sábado, 29 de junho de 2013

Cortiça de rosca

Corticeira Amorim e a O-I, o maior fabricante mundial de recipientes de vidro, apresentam hoje, na Vinexpo, em Bordéus, o resultado de quatro anos de investigação e desenvolvimento conjuntos: o sistema de abertura fácil com cortiça.

O Helix, assim foi batizado o novo conceito, combina uma rolha de cortiça ergonomicamente desenvolvida e uma garrafa de vidro com rosca no interior do gargalo que permite não só uma abertura simples, como uma fácil reinserção da rolha.
 
O novo conceito é hoje apresentado naquela que é a maior feira de vinhos do mundo, mas as primeira garrafas só deverão chegar às prateleiras dos supermercado durante o próximo ano. Destina-se ao segmento de vinhos tranquilos de consumo rápido, ou seja, com preço ao consumidor a situar-se entre os cinco e os dez euros.

Carlos de Jesus, responsável de comunicação da Corticeira Amorim, salienta que este é o resultado de uma parceria "iniciada há quatro anos", entre os dois líderes mundiais do setor corticeiro e do vidro, que, em conjunto, servem "mais de 16 mil caves em todo o mundo". E que receberam entusiasmo o "inovador 'packaging' de vinho de cortiça e vidro".

"O Helix foi sujeito a testes exaustivos, com mais de uma dezena de caves em todo o mundo, e a reação foi extremamente positiva. Houve uma aceitação muito importante num segmento que representa um pouco mais de 30% do consumo anual de vinho em todo o mundo", adiantou ao Dinheiro Vivo o diretor de comunicação da Corticeira Amorim. Ou seja, qualquer coisa como 4,5 mil milhões de garrafas ao ano.

Uma adega para nenhum enófilo botar defeito



Fonte: E Por Falar em Vinhos

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Gosto não se discute mesmo: empresa francesa cria vinho com sabor de coca-cola

A companhia francesa de vinhos Haussmann Famille apresentou, durante a Vinexpo, o que eles dizem ser o primeiro vinho com sabor de coca-cola do mundo.
 
Chamado de Rouge Sucette (que significa pirulito vermelho, em francês), o vinho é composto por 75% de uvas viníferas e 25% de uma mistura de água, açúcar e essência de coca. De acordo com a diretora de marketing da empresa, o resultado foi surpreendente. "Há um balanço entre o amargor do vinho e a doçura da coca que deixou tudo muito equilibrado", contou Pauline Lacombe.
 
A bebida foi desenvolvida para os bebedores mais jovens, que não têm o mesmo paladar das pessoas de mais idade. "Nós fizemos alguns testes de sabor e achamos que esse vinho seria bom para a geração Coca-Cola", explicou Lacombe.
 
De acordo com estimativas da indústria, os franceses estão desenvolvendo gosto por vinhos aromatizados. Em 2012, mais de 30 milhões de garrafas desse tipo foram vendidas, um aumento de 50% em relação ao ano anterior.
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Degustando por números: como avaliar vinhos

Por Marcelo Copello

Definição e Origem da Crítica

Criticar qualquer coisa é examiná-la racionalmente, tentando isentar-se de influências e preconceitos, atribuindo ao objeto da análise um conceito de valor. O ser humano é crítico por natureza, pois estamos permanentemente e de várias maneiras atribuindo valor a tudo, mesmo que inconscientemente. Criticar é humano e é saudável, faz parte do livre pensar e do exercício de questionar.
 
O vinho recebe por escrito seus julgamentos de valor desde a Antigüidade. Os cronistas de Roma atribuíram grande qualidade ao vinho Opimiano da safra de 121 aC. Esse fabuloso fermentado, cujo nome é uma homenagem ao então cônsul Opimius, foi um grand cru, produzido a partir de um vinhedo único chamado Falernum, na região da Campânia (onde é hoje Nápoles) e foi consumido até seus 125 anos de idade!
 
O termo 'provador' foi designado em 1793, pelos lexicógrafos franceses como "aquele cujo ofício é provar vinhos". Vinte anos depois, a palavra 'degustar' viria a surgir nos textos franceses. O primeiro livro a tentar analisar a ciência da degustação foi provavelmente 'The History of Ancient and Modern Wines', escrito em 1824 pelo Dr. Alexander Henderson. O século XIX registrou o florescimento de uma literatura voltada para as qualidades sensoriais do vinho, sua apreciação e, conseqüentemente, avaliação. Disseminava-se então crítica de vinhos.
 
A função da crítica de vinhos
 
Criticar um vinho é degustá-lo, de preferência às cegas, sem preconceitos, seguindo padrões internacionalmente aceitos, à luz da experiência prática, atribuindolhe um conceito de valor. O bom crítico é aquele que não detém o conhecimento mas o dissemina, prestando um serviço a seu leitor, orientado-o e buscando uma capacitação crítica desse leitor, para que ele pense o vinho e desenvolva seu próprio gosto e seu próprio senso de julgamento.
 
Como os vinhos são avaliados
 
Muitas são as maneiras de se avaliar tecnicamente um vinho e de atribuir valor a ele. Existem muitos métodos didáticos, e várias fichas oficiais. Mas embora cada profissional tenha seu modus operandi, suas preferências e seus segredos, os resultados convergem para pontos em comum.
 
Fala-se sempre de como o vinho interage com os órgãos dos sentidos, no caso: olhos, nariz e boca. Sempre comparando cada vinho com todos os vinhos que já degustamos na vida. Degustar é comparar. Avaliam-se cor, aromas, sabor, tato e equilíbrio geral. Alguns degustadores atribuem notas, por exemplo, à tipicidade, à evolução do vinho na taça ao longo da degustação, e à sua perspectiva de envelhecimento em adega.
 
