segunda-feira, 31 de março de 2014

Sabrage com taça

A Sabragem ou o sabrage é uma técnica napoleônica, utilizada para abrir uma garrafa de champagne, cave, lambrusco ou espumante.
 
Este ritual de origem francesa tem suas origens no século XVIII, quando Napoleão Bonaparte comemorava com seus soldados, as batalhas vencidas, degolando as garrafas de champagne com seus sabres.

O vídeo abaixo consiste em uma nova forma de abrir a garrafa de champagne, de uma maneira muito inusitada... com uma taça.
 

Um vinho com leveduras é ruim?

Novos estudos mostram que a deterioriação da levedura pode criar aromas positivos no vinho, porém é dificil controlar esse processo.

Urina de rato, cachoro molhado, plástico queimado,  suor de cavalo e esterco de galinha. Quando um amante de vinho ouve estes termos ele invariavelmente pensa: o vinho está estragado. Mas o que dizer de cedro, tamarindo, lavanda e carne defumada? Você associa esses compostos aromáticos com algo que soa tão sinistro como um "fermento em deterioração"?

De acordo com novas descobertas por parte do departamento de enologia na Universidade da Califórnia em Davis, todos os compostos aromáticos têm uma coisa em comum: eles são provenientes de leveduras do gênero Brettanomyces ou simplesmente Brett, como usualmente é chamada. Ela tornou-se sinônimo de características indesejáveis ​​ao vinho e apontada por muitos como a ruína  de uma garrafa.

Os aromas e sabores desagradáveis ​​resultam de certos compostos associados com Brett, especialmente 4-etilfenol (4-PE) e 4-ethylguaiacol (4-EG). Estes dois produtos químicos são produzidos durante a fermentação, eles se combinam com outros elementos do vinho resultando nos sabores e aromas.

Mas de acordo com a equipe da UC Davis, as leveduras podem contribuir com aromas e sabores que os amantes do vinho apreciam. Linda Bisson, professora de microbiologia e genética de leveduras funcionais na UC Davis e sua colega Lucy Joseph publicaram uma nova paleta de aromas relacionados a Brett. A paleta é o resultado de um estudo conduzido pelas pesquisadoras, onde uma coleção de 83 espécies de Brettanomyces foram analizadas.


A paleta de aromas divide-se em categorias como pútrido, picante, frutado e animal, e depois para identificadores mais específicos como pimenta preta, tamarindo e cachorro molhado. Bisson colocou a paleta em teste através da compra de 36 garrafas vendidas a K & L Wine Merchants na Califórnia, nas quais haviam notas e descritores de degustação que aparecem na roda de aromas, contudo que não foram descritos como defeito ou "Brett". Ela, então, testou os vinhos em busca de aromas com sinais de Brett. "Todos os vinhos apresentaram algum tipo de Brett, porém apenas 19 mostram Brett viável.

Então, isso significa que os enólogos podem empregar Brettanomyces em seu regime de fermentação? "Eu diria, para a maioria das pessoas, que os pontos positivos não superam os riscos", disse Bisson a Wine Spectator. "Brett é hipermutável e hipervariável".

Pergunte a uma sala cheia de enólogos sobre Brett, e alguns dizem que deve ser evitado a todo custo, enquanto outros dizem que pode adicionar elementos positivos a um vinho em pequenas quantidades. "Há regiões vinícolas e estilos onde Brettanomyces usada moderadamente  parecem fornecer importantes contribuições para o carácter tradicional dos vinhos", disse Bisson".

Brettanomyces é difícil de controlar. Ele pode se escondem nas vinhas, ou ele pode encontrar o seu caminho em barris ou outros recipientes de armazenamento e, assim, contaminar uma adega inteira.

Os enólogos devem evitar o fermento por completo? "Eu acho que finalmente estamos entendendo o suficiente sobre este fermento para ser capaz de usá-lo com confiança e controlar a sua atividade na adega", disse Bisson. "Eu o comparo a fermentação maloláctica, o que foi considerado uma fermentação deteriorativa há 60 anos agora é considerado sobremaneira importante para estilos específicos de vinho", finaliza a pesquisadora.

Fonte: Wine Spectator

Denominação de Origem x Indicação de Procedência

Tanto a Denominação de Origem quanto a Indicação de Procedência são formas de classificar a qual Indicação Geográfica pertence determinado vinho. E a Indicação Geográfica é o que garante a qualidade ou a identidade própria ao produto ou ao serviço.
 
 
Indicação de Procedência
 
Ela remete ao nome geográfico do país, cidade, região ou localidade de sua área que tenha se tornado conhecido como centro de extração ou produção de determinado produto ou prestação de serviço.
 
A Indicação de Procedência é um conceito que não está vinculado a uma reunião de fatores locais relacionados a características geológicas, fisiográficos ou humanas. Nela é relevante a fama que determinada região atingiu no desenvolvimento do produto ou serviço, no caso, na produção de vinhos.
 
Denominação de Origem
 
Esta vai mais além: refere-se ao nome geográfico de país, cidade, região ou localidade que indique onde o produto ou serviço foi feito, mas a diferença é que as qualidades e características se dão exclusivamente ou essencialmente naquele meio.
 
A Denominação de Origem (D.O.) traz mais detalhes como qualidade, estilo e sabor, e se relaciona também à terra, às pessoas e à história da região. Quando um produto faz a transição para um D.O., as normas e controles ficam muito mais específicos como as quantidades máximas que podem ser colhidas e o processo de elaboração do vinho.
 
