segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O vinho mais "saudável" que você pode beber

Você alguma vez já pensou em vinho como remédio? Cada vez mais, médicos começam a indicar uma dose diária em prol da saúde, mas como saber o que um vinho tem de bom e quais são as melhores opções entre tantos?
 
É verdade, já falamos publicamos inúmeros artigos aqui no blo sobre os benefícios do vinho para a saúde e como os tintos são bons para o coração e podem até evitar a ressaca. Agora, vamos te ajudar a escolher os vinhos mais saudáveis que você pode encontrar!
 
 
1º Passo: Resveratrol
 
Resveratrol é a palavra mais importante quando o assunto é vinho e saúde, tanto que você já deve ter ouvido falar nele. Trata-se de uma substância encontrada na uva que traz uma grande gama de benefícios para a saúde. Sabe quais?
 
- É antioxidante, ou seja, protege as células do corpo contra substâncias tóxicas, infecções e várias doenças que podem atacar o organismo;
 
- Experimentos da Universidade de Alberta, no Canadá, comprovaram que o resveratrol diminui os níveis de colesterol ruim (LDL), evitando entupimento dos vasos sanguíneos e reduzindo os riscos de diabetes e ataques cardíacos;
 
- Além disso, ele aumenta os níveis de colesterol bom (HDL), fortalecendo os vasos e o próprio coração (principalmente quando combinado com exercícios físicos).
 
Ufa! E esses são só os benefícios comprovados cientificamente, iniciados em um estudo da Harvard em 2006. Há ainda pesquisas em desenvolvimento que tentam provar que os vinhos podem ajudar contra a dor de cabeça, infecções por bactérias, desgaste dos ossos, varizes, falha da visão, estresse, infertilidade e saúde sexual.
 
Ah, não se esqueça que o resveratrol fica nos taninos, ou seja, quanto mais tanino um vinho tiver, mais saudável ele será (até por isso, é melhor optar pelos tintos).
 
Vinhos indicados - mais tânicos: Tannat (principalmente os uruguaios), Tempranillo, Priorato, Cabernet Sauvignon, Nebbiolo (a uva do Barolo e do Barbaresco), Bordeaux, Merlot brasileiro.
 
Vinhos não indicados - pouco tânicos: Pinot Noir, Gamay (a uva de Beaujolais), Cabernet Franc, vinhos brancos em geral.
 
2º Passo: Açúcar ou álcool? Nenhum dos dois
 
O álcool, como todos sabemos, é prejudicial à saúde. Há controvérsias, pessoas e cientistas que tentam defender os benefícios do álcool, mas uma verdade é clara: o álcool tem seus males. Então, já sabe, vinhos com alta graduação alcoólica não são uma alternativa se você é do time dos saudáveis.
 
Todavia, quem se transforma em álcool é o nosso querido (ou talvez nem tanto) açúcar. Acontece que o que não se transforma em álcool vira açúcar residual, trazendo um grande problema aos diabéticos ou àqueles que simplesmente não são muito adeptos da substância. Além disso, açúcar engorda, né?
 
Portanto, se busca um vinho "saudável", fuja dos docinhos, prefira os mais secos. E quanto mais seco, melhor!
 
Vinhos indicados - menos álcool e menos açúcar residual: Tannat (principalmente os uruguaios), Tempranillo, tintos de Rioja, Aglianicos mais leves, vinhos brancos em geral e espumantes "brut" ou "nature".
 
Vinhos não indicados - mais álcool ou mais açúcar: vinhos de sobremesa, vinhos fortificados, espumantes em geral, tintos de regiões quentes (como Toro e Priorato), Merlot, Malbec, Cabernet Sauvignon, Carménère, Zinfandel e White Zinfandel.
 
3º Passo: Vinhos com pouca ou nenhuma intervenção
 
Pode ser que nunca tenha ouvido falar neles, ao menos com este nome. São os naturais, orgânicos e biodinâmicos que estão tão na moda ultimamente - vinhos com pouca ou nenhuma intervenção. Antes que se pergunte "o que raios é intervenção e por que são os mais saudáveis?", explicamos: pelo simples fato de evitarem tratamentos (ou intervenções) à base de produtos químicos, conhecidos por serem prejudiciais à saúde, e isso tanto na vinha como na vinícola.
 
É basicamente a mesma coisa que acontece com as frutas, legumes, verduras, carnes e qualquer alimento orgânico ou sem agrotóxicos. A bebida, ou melhor, o vinho também é um alimento. "Se você tem uma uva saudável e um vinho saudável, isso significa que você está ingerindo menos coisa maléfica, como, por exemplo, agrotóxicos, pesticidas, conservantes", esclarece a sommelière e nutricionista Lis Cereja.
 
Portanto, não importa se natural, orgânico ou biodinâmico, as três escolas buscam melhores relações com o meio ambiente, com a saúde do produtor e do consumidor. Quanto menos intervenções químicas na uva e no vinho, menos produtos químicos ingerimos. Capiche?
 
Vinhos indicados - vinhos com pouca intervenção: biodinâmicos, orgânicos e naturais (entenda as diferenças!).
 
Vinhos não indicados - vinhos que passam por muitos processos químicos e artificiais: clarificação, uso de pesticidas, agrotóxicos e herbicidas, fermentação com leveduras comerciais, correções de acidez, taninos e corpo por meio de aromatizantes, corantes e outros produtos, entre outros.
 
Seleção final dos vinhos mais saudáveis
 
Pois bem, agora é só fazer as contas e escolher o seu rótulo preferido que mais atender às regras:
 
1 - Vinho tinto
2 - Vinho seco e com pouco açúcar residual
3 - Vinhos com baixa graduação alcoólica (menos de 13%)
4 - Uvas Tannat ou Tempranillo
5 - Vinhos de Bordeaux, Rioja, Uruguai ou Brasil
6 - Vinhos orgânicos, biodinâmicos ou naturais
 
Fonte: Sonoma

Os melhores vinhos brasileiros em 2014

A safra brasileira de vinhos 2014 não ficará na história entre as de mais qualidade, se considerarmos a média das notas dadas pelos 120 enólogos que degustaram 290 vinhos de 58 vinícolas e selecionaram 90 como os mais representativos da safra 2014 e apresentaram 16 amostras, sábado, em Bento Gonçalves, na 22ª Nacional  de Vinhos. As notas oscilaram entre 88 e 89 pontos e nenhuma amostra chegou a 90 pontos, sem dúvida uma pontuação muito moderada em termos de qualidade. A explicação é que o excesso de chuvas e a baixa insolação, na maioria das regiões viníferas, resultaram em um quociente de maturação abaixo do normal. Uva que não amadurece bem, não resulta em vinho excepcional. Os vinhos todos, brancos e tintos, registraram baixo teor alcoólico, outro indicador de qualidade. Haverá vinho bom, sim, mas não excepcional.
 
A Avaliação
 
A Avaliação, realizada pela Associação Brasileira de Enologia, como sempre, foi uma grande e bela festa, com mais de 850 enófilos, no grande salão do Parque de Eventos, provando os 16 vinhos considerados melhores e dando sua pontuação. Na mesa, 16 enólogos e especialistas brasileiros e estrangeiros – inclusive o narrador esportivo Galvão Bueno (TV Globo) e o ator Selton Mello – provaram e deram sua opinião sobre as amostras. Galvão, também produtor, fez uma defesa apaixonada do vinho brasileiro, dizendo que seu grande problema não é qualidade, é o preconceito que existe contra ele.
 
