sábado, 31 de dezembro de 2011

Mais que uma última edição de 2011

Do novo ao velho e ao novo velho e ao novo e ao velho e ao novo novamente. Não é rima, nem poema, nem um jogo de palavras e muito menos um erro de ortografia, trata-se de uma viagem pelo mundo do vinho. Assim foi a última edição do Jantar de Harmonização de 2011 (a nossa quarta edição) e tudo não poderia ter acontecido em lugar diferente: a casa dos Confrades Juberlan e Rejane - onde tudo começou como uma brincadeira descompromissada - há quase quatro meses atrás, na Primeira Edição do Jantar de Harmonização.


Essa imagem acima mostra o passeio que fizemos durante a agradável noite de 28.12.2011. Iniciamos na Argentina, viajamos a Cotes du Rhône - França, nos dividimos na ponte aérea: uns foram ao Chile e outros a Portugal, depois nos encontramos no Vale do São Francisco - Brasil e daqui para Itália e de lá voltamos ao Chile, findando nossa viagem pelo mundo do vinho.

Primeiro porto: Mendoza - Argentina, é de lá que vem o primeiro rótulo da noite - o Latitute 33º Malbec, quando ainda preparávamos os pratos e acompanhamentos da noite. Um vinho da Bodega Chandon, fundada em 1959 em Mendoza, sendo a primeira filial da Moëte & Chandon  fora da França. O vinho leva o nome por situar-se exatamente na Latitute 33º, a qual une solo, clima e a água mais pura proveniente da Cordilheira dos Andes.

O Latitute 33º Malbec mostrou cor rubi com toques violácios, lágrimas finas, abundantes e lentas. Seu bouquet mostrou frutas vermelhas - morango e cereja - com um pouco de madeira. Em boca manteve o frutado do aroma, com taninos levemente adocicados, de pouco adistrigência, porém bem integrado a acidez e ao álcool, que em momento algum sobresaiu. Pela sua suavidade pode ser tranquilamente degustado sem acompanhamento, mas cairia bem com queijos duros e uma carne vermelha sem molho.

O Rótulo

Vinho: Latitude 33º
Tipo: Tinto
Castas: Malbec
Safra: 2010
País: Argentina
Região: Mendoza
Produtor: Bodega Chandon
Graduação: 14,0%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 25,00
Temperatura de serviço: 16º

Atenção passageiros, desembarcaremos na Região de Cotes du Rhône em alguns minutos. Passamos ao segundo rótulo, um velho conhecido do blog e de safra já comentada aqui, o: Cotes du Rhône Abel Pinchard - Loron et Fill's (Beaujolais) 2010, um vinho sem grande complexidade, mas muito agradável e ótimo para ocasiões descontraídas e para o dia a dia. Harmonizamos com bruschettas de tomate.


Chegamos aos pratos principais da noite e dos vinhos para harmonização com cada um deles. Primeiro falemos do grupo que seguiu para o Chile e degustou o ícone da noite: o Assemblage Casillero del Diablo Reserva Privada Cabernet Sauvignon - Syrah 2008.

Escolhemos o pernil de cordeiro dessossado temperado com vinho, alecrim e ervas finas desidratadas para harmonizar com esse rótulo da Concha y Toro, a primeira garrafa a ser degustada dentre as quatro adquiras em Montivideo em Março de 2011.

A linha Casillero del Diablo é a mais conhecida da vinícola Concha y Toro e se tornou uma espécie de ícone de vinhos chilenos no mercado global, vendido em mais de 120 países. É também o vinho do Chile mais consumido no Brasil. A linha Reserva Privada é elaborada em anos que as safras são especias e a de 2005, por exemplo, teve estimativa de guarda de 10 anos.

O Casillero del Diablo Reserva Privada é um assemblage elaborado a partir de uvas selecionadas de vinhedos situados nas zonas de Pirque e Peumo.

A Mescla é composta principalmente pelo Cabernet Sauvignon proveniente de Pirque, lugar de origem do Casillero del Diablo, no Vale do Maipo e pelo Syrah que provém dos cerros de Peumo no Vale de Rapel.