As maneiras de contabilizar e apresentar os resultados variam bastante. Americanos preferem escalas de 100 pontos e europeus de 20, por exemplo. Adeptos mais notórios da escala de 100 pontos são a Wine Spectator, Robert Parker. A Revista de Vinhos, de Portugal, e a inglesa Jancis Robinson são dos que preferem os 0-20 pontos. A revista inglesa Decanter optou por uma simplificação, colocado estrelas, de 0 a 5.
 
Um método didático para avaliar vinhos
 
Para que nosso leitor possa se aprimorar na arte da degustação e se familiarizar com a avaliação de vinhos, sugerimos um método didático muito utilizado no Brasil, adotado pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers), o método Giancarlo Bossi.
 
Vamos descrever a ficha de degustação criada por este enólogo italiano, mas antes é bom lembrar que profissionais utilizam métodos bem mais simplificados e muitas vezes não utilizam nenhum tipo de ficha. Friso que mais importante que o método ou a ficha utilizada é a experiência do degustador, que saberá usar a técnica em seu favor e não ser usado por ela, não ficando preso a muitas regras que podem ser limitantes. Para iniciantes, no entanto, métodos didáticos podem servir de guia para uma degustação mais atenta. A ficha ao final é dividida em exame 'Visual', 'Olfativo', 'Gustativo' e 'Sensações Finais'. A parte de 'reconhecimento' não recebe notas:
 
I - exame visual (16 pontos possíveis)

Reconhecimento: Incline a taça sobre um fundo branco e analise a tonalidade e a intensidade no meio (parte mais profunda) do líquido. A cor a que devemos nos referir é a cor do centro da taça inclinado. Verifique a fluidez, girando a taça sobre a mesa e vendo o tempo que o líquido leva para retornar ao repouso. Uma referência seria: muito escorregadio = água; escorregadio = a maioria dos vinhos de mesa; denso = vinhos de sobremesa, Porto, etc.; xaroposo = licores; fiadeiro = azeite.
 
Na unha (parte final e mais fina da superfície do vinho na taça inclinada) e nas bordas do líquido, note eventuais reflexos - o reflexo nos fala do passado e do futuro do vinho, da sua ex ou futura cor. Um vinho vermelho rubi com reflexos alaranjados, por exemplo, é um vermelho rubi com sinais de idade. A ponta da unha é sempre incolor, revelando o álcool do vinho. A ponta de unha é tanto maior quanto mais envelhecido é o vinho.
 
Avaliação:
 
Limpidez: procure substâncias em suspensão; veja se o líquido está limpo. Brilhantes seriam os grandes vinhos, que chamam a atenção pela grande limpidez, chegando a brilhar. Muito límpido: a maioria. Límpido: seria um Porto sem decantar por exemplo. Velado e Turvo seriam os vinhos defeituosos.
 
Para julgar a transparência, tente ler através do líquido na taça inclinada. Muito transparente: vinhos com cor branco-papel. Transparente: lê-se através, a maioria dos vinhos. Regular: oferece dificuldade para lerse através. Opaco: vinhos de cor profunda. A nota que se dá pela qualidade da cor é um quesito de gosto pessoal. Siga seus instintos.
 
II - exame olfativo (24 pontos possíveis)
 
Reconhecimento: Primeiramente, procure sentir os aromas do vinho logo que for servido, antes de examinar a cor. Você sentirá dessa maneira aromas muito voláteis e efêmeros, que não serão sentidos mais ao longo da degustação. Aromas como sulfa, cacau e café às vezes aparecem apenas no início da degustação.
 
Depois do exame visual, analise com mais calma a parte olfativa. Esse momento exige concentração. Colocando-se o nariz na parte de baixo da abertura da taça você sentirá os aromas mais pesados, que se volatizam por esta parte da taça. Colocando-se o nariz na parte de cima, você sentirá aromas mais leves. No reconhecimento, um vinho Franco é um vinho são, opondo-se ao Defeituoso. Amplo é o vinho com variedade de aromas e Nítido é o vinho com apenas um aroma que domina (nesse caso indique qual o aroma).
 
Fragrantes são os aromas primários e secundários (originários da uva, da vinificação e do amadurecimento do vinho), trata-se normalmente de um vinho jovem. Fragrantes são os aromas que abrem as papilas olfativas, o melhor exemplo é o hortelã. Etéreos são os aromas terciários, aqueles originados do envelhecimento do vinho em garrafa - aromas como couro, pelica, pele de salame etc., que contraem as papilas olfativas. Um vinho pode ser fragrante, etéreo ou estar na transição entre uma coisa e outra.
 
Frutado se refere a vinhos com aromas de frutas, Floral a vinhos com aromas de flores, Vinoso a vinhos com aroma de uva ou mosto de uvas (geralmente vinhos de baixa qualidade como os vinhos ditos de garrafão), e Vegetal a vinhos com aromas de vegetais.
 
Avaliação:
 
Na Qualidade, observe a qualidade (bom x ruim), a variedade e a originalidade dos aromas. Na Intensidade, verifique o ataque aromático da bebida, a quantidade de aroma. Na Persistência, avalie por quanto tempo a intensidade se mantém. Um método é contar o tempo que leva para o aroma se dissipar depois de inspirado. Dez segundos representam um vinho de boa persistência.
 
III - exame gustativo (60 pontos possíveis)
 
Reconhecimento: Finalmente coloque o vinho na boca, sem engolir, por enquanto. Deixe o vinho passear por sua boca, mastigue-o, verifique seu corpo, sua acidez, seu tanino, seu álcool e sua doçura. Deixe a saliva interagir com o vinho, ele esquentará e liberará mais aromas.
 
Uma experiência interessante é, fazendo um biquinho, deixe entrar ar na boca (ainda com o vinho
nela, antes de engoli-lo). Com isso, o vinho se volatizará dentro da boca de forma mais intensa e você sentirá aromas mais intensamente, normalmente aromas mais pesados, por via oral, pela comunicação interna que existe entre boca e nariz.

 
Açúcares: verificam-se na ponta da língua. A maioria dos vinhos finos é de vinhos secos. Suaves e meio-doce seriam os vinhos com alguma doçura. Doces seriam os vinhos de sobremesa, os Sauternes, Portos, etc. Licorosos, os licores.
 