Vale ressaltar que não é só porque determinado fermentado traz o selo de Indicação de Procedência que ele seguirá para a D.O. da região. Entretanto, todas as garrafas elaboradas dentro de um território, independente de terem D.O. ou não, apresentam as características da Indicação Geográfica.
 
E a Indicação Geográfica, o que é?
 
É como se costuma chamar a identificação de um produto ou serviço como originário de certo local, região ou país. A reputação, característica e qualidade desse produto são vinculadas a sua origem geográfica, que pode ser protegida legalmente contra o uso de terceiros.
 
A Indicação de Procedência e a Denominação de Origem, são duas formas diferentes de Indicação Geográfica.
 
Fonte: EMBRAPA

domingo, 30 de março de 2014

Salton Intenso, o melhor merlot abaixo dos 30 pilas #winebar #salton

Posso dizer, sem sombra de dúvida que o Salton Intenso Reserva Privada Merlot, um vinho  que custa R$ 28,00 no site do produtor, roubou a cena no último WINEBAR.
 
O vinho faz parte da  linha Contemporâneo, onde o frescor e a descomplicação são as expressões que caracterizam a linha, fato que já havia tido a oportunidade decomprovar em três outros rótulos que degustamos em outra edição do WINEBAR .
 
Para a produção deste vinho as uvas foram selecionadas dos melhores vinhedos com posterior separação do cabinho com seleção dos melhores grãos. Após isto os grãos são conduzidos ao tanque de fermentação onde é realizada uma maceração a frio a 10°C por 5 dias. Passado este período inicia-se a fermentação com adição de leveduras selecionadas. O tempo de fermentação e maceração pode tardar até 20 dias. O vinho é então clarificado espontaneamente, filtrado e conduzido para o amadurecimento em barricas de carvalho de segundo uso por 6 meses. Por fim é engarrafado e conduzido em caves subterrâneas climatizadas por mais 6 meses.
 
Abrimos este rótulo e logo no início nos impressionou pela sua bela cor e seus aromas elegantes e intensos.
 
Visualmente o vinho mostrou cor rubi com reflexos violetas, halo vermelho claro e boa formação de lágrimas. No nariz sua paleta de aromas foi simplesmente impressionante; mostrou notas de fruta madura (ameixa, jambo e jamelão), café torrado, chocolate amargo, tabaco e um tostado muito delicado e bem integrado ao conjunto. Em boca repetiu as impressões olfativas e mostrou taninos macios, boa acidez e álcool na medida certa.
 
Duas palavras descrevem este vinho: intenso e impressionante. Vale e muito o valor que é cobrado por sua garrafa, tendo um excelente custo versus benefício e vai levar o carimbo de Minha Compra Certa do Vinhos de Minha Vida.
 
Por aqui harmonizamos com uma bela maminha na cerveja.

O Rótulo

Vinho: Salton Intenso Reserva Privada
Tipo: Tinta
Castas: Merlot
Safra: 2010
País: Brasil
Região: Bento Gonçalves
Produtor: Salton
Enólogo: Lucindo Copat
Graduação: 13,5%
Onde comprar: Loja Salton
Preço médio: R$ 28,00
Temperatura de serviço: 16º
 

Nota:

O vinho foi gentilmente enviado pela Salton para degustação no WINEBAR especial em comemoração do décimo aniversário do Salton Talento.

Os três novos vinhos Niepoort

Criador incansável, Dirk Niepoort tem em adega três novos vinhos que prometem surpreender o mercado e trazer muitas alegrias aos enófilos. São três vinhos extraordinários que espelham bem o “gosto” de Dirk e que abrem novos caminhos para o Douro, a Bairrada e o Dão, regiões onde o produtor já está presente com vinhas próprias. O primeiro vai chamar-se Turris e é um tinto do Douro, da colheita de 2012, proveniente da vinha mais velha da Niepoort. Irá ser o novo topo de gama. Cada garrafa vai custar 125 euros. A vinificação foi feita em cuba com 15% de engaço. As uvas foram sujeitas a uma maceração prolongada, mas sem grande extração e o vinho estagiou depois em pipas de mil litros com mais de 60 anos. É um tinto muito fino e direto, cheio de garra e frescor e com taninos muito bem afinados. Cresce na boca de forma admirável, mostrando grande pureza e mineralidade. Um vinho fabuloso que é o oposto do padrão do vinho tinto duriense (encorpado e concentrado).
 
Da Bairrada, onde a Niepoort comprou a Quinta de Baixo, Dirk irá lançar um Baga de 2012, um blend de diferentes vinhas (a mais nova tem 80 anos) e de diferentes métodos de vinificação. Com este vinho, Dirk prova que, nos melhores anos, é possível fazer tintos de Baga com potencial para durarem décadas, mas bebíveis mais cedo do que é habitual. Apesar de ser de 2012, apresenta uma elegância surpreendente. Mas o que mais emociona é a sua pureza e frescor, a definição da fruta, o equilíbrio geral. Vai sair com o nome de Poeirinho (designação local para casta Baga) e custará 35 euros.
 
A terceira novidade revelada por Dirk Niepoort será um tinto do Dão, também da colheita de 2012, produzido com uvas de duas parcelas muito velhas situadas junto à Quinta da Lomba, a propriedade que a Niepoort adquiriu em Gouveia. Grande parte do lote é composto por Baga (há quem defenda que esta variedade é natural do Dão e não da Bairrada) e é um tinto deslumbrante. Tem o mesmo caráter vinoso e a mesma pureza do Turris e do Poeirinho, mas, nesta fase, possui mais boca e consegue ser ainda mais elegante e harmonioso. Ainda não tem nome, nem preço.
 