Cada garrafa do Casillero del Diablo Reserva Privada permanece em barricas de carvalho francês durante 14 meses alcançando assim uma maior complexidade no vinho.

O vinho mostrou cor vermelho rubi profunda, intensa e brilhante, com uma maravilhosa chuva de lágrimas, finas, simétricas e rápidas. Aromas de frutas escuras como a framboesa e a ameixa e ainda de tostado e baunilha, provenientes dos meses de guarda em barricas. Em boca mostrou-se firme e bem estruturado, com taninos redondos, suaves e elegantes, e um bom equilíbrio entre a fruta, a madeira, a acidez e o álcool. Um vinho com mais uns anos de guarda... Ainda tenho três garrafas, só não sei se aguento esperar mais dois ou três anos para degustalas.

Ponto baixo do vinho: a rolha partiu-se em duas. Apesar de ser uma rolha diferenciada e padronizada a rolha mostrou-se pouco consistente e "fofa", algo que tenho percebido nos vinhos da Concha y Toro.

O Rótulo

Vinho: Casillero del Diablo Reserva Privada
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon 65% e Syrah 35%
Safra: 2008
País: Chile
Região: Valle del Maipo
Produtor: Concha y Toro
Enólogo: Marcelo Papa
Graduação: 14,5%
Onde comprar: RM Express, Pescadeiro
Preço médio: R$ 80,00 (essa foi $ 18,5 em Montivideo)
Temperatura de serviço: 16º

Fernanda e Rejane, foram a Portugal. Elas degustaram o Vinho Verde D.O.C. Pingo Doce 2006, um rótulo presenteado ao Confrade Juberlan por uma amiga. Parte da garrafa pode ser vista na quarta imagem: de cima para baixo. Pesquisei bastante, mas não encontrei nada sobre o vinho.

Os rótulos não fornecem muitas informações, usual nos vinhos do velho mundo, que em sua maioria, pelo menos os degustados por mim, não mostram sequer as castas utilizadas.
O vinho é de uma safra relativamente antiga (2006) e possivelmente não mostrou as características que ele apresentaria se fosse degustado ainda jovem.

O Vinho Verde é único no mundo. Um vinho naturalmente leve e fresco, produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no noroeste de Portugal, uma região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos. Berço da carismática casta Alvarinho e produtora de vinhos de lote únicos, a Região dos Vinhos Verdes festejou em 2008 o centenário da sua demarcação.

Com baixo teor alcoólico, e portanto menos calórico (as mulheres adoram... risos), o Vinho Verde é um vinho frutado, fácil de beber, ótimo como aperitivo ou em harmonização com refeições leves e equilibradas: saladas, peixes, mariscos, carnes brancas, tapas, sushi, sashimi e outros pratos internacionais.

O Vinho Verde D.O.C. Pingo Doce 2006 mostrou cor amarelo ouro, com tons queimados. De aroma adocicado e de damasco em conserva. Em boca mostrou-se doce, com sabor de damasco repetindo-se e média intensidade com leve acidez. Certamente não mostrou o que os vinhos verdes mostram muito claramente: o frescor. Foi harmonizado com Salmão temperado com azeite, alecrim e sal, acompanhado de berinjela.

O Rótulo

Vinho: Vinho Verde D.O.C. Pingo Doce
Tipo: Branco
Castas: Não informado no rótulo
Safra: 2006
País: Portugal
Região: Demarcada de Vinhos Verdes
Produtor: Não informado no Rótulo
Graduação: 10,5%
Onde comprar: ?
Preço médio: ?
Temperatura de serviço: 12º

Findos os rótulos das harmonizações: Casillero e Vinho Verde, embarcamos com destino ao Vale do São Francisco, Brasil e passamos a outro rótulo também já conhecido e comentado no Blog: o Paralelo 8. E por tratar-se também da mesma safra não voltarei a tecer comentários e notas sobre a degustação, quem quiser relembrar basta clicar no link com o nome do vinho.