Os melhores
 
Os 16 vinhos avaliados como os mais representativos da safra 2014 são: vinho base espumante Chardonnay Domno; vinho base espumante Chardonnay-Pinot Noir-Riesling Itálico Chandon; vinho base espumante Chardonnay-Pinot Noir Geisse; Riesling Itálico Salton. Chardonnay Fazenda Santa Rita; Chardonnay Góes & Venturini. Chardonnay Nova Aliança; Moscatto Gialo Giacomin; Cabernet Sauvignon Giacomin Hortênsia, Cabernet Franc Góes; Merlot Perini; Merlot Casa Valduga; Cabernet Sauvignon Aurora; Ancellotta Don Guerino; Ancellotta Monte Rosário-Rotava; e Tannat Valmarino. Causou surpresa a ausência de vinhos da Campanha, do Nordeste e do Paraná e chamou a atenção o grande número de pequenas e desconhecidas vinícolas entre os vencedores.
 
Fonte: Jornal do Comércio

sábado, 27 de setembro de 2014

Miolo Cuvée Tradition Brut

A Miolo foi uma das vinícolas que visitamos no Vale dos Vinhedos e de lá trouxemos o Espumante Miolo Cuvée Tradition Brut, um belo e barato espumante elaborado pelo método tradicional Champenoise com as uvas Chardonnay e Pinot Noir. Este espumante natural brut permanece 12 meses sobre borras, envelhecendo nas caves subterrâneas da vinícola.
 
O cuidado com o vinho começa desde cedo, onde as uvas, são selecionadas e o enchimento da prensa é realizado por gravidade e com os cachos inteiros, sem desengace; fermentação alcoólica à temperatura de 13 a 15°C e conservação em tanque de aço inoxidável. Segunda fermentação na garrafa por aproximadamente 40 dias, com temperatura controlada de 12°C e envelhecimento mínimo de 12 meses sobre leveduras em caves subterrâneas e climatizadas.

Visualmente apresentou coloração amarelo palha com nuances esverdeadas, coroa elegante, perlage fina, abundante e constante. No nariz aromas leves e delicados com destaque para as frutas brancas, notas mentoladas e de pão torrado. Em boca um espumante de grande acidez e frescor, repetiu as notas olfativas e mostrou final de boca de boa persistência.

Espumante equilibrado e de grande custo benefício. Harmonizou perfeitamente com lindos e deliciosos folhados de camarão preparados por Fernanda.

O Rótulo:

Vinho: Cuvée Tradition Brut
Tipo: Espumante
Castas: Pinot Noir e Chardonnay
Safra: Não safrado (tiragem 2012)
País: Brasil
Região: Vale dos Vinhedos
Produtor: Miolo
Graduação: 14%
Onde comprar: Miolo
Preço médio: R$ 35,00
Temperatura de serviço: 8º

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quer conhecer os mais novos lançamentos da Salton? Junte-se a nós no próximo WINEBAR

No próximo dia 14/10, teremos mais um WINEBAR com a Vinícola Salton. Lucindo Copat, enólogo-chefe, fará a apresentação dos lançamentos da vinícola: Salton Poética Rosé, Salton Paradoxo Gewurztraminer e Salton Intenso Marselan e Teroldego, três vinhos abaixo dos 30 pilas.
 
A Salton é uma gigante brasileira na produção de vinhos e espumantes e tem modificado toda a linha visual de seus rótulos e garrafas, dando uma nova e interessante roupagem para seus produtos.
 
 
Quer saber mais sobre estes lançamentos? Então fique ligado que em outubro tem transmissão ao vivo.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ruinas de vinícola Israelense de mais de 2000 anos é encorntrada

Escavações em Ramat Bet Shemesh
As ruínas escavadas em Ramat Bet Shemesh, cidade localizada a 30 quilômetros de Jerusalém, provavelmente faziam parte de um mosteiro, de acordo com a arqueóloga Irina Zilberbord, da Israel Antiquies Authority. O complexo é dividido em duas partes, a residencial e a industrial, e segundo os arqueólogos, remonta ao período Bizantino do Império Romano.
 
No local foram encontradas peças “anormalmente grandes” usadas na fabricação e no processamento do vinho e do azeite. Essas evidências indicaram que a produção se dava em nível industrial e que não era apenas doméstica.
 
Os diretores da escavação declararam: “Nós acreditamos que esse local fazia parte de um mosteiro do período Bizantino. É verdade que não achamos nenhuma igreja no local ou elemento que comprove algum tipo de adoração religiosa, mesmo assim, as instalações e a arquitetura do local nos remetem a outros mosteiros que conhecemos. Assim, é possível reconstruir o cenário daquele local, onde monges moravam, tiravam o seu sustento das instalações agrícolas e realizavam suas atividades religiosas”. Os arqueólogos acreditam também que o complexo mudou de dono no início do período Islâmico, no século XVII.
 
Fonte: Revista Adega

Leilão vende vinhos da Copa a preço de banana

Tem uma festa programada e precisa de bebidas para servir, sem pagar muito? A plataforma online Sold está com lotes de vinhos e espumantes remanescentes da Copa do Mundo de 2014 disponíveis para leilão, com lances iniciais consideravelmente baixos.
 
Uma caixa de 60 garrafas de Faces Branco, vinho oficial do Mundial de futebol, por exemplo, tem lance inicial de 240 reais. Levando-se em conta que o preço sugerido de venda no mercado é de 29,90 reais, a economia seria significativa, já que a mesma quantidade custaria quase 1.800 reais. Claro que, à medida que os lances forem feitos, a diferença deverá diminuir.
 
Outro item em leilão é o vinho espumante Dádivas, que, no mercado comum, custa em torno de 50 reais. Uma caixa com 60 unidades do produto tem primeiro lance de 300 reais (portanto, cada garrafa sairia, inicialmente, por 5 reais).
 
Já 60 garrafas de 1865 Single Vineyard Sauvignon Blanc, também disponíveis, têm lance inicial de 600 reais no leilão, enquanto uma unidade custa, normalmente, cerca de 80 reais.
 
Além de vinhos, ainda estão à venda refrigerantes, sucos, câmaras frigoríficas e acessórios comprados para o torneio esportivo – alguns equipamentos, inclusive, sequer foram utilizados no evento.
 
O leilão, promovido pela empresa Match (Match Hospitality), está registrado com o nome “Empresa Vende” e tem, ao todo, 161 lotes localizados em São Paulo. Os lances podem ser feitos pelo site da Sold até o dia 30 de setembro, às 12h. Para tentar arrematar os produtos, é preciso se cadastrar no site até, no máximo, dia 29 de setembro, já que a empresa pode levar até 24 horas para aprovação do cadastro.
 
Fonte: Exame

Conceito inovador consolida corrida do vinho em 2014

A última edição da CAIXA Wine Run no Vale do São Francisco, em 7 de setembro, levou atletas-turistas de sete estados para correr em Lagoa Grande (PE), dentro da vinícola locada como cenário da minissérie Amores Roubados. O sucesso no sertão pernambucano reflete a consolidação de um conceito. Em três anos de existência, o evento transformou a "corrida do vinho" em sinônimo de belas paisagens e atrações ligadas à cultura regional, como a música, dança, gastronomia, vinhos especiais e, claro, uma meia maratona disputada entre parreirais, em trajetos desafiadores.
 
Desde 2012, três etapas foram realizadas na Serra Gaúcha e outras duas no Vale do São Francisco, entre as principais regiões vinicultoras do Brasil. "Sem dúvida, a marca registrada da CAIXA Wine Run é a escolha de meias-maratonas em destinos atraentes, com um grande apelo turístico atrelado à cultura do vinho. Nosso evento já é considerado como entretenimento esportivo de alta qualidade", comemora Freddy Carvalho, gerente de marketing da corrida.
 
Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, o número de competidores só cresceu: de 350 atletas em 2012, passou para 1200 nesta temporada. A etapa do Vale do São Francisco manteve a média de 750 corredores nas duas edições disputadas, em Casa Nova (BA), em 2013, e em Lagoa Grande (PE), no início de setembro. Atletas de 14 estados conheceram os encantos das duas regiões vinicultoras, gerando um grande impacto econômico. Apenas no Sul, o fim de semana do evento movimenta cerca de R$ 1,5 milhão.
 
