si só já são um atrativo, todas belíssimas e diferenciadas. O rótulo concede espaço à assinatura original de cada homenageado. No caso de “Nini”, primeiro enólogo da família e irmão de Paulo e Bepi, também homenageados em lançamentos anteriores, remete à intuição, característica de um homem de personalidade forte, justo e correto, que sempre zelou por sua família. A figura das pipas é utilizada como símbolo da experiência na área da enologia e a numeração de série da garrafa está presente e destaca a Edição Especial. A garrafa ainda apresenta a medalha do projeto Gerações.
 
As uvas que deram origem ao vinho foram selecionadas dos melhores vinhedos localizados na região da Serra Gaúcha. Após um controle rigoroso de sanidade e madurezas as uvas colhidas são climatizadas a 5ºC antes de sua elaboração.
 
O processo de vinificação inicia-se com a seleção de cachos e extração do engaço (cabinho), após é feita a seleção de grãos e maceração pelicular a baixa temperatura após 6 dias é iniciada a fermentação alcoólica e posteriormente maceração pós fermentativa totalizando aproximadamente 30 dias. Após a clarificação espontânea realiza-se o corte dos vinhos que compõem o produto e armazena-se o produto em barricas de carvalho novo francês meio tostado por 12. Posteriormente ao seu engarrafamento o vinho permanece um ano antes de sua expedição.
 
Quem conhece a vinícola sabe o quão bem gerida e linda ela é, então nunca é demais parabenizar a todos que compõe a Salton pelo excelente trabalho que vem sendo realizado e pela excelente qualidade dos vinhos, mesmo dos mais simples.
 
Mas, sem mais delongas, vamos as nossas impressões sobre o líquido.
 
Na taça apresentou cor rubi intensa com reflexos violáceos e uma intensa chuva de lágrimas daquelas que sujam as paredes da taça.
 
No nariz mostrou aromas intensos e complexos, composto de notas de fruta negra madura, alcaçuz, eucalipto, folhas secas, especiarias, café, chocolate amargo, balsâmico e elegantes notas de tostado.
 
Em boca um vinho encorpado, com taninos elegantes, macios e levemente adocicados e excelente acidez, dando caráter gastronômico ao vinho. Final de boca longo, com repetição das impressões olfativas  e muita elegância e equilíbrio.
 
Vinho pronto para ser bebido, mas alguns anos em garrafa lhe farão muito bem.

 
O Rótulo
 
Vinho: Salton Gerações Antonio "Nini" Salton
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec
Safra: 2011
Garrafa n°.: 583
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Salton
Graduação: 13%
Enólogo: Lucindo Copat
Onde comprar: Salton
Preço médio: R$ 104,00
Temperatura de serviço: 16° a 18°

Nota:

O vinho foi enviado pela Vinícola Salton em ocasião do WINEBAR com os lançamentos da Vinícola Salton em 2015.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vinho Verde: suas uvas e seus vinhos

 
Entre os dias 23 de outubro e 1º de dezembro, o Senac São Paulo realiza o Seminário Vinho Verde: suas uvas e seus vinhos. O evento, gratuito, contará com degustações da bebida e palestras com profissionais de destaque no mercado, abordando todos os temas envolvidos no processo de produção deste tipo de vinho. 
 
Produzido exclusivamente na província do Minho, em Portugal, o vinho verde é fresco e frutado, ideal para acompanhar refeições leves e equilibradas. Sua originalidade é resultado das características do solo, clima e fatores socioeconômicos da região.
 
“O objetivo é oferecer uma aula dinâmica e diferenciada, dando aos alunos a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre vinhos em geral, com foco na região dos Vinhos Verdes”, ressalta Juliana Trombeta, gerente de desenvolvimento da área de Bebidas e Serviços de Bares e Restaurantes do Senac São Paulo.
 
Palestrante especialista
 
A ação iniciará em Campinas com palestra conduzida por Eduardo Milan, atuante no mundo do vinho desde 2004. É editor de Vinhos da Revista ADEGA e membro da equipe de degustação da revista. Faz parte também da equipe de degustadores do Guia Descochados (desde 2012) e do Guia ADEGA Vinhos do Brasil (desde 2011).
 
Evento percorre unidades do Senac São Paulo
 
O evento acontece em outras oito unidades da instituição: Aclimação e Penha, na capital; São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo; Taubaté,  Guaratinguetá, São José dos Campos, Centro Universitário Senac - Águas de São Pedro e Centro Universitário Senac - Campos do Jordão, no interior do estado.

O seminário é voltado para empresários e representantes do trade de enologia; profissionais do setor; estudantes de hotelaria, turismo, gastronomia e eventos; consumidores e demais interessados, acima de 18 anos.

Brasil recebe a celebração dos vinhos espanhóis Jerez

Acontece entre os dias 02 e 08 de novembro o Sherry Wine Week, festa mundial que celebra os deliciosos vinhos espanhóis Jerez.
 
2000 eventos realizados simultaneamente em 22 países e com a participação de mais de 100.000 pessoas comprovam o sucesso da festa internacional, em que inúmeros restaurantes, wine bars, hotéis e empórios realizam eventos especiais com menus de harmonização, degustações e outras ações temáticas.
 
No Brasil, a celebração acontecerá em vários restaurantes e bares, como a Casa Europa, o Tolero Valese e o El Cordobés. Durante o Sherry Wine Week, os restaurantes apresentarão novos drinks feitos à base dos vinhos Jerez Tio Pepe e Solera 1847, criados especialmente para o evento.
 