Chegou a hora de voltar ao velho mundo, mas perdoem-me a franqueza e sinceridade, melhor teria se não tivéssemos ido. Degustamos o 6 rótulo da noite, o Italiano: Collezione Danti Primitivo Salento 2008, que curiosamente é de uma uva que há tempos venho querendo degustar: a Zinfandel.

Um vinho de cor rubi escura, quase negra, sem vivacidade e sem brilho, com lágrimas raras e lentas. No nariz apesar da fruta estar presente o que marcou foi o doce, talvez o côco e que não mudou muito com a evolução, o doce parece até ter ficado ainda mais intenso. Em boca os aromas adocicados foram tão acentuados que tornou a primeira impressão algo um tanto quanto desagradável e o que poderia amenizar parece não ter aparecido: o álcool.

O Rótulo
Vinho: Collezione Danti Primitivo Salento
Tipo: Tinto
Castas: Primitivo (Conhecida nos Estados Unidos como Zinfandel)
Safra: 2008
País: Itália
Região: ?
Produtor: Angelo Rocca & Figli SnC
Graduação: 13%
Onde comprar: ?
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 17º

Hora de arrumar as malas, lavar as taças e voltar ao novo mundo para degustar o último rótulo da noite: o chileno Luis Felipe Edwards 2010.

O vinho mostrou cor rubi brilhante com tons violáceos, lágrimas finas e lentas. Seus aromas mostra um pouco de fruta, um monte de pimentão verde e leve toque de madeira. Em boca taninos rendondos e bem integrados a acidez e ao álcool, sem falar que o pimentão voltou e mostrou-se bem evidente. Quando comparado a outros Carmeneres achei que este apresentou muito o legume deixando seu sabor levemente desagradável. 

O Rótulo
Vinho: Luis Felipe Edwards
Tipo: Tinto
Castas: Carménère
Safra: 2010
País: Chile
Região: Valle Central
Produtor: Luis Felipe Edwards
Graduação: 13%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 20,00
Temperatura de serviço: 17º

O ano finda, agradeço as novas amizades e aos agradáveis encontros para degustar vinhos e conversar. Momentos que tenho certeza que se repetirão. Obrigado aos anfitriões pela acolhida e pela amizade e aos demais pela companhia. Um ótimo 2012 para todos.


Tim Tim!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Último review de Jay Miller tem vinho de 99 pontos na Argentina

Jay Miller - avaliador que trabalhou para o site Wine Advocate, do famoso crítico de vinhos Robert Parker - divulgou seu último "report" sobre os vinhos da Argentina antes de se afastar completamente do site. Nesse último review, Miller, que também era responsável pela avaliação dos vinhos da Espanha, deu uma nota 99, repetindo a pontuação mais alta em mais de cinco anos de avaliações, e cinco 98 para os argentinos.


O crítico, que foi afastado devido a denúncias de favorecer alguns produtores espanhóis, escreveu: "Este é meu último relatório para a Argentina para a Wine Advocate, já que decidi voltar a prestar consultoria para minha antiga loja de vinhos". Em seguida, acrescentou: "Nos últimos cinco anos, a região argentina passou por transformações dramáticas. Quando fiz minha primeira avaliação em 2007, avaliei mais vinhos argentinos do que em todos os 28 anos no qual trabalhei para essa publicação. Agora, a Argentina, segundo as últimas estatísticas, é um dos top 3 no mercado americano, junto com Espanha e Chile".

"Baseado no que ouvi e observei, as coisas estão boas para os argentinos. O mercado americano não está saturado. Enquanto a economia melhora gradualmente, a Argentina pode esperar que seus vinhos mais caros (acima de US$ 20) vão ganhar em vendas gradualmente e seus vinhos de bom custo-benefícios continuarão imbatíveis", completou.