Acidez: verifica-se através da salivação que provoca no final da boca, nos cantos próximos ao fim do maxilar. Mole seria um vinho carente de acidez e Áspero um vinho com excesso de acidez.
 
Álcool: é a sensação de calor, queimação e pungência na língua. Maciez: sensação de redondez que o vinho provoca. Carente seria o vinagre e Pastoso, um xarope.
 
Corpo: é o extrato seco do vinho, verifica-se na textura e consistência do vinho, mastigando- o.
 
Tanicidade: sensação de secura, aridez na língua. O oposto da acidez.
 
Avaliação:
 
Verifica-se o equilíbrio nos vinhos comparando os fatores reconhecidos, o vinho será tanto mais equilibrado quanto mais coerentes entre si forem açúcares, acidez, álcool, etc.
 
A qualidade se refere à variedade, originalidade e qualidade da avaliação do vinho na boca.
 
A intensidade se refere à quantidade, ao ataque de gosto, aroma e tato avaliado na boca.
 
A persistência se refere à manutenção da intensidade no tempo. Ao engolir do vinho conte os segundos, menos de 10 é razoável, de 10 a 15 é persistente e mais de 15 muito persistente.
IV - sensações finais
Termina bem? A sensação final que o vinho deixou foi agradável?
Deixa a boca: Fresca para vinhos brancos mais acídulos (seja coerente - veja o que você marcou no reconhecimento do vinho no exame gustativo); Enxuta para vinhos brancos menos ácidos ou tintos não muito tânicos; Limpa para vinhos neutros (pouco ácidos para brancos ou pouco tânicos para tintos) e Árida para vinhos tintos tânicos.
 
O vinho deixou alguma sensação no final da língua (região onde se percebe o amargor) após ser engolido? Chamamos de fim-de-boca e, quando aparece normalmente, é amargo. Marque então: com fundo amargo.
V - evolução

Jovem: vinhos que ainda não atingiram seu patamar de maturidade. Pronto: atingiu seu patamar de maturidade.
 
Maduro: está no fim do patamar; daqui a diante decairá. Ligeiramente envelhecido: começou a decair, demonstra os primeiros sinais de idade.

Envelhecido: já decaiu e demonstra sinais claros de idade. Decrépito: já bastante envelhecido com seqüelas dessa senilidade.
 
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 26 de junho de 2013

China desbancará grandes e tradicionais países produtores de vinho

Até 2016, a China será o sexto país que mais produzirá vinhos no mundo, de acordo com uma pesquisa apresentada na Vinexpo, feita e, colaboração com a The International Wine and Spirits Research. Daqui a três anos, ela terá ultrapassadp a Austrália e o Chile e subirá duas posições no Ranking Mundial.
 
 
Pelas estimativas, concluiu-se que o país é, agora, um dos que mais aumenta sua produção - num período de cinco anos, até 2016, terá crescido 54%. "O número impressionante de produtores e visitantes chineses neste ano enfatiza ainda mais o crescimento do país", comentaram alguns organizadores da feira.
 
De acordo com eles, a presença massiva de chineses também alterou a relação entre a Europa e a China. "Antes, eles vinham para provar vinhos e aprender. Agora, vêm para vender".
 
"Estou muito contente com o aumento de produção dos chineses. É como a história norte-americana se repetindo", finalizou o chefe executivo da Vinexpo, Robert Beynat.
 
Fontes: Vinexpo e Wine & Spirits

terça-feira, 25 de junho de 2013

Água perfeita para harmonizações: existe isso, isso existe?

A empresa Beverly Hills Drink Company lançou, há poucos dias, uma água mineral 'produzida' por especialistas para harmonizar perfeitamente com vinho e comida.
 
Batizada de Beverly Hills 9OH2O, a água é descrita como "o Champagne das águas" e foi trabalhada por um time liderado pelo sommelier de água Martin Riese usando água de uma nascente das montanhas do norte da Califórnia, combinada com minerais naturais, a partir de uma fórmula patenteada pela empresa.
 
Dessa maneira, a água é dita como tendo um balanceamento perfeito entre frescor, minerais e textura, que faz com que ela seja a primeira "verdadeiramente adequada" para acompanhar vinhos e comidas finas. "Nós fizemos algo que nunca foi feito antes: traçar o perfil final da água que queríamos e torná-la um produto que realce a experiência do comer e beber bem", explicou Riese.
 
Fonte: Revista Adega

sábado, 22 de junho de 2013

Degustação dos vinhos da Don Abel

Localizada em Casca, na Serra Gaúcha, a Vinícola Don Abel e seus vinhedos fazem parte de uma região privilegiada do Estado.  Com cerca de 800 metros de altitude, excelentes condições de plantio, solo e clima ideais, a região é propícia para o cultivo de uvas finas, resultando em vinhos de qualidade inigualável.

A Vinícola Don Abel inaugurada em 2005 está inovando cada dia mais para oferecer os melhores vinhos aos seus apreciadores. Produzidos com alta tecnologia, os vinhos Don Abel apresentam como diferencial a não adição de açúcar e vinhos sem passagem por madeira, ou com passagem rápida.

A vinícola é comandada pelo Sergio Luiz de Bastiani, o qual podemos chamar de "garagista", pois sua pequena Don Abel elabora, no total, 35 mil garrafas por ano de vinhos que apostam na qualidade e as safras que não possuem qualidade para produzir vinhos com a proposta da empresa são vendidas e nenhum vinho da vinícola é feito nesses anos.
Até poucos anos, Sergio (à esquerda) era um executivo de empresa multinacional, quando então decidiu planejar a virada de seu futuro. Em 1999, começou a plantar uvas em Casca  e contratou o respeitado agrônomo Ciro Pavan para projetar os vinhedos e a vinícola. Em 2005, jogou o emprego para o alto e inaugurou a Don Abel. Para fermentar as uvas, escolheu ninguém menos do que Silvânio Dias, o festejado enólogo que lançou a recém-nascida Antônio Dias para o estrelato nacional.
 