“Nossa ideia é mostrar ao consumidor a versatilidade dos vinhos de Jerez. O Fino Tio Pepe, por exemplo, é apreciado por muitos como um aperitivo, em especial como a combinação perfeita com o jamón espanhol típico, mas o que poucos sabem é que o Jerez é excelente para a coquetelaria. Por ser um vinho fortificado e não um destilado, ele se mostrou uma alternativa bastante interessante para a composição de drinks com menor teor alcoólico”, diz Maria Flavia Garrido Gabriel.
 
Nota:
 
Com informações de Legnani | RP Comunições e Relações Públicas. 

sábado, 17 de outubro de 2015

Tudanca Roble DO Ribera del Duero 2008

Esse mês a seleção de vinhos do Pack Clube, o clube exclusivo de vinhos europeus da Wine in Pack, é composta por dois exemplares da Espanha, sendo um da Região de Ribera del Duero e outro da Região de Toro.
 
Primeiro irei falar do Tudanca Roble DO 2008, um 100% tempranillo produzido pela Vinos Tudanca na aclamada região espanhola de Ribera del Duero.
 
A Família Tudanca de las Heras, particularmente Vicenta de las Heras, fiel ao legado de seus antepassados, conseguiu transmitir ao longo dos seus 100 anos (1914-2014) o bom trabalho na vinha para seus filhos e netos e, até hoje os vinhos Tudanca são elaborados, em todo seu processo, por membros da família, desde a vinha ao desenho dos rótulos.
 
Os vinhedos centenários de tempranillo, plantado pelas tias matriarca da família, estão localizados entre La  Horra e Gumiel de Mercado, no coração de Ribera del Duero.
 
As uvas que deram origem ao Tudanca Roble DO é provenientes de vinhedos de 15 anos de idade, denominados de La Nava. O vinho passou por amadurecimento em barricas de carvalho (75% francês e 25% americano) por 6 meses.
 
Na taça mostrou cor rubi límpida, brilhante e com reflexos sutis de cor âmbar / alaranjados, denotando evolução. Lágrimas abundantes, finas e rápidas.
 
No nariz apresentou um bouquet com aromas de média intensidade compostos por fruta vermelha, mas já bem sutis, seguidos de notas de figo, geleia de ameixa, folhas secas, chocolate, baunilha, balsâmico, madeira molhada e tostado.
 
Em boca um vinho com taninos presentes, macios e de boa qualidade. Acidez de média intensidade e álcool a 13,5% pedindo comida. Final de boca de boa persistência com as notas de folhas secas e balsâmicas aparecendo no retrogosto e não nos deixando esquecer a idade do vinho.
 

O Rótulo

Vinho: Tudanca
Tipo: Tinto
Castas: Tempranillo
Safra: 2008
País: Espanha
Região: Ribera del Duero
Produtor: Vinos Tudanca
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Wine in Pack
Preço médio: R$ 95,00
Temperatura de serviço: 16°



Nota:

Este vinho é importado pela Wine in Pack, primeira loja de vinhos a comercializar seus produtos exclusivamente em packs, mas este foi enviado para avaliação juntamente com o Carodorum. Ambos compõe a seleção do mês do Pack Clube.

Prós e contras das rolhas de cortiça, sintética, de vidro e screwcap

Quem não torceu o nariz quando abriu pela primeira vez uma garrafa de vinho fechada com screwcap – aquela tampa de rosca – ou quando sacou a rolha do gargalo e viu que ela era de plástico? E há boas chances de os lamentos do tipo “cadê a rolha de cortiça que estava aqui?” terem sido seguidos por uma rápida conclusão: esse vinho só pode ser ruim…
 
Afinal, dizia-se, o vinho envelhece melhor em garrafa enrolhada porque “respira”. E além disso, tem o charme do ritual, aquele negócio de olhar e cheirar a rolha e guardá-la no caso de vinhos célebres.
 
Quinze anos se passaram e a tampa de rosca não é mais tida como afronta à qualidade da bebida. E sim como uma solução eficaz e mais barata para fechar um vinho que vai ser bebido jovem – provavelmente um tinto australiano ou neozelandês, os mesmos que no começo da década de 2000 popularizaram a tampa de alumínio.
 
 
Hoje sabe-se também que o vinho respira com a rolha, mas não como se pensava: “não há contato com o oxigênio de fora da garrafa”, explica Paulo Lopes, da Pesquisa & Desenvolvimento da indústria Amorim. “O que existe é uma troca com os gases presentes nas bolsas de ar da cortiça, que tem de 80 a 90% de sua estrutura composta por ar”, diz. Prova disso é que, atualmente, a maior parte dos vinhos com rolhas de cortiça usa lacres externos. “Eles surgiram para evitar o ataque de insetos”, diz.
 
Enquanto os consumidores foram se livrando de seus preconceitos, pouco a pouco, a indústria da cortiça tratou de buscar alternativas mais baratas para a rolha. Não por acaso: um vinho barato pode chegar ao supermercado por 3 euros na Europa, uma rolha de cortiça natural custa 2 euros. Quer dizer, não faz sentido tapar essa garrafa com essa rolha, que custa mais do que o líquido que vai proteger.
 
Com a ideia de oferecer uma alternativa mais barata à rolha de cortiça, a indústria resgatou a rolha de granulado, que chega a custar até 10 vezes menos do que uma rolha de primeira linha, feita com uma peça única de cortiça. Foi criada também, inspirada nas rolhas de espumante, uma rolha mescla, chamada de 1+1, que tem o corpo feito de granulado grosso de cortiça (entre 3 e 7 mm) e, em cada extremidade, um disco de rolha natural – assim, o vinho fica em contato com a cortiça de qualidade superior.
 