A CAIXA Wine Run segue a tendência já consolidada na Europa e nos Estados Unidos, de meias-maratonas temáticas ligadas à cultura do vinho, como em Lanzarotte (Espanha), Pardubice (República Checa) e a Caminos Del Vino (Mendoza, Argentina). A escolha pela Serra Gaúcha, no Sul, e Vale do São Francisco, no Nordeste, ainda teve como inspiração o circuito Destination Races (EUA), que percorre as principais áreas produtoras de vinho do país.
 
Cultura do vinho com tempero regional - O conceito de "boutique style run", revelado nos pórticos de largada e chegada com estrutura de barricas e pupitres, além de medalhas feitas de cortiça, são marcas do evento brasileiro. Mas no Brasil, a meia-maratona disputada entre parreirais ganha o reforço das paisagens únicas da Serra Gaúcha e do oásis em pleno sertão nordestino, às margens do Velho Chico. Para desfrutar os destinos oferecidos pela CAIXA Wine Run, os competidores têm à disposição uma programação completa, incluindo palestras temáticas, visitas guiadas às vinícolas, jantar de massas e festas que dão o tempero regional à cultura do vinho.
 
 
No Sul, os garrafonistas são marca registrada da corrida, incentivando os competidores, ao longo do percurso com música típica e queijos da região. "Os ‘garrafonistas’, em trocadilho com os maratonistas, formam um grupo folclórico da região de Bento Gonçalves que atua em eventos para promover a gastronomia regional, com um toque de humor ímpar que agrada atletas e acompanhantes na CAIXA Wine Run", conta Freddy.
 
No Nordeste, a edição do ano passado em Casa Nova (BA) contou com a Festa do Cordeiro na arena de chegada. Neste ano, os atletas que completaram a disputa foram recepcionados com espetinhos de carne de bode e queijo coalho, tapiocas doces e salgadas, entro outros pratos locais. A atenção às tradições conta com o apoio do CTG de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, e entidades como SESI, SESC e Sebrae no Vale do São Francisco.
 
Elite do atletismo nacional - A oportunidade de disputar uma corrida off-road, em percursos repletos de belas paisagens, e ainda experimentar vinhos brasileiros premiados e o melhor da cultura regional, também seduziu atletas da elite brasileira do atletismo. Nomes importantes como os baianos Giomar Pereira, hexacampeão brasileiro de corrida de rua, e Edson Amaro, bicampeão da Maratona Maurício de Nassau, já disputaram duas edições da corrida do vinho. Atletas paralímpicos da Associação Pernambucana de Atletismo (APA) também marcaram presença no evento nas duas edições da prova no Vale do São Francisco e estrearam na etapa gaúcha, nesta temporada.
 
A prova em Bento Gonçalves, em abril, teve com vencedores Reginaldo José da Silva, da equipe mineira de atletismo do Cruzeiro, e Ana Gorini da Veiga, tricampeã na disputa. Em Lagoa Grande, em setembro, Giomar, também do Cruzeiro, e Simone Daiane Alves, da APA, foram os campeões.
 
Projeção para 2015 - Com o patrocínio master da CAIXA, mais o apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e de empresas importantes como a Salomon, produtora de tênis de corrida off-road que se tornou marca oficial do evento nesta temporada, a CAIXA Wine Run segue para a temporada 2015 com novas perspectivas. "Esperamos levar 1.500 competidores à Serra Gaúcha e outros 1.000 ao Vale do São Francisco", destaca Freddy.
 
A CAIXA Wine Run é uma realização da Zenith Marketing e Revista Adega com o patrocínio máster da CAIXA. Em 2014, contou com o co-patrocínio da Vinícola Santa Maria (Rio Sol) no Vale do São Francisco, além dos apoios de Casa Valduga, Miolo, Aurora, Pizzato, Perini, Rio Sol, Salomon, Powerade, Dall Onder, Orquídea, 3 Corações, Suco de Uva Brasil, Aprovale, SEMTUR, Prefeitura de Lagoa Grande, Bento Convention Bureau, Terra Sol, SESI, SESC e AD Diper.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Vinha Val dos Alhos Castelão 2011

A Castelão é mais uma das castas tintas utilizadas na produção de vinhos de corte, contudo, na Península de Setúbal são produzidos vinhos vaietais com esta uva, que no passado passado foi conhecida por Periquita, nome de um dos vinhos portuguses mais vendidos no Brasil. A mudança no nome da uva se deu em razão de uma lei que proibe o uso do nome de uma variedade com fins comerciais.
 
A casta também é chamada João de Santarém ou Castelão Francês. Embora seja cultivada por todo o país, destaca-se sobretudo nas regiões costeiras a sul e por vezes entra na constituição do Vinho do Porto.
 
Esta casta revela o seu melhor em climas quentes e terrenos arenosos, mas pode adaptar-se a uma diversidade de condições. Os vinhos da casta Castelão são concentrados, aromáticos, com taninos bem marcados que lhes dão boas condições para envelhecer, mais agressivos na juventude, mas que se tornam macios com a idade.
 
A região da Península de Setúbal produz os mais conhecidos vinhos desta casta. Nos Vinhos Regionais do Algarve a Castelão é frequentemente combinada com a casta Tinta Negra Mole originando vinhos mais macios na juventude, mas com menor potencial de envelhecimento.
 
Tive a opornunidade de provar um exemplar 100% Castelão, o Vinha Val dos Alhos, um vinho que pode muito bem ser definido como: potente, porém macio e elegante.
 
Visualmente o vinho mostrou cor rubi viva e brilhante, com halo rubi claro e lágrimas finas e lentas. No narias aromas elegantes, com presença de muita fruta, alcaçuz, chocolate, tabaco e notas defumadas. Em boca mostrou opulência com taninos elegantes, alta acidez e excelente persistência. Um vinho gastronômico para beber agora ou para guardar por mais uns anos.
 
Adicione esse tinto na sua lista, pois é mais um vinho português que vale cada cntavo que custa.
 
O Rótulo:

Vinho: Quinta do Valdoeiro D.O.C.
Tipo: Tinto
Castas: Castelão
Safra: 2011
País: Portugal
Região: Palmela, Setúbal
Produtor: Horácio dos Reis Simões
Enólogo: Luís Camacho Simões
Graduação: 14%
Onde comprar: ? (Importado pela Adega Alentejana)
Preço médio: R$ 90,00
Temperatura de serviço: 18º

Nota:

Este vinho foi degustado durante a formação Academia de Vinhos de Portugal - Nível II, ministrada pelo renomado Jornalista e Crítico de Vinhos português Rui Falcão, realizada no Hotel Atlante Plaza no dia 28 de agosto de 2014.

Mudança climática pode impulsionar produção de vinhosno Reino Unido

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas mostrou que as temperaturas no Reino Unido estão se elevando mais rápido em relação à média global. Além disso, algumas regiões produtoras de vinho da China, Rússia e de alguns países tendem também a se beneficiarem com o novo cenário.
 
Segundo Chris Foss, supervisor da escola de agricultura de Plumpton, “o aquecimento global está realmente beneficiando a produção de vinhos no Reino Unido”, disse em entrevista ao New York Times. Foss ainda afirmou que a indústria de vinhos britânica tem capacidade de se expandir em cinco vezes, ou até em dez.
 
Entretanto, o efeito das mudanças climáticas nas vinícolas pode trazer consequências sérias para outros países. Segundo estudo feito pela National Academy of Sciences, o aumento da temperatura pode ameaçar o crescimento das uvas nas maiores regiões de vinhedos do mundo. Com isso, pesquisadores antecipam uma queda de 85% na produção de vinhos da Europa, onde as regiões mais afetadas seriam Bordeaux, Champagne e a Toscana. Segundo o mesmo estudo, até 2050, essas regiões teriam suas áreas de cultivo de uvas inutilizadas em até 73% da sua totalidade.

Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ca-ber-nêt Sau-Sau-Sau-vig-nhom? Chi-an... Ti?

Ca-ber-nêt Sau-Sau-Sau-vig-nhom? Chi-an... Ti? Mon-te-pul-ci-a-no da-bru-bru... Desculpe, como se pronuncia isso mesmo?
 
Descobriu recentemente a sua paixão por vinhos, mas ainda não sabe pronunciar o nome de todas as variações da bebida corretamente? Tudo bem, a gente dá uma tacinha, quer dizer, uma mãozinha para você.
 
  
Publicado pelo canal FoodBeast, o didático vídeo (acima) explica de forma simples e bem humorada como é a pronuncia correta de 22 tipos diferentes de vinhos.
 
Variações conhecidas do consumidor, como Cabernet Sauvignon e Champange, além de alguns títulos curiosos, caso de Gewürztraminer e Montepulciano D'Abruzzo.

Fontes: FoodBeast e Brasil Post

Tempranillo é a uva mais cultivada no mundo na última década

Entre 2000 e 2010 as plantações de Tempranillo aumentaram mais do que qualquer outra variedade de uva no mundo, segundo o geneticista José Vouillamoz durante um simpósio realizado em Florença, Itália. No mesmo evento, Vouillamoz afirmou que as uvas brancas Airen e Rkatsiteli são as que têm maior quantidade de hectares plantados no mundo.
 
De acordo com Vouillamoz, a variedade que teve maior crescimento de cultivo no planeta entre 2000 e 2010 foi a Tempranillo, seguida pela Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot. “Cabernet Sauvignon se planta em qualquer lugar. Por que não fazer o mesmo com a Tempranillo?” questionou Vouillamoz, sugerindo uma explicação para o aumento das plantações da variedade na última década.
 
Tempranillo é uma variedade originária da Espanha, onde existem mais de 200 mil hectares de cultivo. Suas plantações também foram difundidas para Portugal e estão tendo grande ascensão na Austrália.
 
A uva Airen, outra variedade espanhola, era a terceira variedade de uva mais plantada no mundo em 2010, depois da Cabernet Sauvignon e Merlot.
 
Segundo Vouillamoz a China e a Índia  foram os países que tiveram o maior crescimento em plantações de uva na última década. Porém, ele estima que em 2050 a Índia irá superar a China em termos de cultivo de vinhas.
 
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Les Amis Bordeuax 2010 #winebar #expand

No último WINEBAR degustamos 3 diferentes rótulos da Les Amis, uma espécie de cooperativa formada por 8 vinicultores da França e o último foi o Les Amis Bordeuax 2010.
 
Como o próprio nome diz o rótulo é proveniente da região de Bordeuax e trata-se de um corte 40% cabernet sauvignon e 60% merlot, duas tradicionais castas que compões os típicos cortes bordaleses.

Visulamente apresentou cor rubi escura e halo com sinais discretos de evolução e boa formação de lágrimas. No nariz os aromas de frutas negras aparecem em primeiro plano e são seguidos de notas de menta, especiarias e tostado. Em boca mostrou um corpo médio com boa acidez, taninos macios e repetição das notas olfativas. Final de boca médio-longo.

Aproveitei o vinho para comemorar 2 meses de casado com Fernanda e a harmonização ficou por conta de uma picanha ao forno e dos queijos maasdam, gouda rembrandt e gouda com ervas.
 
Mais um belo WINEBAR com bons rótulos franceses importados pela Expand.



O Rótulo:

Vinho: Les Amis Bordeuax
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon e Merlort
Safra: 2010
País: França
Região: Bordeaux
Produtor: Les Amis
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Expand
Preço médio: R$ 78,00
Temperatura de serviço: 18º



Nota:

Este vinho foi gentilmente enviado pela Expand para degustação no WINEBAR. Para conferir o vídeo do programa basta clicar aqui.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Rolha de cortiça valoriza o vinho

Nos EUA os vinhos vedados com rolha de cortiça registaram, desde 2010, um crescimento de quota de mercado de 30%, enquanto que os vinhos vedados com vedantes alternativos apresentaram um crescimento de apenas 9%, de acordo com um estudo da AC Nielsen.
 
A análise comparou as vendas do TOP 100 de marcas premium nos EUA, que apresentam maiores índices de vendas nos últimos 12 meses. As marcas premium são aquelas que, em média, custam mais de 6 dólares por garrafa no período de 12 meses.
 
O estudo refere que quando analisadas as vendas anuais por marca, regista-se um aumento de 7% nos vinhos com rolha de cortiça relativamente ao ano anterior, praticamente duplicando o crescimento global do TOP 100 de marcas premium, na ordem dos 4%.
 
Carlos Jesus, director de comunicação e marketing da Corticeira Amorim, destaca que "estes números são encorajadores pois os EUA são um mercado muito relevante para o setor da cortiça e um importante definidor de tendências a nível internacional. Sendo atualmente o maior mercado mundial consumidor de vinho, estes dados são ainda mais relevantes se tivermos em conta que os EUA apresentam um grande potencial de crescimento de consumo per capita".
 
De acordo com os dados da AC Nielsen, "o papel da rolha de cortiça na valorização do vinho saiu reforçado no último estudo". Ou seja, o preço médio dos vinhos com rolha de cortiça foi de 12,99 dólares, em 2013 esse valor era de 12,30 dólares, o que representa uma subida de 5,6%, um valor superior em 4,09 dólares (+ 46%) ao dos vinhos vedados com vedantes alternativos, que em 2013 tinham um preço médio de 9,27 dólares, o que representa uma descida de 4%.

"Bebo treze garrafas por dia, mas não sou nenhum alcoólico"

Em entrevista, Gerard Depardieu revela que a sua primeira garrafa, normalmente de vinho tinto ou champagne, é aberta antes das dez da manhã. Segue-se uma bebida tipicamente francesa, semelhante ao anis, que ingere na sua totalidade até ao almoço.
 
Durante a refeição, o ator bebe mais uma garrafa de vinho, voltando à tarde ao champagne e à cerveja. Á noite gosta também de beber vinho ou vodka.
 
Apesar da impressionante lista de bebidas que ingere diariamente, Depardieu nega ter problemas com o álcool e diz que nunca fica embriagado, “apenas um pouco alegre”.
 
“Apenas preciso de dez minutos de sesta e um trago de vinho tinto para me sentir fresco”, afirma o francês, acrescentando que apesar de chegar a "beber treze garrafas por dia, não é nenhum alcoólico".
 
A situação deixa, no entanto, preocupados os médicos do ator porque além de ter o colesterol alto, Gerard possui um bypass.
 
Agora imagina quantas garrafas ele acha que teria que beber para ser um alcoólatra?

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

7 dicas para degustar um vinho

1. Temperatura faz toda a diferença

Frio em excesso inibe aromas. No tinto, amarga os taninos. Por outro lado, quando a garrafa está quente demais, o álcool se sobressai, a acidez desaparece, o vinho fica pesado.

O balde de gelo é a solução mais rápida e eficaz para gelar seu vinho, seja ele branco ou tinto. Enquanto o conteúdo de uma garrafa padrão, de 750 ml, leva 60 minutos para baixar de 30 para 20 graus em uma geladeira regulada a 2 graus, em um balde de gelo ela desce de 30 para 20 graus em apenas cinco minutos. Partindo dos mesmos 30 graus, são precisos apenas 14 minutos para a garrafa atingir os 10 graus. Os brancos podem ficar no gelo no mínimo uns 20 minutos. Respeite as temperaturas de serviço para apreciar seu vinho na sua plenitude: respeite os 16-18 graus para tintos encorpados, 14-16 para os leves, 12 para brancos encorpados e de 8 a 10 para brancos leves e espumantes.
 