Fonte: Tribuna do Norte

sábado, 29 de março de 2014

O que eu estou degustando? - Vinho 1

A cada duas semanas a Wine Spectator publica, no quadro "What Am I tasting?", em seu site notas de uma degustação real e convida os leitores a ler a descrição calmamente, observando a cor, sabores, aromas e outras importantes características.
 
Então, mãos a obra! Tente descobrir as respostas corretas em quatro categorias de múltipla escolha: variedade; País ou região de origem; idade aproximada; e denominação. Envie seus palpites nos comentários e em seguida enviaremos o número de respostas corretas. Boa sorte!
 
Refinado e sedoso, com notas de fumaça e minerais ressaltando o sabor do mamão, acompanhadas de notas de damasco seco,  anis, cera e limão em compota. Final longo com notas de especiarias picantes e terra aparecendo no retrogosto.
 
Varietal
 
1. Chardonnay
2. Gewürztraminer
3. Pinot Gris
4. Sauvignon Blanc
5. Viognier
 
País ou região de origem
 
1. Califórnia
2. Chile
3. França
4. Itália
5. Nova Zelândia
 
Idade aproximada
 
1. 1-2 anos
2. 3-5 anos
3. 6-9 anos
4. 10 ou mais anos
 
Denominação
 
1. Alsace
2. Condrieu
3. Friuli
4. Martinborough
5. Vale do Maipo
6. Paso Robles
 
Fonte: Wine Spectator
 
P.S.: Coloque suas respostas nos comentários!

O melhor vinho para a lasanha da sogra

Sabe aquele almoço de domingo com uma bela lasanha? Que vinho harmonizar? Mas, a lasanha é com carne de cordeiro. 
 
 
Fonte: CBN

Amadurecimento de uvas na Borgonha está adiantado

Depois de um 2013 muito frio, que atrasou o crescimento das vinhas de diversas regiões na França, o tempo mais quente deste começo de primavera deixa os produtores da Borgonha – que sofreram com geadas e tempestades no ano passado – mais animados. Devido ao calor, o ciclo de seus vinhedos está adiantado em duas semanas.
 
Por essa razão, produtores da Borgonha, especialmente de Côte d’Or, estão esperando por uma colheita mais produtiva para este ano. “Precisamos de uma grande colheita este ano. Precisamos repor nossos estoques”, afirmou o gerente de exportação da Pascal Bouchard, Emmanuel Guiroy.
 
No entanto, o temor atual dos proprietários é com relação à geada tardia que deve começar entre o fim de abrir e durar até meados de maio, pois ela pode ser responsável pela morte dos bulbos emergentes e, consequentemente, fazer com que a colheita seja reduzida. ”Nos últimos três anos, perdemos, efetivamente, uma colheita inteira”, contou a gerente de comunicação da Bouchard Père et Fils, Anne Leroy- Baroin.
 
A maioria dos produtores confessa estar preocupada com esses possíveis perigos e está consciente das precauções que devem ser tomadas. “Nós só precisamos ser vigilantes”, afirmou a co-proprietária do Domaine Alain Geoffroy, Nathalie Geoffroy.
 
Fonte: Revista Adega

sexta-feira, 28 de março de 2014

Cousiño Macul Don Luis Sauvignon Blanc 2012

Semana passada me bateu uma vontade de beber um Torrontes, então dei uma passada rápida no supermercado para comprar o vinho e algum acompanhamento. Até encontrei duas opções de vinho com a ícone branca da Argentina, contudo como ia beber sozinho optei por um vinho de meia garrafa aí a saída foi escolher um Sauvignon Blanc.
 
O Cousiño Macul Don Luis Sauvignon Blanc é o terceiro vinho deste produtor que passa aqui pele blog, sendo o segundo da linha Don Luis.
 
Na taça o vinho apresentou uma cor amarelo clara, com reflexos esrverdeados e discreta formação de lágrimas. No nariz mostrou boa tipicidade, com notas de frutas cítricas, flores brancas, notas de grama cortada e minerais. Em boca  repetiu a fruta e o toque mineral, mostrou boa acidez e final de boca de média intensidade.
 
Fiz duas harmonizações: a primeira com fettuccine de brócolis, peru em cubos e molho branco, casou bem; e a segunda foi uma tentativa, que infelizmente não deu muito certo, foi com pastel com geléia de amora... talvez com uma geléia de pêssego ou damasco caísse melhor.
 
O Rótulo 

Vinho:  Cousiño Macul Don Luis
Tipo: Branco
Castas: Sauvignon Blanc
Safra: 2012
País: Chile
Região: Vale del Maipo
Produtor: Cousiño-Macul
Graduação: 12,5%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 22,00 (1/2 garrafa)
Temperatura de serviço: 10º

quinta-feira, 27 de março de 2014

Romanos podem ter introduzido vinhas na Inglaterra

Uma equipe de arqueologia da University of Cambridge descobriu uma série de canteiros que podem ter servido para plantio de videiras durante o Império Romano. A descoberta se deu durante a exploração de uma área de 1.500 hectares no sul da Inglaterra que se acredita ter sido um assentamento romano.
 
O local está sendo considerado como uma evidência de que os romanos introduziram o processo de vinificação no Reino Unido logo depois de realizarem a invasão nas terras inglesas em 43 d.C.
 
De acordo com o diretor-executivo da unidade de arqueologia da universidade, Chris Evans, tal teoria foi baseada em outras descobertas de possíveis locais de plantio de videira na era romana, como é o caso de um sítio encontrado em Northamptonshire anos atrás.
 
No entanto, existe também a possibilidade de o solo ter sido utilizado para a plantação de espargos. “Aguardamos o resultado das pesquisas, pois elas podem nos dar respostas mais concretas”, afirmou Evans, que acrescentou que o sítio também mostra evidências de irrigação, o que sugere que os romanos praticavam agricultura intensiva no local.