As recentes invenções da indústria corticeira incluem também uma tampa de cortiça com ranhuras – que fecha garrafas especiais, também com ranhuras – e que segue a mesma lógica do screwcap, dispensa saca-rolhas e pode voltar a fechar a garrafa do vinho que não foi bebido inteiro.
 
Assim, a rolha de cortiça se multiplicou em uma série de modelos, cada uma mirando um uso específico e tentando recuperar os espaços ocupados por outras tampas de garrafa de vinho tranquilo ou espumante.
 
Além disso, a indústria investiu pesado também em tecnologia para minimizar um problema grave: a contaminação dos vinhos por TCA, transmitido pelo contato da rolha com a bebida. A fama da rolha de estragadora de vinhos nunca foi indevida, houve um tempo em que atribuía-se a ela quase 30% da deterioração dos vinhos engarrafados. Hoje é difícil conseguir o número exato, mas estima-se que a contaminação atinja cerca de 5% dos vinhos. Entre outros esforços, fez diferença o desenvolvimento de uma máquina que detecta o temido bouchonné nas rolhas assim que saem da fábrica, para evitar que venham a estragar o vinho.
 
ROLHAS
 
70% das garrafas de vinho do mundo são fechadas com rolhas de cortiça; 8% com rolhas de plástico; 10% fica por conta do vidro (somado a bag-in-box e outros métodos) e 12%  com screwcaps.
 
Natural
 
 
É feita com a folha de cortiça integra, extraída da casca do sobreiro, que leva nove anos para crescer.
 
Vantagens: A elasticidade é a maior vantagem. Ela também permite que o vinho evolua com a troca de oxigênio guardado em suas células.
 
Desvantagens: cara, produzida em quantidade limitada e suscetível a contaminação (bouchonné).
 
Granulado
 
 
É a resposta da indústria de cortiça à rolha de plástico. É um “aglomerado”, não um lâmina inteira.
 
Vantagens: preço baixo; elasticidade maior que a das rolhas de plástico.
 
Desvantagens: serve apenas para vinhos de pouca guarda, jovens e para beber logo. Se o granulado for fino demais (menor que 2 mm), perde a elasticidade.
 
Granulado com discos de cortiça
 
 
O modelo clássico é a rolha de espumante, que tem discos de cortiça, mais rígida, para travar no gargalo. A estrutura foi replicada para uma alternativa mais barata.
 
Vantagens: os discos de cortiça têm os benefícios da rolha natural com preço menor.
 
Desvantagens: possibilidade de contaminação (bouchonné).
 
Tampa de cortiça com ranhura
 
 
Dispensa o uso de saca-rolhas.
 
Vantagens: as ranhuras na cortiça e na garrafa permitem abrir com a mão e fechar a garrafa novamente se o vinho não for consumido todo.
 
Desvantagens: possibilidade de contaminação (bouchonné); só funciona em garrafa especial, o que pode sair caro.
 
Sintética (plástico)
 
 
Alternativa mais barata à cortiça.
 
Vantagens: barata, boa para vinhos de pouca guarda; menos propensão a contaminação (bouchonée).
 
Desvantagens: falta de elasticidade que pode atrapalhar a vedação quando o vidro dilata com a temperatura, impedindo a evolução do vinho ou deixando entrar oxigênio demais.
 
Vidro
 
 
Também criada como alternativa à cortiça.
 
Vantagens: não transfere aromas indesejáveis para o vinho e garante a vedação total; é fácil de abrir e de fechar novamente a garrafa, quando sobra vinho.
 
Desvantagens: é cara; a vedação é feita por um revestimento de silicone ou plástico, o que traz as desvantagens das rolhas sintéticas.
 
Screwcap (tampa de alumínio com rosca)
 
 
Principal concorrente da cortiça, foi popularizada pelos vinhos australianos e neozelandeses no começo dos anos 2000.
 
Vantagens: vedação total da garrafa, o que preserva as características do vinho exatamente como foi engarrafado; menor propensão a contaminações; preço médio.
 
Desvantagens: impede a evolução do vinho, que não respira.
 
Por: Miriam Castro
Fotos: Daniel Teixeira/Estadão
Fonte: Estadão

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Como o mundo bebe vinho

Seja francês, italiano ou até australiano, independente da origem, apreciar um bom vinho pode ser sempre um excelente programa para fazer acompanhado ou sozinho.
 
Uma pesquisa realizada pela rede de hotéis Sofitel em parceria com o IFOP traçou o perfil dos apaixonados por vinho em diferentes países, inclusive do Brasil.
 
O levantamento descobriu, por exemplo, que os melhores rótulos vêm da França, segundo a opinião de mais da metade dos entrevistados. 
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Outro dado interessante aponta que 64% escolhem o rótulo de acordo com a comida. Já 33% disseram que toda hora é hora para beber uma taça de vinho.
 
Veja no infográfico 6 dados que mostram o perfil dos enófilos pelo mundo.
 
 
 
Fonte: Exame.com
 

Sabe o que acontece se beber vinho tinto todas as noites?

 
Um novo estudo publicado no Annals of Internal Medicine revela que o vinho tinto é, de facto, um dos grandes ‘amigos’ da boa saúde.
 
Embora possa ser um desencadeador nato de problemas de fígado e alguns tipos de cancro, o consumo moderado deste ‘elixir’ pode ser um forte aliado contra as doenças cardiovasculares e Diabetes tipo 2.
 