2. Se quiser apreciar os aromas de um vinho, não use perfume forte
 
Em degustações profissionais, é regra não usar perfume para não encobrir os aromas do vinho. Ninguém tem como provar se você se encheu de Chanel Nº 5 ou não, mas as pessoas têm nariz, percebem. E pega mal. Na vida normal, essa regra é mais flexível. Mas, se você for a um wine bar ou a qualquer evento em que o vinho seja o centro das atenções, tente evitar perfumes fortes. Mesmo se vai beber sozinho e quer aproveitar ao máximo os aromas do vinho, escolha um perfume pouco intenso.
 
3. Entre um vinho e outro, nada de lavar a taça com água
 
É comum as pessoas passarem uma água na taça quando vão trocar de garrafa. Essa não é a melhor solução para se livrar dos aromas do vinho anterior. Além de não funcionar muito bem, pode deixar o vinho seguinte meio aguado. O ideal é avinhar a taça: colocar um pouquinho (bem menos que o da foto) do vinho que você vai beber, girar, fazer ele passar por toda a superfície e, em seguida, dispensar o líquido. Faça isso ao menos quando for mudar de um branco para um tinto.
 
4. Se sentir um cheiro ruim, espere um pouco, talvez passe
 
Alguma vez você já abriu uma garrafa de vinho e sentiu um cheiro podre, de enxofre? Certo de que aquilo estava estragado, deixou a garrafa de lado e foi beber outras coisa. De repente, veio alguém, bebeu o vinho e disse que estava ótimo? Aí você, cheirou, e não é que o desgraçado estava bom mesmo! Horrível, né? Fica parecendo que você não entende nada de vinho e é completamente Maria-vai-com-as-outras. Mas você não está louco. Um vinho pode estar horrível logo que abre e depois ficar bom. Esse mau cheiro pode ser do conservante SO2, enxofre ou algo parecido. Todo vinho leva SO2, ou pelo menos 99,99% deles. Só que em alguns, por razões diferentes, esse enxofre aparece mais quando a garrafa é destampada. É só esperar uns minutinhos que esse cheiro vai embora. Se você esperou 10 minutos e continua cheirando mal, é bem provável que a garrafa esteja contaminada com Brett (uma levedura selvagem) ou esteja bouchonnée (problema da rolha). Aí não há o que fazer a não ser trocar de garrafa. O brett deixa um cheiro de cachorro molhado no vinho, desagradável, mas na maioria das vezes não insuportável. Existe até o brett que é considerado bom, dá um aroma de terra, couro, cogumelos. Já o vinho bouchonné só vai piorando depois de aberto: fica com gosto de parede.
 
5. Se não sentir cheiro nenhum, insista, o vinho pode estar fechado
 
Por outro lado, você pode abrir a garrafa, colocar o vinho no copo, dar aquela fungadinha básica e nada! O vinho tem cheiro de coisa nenhuma. Ai começa a tomar e vai achando o vinho uma delícia. Às vezes, essa mudança de opinião pode ser atribuída à bebedeira, mas muitas vezes não. O vinho estava o que a gente chama de fechado e vai se abrindo. Não vamos entrar em detalhes de química, mas o que acontece é uma reação provocada pelo contato com o oxigênio. Se o vinho custou 30 paus e não tem cheiro de nada, é provável que ele continue assim. Mas, se é um vinho um pouco mais caro, mesmo um bordeaux de R$ 50, R$ 60, dê um tempo. Sirva as taças e peça para o pessoal agitar.
 
6. Um vinho não precisa ser perfeito
 
Há pessoas que têm o rosto todo certinho e, ainda assim, são sem graça. Outras que têm
"imperfeições" e são radiantes. Um nariz um pouco maior que o normal, um dente levemente para a frente, uma sobrancelha mais grossa são detalhes que não costumam tirar a beleza de um rosto harmônico. Pelo contrário, muitas vezes, acrescentam personalidade e charme. Com o vinho acontece exatamente a mesma coisa. Tem aquele vinho todo certinho, frutado, taninos redondos, acidez na medida, o álcool não se sobressai, mas, apesar de tudo isso, você toma e no dia seguinte esquece que ele existe. Outros têm um pouco mais de acidez, taninos levemente rugosos, aromas menos fáceis como os animais ou químicos e, sem saber bem por que, você se apaixona.
 
7. Seja seu próprio crítico
 
Exceto atrocidades, não existe vinho ruim ou vinho bom. Existe o vinho que você gosta. Experts boa parte das vezes não concordam entre si. Mesmo os mais famosos. Robert Parker dá uma nota para um rótulo, Jancis Robinson dá outra. A revista inglesa Decanter diz uma coisa, a americana Wine Spectador publica o oposto. Você adorar um vinho que eu odeio ou detestar um vinho que eu amo não quer dizer nada. Ouça o que os especialistas dizem, mas preste mais atenção a seu olfato e seu paladar.
 
Por Tânia Nogueira

Produtor chileno planeja cultivar vinhas em Machu Picchu

O produtor chileno Aurelio Montes anunciou nessa semana durante um jantar em Londres que planeja construir um vinhedo na região próxima à Machu Picchu no Peru.  Os testes começarão na próxima semana. Segundo ele, serão plantadas cinco variedades de uva no local para verificar como elas se desenvolverão lá.  A região fica acima dos 3.000 metros do nível do mar, e o vinhedo será o primeiro cultivado no local.
 
“Nós não temos certeza se as uvas vingarão, mas será divertido tentar”. De acordo com o produtor chileno, o que houve foi uma parceria entre ele e o seu maior importador no Peru, que lhe deu acesso ao vale.  O importador, que é proprietário das terras onde será feito o vinhedo, teve o nome omitido por Montes durante o jantar.
 
Montes vai inicialmente plantar 1.000 parreiras no local. As variedades incluem Pinot Noir, Sauvignon Blanc, Merlot, Syrah e Chardonnay.  Segundo ele, se forem obtidos bons resultados com a primeira colheita, serão plantados mais cinco hectares na região.  Segundo dados da OIV de 2012, o Peru tem aproximadamente 20.000 hectares de uvas plantadas, sendo que as plantações mais do que dobraram desde a virada do século.
 
Fonte: Revista Adega

LA Jovem Pinot Noir 2013

Há alguns, para matar um pouco da saudade da Serra Gaúcha, Fernanda nos preparou um bom Capeletti in Brodo (sopa de capeletti), um prato leve, saboroso e tradicional nos restaurantes de Bento Gonçalves.
 
Para acompanhar escolhemos um vinho igualmente leve: o LA Jovem Pinot Noir 2013, o terceiro rótulo da linha Jovem da Luiz Argenta que passa aqui pelo blog.
 
A colheita das uvas que dão origem a esse leve Pinot Noir nacional é realizada manualmente, com uma seleção dos cachos e bagas e vinificação por gravidade. A fermentação alcoólica e maceração feita é realizada com temperatura controlada a 24ºC. O vinho amadureceu por 3 meses em barricas novas de carvalho francês e 4 meses em tanques de inox.
 
Visualmente mostrou cor rubi clara com tons violáceos e lágrimas raras. No nariz aromas intensos de frutas vermelhas, terra molhada e leve notas de tostado. Em boca um vinho de corpo médio com taninos delicados e em equilíbrio com a acidez. Final de boca de média persistência com notas adocicadas e a fruta e o tostado aparecendo no retrogosto.
 