Tive o prazer de participar de uma degustação dos excelentes rótulos da Don Abel no aconchegante e elegante Nez Bistrô de Casa Forte.
 
A degustação foi gerida  pelo Vinho Club Premium, o Nez Bistrô e a Zahil. A vinícola e os vinhos da noite apresentados aos presentes pelo proprietário da vinícola, Sergio de Bastiani.
 
Vamos aos vinhos, que ao todo foram 6, sendo um branco, 4 tintos e um espumante.

Don Abel Chardonnay Reserva 2011

Vinho de cor amarela com reflexos esverdeados. No nariz mostrou aroma floral e de frutas brancas, tudo muito suave e delicado. Em boca muito macio e refrescante; acidez na medida certa  e leve toque mineral. Tem bom potencial gastronômico, mas vai bem como aperetivo em dias quentes na beira de uma piscina.
 
O Rótulo


Vinho: Don Abel Reserva
Tipo: Branco
Castas: Chardonnay
Safra: 2011
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Don Abel
Enólogo: Silvânio Dias
Graduação: 12,8%
Onde comprar em Recife: Zahil
Preço médio: R$ 43,00
Temperatura de serviço: 8º  
   
Don Abel Cabernet Sauvignon Reserva 2008

Vinho de cor rubi escura e halo violáceo, com lágrimas finas e lentas e sem nenhum sinal de evolução. No nariz notas de fruta madura, chocolate amargo, notas de especiarias e leve tostado, proveniente do amadurecimento de 6 meses em barricas de carvalho. Em boca repetiu a fruta e mostrou taninos macios e aveludados em bom equilíbrio com a adidez e o álcool. Final de boca seco de boa intensidade, com o chocolate e o tostado aparecendo no retrogosto.
 
 
O Rótulo

Vinho: Don Abel Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2008
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Don Abel
Enólogo: Silvânio Dias
Graduação: 13%
Onde comprar em Recife: Zahil
Preço médio: R$ 52,00
Temperatura de serviço: 16º



Don Abel Cabernet Sauvignon Premium 2005

Um vinho com oito anos de idade sem sinais de evolução e mostrando que não é necessário passar por madeira para ser um vinho de qualidade.

Vinho de cor rubi intensa, com boa formação de lágrimas e sem sinais de evolução e pelas suas demais características ainda suporta bem pelo menos mais 5 anos em garrafa. Seu bouquet é rico em frutas como cereja e amora, mas também percebe-se notas de pimenta, alcaçus e café. Em boca esbanja elegância e estrutura, com taninos presentes, porém macios, acidez na medida certa e álcool sem agredir. Final de boca boa persistência com a fruta e o café aparecendo no retrogosto.

O Rótulo

Vinho: Don Abel Premium
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2005
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Don Abel
Enólogo: Silvânio Dias
Graduação: 14%
Onde comprar em Recife: Zahil
Preço médio: R$ 65,00
Temperatura de serviço: 16º
Premiações: 4º lugar no Top Ten da Expovinis 2012

Don Abel Tannat Reserva 2008

Vinho de cor rubi escura e halo violeta. No nariz o vinho mostrou notas de fruta roxa madura, chocolate amargo, café, tabaco e carvalho. Em boca os taninos já deixaram toda aquela rusticidade comum da tannat e mostraram-se macios, mas sem perder a personalidade, dando muita estrutura e corpo ao vinho. A acidez ainda está dando conta do recado e o vinho demonstra bom potencial gastronômico. Final de boca seco com o tostado aparecendo no retrogosto.
             O Rótulo

Vinho: Don Abel Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Tannat
Safra: 2008
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Don Abel
Enólogo: Silvânio Dias
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: Zahil
Preço médio: R$ 52,00
Temperatura de serviço: 16º


Rota 324 Cabernet Sauvignon 2005

Esse é o vinho top/ícone da vinícola, com estimativa de guarda em 10-15 anos. Vinho 100% cabernet sauvignon de uma das melhores safras ncionais dos últimos tempos.

O vinho apresentou uma cor rubi brilhante e lágrimas finas que escorreram lentamente pelas paredes da taça. Um bouquet delicado e elegante, com notas de frutas, especiarias, baunilha, leve tostado e notas balsâmicas  e de couro. Em boca é limpo, muito macio, redondo e agradável. A acidez ainda está dando conta do recado e está em bom equilíbrio com o álcool. Final de boca de bom volume com um retrogosto muito agradável.

 
 O Rótulo

Vinho: Rota 324
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon
Safra: 2005
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Don Abel
Enólogo: Silvânio Dias
Graduação: 14%
Onde comprar em Recife: Zahil
Preço médio: R$ 84,00
Temperatura de serviço: 16º
Premiações: Melhor Cabernet Sauvignon do Brasil pelo Anuário de Vinhos do Brasil de 2013
Don Abel Brut

Fechamos a noite com o Espumante Brut, um lançamento da Don Abel, elaborado pelo processo charmat a partir de uvas chardonnay.

Visualmente mostrou uma cor amarelo palha e nunces douradas, perlage abundante e de boa duração. No nariz notas de frutas brancas, como goiaba e pêra e ainda notas de damasco, pão tostado e fermento. Em boca apresentou boa acidez e cremosidade. Refrescante e muito fácil de beber. Ideal para acompanhar frutos do mar e culinária japonesa.


O Rótulo

Vinho: Don Abel Reserva
Tipo: Espumante
Castas: Chardonnay
Safra: Não Safrado
País: Brasil
Região: Serra Gaúcha
Produtor: Don Abel
Enólogo: Silvânio Dias
Graduação: 12%
Onde comprar em Recife: Zahil
Preço médio: R$ 40,00
Temperatura de serviço: 6º


terça-feira, 18 de junho de 2013

Traga seus vinhos com segurança

Por Cristian Burgos

Em todas as ocasiões que nos reunimos com grandes apreciadores descobrimos que, entre infinitos assuntos, invariavelmente afloram os temas dos grandes vinhos e das ocasiões especiais em que foram degustados. Quantas vezes não ouvimos um apreciador dizer que um vinho especial para si não é nem um vinho caro, nem famoso, mas, sim, um que foi apreciado em boa companhia em um lugar especial?
 