A terra do malte começa a produzir vinho

Graças às mudanças climáticas, Christopher Trotter fará história no final desse ano casando um vinho branco escocês com mariscos locais.
 
Os lingueirões (ou “navalha”, uma espécie de marisco) colhidos próximo à costa, no Mar do Norte, cairão muito bem com as primeiras garrafas da vinícola de Trotter, ao norte de Edimburgo. A safra 2014 será especial para a Escócia, onde os habitantes locais destilam uísque e fabricam cerveja há séculos.
 
“A Escócia provavelmente tem sido um país mais consumidor de cerveja que de qualquer outra coisa”, disse Trotter, chef que também escreve sobre comida. O vinho não tem sido parte da cultura, disse ele, “até agora”. 

 
Trotter poderia também fazer um brinde em memória a um mundo que está desaparecendo. A mudança climática, que os cientistas dizem que é causada pelo acúmulo de gases que retêm o calor na atmosfera, está transformando as mesas de jantar e confundindo tradições na indústria global de vinhos, de US$ 270 bilhões. Na Europa, estações mais quentes estão perseguindo vinicultores italianos e espanhóis até o alto de colinas, fazendo da Alemanha uma campeã, incentivando agricultores na Polônia e espalhando o cultivo de uvas para vinhos por latitudes mais amigáveis a uísques e cervejas. E estão elevando o teor alcoólico e alterando os sabores de famosos vinhos da França.
 
A Vitis vinifera, a videira comum, é uma planta exigente. Os vinhedos florescem onde as temperaturas médias anuais variam de 10 a 20 graus Celsius. Clima muito seco, granizo ou muita chuva podem rebaixar ou destruir uma safra. 
 
Até 73 por cento das grandes regiões produtoras de vinho de hoje deixarão de ter as condições ideais até 2050, segundo um estudo do ano passado de Lee Hannah, cientista sênior da Conservation International, com sede em Arlington, Virgínia. Após as variedades da uva serem selecionadas por mais de um milênio pelas condições locais, na Europa, o aquecimento da Terra pode tirar os nativos de sua zona de conforto, segundo uma pesquisa de Gregory Jones, climatologista e pesquisador da Universidade Southern Oregon, em Ashland.
 
O aquecimento global já está, por exemplo, aumentando os níveis de açúcar nas uvas. Isso significa mais álcool nos vinhos. Na região de Bordeaux, sudoeste da França, onde a viticultura data de épocas romanas, os níveis de álcool subiram para 13 a 14 por cento, contra 11 por cento há 15 anos, escreveu Christian Seely, diretor-geral da proprietária de vinhedos AXA Millesimes.
 
Trotter disse que acaba de podar as videiras para mantê-las com 45 centímetros após um crescimento “incrivelmente vigoroso” no ano passado. Ele disse que está estudando espalhar conchas sob as videiras para reter o calor do dia, um truque que ele diz que foi inspirado em produtores franceses, que usam calcário para obter o mesmo efeito.
 
Para ter uma noção do futuro, os climatologistas estão olhando para 2003, quando uma onda de calor na Europa levou a região de Burgundy, na região central leste da França, à mais precoce colheita em mais de 650 anos e fez murcharem os frutos nos vinhedos de Bordeaux.
 
Por outro lado, o aquecimento global pode ser positivo para áreas como o vale do Reno, na Alemanha, e para produtores que estão provando os limites do frio na Polônia, disse Jones. Podkarpacie, a maior província produtora de vinho da Polônia, tinha menos de 40 vinícolas uma década atrás; agora, tem mais de 100, segundo uma associação da indústria local.
 
Por enquanto, os veados que comem seus frutos rosados são uma ameaça maior a suas vinhas, no norte de Edimburgo, do que o frio do inverno, disse Trotter.
 
Quanto a ter calor suficiente para amadurecer as uvas e poder fabricar vinhos saborosos, disse Trotter, “estamos tranquilos e confiantes”.
 
Fonte:  Exame

Abrir um vinho usando um sapato? Não é tão fácil assim...

Talvez você já tenha ouvido falar da incrível habilidade de se abrir uma garrafa de vinho sem o uso de um saca-rolhas, com apenas um sapato. Será que funciona mesmo?
 
 
Bem, esse cara francês com certeza faz parecer muito fácil uma tarefa que, na verdade, não é tão simples assim.
 
O truque de fato funciona – mas não em todas as ocasiões, e certamente não com a rapidez que ele deu a entender.
 
 
O vídeo acima mostra que, definitivamente, a abertura de vinho com um sapato dá certo, mas não é fácil. Alguns diriam que é praticamente uma sessão de ginastica, já que às vezes é preciso bater a garrafa contra a parede por 10 a 15 minutos.
 
E, antes que você resolva testar o malabarismo por si mesmo, vale avisar que você só terá sucesso se o seu vinho tiver rolha de cortiça. As novas rolhas de plástico ultramodernas não movem um milímetro, não importa o quanto você as esmague contra a parede.
 
Quando o truque funciona, o que acontece é muito simples: o próprio vinho empurra a rolha. “Quando se atinge o frasco contra o sapato, o impacto do sapato contra a parede proporciona uma força mais ou menos constante para o frasco, que é então transmitido para o líquido”, diz James Wallace, engenheiro da Universidade de Maryland (EUA), que estuda a dinâmica de fluidos.
 
A força move-se muito rapidamente para o líquido, da mesma forma que faria em um sólido. “Quando um líquido está confinado, como o vinho na garrafa, ele não pode fluir. Assim, o vinho vai atuar muito bem como um sólido”, explica. O vinho transfere essa força para a cortiça, que começa a sair.
 