O Rótulo

Vinho: LA Jovem
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2013
País: Brasil
Região: Altos Montes, Serra Gaúcha
Produtor: Luiz Argenta
Graduação: 12,5%
Onde comprar: Luiz Argenta
Preço médio: R$ 57,00
Temperatura de serviço: 16º

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O que estou degustando - Vinho 4

Hoje é dia de testar seus conhecimentos com o vinho número quatro. Observe as características abaixo e tente responder as questões que se seguem.
 
Muito delicado e suave, com notas de terra molhada e sabores intensos de fruta vermelha, apoiados pela alta acidez e taninos maduros. Final de boca macio, longo e com toque mineral, seguido de notas concentradas de páprica e especiarias.
 
Varietal
 
1. Cabernet Sauvignon
2. Pinot Noir
3. Syrah
4. Tinta Roriz
5. Touriga Nacional
 
País ou região de origem
 
1. Austrália
2. França
3. Portugal
4. África do Sul
5. Espanha
 
Idade aproximada
 
1. 1-2 anos
2. 3-5 anos
3. 6-9 anos
4. 10 ou mais anos
 
Denominação
 
1. Alentejo
2. Barossa
3. Côte de Nuits-Villages
4. Douro
5. Ribera del Duero
6. Stellenbosch
 
Fonte: Wine Spectator
 
P.S.: Deixe suas respostas nos comentários.

Degustando às cegas 3 tintos de R$ 30 a R$ 50 #aveclevin

Degustar um vinho é algo que pode ser feito de forma trivial / superficial, e não há nada de errado nisso ou pode ser feito de forma mais aprofundada, uma vez que o vinho é a bebida mais rica em aromas e sabores que existe e chegar a cada um deles é um exercício que passa pela descoberta do inusitado, que na realidade nos remete a uma memória pré-existente, uma verdadeira aventura.
 
Uma das melhores formas de exercitar seu olfato e suas papilas gustativas é  através de uma degustação às cegas, para evitar influência da boa ou má reputação do vinho, uma vez que, na degustação às cegas, nada se coloca entre o degustador e o vinho; não há nada para dispersar e sugestionar o avaliador, o que torna esse sistema de prova, teoricamente, mais justo e muito utilizado em concursos.
 
No último encontro da Avec le Vin, contrariando o que se recomenda nas degustações às cegas. eu propus uma tema bem amplo: "tinto de qualquer uva e país na faixa de R$ 30 a R$50". Como da para perceber as variáveis são inúmeras e a ideia foi apenas limitar o valor e realizar uma degustação descontraídas e em moldes diferentes das usuais degustações às claras.
 
Como éramos em 6 cada casal trouxe uma garrafa e fizemos uma degustação com 3 diferentes rótulos.

Não esqueça de esconder toda e qualquer parte que
possa identificar os vinhos.
Hora de testar como anda o olfato e as papilas gustativas...
 
 
Todos foram unânimes da escolha do vencedor... que foi o...
 
Um velho conhecido do blog. Confira o que achamos
do vencedor clicando aqui.
Vencedor e demais personagens da noite com destaque para a decepção: La Bélière, um Bordeuax simplório que não encanta em nada.
 
 

E você, como gosta de degustar seus vinhos junto com seus amigos: às cegas ou às claras, horizontal ou vertical? O que vale mesmo é aproveitar cada gole na companhia de pessoas queridas. Mas, se quer programar algo diferente não faltam páginas que expliquem quais as melhores formas de organizar uma degustação.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Quinta das Setencostas 2009

Você já ouviu falar nas uvas Camarate, Tinta Miúda ou Preto Martinho? Não? Pois elas existem e estão entre as mais de 250 castas autóctones de Portugal e fazem parte, juntamente com a Castelão, do corte que compõe o tinto que é tema desta postagem: o Quinta das Setencostas 2009.
 
O rótulo é produzido pela  Casa Santos Lima, uma vinícola familiar que está localizada à 45km de Lisboa, na cidade de Alenquer e que foi fundada no século XIX pelo negociante de vinhos português Joaquim Santos Lima, um jovem senhor com boas habilidades de negociação.
 
Mais de 50 rótulos são elaborados em seus 200 hectares de vinha e 95% de toda essa produção é exportada para cerca de 45 países. Atualmente, a Casa Santos Lima é o maior produtor de Vinho Regional Lisboa e DOC Alenquer, além de ser um dos produtores mais premiados em concursos internacionais. Nessa zona as vinhas são protegidas do vento, favorecendo a maturação das uvas dando origem a vinhos mais concentrados.
 
Visualmente mostrou cor rubi escuro, halo levemente alaranjado e lágrimas em pequena quantidade. No nariz é explendoroso e rústico, com fruta madura,  especiarias (canela), café, tabaco e um belo toque de tostado. Em boca  mostrou taninos maduros, excelente acidez, repetição das sensações olfativas e final de boca longo, macio e de interessante frescor.

Rótulo de grande potencial gastronômico.
 
O Rótulo

Vinho: Quinta do Valdoeiro D.O.C.
Tipo: Tinto
Castas: Castelão, Camarate, Tinta Miúda e Preto Martinho
Safra: 2009
País: Portugal
Região: Alenquer, Lisboa
Produtor: Casa Santos Lima
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Cantu
Preço médio: R$ 65,00
Temperatura de serviço: 16º
Premiações: Medalha de Ouro na Coupe des Nations e Mundus Vin

Nota:
Este vinho foi degustado durante a formação Academia de Vinhos de Portugal - Nível II, ministrada pelo renomado Jornalista e Crítico de Vinhos português Rui Falcão, realizada no Hotel Atlante Plaza no dia 28 de agosto de 2014.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mulheres consomem mais vinho que homens nos Estados Unidos

Segundo uma pesquisa recente feita pela empresa Canadean, as mulheres consomem mais vinho do que os homens nos Estados Unidos. No entanto, elas dizem beber apenas para relaxar, enquanto os homens, ao contrário, dizem comprar a bebida pela qualidade e para trazer novas experiências.
 
Assim, apesar de as mulheres se importarem menos com a qualidade dos vinhos que bebem, seu consumo representa 59% do total do comércio de bebidas no país, ao passo que os homens consomem o equivalente a 41% do total.
 
De acordo com a pesquisa feita pela Canadean, as mulheres consomem vinho para relaxar, enquanto os homens o consomem por simplesmente se declararem “amantes” da bebida, estando dispostos a pagar uma quantia maior em vinhos de alta qualidade.
 
Segundo a analista sênior da Canadean, Catherine O’Connor, as mulheres fazem uma maior pesquisa de mercado para comprar vinhos mais em conta do que os homens. “Por beberem com mais frequência, as mulheres pesquisam ofertas a preços acessíveis, sem sentir culpa de seus gastos”, comentou. 15% das mulheres declararam que suas compras são motivadas pelo preço.
 
Em comparação, a pesquisa constatou que os homens bebem menos vinho do que as mulheres, porém, estão dispostos a pagar mais por um exemplar, totalizando um montante de US$ 1,8 bilhões em 2013. No mesmo ano, as mulheres gastaram um total de US$ 1 bilhão. “Esses resultados mostram que há um aumento crescente no interesse dos homens pelo vinho”, afirmou Catherine. “Isto significa um aumento da demanda masculina por vinhos de alta gama”, concluiu.
 
Fonte: Revista Adega

Les Amis Bourgogne Pinot Noir 2011 #winebar #expand

Dando continuidado aos vinhos da Les Amis degustados no último WINEBAR chegou a hora de falar do exemplar proveniente de uma das mais aclamadas regiões vitivinícolas do mundo: Borgonha, famosa pelos inúmeros rótulos, dentre eles os produzidos com a casta Pinot Noir.
 