 
Temos certeza de que não só os vinhos "crescem" em momentos especiais, como as garrafas desses vinhos passam a encapsular as memórias e sensações desses momentos, para que retornem quando pudermos apreciá-los novamente. Nesse contexto, as viagens ganham importância, assim como os vinhos degustados durante elas ou as vinícolas por nós visitadas.
 
E, embora se considere enoturismo apenas os passeios que incorporem visitas a vinícolas, até mesmo as viagens a trabalho em grandes centros urbanos são enoturísticas na medida em que conhecemos bons restaurantes e belos vinhos ao lado de amigos e pessoas de quem gostamos. Ademais, o viajante pode incorporar visitas a boas lojas de vinho em seu roteiro, locais onde pode conhecer vinhos novos, encontrar safras antigas e adquirir tesouros a preços especiais.
 
Regras nacionais
 
A Receita Federal divulgou algumas mudanças nas regras do que se pode trazer em vinhos de nossa viagem. O princípio básico permanece inalterado. Podemos trazer do exterior, sem pagar imposto, até US$ 500 de produtos não destinados à comercialização, e ainda adquirir mais US$ 500 em produtos nos duty free shops na entrada do País.
 
Lembre-se de que os produtos comprados nos duty free do país visitado, ou mesmo na saída do Brasil, integram não a cota de duty free shops, mas, sim, a de bagagem acompanhada e, por isso, entram na contagem de isenção.
 
Dentro dos limites de isenção de US$ 500 (para bagagem acompanhada via transporte aéreo ou marítimo), podemos trazer do exterior até 9 litros de bebidas alcoólicas - categoria que inclui o vinho - ou 12 garrafas de 750 ml.
 
Dentro da cota de US$ 500, você pode trazer até 12 garrafas de 750 ml
 
Nos US$ 500 de limite global do duty free de entrada no Brasil não pode haver mais de 24 garrafas de bebidas alcoólicas, sendo, no máximo, 12 garrafas de um único tipo de bebida.
 
O que trouxermos acima dessa quantidade ou da cota de US$ 500 de isenção pode entrar no país desde que o viajante dirija-se à fiscalização aduaneira no setor de "Bens a Declarar". Nesse caso, pagará um imposto único de importação no valor de 50% sobre o valor dos vinhos trazidos.
 
Considerações
 
Mantenha consigo os cupons fiscais de suas compras. Caso você não os tenha, a Receita pode auferir o valor dos vinhos trazidos através da consulta aos preços internacionais do produto, encontrados em simples buscas na internet. (Uma observação: a adulteração dos cupons e dos preços é uma falta grave perante a Receita Federal).
 
Saiba que ao não declarar os vinhos adicionais que ultrapassem a cota de isenção, a Receita pode, ao fiscalizar sua bagagem, aplicar uma multa adicional ao imposto único de importação sobre o que ultrapassou a cota. Nesse caso, o usual é uma multa de 100% sobre os 50% de imposto. Ou seja, paga-se 100% sobre o valor dos produtos ao invés de 50%, e isso pode transformar uma boa compra em um mau negócio.
 
O imposto de importação deve ser pago antes da liberação dos bens, e não sendo quitado no momento da chegada, os produtos ficarão retidos até o recolhimento das taxas e a apresentação da guia de quitação para retirada dos vinhos no aeroporto.
 
Multa por vinhos que ultrapassem a cota é de 100% sobre os 50% de imposto

O que pouca gente sabe é que a possibilidade de trazer seus vinhos de viagem vai além disso. Você pode receber vinhos adquiridos no seu destino de viagem como bagagem desacompanhada até seis meses depois do seu desembarque. Nesse caso, você se valerá da Declaração Simplificada de Importação e não terá direito à cota de isenção, mas continuará se beneficiando de um sistema simples de importação com pagamento de imposto único de 50% sobre o valor do bem.
 
Cuidados
 
É possível comprar malas
acolchoadas   feitas exatamente para
 transportar vinhos. Assim,
não é preciso levar no meio das
roupas, correndo o risco de quebrar as garrafas.
Mas os cuidados ao trazer suas garrafas de viagem ultrapassam as regras de importação. Devemos nos certificar de que elas possam ser embarcadas e de que chegarão intactas para serem apreciadas.
 
As companhias aéreas proíbem o embarque de garrafas de vinho na bagagem de mão, exceção feita às adquiridas após a checagem de segurança no embarque. Os demais vinhos devem ser despachados com sua bagagem.
 
Atente para que sua preciosa garrafa não se torne uma bomba de vinho na mala. Aqui já presenciamos cenas da chegada ao embarque no aeroporto de Mendoza quando, da bagagem de um companheiro de viagem, recém saída do táxi, escorria um riacho de Malbec.
 
Os cuidados para acondicionar os vinhos em sua mala são simples, porém vitais. É bom avisar na loja onde comprar o vinho que vai levá-los na bagagem. A grande maioria oferece, como cortesia, embalagens que vão desde plástico bolha até invólucros de isopor, passando por alguns sacos acolchoados e hermeticamente fechados.
 
Caso esqueça de fazer isso, sempre há o recurso de enrolar suas garrafas nas roupas. Os viajados costumam vestir as garrafas com múltiplas meias - sempre limpas, por favor! - e colocá-las em sacos plásticos. Lembre-se de nunca colocar duas garrafas próximas, pois é comum que se quebrem pelo choque entre elas. Também coloque as garrafas sempre entre duas camadas de roupas, uma abaixo e uma acima.
 