E quando fala em consumo moderado, a investigação da Universidade Ben-Gurion (Israel) refere-se a nada mais, nada menos do que um copo de vinho tinto todas as noites, seja a acompanhar o jantar ou momentos depois.
 
Para o estudo, conta a revista Time, os investigadores contaram com a ajuda de 224 pessoas com diabetes tipo 2 e que não consumiam bebidas alcoólicas. Os inquiridos foram submetidos, durante dois anos, a uma dieta mediterrânea sem restrições calóricas e divididos em três grupos: no primeiro, era a água a bebida que acompanhava o jantar, no segundo era o vinho branco seco e no terceiro o vinho tinto seco.
 
E dos três grupos, foram os inquiridos que ingeriram vinho tinto os que apresentavam melhores níveis de colesterol bom (HDL) – e, por isso, níveis mais reduzidos de colesterol mau – e uma redução significativa dos componentes da síndrome metabólica, uma vez que também passaram a dormir melhor.
 
Foi ainda com o consumo de vinho tinto que os níveis de açúcar no sangue pós-refeição caíram em 30%, situação que não se verificou nos participantes que beberam água ou vinho branco. Esta percentagem mostra-se importante no controle da Diabetes.
 
Para o mentor do estudo, James O'Keefe, o grande senão desta investigação é a incapacidade de controlar a quantidade de vinho que cada pessoa bebe, uma vez que se um copo ao jantar é altamente benéfico, mais do que isso pode dar azo às mais variadas doenças.

Top 100 Best Buy Wine Enthusiast

Todo mundo quer bons vinhos a preços honestos e para te ajudar, anualmente, a Wine Enthusiast divulga uma lista com 100 vinhos: a Top 100 Best Buy.
 
A designação Best Buy identifica esses tesouros com uma elevada relação qualidade x preço. Este ano foram analisados cerca de 19.500, dos quais menos de sete por cento (cerca de 1.200) alcançaram esta distinção, o que lhe dá uma idéia de quão especial esses achados são.
 
Confira a lista abaixo e vá a busca. Os rótulos destacados já passaram pela taça do Vinhos de Minha Vida.