Como o sapato é uma peça chave nessa transferência de forças, não pode ser simplesmente qualquer um. Sapatos com solas muito almofadadas, como tênis de corrida, não funcionam.
 
“Um tênis de corrida é feito com algum tipo de material compressível que pode deformar. Assim, a força da parede é absorvida pela sola, e ela não é muito concentrada”, afirma Wallace.
 
Não surpreendentemente, saltos também não funcionam tão bem, porque o ângulo da sola não é favorável. Para a força máxima ser transferida para o vinho, a garrafa deve estar perfeitamente perpendicular à parede. Se estiver inclinada, então um pouco da força não será transmitida para a garrafa.
 
Na verdade, de acordo com Wallace, você provavelmente não precisaria nem de um sapato para abrir a garrafa. “Eu imagino que seria ainda melhor bater a garrafa contra a parede diretamente. A garrafa é rígida, e a parede é rígida. Portanto, a energia da batida seria intensamente transmitida em ambas as superfícies”, esclarece.
 
Claro que, com essa estratégia, você corre o risco de quebrar a garrafa. “O problema é que, sem o sapato, você não sabe quão forte deve bater na parede. Como ele absorve uma parte da energia, você consegue calibrar intuitivamente a força com a qual batê-lo”, diz.
 
Por isso, pode demorar mais tempo com o sapato, mas pelo menos você vai realmente poder beber o vinho, em vez de usá-lo em sua roupa.
 
Quem for tentar o faça com vinhos baratos, pois você não vai querer ficar vibrando seu Bourgogne ou Brunello durante quinze minutos. Vale salientar, por razões óbvias, que isso não deve ser feito com nenhum tipo de espumante.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Quando vinho e arte se misturam

Elaborar vinho requer conhecimento, paixão e encantamento. É assim que trabalha o enólogo gaúcho Rogalindo Bettú, da Villa Francioni, que cresceu no meio da vitivinicultura e se especializou nessa arte. O encontro com o artista plástico Juarez Machado, apaixonado por vinho e mestre internacional em pintura, resultou em um produto com o nome do artista, elaborado com quatro uvas da safra 2007 (cabernet sauvignon, merlot, cabernet franc e malbec) e embalado em sete rótulos cuidadosamente desenhados por Juarez.
 
 
Caso queira adquirir uma ou mais garrafas você vai ter que correr, pois foram produzidas apenas 7 mil garrafas, sendo mil de cada rótulo.
 

Salton Reserva Ouro #winebar #salton

A temporada 2014 do WINEBAR começou e mais uma vez tive a oportunidade de participar desta degustação virtual transmitida ao vivo, organizada pelos blogueiros Daniel Perches (Vinhos de Corte) e Alexandre Frias (Diário de Baco, Enoblogs e Foodblogs).
 
O WINEBAR aconteceu ontem e foi transmitido diretamente da Vinícola Salton, em mais uma edição especial, em comemoração aos 10 anos do Salton Talento. O enólogo chefe da vinícola: Lucindo Copat, que respondeu as perguntas dos participantes.
 
Como sempre a degustação foi descontraída e com muita interação entre os participantes. Aqui em casa estava entre amor, família e amigos e aproveitamos a oportunidade para celebrar os 40 anos de casamento de meus pais.
 
Foram degustados o Salton Reserva Ouro, o Salton Intenso Merlot 2010 e a estrela da noite: o Salton Talento 2009 e neste post vou falar um pouquinho sobre o espumante.
 
O Salton Reserva Ouro está de roupa nova (garrafa e rótulo), dando um toque mais charmoso e elegante a bebida. O rótulo faz parte de uma linha denominada pela vinícola de Adega e é um corte de chardonnay, pinot noir e riesling.
 
O mosto da uva foi extraído com prensa pneumática a baixa pressão. O suco foi fermentado a baixa temperatura (máximo 17ºC) com fermentos selecionados. 20% do vinho foi fermentado e conservado em barris de 225 l de carvalho novo, norte americano de meia tosta. Segunda fermentação: Tanques Herméticos (autoclaves), método Charmat.
 
Na taça o espumante mostrou cor amarelo claro, com reflexos perola, boa formação espuma e perlage fina persistente. No nariz muito intenso, cheio de fruta cítricas e flores brancas (rosas e jasmim) e também notas de pão torrado, fermento e amêndoas. Em boca repetiu a fruta e o pão torrado; mostrou acidez intensa, boa cremosidade. Final de boca seco, de boa intensidade e com agradável frescor. 
 
Por aqui resolvi ariscar uma harmonização com Ceviche de Camarão, preparado com muito mimo por Fernanda, e caiu super bem.
 
O Rótulo
 
Vinho: Salton Reserva Ouro
Tipo: Espumante
Castas: Chardonnay (70%), Pinot Noir (20%) e Riesling (10%)
Safra: Não safrado
País: Brasil
Região: Bento Gonçalves
Produtor: Salton
Enólogo: Lucindo Copat
Graduação: 12,5%
Onde comprar: Loja Salton
Preço médio: R$ 40,00
Temperatura de serviço: 6º


Nota:

O espumante foi gentilmente enviado pela Salton para degustação no WINEBAR especial em comemoração do décimo aniversário do Salton Talento.

terça-feira, 25 de março de 2014

Está chegando mais uma Wine Run

Acontece no próximo dia 5 de abril a terceira edição da Wine Run, uma corrida para os que são apaixonados por esporte, vinho e natureza.
 