O vinho que recebeu 99 pontos foi o Achaval Ferrer Finca Altamira La Consulta 2009. Essa é a maior pontuação já recebida por um vinho argentino, igualando a marca do Viña Cobos Malbec Marchiori Vineyard 2006, que teve esta nota em 2009. Os 98 pontos foram Achaval Ferrer Finca Bella Vista 2009, Achaval Ferrer Tempous 2008, Viña Cobos Malbec Marchiori Vineyard 2009 e Nicolas Catena Zapata 2008.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Rapariga da Quinta Colheita Selecionada 2008

Produzido na região do Alentejo, em Portugal, pelo enólogo Luís Duarte, este vinho tinto tem uma relação custo-benefício excelente. Luís Duarte foi o enólogo responsável por projetos vínicos de referência na Herdade do Esporão e, mais recentemente, na Herdade dos Grous. Atualmente dedica-se aos seus projetos pessoais, criando marcas de vinho aclamadas pela crítica nacional e internacional.
 
Recentemente foi nomeado para "BEST WINEMAKER OF THE YEAR 2010" nos WINE AWARDS promovidos pela conceituada revista Alemã de vinhos "Der Feinschemecker", depois de ter sido o único enólogo a alcançar por 2 vezes o título de "ENÓLOGO DO ANO" (1999 e 2007) atribuído pela "Revista de Vinhos".
 
O Rapariga da Quinta Colheita Selecionada é elaborado a partir das castas Alicante Buschet, Aragonês e Trincadeira. Estagiou durante seis meses em barricas de carvalho americano.
 
Apresenta cor rubi de média concentração, lágrimas finas, rápidas e abundantes. Com aromas de frutos  vermelhos maduras e um leve toque de madeira. Em boca as frutas voltam e envolvem toda a boca. com taninos, acidez e álcool bem integrados, aliás, mesmo com seus 14,5%, em momento algum o álcool agride.
 
Um vinho fácil de agradar e harmonizar. Degustei este tinto com um tender no último dia 25.
 
O Rótulo

Vinho: Rapariga da Quinta Colheita Selecionada
Tipo: Tinto
Castas: Alicante Buschet, Aragonês e Trincadeira.
Safra: 2008
País: Portugal
Região: Alentejo
Produtor: Luis Duarte Vinhos
Graduação: 14,5%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 35,00
Temperatura de serviço: 16º

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pesquisa mostra que consumidores escolhem vinho de acordo com sua personalidade! Será?

Uma pesquisa feita em lojas da rede Oddbins, na Inglaterra, mostrou que as pessoas escolhem vinhos de acordo com a sua personalidade e temperamento.

Cerca de 3000 consumidores de 37 lojas experimentaram diferentes amostras de vinho e depois responderam um questionário sobre sua personalidade e qual tinha sido seu vinho preferido.

Com os 12 vinhos mais citados, os pesquisadores foram capazes de fazer uma combinação entre a escolha do vinho e a personalidade das pessoas.

"As pessoas mais sérias e pensativas escolhem um tinto mais encorpado, enquanto pessoas mais extrovertidas preferem algo mais leve como um rose" disse diretora da Oddbins, Ayo akintola.

Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Los Vascos Cabernet Sauvignon 2009

Esse possivelmente foi último vinho que degustei antes do Natal. Um Cabernet Sauvignon de uma das vinícula chilena fundada no  fim da década de 80: a Viña Los Vascos, que foi "criada" exclusivamente para a exportação de vinhos finos. Porém, como propriedade vinícola, existe há mais de 200 anos, sendo uma das propriedades mais tradicionais e antigas do Chile.

Em 1988 Gilbert Rokvam, que na época era Diretor Técnico do Chateau Lafite, viajou ao Chile com a incumbência de encontrar um lugar para criar um vinho com as melhores características de qualidade. Depois de visitar mais de 30 propriedades diferentes em todo o país, a prestigiada marca francesa se associou com a família Eyzaguirre, com a intenção de criar o melhor vinho que aquela terra pudesse produzir: Um vinho chileno, mas com toque francês.
 
Los Vascos Cabernet Sauvignon é um vinho produzido pela Domaines Barons de Rothschild, a mesma do Chateau Lafite. Trata-se de um vinho tipicamente bordalês.
 