1. Sella & Mosca 2010 Terre Rare Riserva Carignano (Carignano del Sulcis)
2. McManis 2013 Cabernet Sauvignon (California)
3. Aveleda 2014 Quinta da Aveleda Estate Bottled White (Vinho Verde)
4. Château d’Aydie 2013 Laplace Tannat (Madiran)
5. Finca Flichman 2013 Misterio Reserva Malbec (Mendoza)
6. Bogle 2013 Chardonnay (California)
7. Pedra Cancela 2010 Seleção do Enólogo Red (Dão)
8. Sokol Blosser NV Evolution White (America)
9. Mas des Bressades 2013 Cuvée Tradition Syrah-Grenache (Costières de Nîmes)
10. Johann Falkenburg 2013 Riesling (Rheinhessen)
11. Line 39 2013 Pinot Noir (California)
12. Herdade dos Machados 2012 Morgado da Canita Red (Alentejano)
13. Goose Ridge 2012 g3 Cabernet Sauvignon (Columbia Valley (WA))
14. Blue Fish 2013 Original Riesling (Pfalz)
15. Gnarly Head 2013 Old Vine Zinfandel (Lodi)
16. Domaine Coudoulis 2013 Red (Côtes du Rhône)
17. Bulgariana 2012 Cabernet Sauvignon (Thracian Valley)
18. Dry Creek Vineyard 2014 Wilson Ranch Dry Chenin Blanc (Clarksburg)
19. Fattoria Lavacchio 2012 Cedro Red (Chianti Rufina)
20. Marrenon 2014 Classique Merlot Rosé (Mediterranée)
21. Dão Sul 2012 Quinta do Encontro Q do E Red (Bairrada)
22. Ravenswood 2013 Old Vine Zinfandel (Lodi)
23. Foris 2014 Dry Gewürztraminer (Southern Oregon)
24. Domaine des Terrisses 2012 Grande Tradition Red (Gaillac)
25. Golan Heights Winery 2012 Gilgal Cabernet Merlot (Galilee)
26. Skouras 2013 Zoe White (Peloponnese)
27. Adega Cooperativa do Cartaxo 2014 Bridão Classico Branco Fernão Pires (Tejo)
28. Chateau Ste. Michelle 2013 Cabernet Sauvignon (Columbia Valley (WA))
29. Sand Point 2014 Sauvignon Blanc (Lodi)
30. Casa Santos Lima 2012 Reserva do Monte Red (Lisboa)
31. Château Peynaud-Bagnac 2012 Red (Bordeaux)
32. Zantho 2013 Zweigelt (Burgenland)
33. Red Newt Cellars 2013 Circle Riesling (Finger Lakes)
34. Benvenuto de la Serna 2014 Mil Piedras Malbec (Vista Flores)
35. Contini 2014 Pariglia Vermentino (Vermentino di Sardegna)
36. Encanto 2011 Roble Mencía (Bierzo)
37. Kirkland Signature 2013 Signature Series Chardonnay (Russian River Valley)
38. Château du Bois Chantant 2012 Cuvée Laurence H. Red (Bordeaux Supérieur)
39. Unger 2014 Zieselrain Grüner Veltliner (Kremstal)
40. Herdade de São Miguel 2013 Alicante Bouschet (Alentejano)
41. Santa Carolina 2013 Reserva Carmenère (Cachapoal Valley)
42. MAN Family Wines 2014 Free-run Steen Chenin Blanc (Coastal Region)
43. Toscolo 2013 Red (Chianti Classico)
44. The Show 2013 Cabernet Sauvignon (California)
45. Carmel 2013 Selected Cabernet Sauvignon (Shomron)
46. Bonnet-Huteau 2013 Les Dabinières Sur Lie Melon (Muscadet Sèvre et Maine)
47. Borsao 2013 Garnacha (Campo de Borja)
48. Oxford Landing 2014 Shiraz (South Australia)
49. Lujon 2013 Chardonnay (Willamette Valley)
50. Nadler 2013 Rote Rieden Zweigelt (Carnuntum)
51. Hogue 2014 Gewürztraminer (Columbia Valley (WA))
52. Bocopa 2014 Conde de Alicante Red (Alicante)
53. Hazlitt 1852 Vineyards 2013 Riesling (Finger Lakes)
54. Cramele Recas 2013 Dreambird Pinot Grigio (Viile Timisului)
55. Red Knot 2014 Signature Shiraz (McLaren Vale)
56. Château de Marsan 2014 White (Bordeaux Blanc)
57. Korbel NV Brut Rosé Sparkling (California)
58. Bodegas Dios Baco S.L. NV Riá Pitá Sherry (Manzanilla-Sanlúcar de Barrameda)
59. Fleur Du Cap 2012 Bergkelder Selection Pinotage (Stellenbosch)
60. Deer Creek 2014 Pinot Gris (Rogue Valley)
61. Castello di Gabbiano 2012 Red (Chianti Classico)
62. Tilia 2014 Bonarda (Mendoza)
63. Pacific Rim 2014 Sweet Riesling (Columbia Valley (WA))
64. Maitea 2012 Tempranillo (Ribera del Duero)
65. Château la Verrière 2014 White (Bordeaux Blanc)
66. Carnivor 2013 Cabernet Sauvignon (California)
67. Vigne Surrau 2014 Branu Vermentino (Vermentino di Gallura)
68. Trapiche 2012 Broquel Cabernet Sauvignon (Mendoza)
69. Val do Sosego 2014 Albariño (Rías Baixas)
70. Pala 2014 Silenzi Red (Isola dei Nuraghi)
71. J. Heinrich 2013 Blaufränkisch (Burgenland)
72. Mercer 2014 Pinot Gris (Yakima Valley)
73. Inama 2013 Vin Soave Garganega (Soave Classico)
74. DFJ Vinhos 2014 Aluado Alicante Bouschet (Lisboa)
75. Domaine de la Gaverie 2014 Demi-Sec Chenin Blanc (Vouvray)
76. Fetzer 2012 Eagle Peak Merlot (California)
77. Rafael Cambra 2012 Soplo Garnacha Tintorera (Valencia)
78. Lamoreaux Landing 2013 Unoaked Chardonnay (Finger Lakes)
79. La Posta 2014 Armando Bonarda (Mendoza)
80. Rotari NV Brut Chardonnay (Trento)
81. Quinta de la Rosa 2013 douROSA Red (Douro)
82. Zacharias 2013 Ambelos Phos Roditis-Moschofilero White (Peloponnese)
83. Vicente Gandia 2011 El Miracle by Mariscal Old Vine Garnacha Tintorera (Valencia)
84. P.J. Valckenberg 2013 Undone Pinot Noir (Rheinhessen)
85. Kendall-Jackson 2014 Vintner's Reserve Pinot Gris (California)
86. Vignoble de la Jarnoterie 2013 Quintessence Cabernet Franc (Saint-Nicolas-de-Bourgueil)
87. Willamette Valley Vineyards 2014 Riesling (Willamette Valley)
88. Quara 2014 Estate Bottled Torrontés (Cafayate)
89. Santa Alicia 2013 Reserva Espiritu de Los Andes Estate Bottled Carmenère (Maipo Valley)
90. For a Song 2013 Caliche Lake Vineyard Riesling (Ancient Lakes)
91. Brancott 2013 Pinot Noir (Marlborough)
92. De Bortoli NV Emeri Pink Moscato Sparkling (South Eastern Australia)
93. Burgáns 2014 Albariño (Rías Baixas)
94. Cavicchioli NV Robanera Lambrusco Grasparossa (Lambrusco Grasparossa di Castelvetro)
95. Acrobat 2014 Pinot Gris (Oregon)
96. Royal de Jarras 2014 Pink Flamingo Tête de Cuvée Gris Rosé (Sable de Camargue)
97. Indomita 2014 Gran Reserva Sauvignon Blanc (Casablanca Valley)
98. Cameron Hughes 2012 Lot 408 Syrah (Santa Ynez Valley)
99. Tussock Jumper 2014 Sauvignon Blanc (Marlborough)
100. Milbrandt 2014 Traditions Pinot Gris (Columbia Valley (WA))

Caso queira ler algumas linhas sobre cada vinho clique aqui.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Lei que censura anúncios de bebidas alcoólicas na França está em discussão

Na França, lobistas dos produtores de vinhos tentam fazer com que o governo reveja a lei Evin – responsável pela censura de anúncios de bebidas alcoólicas no país. A justificativa dos produtores é que há uma maior ascensão do enoturismo das regiões vinícolas com anúncios e propagadas dos vinhos. Apesar disso, parlamentares franceses votaram contra qualquer modificação de lei.
 
O projeto pode ser reapresentado e os produtores afirmam que vão recorrer ao presidente François Hollande em busca de uma nova decisão.
 