A Borgonha está dividida em 5 sub-regiões: Beaujolais, Chablis, Côte Chalonnaise, Côte d`Or e Le Mâconnais. Ao contrário de Bordeaux, onde os Crus Classés são produzidos em uma única propriedade (Château), na Bourgogne há, na maioria das vezes, vários produtores de um mesmo Cru. Nesse caso, uma AOC ocupa um território delimitado, por vezes bem pequeno, e ali se encontram diversos proprietários, alguns com apenas duas fileiras de videiras.
 
A classificação dos vinhos da Bourgogne contempla principalmente o terroir, o terreno onde estão os vinhedos e como há vários produtores - bons, médios e ruins - em quase todas as comunas que originam vinhos AOC, não basta apenas conhecer a AOC, mas também o produtor. Os tintos borgonheses primam pela finesse, delicadeza e complexidade. Têm cor leve, aromas sutis e complexos e estrutura delicada na boca 
 
O Les Amis Bourgogne Pinot Noir 2011 é produzido com uvas provenientes das regiões de Côte d`Or (Côte de Beaune e Côte de Nuits) e Côte Chalonnaise e reflete toda a delicadeza e elegância do seu terroir. A colheita é feita manualmente, sendo cuidadosamente selecionadas e desengaçadas antes do processo de vinificação. A fermentação do vinho é em tanques de aço inox em temperaturas controladas.
 
Visualmente o vinho apresentou uma cor rubi clara, com alguma transparência e lágrimas finas, translúcidas e rápidas. No nariz aromas sutis, porém de grande complexidade, com a fruta vermelha (morango e cereja) aparecendo em primeiro plano juntamente com notas florais e seguidos de aromas de especiarias e já com uma maiora oxigenação apareceram aromas que remotam a terra. Em boca o vinho mostrou-se melhor que no nariz: corpo médio, taninos sutís, sedosos e elegantes, boa acidez e álcool na medida certa. Vinho leve, delicado, fácil de beber e com um final de boca de média intensidade.

O Les Amis Bourgogne foi degustado na companhia de Fernanda, minha mãe e os amigos Juberlan e Rejane. Para harmonizar Fernanda nos preparou codornas recheadas sobre cama de purê de macaxeira, um belo prato que elevou o vinho.



O Rótulo

Vinho: Les Amis Bourgogne
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2011
País: França
Região: Borgonha
Produtor: Les Amis
Graduação: 12,5%
Onde comprar: Expand
Preço médio: R$ 125,00
Temperatura de serviço: 18º



Nota:

Este vinho foi gentilmente enviado pela Expand para degustação no WINEBAR.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Quinta do Valdoeiro D.O.C. 2010

Os vinhos portugueses figuram entre os meus preferidos, não porque possuem uma característica única e sim exatamente pelo motivo oposto, pois a diversidade de castas e diferente influências climáticas fazem de Portugal um país com vinhos que apresentam as mais distintas características, desde o jovem e fresco, passando pelo elegante e rústico e chegando aos de alta carga tânica e acidez, com consequente potencial de envelhecimento.

Quando pensamos em vinhos com potencial de envelhecimento logo relacionamos aos produzidos com a casta Baga, uva portuguesa que produz caldos com alta acidez e taninos potentes e que figura como a principal uva do vinho Quinta do Valdoeiro D.O.C. 2010.

O vinho é produzido pela Caves Messias fundada em 1926, por Messias Baptista, que se manteve a administração da empresa até 1973. A Administradão das Caves Messias é ainda nos dias de hoje, assegurada pelos descendentes da família Messias.
 
Desde a fundação Messias tem produzido e comercializado vinhos das principais regiões demarcadas: Dão, Bairrada, Douro, Vinho Verde, Beiras e Vinho do Porto. A sede da Messias está situada na Mealhada, pequena cidade da região da Bairrada, onde a empresa possui mais de 6.000 metros quadrados de instalações e aproximadamente 160 hectares de vinha, sendo 70 hectares destinados à produção dos prestigiados vinhos da Quinta do Valdoeiro.

Nas suas vinhas Messias testou castas portuguesas e baseando-se em novas tecnologias de vinificação, selecionou as que produzem vinhos personalizados de alta qualidade. Devido a um bom planeamento de produção e estratégia de marketing, Messias é um dos poucos grupos, que dispõe duma gama completa de produtos vínicos das melhores regiões portuguesas e das suas próprias Quintas. Os mais exigentes mercados estrangeiros já reconheceram a qualidade dos produtos Messias, já que 65% da sua produção é exportada para os cinco continentes.

Visualmente apresentou cor rubi escura, intensa e brilhante, com halo violáceo e lágrimas finas, abundantes e rápidas. No nariz  intenso e rico em fruta vermelha, chocolate, tabaco e leve balsâmico, tudo bem integrado a madeira. Em boca mostrou-se encorpado com  taninos firmes e excelente acidez. Bom corpo e estrutura de boca, vigoroso  e com alguns bons anos pela frente. Final de boca longo com a o balsâmico e as notas de madeira aparecendo no retrogosto.

O Rótulo

Vinho: Quinta do Valdoeiro D.O.C.
Tipo: Tinto
Castas: Baga e Touriga Nacional
Safra: 2010
País: Portugal
Região: Bairrada
Produtor: Caves Messias
Graduação: 14%
Onde comprar: Wine Store
Preço médio: R$ 60,00
Temperatura de serviço: 18º

Nota:

Este vinho foi degustado durante a formação Academia de Vinhos de Portugal - Nível II, ministrada pelo renomado Jornalista e Crítico de Vinhos português Rui Falcão, realizada no Hotel Atlante Plaza no dia 28 de agosto de 2014.

Vinho e chá não são capazes de, sozinhos, fazer bem ao coração

Café, chá e vinho fazem bem ou mal para o coração? Antes de responder, é bom conhecer alguns estudos apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizado nessa semana em Barcelona, na Espanha. De acordo com diferentes trabalhos mostrados no evento, para afirmar qual é o efeito dessas e de outras bebidas sobre o órgão que bombeia sangue para o organismo, é preciso olhar uma série de outros fatores, especialmente o estilo de vida de quem as consome.

Uma das pesquisas que buscaram compreender melhor essa relação foi liderada por Nicolas Danchin, do Centro de Medicina Preventiva de Paris IPC. O estudo mediu o consumo de café e chá de mais de 130 mil pessoas de 18 a 95 anos e que haviam passado por um checape entre janeiro de 2001 e dezembro de 2008. O consumo diário das bebidas foi classificado em três níveis: nenhuma xícara, entre uma e quatro xícaras e mais de quatro xícaras.

Os exames mostraram que os bebedores de café tinham risco cardiovascular maior que o dos não bebedores, mas não necessariamente pela alta ingestão do líquido. Na verdade, notou-se que os apreciadores do produto podem ser associados a um estilo de vida menos saudável. Por exemplo, o percentual de fumantes entre não bebedores foi de 17%. Esse índice subia para 31% entre os que bebiam moderadamente e para 57% entre os consumidores de mais de quatro xícaras diárias. Os indivíduos que diziam não ao café também eram mais ativos: 45% deles apresentavam bom nível de atividade física, enquanto essa taxa era de 41% nos que bebiam grande quantidade.

domingo, 7 de setembro de 2014

Espumante Les Amis Brut Rosé #winebar #expand

Degustação virtual? Como assim? É isso o que inúmeros blogueiros do Brasil fazem no WINEBAR. Ainda não entendeu? Então deixar eu explicar melhor.
 
O Daniel Perches (Vinhos de Corte) e o Alexandre Frias (Diário de Baco) são os idealizadores dessa idéia fantástica em que um produtor, importador ou representante envia 1 ou mais vinhos para os blogueiros e em uma data previamente agendada estes vinhos são apresentados e degustados em uma transmissão on line ao vivo com interação entre todos os envolvidos, uma oportunidade fantástica de trocar idéias e aprender mais sobre o mundo do vinho com pessoas dos mais variados cantos do Brasil.
 