Um vinho de cor rubi intensa, com halo violáceo-púrpura, com lágrimas finas e rápidas, mostrando o álcool. Seus aromas mostrans-e com notas frutadas (pricipalmente ameixas maduras), de especiarias (pimenta-do-reino), menta e chocolate. Em boca mostra taninos redondos com acidez e álcool bem equilibrados. A madeira é bem evidente e mostra um final de boca persistente.
 
Degustei sem acompanhamento, mas deve cair muito bem como uma carne vermelha e gorda.
 
O Rótulo

Vinho: Los Vascos
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2009
País: Chile
Região: Valle del Colchagua
Produtor: Viña Los Vascos - Domaines Baron de Rothschild (Latife)
Graduação: 14%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 17º - 18º

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pesquisa mostra que beber vinho retarda progressão da Esclerose Múltipla

Pesquisadores de uma clínica de neurologia e psicologia na Bélgica descobriram que o vinho retarda a progressão da Esclerose múltipla.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica que causa fraqueza muscular, rigidez e dores nas articulações e perda da coordenação motora.

A pesquisa publicada no European Journal of Neurology (Jornal Europeu de Neurologia) examinou 1431 pessoas com a doença e comparou os sintomas apresentados com seus hábitos de consumo.

As pessoas que beberam cerca de sete copos de vinho por semana tinham o que foi chamado de "efeito proteção", os sintomas não avançavam; o mesmo foi observado em pessoas que bebiam café e comiam peixe regularmente.

Ainda não se sabe por que o vinho provoca esse efeito, por isso a autora da pesquisa, Marie D'Hooghe, neurologista no Centro Nacional para Esclerose Múltipla, diz que são necessárias mais pesquisas para explicar os resultados.

Como possível explicação o estudo oferece uma sugestão - resveratrol, um componente abundante em vinhos tintos, conhecido por ter efeitos antiinflamatórios. "Em modelos experimentais, [resveratrol] mostrou proteção contra vários problemas neurológicos" revela a pesquisa.

No entanto, os autores avisam que Esclerose Múltipla é uma doença e que não se deve beber vinho como forma de tratamento.

Fonte: Revista Adega

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Grandes Pintores e o Vinho - Número 9


El Gusto - Jan Brueghel I (1618)

Jan Brueghel o velho (Bruxelas, 1568 — Antuérpia, 1625) foi um dos mais notáveis pintores quinhentistas flamencos. Segundo filho de Pieter Brueghel o velho, irmão de Pieter Brueghel o jovem e pai de Jan Brueghel o jovem, Jan é muito conhecido pelas suas naturalistas paisagens campestres ou pelos seus realistas bouquets de flores.

El Gusto pertence a um conjunto de pinturas alegóricas em que Brueghel representou os 5 sentidos. Neste é visível uma sala cheia de manjares. El gusto ou paladar é um dos sentidos que pode ser estimulado na degustação de vinhos, juntando-se a ele, visão, olfato e tato.



domingo, 18 de dezembro de 2011

Benefícios do Vinho para a Saúde: Entrevista com Gustavo Paulo

Embaixo da água




O comerciante e produtor de vinhos italiano Piero Lugano encontrou uma maneira curiosa de driblar a falta de espaço de sua loja para envelhecer seus vinhos: projetando uma adega subterrânea. Aproveitando a proximidade de sua cidade, Chiavari, com o Mediterrâneo, e também as condições perfeitas de pressão, temperatura e (falta de) luminosidade, Lugano depositou 6.500 garrafas em gaiolas de aço inoxidável a 200 metros abaixo do nível do mar. Para isso, precisou obter a autorização da marinha nacional, que garantiu que a ação não causaria nenhum impacto ambiental.

Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lutando contra sabores desagradáveis no vinho

Cientistas na Austrália sequenciaram o genoma da brettanomyces, uma levedura responsável pela produção de sabores indesejáveis ao vinho. Eles esperam que a descoberta possa ser usada para eliminar problemas de vinificação.

A brettanomyces pode estar presente em algumas vinhas, contaminando os barris ou outros recipientes de armazenagem da adega.