Mas, o evento é mais que uma corrida, pois além de acontecer em uma das mais belas regiões do país, famosa Serra Gaúcha, ela ingressa no mercado de corrida de rua fullservice, oferecendo um leque de opções em um verdadeiro entretenimento esportivo temático.
 
Confira abaixo a seleção de atividades:
 
1) Meia Maratona, prova individual, 21km
2) Corrida de Equipes, (DUPLA 9,9km & 11,1km) e (TRIO 9,9km 5.6km &5,5km)
3) Festa do Espumante (opcional, não incluso na INSCRIÇÃO) – custo R$ 25,00
4) Buffet de massas, bolachas, bolo, frutas, suco de uva e água na arena de chegada
5) Jantar & vinhos em vinícolas e restaurantes participantes. Vinícolas: Casa Valduga, Osteria Miolo, Pizzato. Restaurantes: Canta Maria, Di Paolo e Mama Gemma.
6) Palestras temáticas – véspera do evento na Casa das Artes (gratuitas)
18hs – “Efeitos benéficos do Suco de Uva para desportistas”,
19hs – “Degustação de vinho, introdução e conhecimento”,
7) Jantar de massas, véspera do evento, CTG (Centro de Tradições Gaúchas) – R$ 32,00
8) Visitação guiada nas vinícolas, enoturismo
10) Logística de traslados gratuitos: de Bento Gonçalves para largada, postos de revezamento, postos de revezamento para chegada e retorno para Bento Gonçalves
11) Guarda volumes
12) Simpósio técnico, 17hs na Casa das Artes, vizinho ao Grande Hotel DallOnder
13) Cronometragem com chip
14) Serviço fotográfico – FOCO RADICAL

Se ainda não se inscreveu, corra! Pois é só até o dia 28 de março.

Maiores informações em: Wine Run

segunda-feira, 24 de março de 2014

Você gosta tanto de vinhos que colocaria o nome de uvas em seus filhos?

O gosto por vinhos fez o casal de São José dos Campos Isabella Franco, de 35 anos, e Lucas Lacaz Ruiz, de 47 anos, buscar nas uvas a inspiração para dar nome aos três filhos que foram registrados como Syrah Luiza, João Malbec e Natasha Chardonnay.
 
A decisão chamou a atenção de amigos e foi inicialmente reprovada pelos pais do casal, que já se acostumaram com a ideia, já que a neta mais velha, Syrah Luiza, completa 11 anos em julho. João Malbec tem 9 anos e Natasha Chardonnay completa 1 ano em abril.
 
Syrah e Malbec em um vinhedo no Chile.
(Foto: Isabella Franco /Arquivo pessoal)
“A gente gosta muito de tomar vinho e, durante uma conversa no começo do namoro, decidimos que nossa primeira filha se chamaria Syrah, que é o nome da uva que mais gosto. Depois, quando o Lucas sugeriu Malbec para o nosso segundo filho eu fiquei na dúvida, mas fui convencida porque colocamos um nome mais comum, o João, primeiro”, disse Isabella.
 
Para registrar a filha como Syrah Luiza, em 2003, eles tiveram que pedir autorização judicial, já que o cartório se recusou a fazer o registro alegando que o nome era incomum e não podia ser considerado nome próprio. “De maneira alguma estamos expondo ao ridículo ou de maneira pejorativa nossa filha”, afirmou Lucas no pedido feito ao juiz, que decidiu aprovar o registro.
 
Todos os documentos necessários para pedir o registro do nome são guardados com carinho pelo casal, que reúne na mesma pasta livros sobre a origem do nome das uvas, jornais com reportagens sobre uvas e fotografias de videiras. Além disso, o casal levou os filhos mais velhos para conhecer plantações de uvas durante uma viagem ao Chile no ano passado.
 
Avaliação
 
As crianças aprovam o nome escolhido pelos pais, mas dizem que sempre precisam explicar o significado. “Uma vez pisei no pé de uma menina sem querer no colégio e ela disse que eu sou ruim e por isso meu nome é Malbec”, contou João, de 9 anos, em tom de brincadeira.
 
Syrah Luiza diz que gosta de ter um nome incomum. “Acho lindo meu nome”, afirmou. Segundo ela, a única complicação é explicar aos amigos a pronúncia correta do seu nome, mas que depois de um tempo todo mundo acostuma.

Lucas e Isabella com João Malbec, Natasha Chardonnay
e Syrah Luiza (Foto: Lucas Lacaz/Arquivo Pessoal).
Fonte: G1

Condomínio para enófilos

Condomínio vitivinícola é uma novidade na Serra Gaúcha. O projeto foi lançado pelo Spa do Vinho para o Vale dos Vinhedos e vai receber R$ 25 milhões em investimentos.
 
A ideia é ampliar o negócio do Spa de hotel para uma espécie de condomínio. Os amantes do vinho poderão cultivar e produzir sua própria bebida. A inspiração veio de regiões como Napa Valley e Mendonza.
 
Quem se torna integrante da confraria compra um lote de vinhedo, além de apartamento ou suíte no hotel. Cada proprietário tem, pelo menos, direito a ficar quatro semanas no hotel para garantir presença nas etapas da vitivinicultura, nas diferentes estações do ano.
 
Os proprietários poderão transformar em vinho a sua parte do parreiral. Também escolherão a rotulagem. Os membros da Confraria Spa do Vinho também podem vender seus vinhos. O Merlot VE 2005, por exemplo, é comercializado a R$ 400 a garrafa.

Douro para o dia a dia

Depois de quase dois anos voltei a comprar um vinho do Club des Sommeliers, que possui uma proposta de vinhos para o dia a dia com um bom custo  versus benefício.
 