Fonte: Revista Adega

Brasileiro muda jeito de consumir vinho

 
O repasse da alta do dólar ainda não chegou ao preço dos vinhos importados, mas tem deixado os consumidores brasileiros em alerta. Com a moeda cotada acima de R$ 4, nas últimas semanas, a escolha por rótulos estrangeiros mais baratos já começou. A notícia é boa para o mercado interno, que ganha mais possibilidades de competitividade no novo cenário.
 
O diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, afirmou que o impacto mais forte nos preços dos importados deve ocorrer perto do fim do ano e no início de 2016, em função dos estoques dos importadores e grandes redes de supermercados, que giram em torno de seis meses. Mesmo assim, o executivo acredita que a importação deve estagnar este ano, após ter crescido 13% em 2014, para 76,9 milhões de litros.
 
Para os vinhos finos nacionais, a estimativa é de uma expansão de 7% a 8% nas vendas, ante os 19,3 milhões de litros do ano passado, o que significaria uma boa recuperação depois da queda de 4% frente a 2013. Se confirmada, a alta ainda puxará um crescimento de 1,3% a 1,6% no mercado total e elevará a fatia dos rótulos brasileiros de 20% para até 21,3%.

sábado, 10 de outubro de 2015

Napoleão e suas mordomías de político brasileiro

Documentos revelados recentemente mostram que, durante sua prisão na ilha de Santa Helena, Napoleão Bonaparte e seus aliados recebiam garrafas de “clarete” e uma de Champagne por dia na prisão.
 
Enviado para exílio na ilha após a batalha de Waterloo, em 1815, Napoleão e seus staffs viviam “bem” no exílio, recebendo ao todo cerca de 50 garrafas de vinho diariamente, além de destilados. Em documento, vê-se ainda que Napoleão teria pedido para trocar duas garrafas de clarete por Borgonhas.
 
Fonte: Revista Adega

Eolo Gran Reserva: carnudo, equilibrado e longevo

Assim que comprei Eolo Gran Reserva muitas pessoas me falaram: vinhaço e, diante das boas avaliações e indicações de que havia acertado na compra, eu me encontrei em um dilema, abrir ou deixá-lo amaciar por um tempo, resolvi guardar na adega e tive que controlar a ansiedade em verter o líquido da garrafa em minha taça.
 
Depois de um ano na adega não consegui mais esperar e abri o vinho para acompanhar uma fraldinha recheada com queijo provolone, a combinação entre um dos cortes bovinos de minha preferência associado ao sabor defumado e bem característico do queijo, confira a receita aqui.
 
O vinho é produzido pela Viñedo de Los Vientos que tem sua história iniciada em 1920, quando Angelo Fallabrino chegou em Montevidéu, com a sua família, fugindo da primeira guerra mundial. Nativo de Alexandria, conhecia a arte de produzir vinhos e criou, em 1947, em Atlántida,  a maior vinícola no Uruguai. Seu filho Alexander, seguindo seus passos,  se destacou como um dos inovadores na produção de vinhos no Uruguai  nas décadas de 70 e 80. Com a morte de Alexander em 1991 e de Angelo em 1993,  Pablo, um dos três filhos de Alexander, assumiu o comando da empresa em 1995, produzindo a primeira safra em 1998.
 
A vinícola hoje está sob o comando de Pablo Fallabrino e Mariana Cerutti. A empresa possui 37 hectares de vinhedos, onde são cultivadas Tannat, Cabernet Sauvignon, Trebbiano, Chardonnay e Nebbiolo. 
 
Viñedos de los  Vientos está localizado a poucos quilômetros do encontro entre o Rio de la Plata (o maior estuário do mundo) e do Oceano Atlântico, e por isso tem o influxo de correntes de vento oceânicas, proporcionando uma brisa fresca e um clima ideal para o amadurecimento das uvas.
 
E sem mais delongas vamos as impressões sobre o vinho.
 
Na taça apresentou, apesar dos 6 anos de vida, uma cor rubi intensa e profunda com reflexos violáceos e halo vermelho sem sinais de evolução. Foi ainda possível observar uma formação intensa de lágrimas finas púrpura, que escorreram tingindo as paredes da taça.
 
No nariz mostrou aromas intensos, com notas de fruta vermelha e negra madura aparecendo em primeiro plano e sendo seguidas de aromas de menta, alcaçuz, especiarias, chocolate amargo, balsâmico, cedro e toques de tostado bem integrada ao conjunto, mostrando a excelente habilidade do enólogo no trabalho com a madeira, uma vez que o vinho tem passagem por 36 meses em barricas de carvalho.
 
Em boca o vinho mostrou-se encorpado, carnudo e com excelente equilíbrio. Taninos potentes, porém redondos e já amaciando devido os 6 anos de vida, boa acidez e álcool a 14% sem incomodar. Repetição das notas olfativas e final de boca seco, de boa persistência e com notas de fruta madura, chocolate, balsâmico e tostado aparecendo em um delicioso retrogosto.
 
Um belo vinho e que já estava no ponto, mas não tenho dúvida que se beneficiaria de mais alguns anos de guarda. Queria ter mais duas garrafas para acompanhar a evolução.
 