Quando a brettanomyces está presente no vinho em níveis suficientemente altos, ela pode produzir sabores desagradáveis, variando de couro a caça, metal ou medicinal.

Uma equipe do “Australian Wine Research Institute” - AWRI, liderada pelo pesquisador Chris Curtin, anunciou o seqüenciamento genético da Dekkera bruxellensis, a levedura responsável pelo que muitos degustadores chaman de "brett". A pesquisa foi publicada na edição de novembro / dezembro do “Wine and Viticulture Journal". Embora a brett não seja perigosa para a saúde humana, as opiniões divergem sobre se níveis detectáveis de brett possam destruir um vinho ou se pequenas quantidades possam aumentar sua complexidade. A maioria dos viticultores diz querer evitá-lo.

A AWRI, financiada pelas vinícolas da Austrália, acompanhadas pelo governo australiano, vem mantendo uma cruzada contra a brett desde o início dos anos 90, quando os pesquisadores notaram níveis inaceitavelmente altos de brett nos testes de laboratório de vinhos comerciais efetuados pela organização. Iniciaram então uma campanha educativa para mostrar aos enólogos como usar o dióxido de enxofre, manter a higiene da adega e o controlar o pH para se evitar a presença da levedura. Hoje, a Austrália já reduziu em 90% o número de vinhos infectados pela brett.

Em uma descoberta perturbadora, no entanto, testes com vinhos produzidos entre 1998 e 2005 identificaram uma espécie resistente ao sulfito em 85 por cento das amostras. "E continua crescendo", acrescentou Curtin. "Então sequenciamos o genoma e descobrimos que a brett tem um terceiro tipo de DNA. Achamos que encontramos o gene que está fazendo esta espécie ser mais tolerante ao sulfito. Se pudermos encontrar o seu calcanhar de Aquiles, poderemos proteger a indústria contra a brett".

Fonte: WineSpectator, dez/11

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Historiadores alemães pensam em abrir a garrafa de vinho mais antiga do mundo

Historiadores alemães estão pensando em abrir a garrafa de vinho mais antiga do mundo. A garrafa tem cerca de 1650 anos de idade e está exposta no Museu de História de Pfalz, Alemanha.
O vinho foi descoberto em 1867, e acredita-se que tenha sido produzido e enterrado com um nobre romano perto da cidade alemã de Speyer em 350 antes de cristo.
O professor Monika Christmann disse que "biologicamente ele não está estragado, mas não se sabe se será agradável ao paladar."
A garrafa foi selada com cera quente e azeite, que mantém o vinho líquido. "Nós não temos certeza se em contato com o ar ele continuará liquido ou não", disse o curador do departamento de vinhos do museu, Ludger Tekampe.

Fonte: Revista Adega

domingo, 11 de dezembro de 2011

JP Chenet Merlot Vin de Pays 2010

Eu e o confrade Juberlan sentamos no último dia 07, véspera de feriado aqui em Recife, para degustar esse francês que agradou muito, pelos aromas e sabor.
 
O JP Chenet Merlot Vin de Pays 2010 mostrou cor vermelho grená intensa, puxando para o púrpura e muito brilhante, de lágrimas lentas e abundantes. Um vinho muito aromático, destacando-se a a cereja e também goiba madura, com leve madeira. Em boca mostra-se intenso e rico com notas bastante marcantes de frutas vermelhas maduras, com taninos sedosos e delicados, álcool na medida e final médio-longo.
 
Harmonizamos com um belo Filé a Parmegiana com spaghetii: uma receita simples mas maravilhosa.
 
O Rótulo

Vinho: JP Chenet
Tipo: Tinto
Castas: Merlot
Safra: 2010
País: França
Região: Languedoc-Roussillon
Produtor: Les Caves de Landiras
Graduação: 13,5%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 16º

Miolo Cuvée Tradition Brut Rosé 2010

Alguns dias depois de harmonizar um Sauvignon Blanc com Sushi a Fernanda me convidou para comer Shushi na comemoração de um aniversário de namoro. Desta vez escolhemos um Espumante Rosé para harmonizarmos: o Miolo Tradition Brut.