Desta vez a minha escolha foi um corte de três uvas:  Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz da região do Douro, produzido pela Cavipor.
 
Visualmente mostrou cor rubi com reflexos violáceos e boa formação de lágrimas. No nariz aromas de fruta madura e discretas notas de especiarias. Em boca um vinho de corpo médio, com taninos macios e boa acidez. Final de boca seco, de média intensidade e com a com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Vinho jovem e correto, que não ganhará com a guarda e que cumpre o que se propõe: ser um vinho simples, descompromissado e para o dia dia.
 
Degustei com o amigo Juberlan e harmonizamos com linguiça e queijo.
 
O Rótulo
 
Vinho: Club des Sommeliers
Tipo: Tinto
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
Safra: 2012
País: Portugal
Região: Douro
Produtor: Cavipor
Graduação: 12,5%
Onde comprar em Recife: Grupo Pão de Açúcar
Preço Médio: R$ 25,00
Temperatura de serviço: 16 graus

Vem aí o Malbec World Day

Está chegando mais um Malbec World Day em sua quarta edição, onde mais de 60 eventos estão programados para acontecer em 55 cidades de 44 países pelo mundo.
 
O evento é uma celebração a casta tinta ícone da Argentina e este ano o tema é: "Al don del Malbec" (Ao som da Malbec). Desde as suas antigas origens, as comemorações em torno do vinho tem foco na libertação dos sentidos através da sensualidade e do movimento. Então, a ideia da campanha é buscar, através da música, mostrar a qualidade rítmica dos vinhos argentinos. O ritmo da Malbec é como o seu sabor: indomável, intenso e vigoroso.
 
 
Neste contexto irão ser realizados uma série de eventos, promoções e atividades on-line nos principais mercados do mundo e juntamente com o Ministério das Relações Exteriores e Culto da Nação Argentina e os governos provinciais da Argentina. Além disso, esta iniciativa está enquadrada no plano estratégico vitivinícola argentino até 2020, que é coordenado pela Corporação vitivinícola Argentina (COVIAR).
 
Principais eventos: 
  • Buenos Aires - Malbec Making Noise (4 de abril)
  • San Pablo - Malbec World Day (8 de abril)
  • Lima - Malbec World Day (11 de abril)
  • Nova York - Cambalache (16 e 17 de abril)
  • México DF - Malbec World Day (26 de abril)
  • Londres - Cambalache (30 de abril e 1 de maio)
 
Fonte: WofA

domingo, 23 de março de 2014

De nossos hermanos é o melhor vinho do mundo

O Famiglia Biachi Reserva Malbec 2012, da vinícola Casa Bianchi, de Mendoza, foi escolhido como o “Melhor Vinho Tinto Seco do Mundo”, entre mais de 3,5 mil vinhos de 41 países.
 
“El Tropheé” é a máxima distinção do concurso Vinalies Internationales 2014, concedida pela União de Enólogos da França. O vinho argentino obteve o maior número de votos dos 150 jurados internacionais, junto com outra vinícola francesa. Segundo os criadores do concurso, o vinho argentino premiado se destaca por seus aromas que seduzem por sua complexidade e intensidade.
 
 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Vinícola catarinense lança vinho em taça

A vinícola catarinense Villaggio Grando, de Água Doce, sai na frente com a inovação do vinho em taça. É a primeira do Brasil a embalar vinho em taça descartável. Fez uma parceria com a empresa Bendito Vinho de São Paulo. O preço ao consumidor será entre R$ 10 e R$ 15 e os produtos estarão no mercado no segundo semestre.
 
Vinho emvasado em taça já é vendido na França e na Itália e é ótimo para eventos. Testamos o produto na taça descartável e comprovamos que a qualidade não é alterada - disse o diretor comercial da vinícola, Guilherme Grando.
 
Segundo ele, é uma opção para grandes eventos, como partidas de futebol. O design foi elaborado pela empresa Desenho Aplicado, do designer Adriano de Luca. Uma das mais belas vinícolas boutiques do Brasil, a Villagio vai produzir este ano cerca de 120 mil garrafas.

Bueno Paralelo 31° 2010

Galvão Bueno é uma figura pra lá de polêmica, agrada alguns e cria outras emoções contrárias as suas narrações e personalidade em muitos outros, mas deixando a pessoa de lado vamos falar hoje sobre um dos vinhos produzidos pela Bueno Bellavista Estate.
 
Contudo antes de falar sobre o vinho deixe-me falar um pouco sobre como essa figura começou a produzir vinhos.
 
Galvão Bueno possui uma área de terras na Campanha Gaúcha - a Bellavista Estate - vizinha aos vinhedos da Seival, pertencentes à Miolo. Grande apreciador de vinhos, o jornalista decidiu fazer uma parceria com a vinícola e iniciou a plantação de uvas em suas terras para serem vinificadas e comercializadas pela Miolo.
 
A Bueno Bellavista Estate está localizada na Campanha Gaúcha, local reconhecido como uma das regiões mais promissoras para o cultivo de uvas, o Paralelo 31 – faixa do planeta onde se encontram algumas das melhores regiões vitivinícolas do mundo (Australia, Nova Zelandia, Africa do Sul, Argentina e Chile).
 
Os produtos têm a assinatura do renomado winemaker francês Michel Roland e foram elaborados com a orientação técnica dos enólogos da Miolo.
 
A parceria deu tão certo, com tão bons resultados para ambos os lados, que no início de 2013, Galvão Bueno passou a ser, oficialmente, o 5° sócio do Miolo Wine Group, juntando-se às famílias Miolo, Benedetti, Tecchio e Randon.
 