O Rótulo

 Vinho: Eolo Gran Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Tannat 85% e Ruby Cabernet 15%
Safra: 2009
País: Uruguai
Região: Atlántida
Produtor: Viñedo de Los Vientos
Graduação: 14%
Enólogo: Pablo Fallabrino
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 78,00
Temperatura de serviço: 16°
Pontuações: 92 pts Descorchados

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Itália passa a ser o maior produtor de vinhos

A Itália ultrapassou a França como maior produtor mundial de vinho. A colheita de 2015 foi favorável na península itálica. O bom tempo permitiu aos viticultores efetuarem uma vindima abundante e estima-se que a produção de vinho suba 13 por cento, relativamente ao ano passado.
 
De acordo com os dados enviados pelos países da União Europeia à Comissão, a Itália deverá produzir 48,8 milhões de hectolitros de vinho. A França surge na segunda posição com 46,4 milhões, o que representa uma redução de um por cento face à produção do ano passado. Na Espanha espera-se que cheguem ao mercado cerca de 36,6 milhões de hectolitros.
 
Estes três países são os maiores produtores do mundo. Portugal surge na quinta posição, entre os estados-membros da UE, com uma produção estimada de 6,7 milhões de hectolitros de vinho.
 
A União Europeia mantém a liderança mundial do setor com uma produção que representa 60 por cento do volume mundial.

Pinot Noir da Campanha Gaúcha com boa tipicidade e abaixo dos 30 pilas #winebar

Dentre as inúmeras coisas que os enófilos procuram a que com certeza é comum a todos: um bom vinho com um preço justo. Graças ao Winebar e a Salton tive a oportunidade de conhecer mais um vinho com essas características no último dia 29 na degustação online do Winebar.
 
Na ocasião foram apresentados, pelo enólogo Gregório Bircke Salton, três lançamentos da Vinícola Salton: Salton Évidence Brut, já comentado aqui; Paradoxo Pinot Noir; e o Salton Gerações "Nini" Salton.
 
O Salton Paradoxo é produzido com uvas provenientes da Campanha Gaúcha, um terroir do Brasil que mais tem se destacado nos últimos anos.
 
As uvas passam por maceração fria em cubas de aço inox por 5 dias e em seguida são prensadas e passam para barricas de carvalho francês, onde ocorre a fermentação do liquido e é realizada clarificação espontânea e envelhecimento por 12 meses. Após este tempo o vinho é engarrafado.
 
Na taça o vinho apresentou cor rubi de média intensidade com reflexos violáceos, halo vermelho claro e lágrimas finas e rápidas.
 
No nariz mostrou aromas de boa intensidade com presença da fruta vermelha fresca, especiarias, notas terrosas e de tostado bem integradas ao conjunto.
 
Em boca apresentou corpo leve-médio, com taninos suaves e acidez de boa intensidade e conferiram frescor ao vinho. Repetiu as notas olfativas. Final de boca de média intensidade com a fruta e notas provenientes da passagem por barricas aparecendo no retrogosto.
 
Um vinho super bem feito, equilibrado e honesto. O preço R$ 26,50, mais um belo atrativo do líquido.
 
Harmonizou super bem com mini canelones de linguiça defumada e queijos de massa mole.

 
O Rótulo

Vinho: Salton Paradoxo
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2014
País: Brasil
Região: Campanha
Produtor: Salton
Graduação: 13,5%
Enólogo: Lucindo Copat
Onde comprar: Salton
Preço médio: R$ 26,50
Temperatura de serviço: 16°

 
 
Nota:

1. O vinho foi enviado pela Vinícola Salton em ocasião do WINEBAR com os lançamentos da Vinícola Salton em 2015.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Tamanho do gole influencia no sabor do vinho

Segundo pesquisas da Universidade de Nápoles, na Itália, o tamanho do gole influencia no sabor do vinho. De acordo com os estudos, pequenos goles favorecem o aparecimento de sabores delicados em vinhos das castas Chardonnay e Sauvignon Blanc, enquanto que goles maiores ajudam a realçar os tons petrolados da uva Riesling; além de favorecer sabores de cereja, mirtilos e mel.
 
“A liberação de marcadores voláteis, envolvidos no caráter frutado e oxidativo do vinho, foi afetada pelo volume do gole depois da interação entre vinho e saliva”, relatou um dos pesquisadores do estudo, que sugere ser esse um dos motivos pelo qual sabores dos vinhos nem sempre correspondem aos aromas detectados no nariz.
 
Fonte: Revista Adega

Cientistas ajudam Campanha Gaúcha a obter selo de procedência para vinhos

A ciência está trabalhando para que os vinhos finos produzidos na Campanha Gaúcha, região que abrange parte do oeste e sul do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai e a Argentina, tenham a Indicação de Procedência, um selo de qualidade concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). O selo vai permitir ao consumidor, por exemplo, identificar o produto e sua origem com confiabilidade. Para isso, os pesquisadores estão desenvolvendo ações como delimitação da área geográfica de produção; zoneamento de clima; testes e escolha das cultivares de uva com maior potencial à produção de vinho; definição de estratégias de controle de doenças e pragas.
 
A Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS), a 109 quilômetros de Porto Alegre, está à frente de todo o trabalho do Projeto IG Vinhos da Campanha, com pesquisas aplicadas, para estruturar e implantar essa Indicação de Procedência na região, que é o segundo maior polo produtor de vinhos finos do Brasil, respondendo por 31% da produção. A Serra Gaúcha está em primeiro lugar, com 59% da produção.
 