No último dia dois participamos de mais um WINEBAR e os vinhos foram os franceses da Les Amis importados e comercializados pela Expand. Para apresentar os rótulos o Daniel Perches entrevistou o Otávio Piva de Albuquerque, fundador da importadora.

Os vinhos "Les Amis" são provenientes da união de alguns vinicultores franceses, 8 amigos para ser mais exato, proprietários de propriedades e empreendimentos vinícolas em diversas regiões da França e que juntos lançam vinhos sob os rótulos "Les Amis".

Para não ficar longo e cansativo neste post vou falar apenas de um dos três rótulos degustados: o Espumante Les Amis Brut Rosé, um varietal Grenache produzido com uvas provenientes do vinhedo de Var, na região da Provance, em uma área que recebe chuvas intensas no outono e na primavera e os verões são secos e quentes.

Visualmente o espumante apresentou uma linda cor salmão / cobre (casca de cebola), boa formação de espuma e um perlage absurdamente intenso (vide imagem acima). No nariz delicado e elegante, mostrando morango, damasco e discreto fermento. No palato leve e de excelente acidez e frescor com um final de boca agradável e de média intensidade.

Eu e Fernanda degustamos esse agradável espumante com algumas das belezas de sushis da Temakeria Tower Coni, dos amigos Alex e Talita e a harmonização foi perfeita, inclusive com um Tower Croc, um Koni frito delicioso.
 

O Rótulo

Vinho: Les Amis
Tipo: Espumante Rosé
Castas: Grenache
Safra: Não safrado
País: França
Região: Provence
Produtor: Les Amis
Graduação: 11,5%
Onde comprar: Expand
Preço médio: R$ 65,00
Temperatura de serviço: 8º




Nota:

Este vinho foi gentilmente enviado pela Expand para degustação no WINEBAR.

Doenças e mau tempo provocam queda na produção de vinho português

A produção de vinho na safra 2014/2015, que se inicia com a vindima em curso, deverá recuar 5,7% face à anterior. Num ano amargo para os produtores, com condições climáticas muito difíceis e ataques frequentes de doenças, há nove regiões vitivinícolas com decréscimos de transformação de uva em vinho, quatro que têm uma melhoria de desempenho e uma que mantém o registo (Alentejo). Dão, pela negativa, e Península de Setúbal, pela positiva, são os destaques do ano vinícola.
 
As previsões de produção de vinho em Portugal, produto que garante exportações superiores a 700 milhões de euros por ano, foram divulgadas pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), com base nas indicações colhidas no terreno pelos técnicos das várias regiões vitivinícolas, incluindo os Açores e a Madeira.
 
Para a safra que está iniciano, o IVV aponta para a produção de 5,9 milhões de hectolitros de vinho, face aos 6,2 milhões que tinham sido registados na safra anterior. O volume de vinho que irá ser produzido está cerca de 6% abaixo da média das últimas cinco safra e constitui o segundo pior registo para o período – apenas no período de 2010/ 2011 é encontrado um volume de produção abaixo dos 5,8 milhões de hectolitros.
 
Frederico Falcão, presidente do IVV, confirma que foram mesmo as condições climáticas que determinaram este mau ano na vinha. “Até seria possível crer que a produção aumentasse, porque na última década Portugal reestruturou cerca de um quarto da vinha. As velhas vinhas foram substituídas por novas, com recurso a castas que garantem uma maior produtividade, porém não foi o que ocorreu”.
 
O tempo é que não ajudou. “A Norte, diz o responsável, os problemas começaram logo no período da floração, num estágio ainda primário das culturas”. Tempo frio e chuvoso acabou por provocar desavinho (que acontece quando a flor não se transforma em fruto) e bagoinha (cachos com bagos de dimensões reduzidas, muitas vezes sem grainha). No Centro e Sul, os problemas tiveram mais a ver com ataques de míldio e oídio que, apesar dos tratamentos fitossanitários aplicados, tiveram impactos significativos nos volumes de uva que entretanto tinha vingado.
 
 
A região vitivinícola mais afetada pelas más condições climáticas foi a de Terras do Dão. A previsão de colheita aponta para os 228 mil hectolitros, um valor que representa um recuo de 25% face à safraa anterior. A diferença para a média das últimas cinco é de quase 100 mil hectolitros.
 
Arlindo Cunha, presidente da comissão vitivinícola local, afirma que os problemas começaram logo no período da floração, mas “o principal problema consistiu nos ataques de míldio e oídio”, fungos que acabam por destruir os cachos de uva. “Apesar de terem sido efetuados tratamentos em vários momentos, o certo é que muitos deles não funcionaram. A previsão é de um recuo de 25% para toda a região, mas há casos de produtores em que as perdas podem chegar aos 45%”, revelou o responsável.
 
No Dão, com a vindima já adiantada, espera-se agora que menor quantidade signifique mais qualidade. “As uvas têm muita doçura, são muito aromáticas, o que gera expectativas de que a qualidade seja boa nesta campanha em que os produtores enfrentaram custos acrescidos dada a quantidade de tratamentos que tiveram que realizar”, afirmou Arlindo Cunha.
 
As zonas do Minho e do Douro são outros dois exemplos dos impactos negativos que o clima teve no ano de vinhos. A região onde o verde predomina deverá ter um recuo na produção de 10%, semelhante ao que irá verificar-se no terreno duriense, que, no entanto, manterá a liderança na produção com uma colheita de 1,3 milhões de hectolitos. Na segunda posição manter-se-á o Alentejo, com uma colheita superior a 1,1 milhões de hectolitros, idêntica à do período anterior.
 
No outro lado do quadro vitivinícola 2014/2015 está a Península de Setúbal, que deverá registar 490 mil hectolitros na adega, 20% acima do que tinha sido conseguido na safra anterior. Ana Oliveira, técnica da comissão vitivinícola local afirma que “o clima foi favorável, com equilíbrio entre frio e calor que potenciou a vindima.
 
Pelo que tem visto na vindima, que está muito adiantada, Ana Oliveira acredita que a qualidade será este ano elevada. “A maturação das uvas é boa e, por isso, no plano teórico, a qualidade será boa. Mas só depois da adega é que se vê”. A diversidade de solos que caracteriza a região, bem como as influências marítimas na cultura, aliadas a condições climáticas favoráveis vão permitir à península manter a aposta numa elevada a relação qualidade-preço.
 
 

Vinho ajuda coração se combinado com atividade física

Os benefícios que o consumo moderado de vinho pode trazer ao coração só se confirmam nas pessoas que o associam a exercícios físicos, revela um estudo apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês) realizado em Barcelona entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro. Apenas quem associa o consumo de vinho com atividade física apresenta uma melhora nos níveis de colesterol, revela a pesquisa.
 
O estudo foi realizado com 146 pessoas com risco cardiovascular de leve a moderado, destas, metade tomaram por um ano uma taça de vinho branco cinco vezes por semana, já a outra metade tomou vinho tinto nas mesmas proporções e respondia um questionário periódico sobre exercício físico.
 
No final da pesquisa em nenhum grupo se registrou um aumento do colesterol bom, nos dois grupos caiu levemente o ruim, e só no grupo dos que consumiram vinho tinto houve uma diminuição do colesterol total.
 
Milos Taborsky, cardiologista da University Hospital de Olomouc, na República Tcheca explicou os resultados do estudo.
 
"O principal indicador do efeito protetor sobre o coração é o aumento do colesterol HDL, aquele considerado bom, neste sentido podemos concluir que nem o vinho branco e nem o tinto têm influência", explicou Taborsky.
 
"O único resultado positivo neste sentido ocorreu como grupo de pacientes que fazia mais exercício físico pelo menos duas vezes por semana. Neste grupo o colesterol bom aumentou e o ruim e o total diminuíram", afirmou ele.