Mas o ideal mesmo é levar consigo uma mala especial para transporte de vinhos. Elas são feitas com estrutura de alumínio, acolchoadas internamente, têm espaço individual para as garrafas e belo acabamento em lona ou couro. No caso das de couro, certifique-se, ao comprá-las, de que tenham uma lona exterior para protegê-la da chuva e de riscos no transporte. Você pode lacrá-las no despacho e ter a certeza de que seus vinhos não poderiam estar mais bem protegidos.
 
Há versões no mercado com capacidade para seis, 12 ou 18 garrafas, e agora novas versões para garrafas Magnum estão disponíveis.
 
Bom, agora só nos resta desejar uma boa viagem e boas degustações.
 
Fonte: Revista Adega

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Cono Sur Orgânico Cabernet - Carménère 2010

Sempre achei interessante a figura de uma bicicleta nos rótulos dos vinhos da Cono Sur, pois sempre fui um amante desse meio de transporte e pelo caráter simbólico que ela representa, pois a bicicleta é o meio de transporte mais onipresente nas estradas de Chimbarongo, província do Valle del Colchagua, onde estão os vinhedos da empresa e é sobre duas rodas que os funcionários da vinícola chegam aos vinhedos.
 
A vinícola foi fundada em 1993 e seu nome faz referência às origens geográficas: os vinhos se originam no cone da América do Sul, no Chile, extremo ocidente do continente sul americano e onde se encontram privilegiados vales vitivinícolas.
 
Em 2000 a vinícola iniciou o cultivo orgânico de uvas, mas desde o início da sua história ela apresenta forte motivação pelas políticas ambientais, possuindo certificação ISO 9001 e 14001 pela gestão de qualidade e meio ambiente; possui também os status CarbonNeutral por ter neutralizado a emissão de CO2. Para os vinhos orgânicos possui certificação pela BCS Öko Garantie GmbH.

Visualmente o vinho mostrou uma cor rubi violácea bem intensa e brilhante, com boa formação de lágrimas. Nariz frutado, com notas de ameixa, frutos secos e leves notas de especiaria e tostado. Em boca muito equilíbrio entre seus taninos potentes e macios, acidez e álcool; a fruta roxa apareceu de forma intensa, mas sem incomodar e com boa integração a notas de chocolate e tostado que aparecem no final de boca.

Eu eu Fernanda bebemos esse vinho de excelente custo versus benefício durante a vitória do Brasil sobre o Japão e harmonizamos com um churras de leve no fim de tarde da Capital Pernambucana e serviu também para "comemorar" a compra de uma bike para fugir do estressante trânsito de Recife e para cuidar da saúde do corpo e da mente.

O Rótulo

Vinho: Cono Sur Orgânico
Tipo: Tinto
Castas:  Cabernet Sauvignon e Carménère
Safra: 2010
País: Chile
Região: Valle del Colchagua
Produtor: Cono Sur
Graduação: 13%
Onde comprar em Recife: Bom Preço
Preço médio: R$ 32,00
Temperatura de serviço: 16º

sábado, 15 de junho de 2013

Vinho de Château em lata

Recém lançada no mercado, a marca francesa Winestar está comercialziando uma série de vinhos de qualidade - inicialmente do Château de l´Ille - em latas de alumínio fabricadas exatamente para esse propósito.
 
 
As garrafas foram produzidas com uma tecnologia especial, alumínio mais espesso e revestimento interno que não reaja o conteúdo e nem acelere o processo de oxidação.
 
Cédric Segal, fundador da marca, afirmou em entrevista que espera a companhia, por meio das latas de 187 ml, torne-se a "Nespresso do vinho", fazendo referência ao conceito de porções individuais.
 
Para Segl, as razões para o sucesso de seu produto são muitas: ser prática, leve, eco-friendlly e econômica (custa cerca de R$ 7,00), entre outros. Além disso, todos os vinhos são de lugares com certificado AOC. Inicialmente, apenas três vinhos estão disponíveis, um tinto, um branco e um rosé do Château de lÍlle, mas o esperado é que a gama aumente para 12 vinhos, de regiões como Bordeaux, Borgonha Rhône, Beaujolais e Loire.
 
Fonte: Revista Adega

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os diferentes tipos de degustação

Por Lucas Cordeiro

Não existe outro caminho para realmente conhecer os vinhos que não seja a degustação, um exercício didático e muito prazeroso. Apreciar o vinho é uma atividade que você pode desenvolver de forma superficial, e não há nada de errado nisso.
 
Mas vale à pena aprofundar-se, pois o vinho é uma bebida rica em nuances de aromas e sabores mais que qualquer outra, e descobri-los é uma aventura que virá recheada de muitas surpresas sensoriais e prazer.
 
Comece por escolher taças corretas e um ambiente livre de odores, com boa iluminação e temperatura agradável. Um fundo branco – que pode ser a própria mesa, a toalha sobre ela, ou um guardanapo – para observar a cor do vinho e, sempre que possível, faça a prova às cegas para evitar influência da boa ou má reputação do vinho.
 
O cuidado com a escolha do tipo de degustação pode evitar que algumas comparações injustas sejam feitas. Um erro comum é comparar vinhos de estilos marcadamente diferentes. Por exemplo, um vinho da região francesa de Bordeaux e outro da Bourgogne.
 

Tipos de degustação

- Vertical - um mesmo vinho, obviamente de um único produtor, mas com safras diferentes. Muito interessante para compreender a evolução do vinho com os anos e a influência da safra na qualidade final.
- Horizontalvinhos diversos, de uma mesma safra, mesmo estilo ou nível, mas de produtores diferentes. Para este formato abre-se uma grande variedade de possibilidades didáticas.

Exemplos de degustação

Uma única região de origem, mesmo estilo ou nível: serve para fixar as características do estilo sob a influência da região. Por exemplo, degustar vinhos espanhóis da região de Rioja, e da classificação de amadurecimento Gran Reserva, de vários produtores.
 
Mesma uva, mesma região, mesmo estilo ou nível: mostra a expressão da variedade de uva sob a influência da sua região de origem. Por exemplo, degustar vinhos da uva malbec, da região argentina de Mendoza, de linha reserva.
 