Vamos ao vinho! Visualmente mostrou cor rubi escura com halo violáceoo e lágrimas grossas e lentas. No nariz aromas de fruta madura (ameixa e amoras), violetas, pimenta, café e tostado. Em boca repetiu a fruta e notas conferidas pela passagem em barricas de carvalho. Taninos redondos, boa acidez e com equilíbrio com o álcool. Bom corpo e boa persistência.

Bebi na companhia de Fernanda  no último sábado e harmonizamos com um risoto nordestino.
 
O Rótulo

Vinho: Bueno Paralelo 31°
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot
Safra: 2010
País: Brasil
Região: Campanha
Produtor: Bueno Wines
Enólogo: Michel Rolland
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 80,00 (R$ 40,00 na promoção)
Temperatura de serviço: 16°

quinta-feira, 20 de março de 2014

Produção e venda de vinho colonial é regularizada

A presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto de lei que tipifica o vinho produzido por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural. Resultado da sanção, a Lei 12.959/2014 estabelece requisitos e limites de produção e comercialização dos chamados vinhos coloniais, e foi publicada no "Diário Oficial da União " desta quinta-feira (20), com apenas um veto.
 
O texto exige que a bebida tipificada como "colonial" seja elaborada com no mínimo 70% de uvas colhidas no imóvel rural do próprio produtor, até o limite de 20 mil litros por ano. A produção deve ser vendida diretamente ao consumidor final, no local da produção, em estabelecimento mantido por associação ou cooperativa de produtores ou em feiras de agricultura familiar.
 
A padronização e o envasilhamento devem ser feitos no imóvel rural do agricultor, sob supervisão de responsável técnico habilitado. A lei também trata de procedimentos de registro desses vinhos e seus produtores.
 
O trecho vetado do projeto previa a comercialização do vinho colonial "por meio de emissão de nota do talão de produtor rural".
 
A presidente Dilma Rousseff justificou, na mensagem de veto ao Poder Legislativo, que o dispositivo poderia ser interpretado como desobrigação de emissão de nota fiscal, necessária na sistemática de arrecadação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

quarta-feira, 19 de março de 2014

O vinho mais admirado do mundo

 
As Marcas de Vinho Mais Admiradas do Mundo é uma pesquisa abrangente da indústria de vinho. Este ano, a Drinks Internacional recolheus votos de mais de 200 profissionais do vinho, incluindo Masters of Wine, consultores, escritores de vinho, varejistas, educadores, os compradores e os analistas.
 
Figurando no topo da lista vem a Torres, seguida pela Casillero del Diablo e Château Latour...

Abaixo a lista completa com as 50 Marcas Mais Admiradas do Mundo.

Baron Philippe de Rothschild Cadet d´Oc Pinot Noir 2012

Tenho certo apreço pela Pinot Noir e para comemorar o dia internacional da mulher abri um tinto francês desta varietal para acompanhar um fondue de queijo na companhia dos meus pais e de Fernanda.
 
O Baron Philippe de Rothschild Cadet d´Oc Pinot Noir é produzido pela vinícola Baron Philippe de Rothschild, que é um dos nomes mais conhecidos no mundo do vinho e que engarrafa toda sua produção desde 1920, quando ainda era costuma vernder a produção em barricas.
 
Atualmente, a baronesa Philippine de Rothschild comanda com seus dois filhos, Philippe e Julien, três grandes Châteaux em Pauillac: Château Mouton 1er Cru, Château d’Armailhac Grand Cru e Clerc Milon Grand Cru. A baronesa preside o Conselho e é acionista majoritária da Baron Philippe de Rothschild S.A., maior exportador de vinhos de Bordeaux. Com a morte de seu pai em 1988, Philippine assumiu todas as responsabilidades das empresas. Nos anos de 1991, criou um vinho premium branco, o Aile d’ Argent e, em 1994, lançou o segundo rótulo do Mouton, com o nome de Le Petit Mouton de Rothschild.
 
Visualmente o vinho mostrou uma cor vermelho cereja, com halo translúcido e lágrimas finas e lentas. No nariz muita fruta madura, notas florais (rosas e cravo), de caramelo, baunilha e discreto tostado. Em boca trouxe a repetição da fruta madura, maciez e acidez moderada. Vinho de corpo médio e com final de boca de boa persistência.
 
O Rótulo

Vinho: Baron Philippe de Rothschild Cadet d´Oc
Tipo: Tinto
Castas: Pinot Noir
Safra: 2011
País: França
Região: Languedoc
Produtor: Baron Philippe de Rothschild
Graduação: 13%
Onde comprar: Wine
Preço médio: R$ 45,00 (R$ 33,50 na promoção)
Temperatura de serviço: 16°

terça-feira, 18 de março de 2014

Carros raros e vinhos em um rally dos sonhos

O Rally de las Bodegas, evento que combina paixão por carros esportivos clássicos, rotas de vinho e as paisagens da Cordilheira dos Andes em Mendoza, na Argentina, ocorreu entre os dias 13 a 15 de março, em sua décima segunda edição, onde os participantes, com seus carros antigos, percorreram diversas vinícolas em provas de tempo.
 
Os três dias de atividades do Rally de las Bodegas, organizado pela Club Mendoza Clasicos & Sport, passou por vinícolas consagradas como Cheval des Andes, Pulenta Estate, Danto Robino, entre outras. As provas visam a regularidade e o tempo, com os competidores se mantendo a uma velocidade inferior a 50 km/h. O evento foi declarado como sendo Interesse Turístico Nacional pelo Ministério do Turismo da Argentina, e faz parte do calendário oficial da Vindima 2014.


Fonte: RDLB