O trabalho técnico embasará o amparo legal, protegendo e garantindo a exclusividade de uso da marca nos vinhos, de acordo com as normas do INPI, que prevê, entre outros itens, o nome geográfico conhecido como centro de extração, produção ou fabricação do produto ou de prestação de serviço. A Indicação de Procedência (IP) é uma das modalidades do registro de Indicação Geográfica (IG) concedido pelo INPI. Segundo o pesquisador da Embrapa Samar Velho da Silveira, que coordena as ações, o projeto vai gerar também as bases para o desenvolvimento de denominações de origem de vinhos finos e espumantes em áreas específicas da região, além de sustentabilidade ambiental e econômica.
 
As ações reúnem 41 pesquisadores e mais 30 colaboradores de dez instituições parceiras, como as universidades Federal do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha. Todo o trabalho é organizado em grupos temáticos: Indicação Geográfica, Viticultura e Fitotecnia, Enologia, Solos e Instalação, Zoneamento de Potencial e Riscos Climáticos e Sistemas de Informações Geográficas.
 
São esperados resultados e inovações que podem aumentar a competitividade do setor, fortalecer e consolidar o nome da Campanha Gaúcha, além de promover o desenvolvimento do enoturismo. Os pesquisadores trabalham, por exemplo, para o aperfeiçoamento dos métodos de preparo, manejo e conservação do solo; estruturação de sistemas de informações geográficas e elaboração de mapas digitais da região vitícola, bem como a construção de uma rede de monitoramento meteorológico.
 
O diferencial da região
 
Até agora, já foram desenvolvidas atividades nos municípios de Santana do Livramento, Itaqui, Maçambará, Dom Pedrito, Bagé e Candiota. Os pesquisadores enfrentam também desafios na condução dos trabalhos. O primeiro deles, de acordo com o coordenador do projeto, é a falta de costume da população rural da região com o cultivo da videira.
 
Silveira lembra que, historicamente, a Campanha Gaúcha tem um perfil mais agropecuário do que agrícola. Outro desafio apontado é a "falta de investimentos significativos à ampliação do plantio de novas áreas, instalação de mais vinícolas e capacitação técnica da população local".
 
Mas a região revela um diferencial que está atraindo a produção de uvas viníferas. Ela possui maior insolação, portanto, maior fotossíntese nas plantas e com isso mais produção de açúcares nos frutos; clima com menos chuva nos meses que antecedem a colheita, o que evita doenças nas plantas geradas por fungos e bactérias; o solo é mais arenoso, o que ajuda na drenagem da água e evita doenças nas raízes, bem como a topografia, que é levemente ondulada, facilitando a mecanização.
 
Além de todos esses fatores positivos, o valor da terra é baixo para os padrões do Sul do País. Hoje, um hectare na Campanha custa R$ 15 mil, enquanto  na Serra Gaúcha, que além da vinicultura é grande polo moveleiro, não sai por menos de R$ 60 mil.
 
Estímulo aos investimentos
 
Os produtores acreditam que o reconhecimento da região, por meio da Indicação de Procedência, será um impulso para o desenvolvimento econômico dos onze municípios da Campanha Gaúcha. Os impactos esperados podem mudar a geografia da produção com a obtenção de estímulos a novos investimentos e a inovações tecnológicas, preservando características e tipicidade dos vinhos, estabelecendo, assim, um patrimônio da região.
 
Segundo o presidente da Associação de Produtores de Vinhos Finos, Giovanni Peres, a Indicação de Procedência será valiosa para consumidores e vinicultores. "É uma conquista, pois vai fortalecer a imagem dos vinhos da Campanha. Queremos que o consumidor, ao comprar uma garrafa com o selo, tenha a certeza de estar adquirindo um vinho de qualidade superior".
 
O engenheiro-agrônomo Fabrício Domingues, da vinícola Almadén, a maior da região, concorda com Peres sobre a importância do selo de qualidade: "Penso que a Indicação de Procedência da Campanha será um diferencial para competir com as bebidas importadas. Temos que buscar o reconhecimento de qualidade dos produtos nacionais diante dos importados, chilenos e argentinos principalmente, e essa indicação servirá para que  nossos produtos sejam reconhecidos tecnicamente como tão bons quanto os vindos de fora".
 
Vinhos finos da fronteira
 
Encravada no bioma Pampa, a região da Campanha Gaúcha inclui onze municípios em uma área de 41.614 km2, superior à da Suíça, que é de 41.285 km2. A população é estimada hoje em 570 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os municípios de Candiota, Bagé, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Rosário do Sul, Quaraí, Uruguaiana e Itaqui são referências da região na produção de uva e vinhos finos.
 
Reunidas, as dez vinícolas da Campanha têm hoje no mercado quase 300 rótulos. Em 2014, segundo Giovanni Peres, foram produzidos 12 milhões de litros. Para este ano, a expectativa da associação é que a produção chegue a 20 milhões de litros. A região  hoje conta com cerca de 180 empresários envolvidos na produção de uvas e vinho. Eles trabalham com variedades viníferas, de origem europeia, como a Cabernet Sauvignon, a de maior prestígio no mundo, Merlot, Tannat, Pinot Noir, Viognier, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
 
Mais conhecida no mercado, a Serra Gaúcha já possui cinco regiões produtoras de vinhos finos com Indicação Geográfica e de Procedência concedidas pelo INPI: Vale dos Vinhedos, Altos Montes, Pinto Bandeira, Monte Belo e Farroupilha. Esses selos foram obtidos com auxílio da pesquisa a Embrapa Uva e Vinho, em parceria com associações de produtores e as universidades Federal do Rio Grande do Sul e de Caxias do Sul, que participou de todo o trabalho de pesquisa, desenvolvimento e inovação para que essas regiões conquistassem o reconhecimento.
 
Fonte: Embrapa