Mesma uva, regiões diferentes, estilo ou níveis compatíveis: tem a função de demonstrar as diferenças de expressão de uma mesma uva sob a influência de regiões diferentes. Por exemplo, degustar vinhos da uva syrah, de nível premium e origens diferentes (regiões ou países).
 
Fonte: Wine

domingo, 9 de junho de 2013

Raio-X do Vinho

Um aplicativo chamado Vivino promete mudar a vida dos enófilos do mundo inteiro. Em menos de 30 segundos, entre mais de meio milhão de registros, ele escaneia sua base de dados para dar todas as informações sobre o rótulo pesquisado: descrição, região, país de origem, tipo de uva, sugestão de harmonização, pessoas que buscaram o mesmo vinho, preço médio e a pontuação dada por outros usuários.
 
 
Para conseguir a informação, basta tirar uma foto do rótulo desejado e enviá-la para a base do Vivino. Além disso, é possível criar um acervo de garrafas preferidas - construindo uma espécie de memória pessoal - e uma rede social compartilhada com outros usuários, para compartilhar comentários, recomendações e notas.
 
A base de dados do Vivino está integrada por mais de 54 mil vinícolas de todo o mundo e, caso o rótulo pesquisado não esteja no catálogo, os operadores do projeto fazem uma pesquisa a respeito para incluí-lo mais tarde. O app pode ser descarregado de graça em www.vivino.com.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dal Pizzol Brut Rosé

Os vinhos nacionais de pequenos produtores começam a chegar, mesmo que lentamente, às lojas especializadas de Recife. Tenho buscado alguns produtores, mas não tenho tido sucesso. Recentemente comprei para ser o vinho do mês de março da CBE o Dal Pizzol 200 anos Touriga Nacional, na ocasião comprei também o Dal Pizzol Brut Rosé e foi ele que tirei da adega para degustar com a Fernanda na noite do sábado passado.
 
A vinícola Dal Pizzol traz consigo uma tradição na vinicultura que remota o século XIX (1878), quando os primeiro imigrantes da família chegaram ao Brasil. A vinícola está instalada em Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. 51% da produção são de vinhos tintos, 12% brancos e 32% de espumantes.
 
O Espumante Dal Pizzol Bruto Rosé é obtido pelo método Charmat Longo. Elaborado a partir de um vinho base de Pinot Noir e Chardonnay, os quais são cortados ainda quando mosto, portanto antes da fermentação alcoólica. Originando desta forma um especial equilíbrio dos piguimentos avermelhados da Pinot Noir com os pigmentos amarelados da Chardonnay, além disso, são resaltados seus aromas.
 
Na análise visual observamos uma bela cor salmão clara, espuma abundante e perlage formando pequenas borbulhas e de excelente desprendimento de gás e boa duração. No nariz muito delicado, verificando-se notas florais (rosas) e de frutas vermelhas, notas sutis de frutas cítricas, dando frescor desde o olfato. Em boca mostrou boa refrescância, com acidez em boa intensidade e cremosidade delicada. Final de boca macio, suave, equilibrado, com boa persistência e um frutado delicado aparecendo no retrogosto.
 
Degustamos como aperitivo, mas cai bem com frutos do mar e comida japonesa. Tem bom custo versus benefício e é ideal para tomar em dias quentes na praia ou na piscina.
 

O Rótulo

Vinho: Dal Pizzol Brut Rosé
Tipo: Espumante
Castas:  Chardonnay e Pinot Noir
Safra: Não Safrado
País: Brasil
Região: Bento Gonçalves
Produtor: Dal Pizzol
Graduação: 12%
Onde comprar em Recife: DOC
Preço médio: R$ 40,00
Temperatura de serviço: 4º - 6º

terça-feira, 4 de junho de 2013

Etruscos introduziram vinicultura na França no século 5 a.C.

A produção de vinhos na França remonta ao século 5 antes de Cristo e foi introduzida no sudeste do país pelos etruscos, um antigo povo da Itália, revela pesquisa arqueológica publicada nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
 
Esta forma primitiva de vinho era misturada a alfavaca, tomilho e outras ervas, e, provavelmente, utilizada para fins medicinais, em especial entre os ricos e poderosos, antes de se tornar uma bebida popular, segundo o artigo publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências (PNAS, sigla em inglês).
 
Ruínas etruscas indicam evidências arqueológicas da produção de vinho
 na região do antigo porto de Lattara, na França.
Ânforas etruscas e uma plataforma calcária utilizada para esmagar as uvas descobertas no antigo porto de Lattara, na região da cidade francesa de Montpellier, deram aos arqueólogos biomoleculares os indícios mais antigos encontrados até o momento sobre a vinicultura na França.
 
Os artefatos sugerem que a produção de vinho começou na França em 500 a.C., como resultado de tradições introduzidas pelos antigos etruscos.
 
"Sabemos agora que os etruscos transmitiram à cultura mediterrânea do vinho aos habitantes do sul da França", disse Patrick McGovern, diretor do Laboratório de Arqueologia Biomolecular da Universidade da Pensilvânia, um dos principais autores do trabalho.
 
Segundo McGovern, os etruscos criaram na França uma demanda crescente de vinho que apenas poderia ser atendida com o estabelecimento de uma viticultura local, provavelmente com vinhas e tecnologia procedentes da Itália.
 
"Esta confirmação da evidência mais antiga de viticultura na França é um passo essencial na compreensão do desenvolvimento da 'cultura do vinho' no mundo, nascida, provavelmente, há cerca de 9 mil anos nos Montes Taurus na Turquia e nos Montes Zagros no Irã", destacou.
 
"A história de como a França passou a ter um papel destacado na cultura mundial do vinho está bem documentada, especialmente a partir do século XII, quando os monges cistercienses determinaram que Chardonnay e Pinot Noir eram cepas mais adequadas à Borgonha", completou McGovern.
 