O Miolo Cuvée Tradition But Rosé 2010 é um Espumante Rosé com variedades Chardonnay e Pinot Noir, cultivadas no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves e eleborado pelo Método Tradicional Champenoise. Com fermentação na própria garrafa, permanece aproximadamente 6 meses nas caves subterrâneas da Miolo.

O vinhos mostrou-se límpido, com coloração rosada, tipo cereja,  de média-alta intensidade, com leve coroa e perlage fina e constante. Um bouquet elegante de frutas vermelhas como morango, cereja  e toques de pêssego. Em boca apresentou corpo leve, acidez delicada e uma boa cremossidade com sabor de mousse de pêssego, de retrogosto refrescante e final de boca médio-longo.

Harmonizou com os Sushi's de forma fantastica. Um par que vale a pena experimentar.
O Rótulo

Vinho: Miolo Cuvée Tradition Brut
Tipo: Espumante Rosé
Castas: Chardonnay e Pinot Noir
Safra: 2010
País: Brasil
Região: Vale dos Vinhedos
Produtor: Miolo
Graduação: 11,5%
Onde comprar: Extra, RM Express...
Preço médio: R$ 40,00
Temperatura de serviço: 6º


sábado, 10 de dezembro de 2011

Jantar de harmonização - Terceira Edição

Chegou a vez da casa de Eli e Simone. E, como bom pescador Eli nos sugeriu um peixe ao forno: o Beijupirá, mas o pescador não pescou e nem seu fornecedor... risos. Vai ficar devendo macho vei, pois esse peixe não pode ficar nas nossas memórias apenas na foto, risos.


Não tendo o pescador me avisado que o mar não estava para peixe, levei para harmonizar um Grand Theatre A.O.C. Bordeaux Moelleux Blanc 2009. Mas, como tudo na casa deles tem que ter uma história ou algum fato inesperado, só ao chegarmos lá fomos informados que o peixe que viria não seria o Beijupirá e sim outros seres marítimos, como o bacalhau (com batatas ao molho branco) e outros mais presentes na comida japonesa.

Iniciamos pelos Sushi's e primos (não sei o nome desse bichos crusssssss), bolinhos de bacalhau e camarões empanados. Grand Theatre A.O.C. Bordeaux Moelleux Blanc 2009 consegiu cumprir seu papel na harmonização e ainda por cima agradou as mulheres e o pisca Eli, que assim como o Juberlan não é adepto dos brancos, dos vinhos hein, com essa onda de preconceito não dá para deixar frases dúbias... risos.


O Grand Theatre A.O.C. Bordeaux Moelleux  Blanc 2009 mostrou cor amarelo cintilante, com tons esverdeados. Um bouquet refrescante de frutas cítricas. Em boca manteve o frescor dos aromas e apresentou-se com acidez e ácool bastante equilibrados.

O Rótulo

Vinho: Grand Theatre A.O.C. Bordeaux Moelleux
Tipo: Branco
Castas: Sauvignon Blan
Safra: 2009
Garrafa: Cette Bouteille parte le 11529
País: França
Região: Bordeaux
Produtor: Grand Theatre
Graduação: 12,5%
Onde comprar: RM Express
Preço médio: R$ 30,00
Temperatura de serviço: 12º
Outros pares pare este vinho: Ostras e saladas


Degustamos ainda o Vin de Pays des Bouches du Rhône Tinto 2010, outro francês. Intenso e frutado, este moderno vinho francês tem aromas deliciosos e intensos, além de paladar concentrado e textura macia.

O Rótulo

Vinho: Vin de Pays des Bouches du Rhône
Tipo: Tinto
Castas: Grenache, Syrah, Cinsault
Safra: 2010
País: França
Região: Bouches du Rhône
Produtor:
Graduação: 12,5%
Onde comprar: Sam's Club
Preço médio: R$ 25,00
Temperatura de serviço: 15º



Batemos um papo descontraído, degustamos bons vinhos e harmonizamos com uma boa comida. Que esses momentos se repitam muitas e muitas vezes.