De acordo com ele, faltavam indícios químicos claros, combinados à dados botânicos e arqueológicos, para mostrar como o vinho foi introduzido na França e como deu origem a sua viticultura. Agora, o sítio arqueológico de Lattara ofereceu respostas a estas perguntas.
 
Os pesquisadores analisaram três ânforas bem conservadas, entre as numerosas que encontraram nos bairros de comerciantes do antigo porto fortificado, datadas entre 525 e 475 anos a.C.
 
Pela forma e outras características, os pesquisadores concluíram que estes recipientes eram de fabricação etrusca, provavelmente da cidade de Cisra (atual Cerveteri), no centro da Itália.
 
Estas ânforas continham resíduos de vinho e graças a técnicas químicas avançadas, como a espectrometria infravermelha, os pesquisadores detectaram sinais de ácido tartárico, um biomarcador para as uvas da Eurásia presentes no vinho do Oriente Próximo e da Bacia Mediterrânea.
 
Também detectaram componentes derivados da resina do pinheiro, assim como outras plantas aromáticas nativas, como alfavaca, alecrim e tomilho, o que sugere uso medicinal.
 
Próximo aos muros de Lattara os pesquisadores também encontraram uma pedra calcária, de 425 anos a.C., que continha resíduos de ácido tartárico, o que revela que a pedra era utilizada para esmagar uvas.
 
Os primeiros vestígios químicos conhecidos da produção de vinho foram encontrados em cerâmicas de 5.400 a 5.000 anos a.C. no sítio de Hajji Firuz, no norte do Irã.
 
A produção e o consumo de vinho se estendeu ao Oriente Próximo e à Bacia do Mediterrâneo, integrando-se gradualmente na vida social e religiosa.
 
Fonte: Folha de São Paulo

Vinho envelhecido no mar é mais complexo

Primeira vinícola dos EUA a envelhecer seus vinhos em alto mar, Mira Winery declarou, depois de ter recolhidos as garrafas, que o vinho que passa um tempo no funfo do mar se torna mais complexo do que os que envelhecem em barricas.
 
 
Em fevereiro deste ano, a vinícola conduziu um experimento com 12 garrafas de vinho, que foram depositadas no Porto de Charleston, na Carolina do Sul, em uma profundidade de 60 pés. Agora, passados 4 meses, as garrafas foram recolhidas  e degustadas junto com aquelas que ficaram em terra firme.
 
"Estamos surpresos. O vinho do mar não é melhor nem pior que o da terra, mas definitivamente diferente. O que ficou no mar é mais complexo, com aromas mais abertose parece estar mais 'relaxado'. Isso prova que nós ainda temos muito que estudar", explicou o vinicultor Gustavo Gonzales.
 
As doze garrafas foram enviadas para a Califórnia para uma análise química e sensorial de seus componentes.
 
Fonte: Revista Adega

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Comparação entre cerveja e vinho revela mais semelhanças que diferenças

Por Joana Santana

Ambas são bebidas fermentadas, de médio teor alcoólico, e milhares de anos de história.
Cerveja e vinho são duas bebidas alcoólicas, produzidas a partir da fermentação, e são consumidas há milhares de anos pela humanidade. "Ambas possuem grande volume de água e apresentam potencial alcoólico mediano, mas a cerveja apresenta mais proteínas e carboidratos", compara Manuel Luz, sommelier de vinhos, colunista da revista Menu e gerente de conteúdo da Wine. "As duas ainda compartilham a paleta de aromas e sofrem até dos mesmos problemas", completa.
 
Apesar disso, no imaginário das pessoas ainda persiste a ideia de que a cerveja seria, de certa forma, inferior. Para o bem e para o mal, no entanto, já que há quem ache o vinho sofisticado, mas há quem o veja apenas como esnobe. "O vinho segrega e a cerveja agrega", resume Ronaldo Rossi, chef, sommelier de cervejas e dono da Cervejoteca, sobre o estranhamento que tantos sentem diante dos rituais que costumam acompanhar espumantes, tintos e brancos.
 
Para Charles Bamforth, professor de cervejaria no departamento de Ciência e Tecnologia Alimentar da Universidade da Califórnia (EUA), vinho e cerveja têm muito o que ensinar um ao outro. "O fabricante de cerveja deveria aprender como estabelecer seu produto como parte de uma vida saudável e longa. O produtor de vinho deve reconhecer que a fabricação cervejeira é superior em termos tecnológicos e científicos", atesta, em seu livro "Vinhos versus Cervejas – uma comparação histórica tecnológica e social" (Editora Senac).
 
Preço e valor
 
"As cervejas, mesmo as mais especiais, são um luxo mais acessível", destaca Cilene Saorin, mestre cervejeira e sommelier de cervejas. "A cerveja de qualidade é sempre mais barata que o vinho de qualidade", concorda Ronaldo. Mas a despeito do que dizem os especialistas sobre as semelhanças entre ambas, o consumidor que decidir gastar R$ 50 com uma das duas bebidas terá de escolher entre uma cerveja tida como excelente ou um vinho considerado mediano.
 
Do ponto de vista da produção, algumas diferenças básicas ajudam a explicar a diferença de preços. "A cerveja é feita com ingredientes que podem ser estocados e transportados para o mundo todo, enquanto o vinho é feito com a uva, que é cultivada o ano todo e só é colhida no verão", explica Manuel. "Além disso, uma cervejaria pode ser aberta em qualquer lugar, mas a vinícola precisa ser vizinha do vinhedo, o que encarece o produto", aponta.
 
Por outro lado, os valores exorbitantes a que alguns vinhos podem chegar têm mais a ver com marketing e especulação. "Tradição e fama supervalorizam alguns produtores e o vinho acaba sendo vendido como capital cultural, movimento que eu combato", declara ele. "Com o mercado de cervejas aquecido como está, já começa a haver pressão no sentido de aumentar preços como forma de se diferenciar da concorrência", identifica Cilene.
 
Fonte: Uol

sábado, 1 de junho de 2013

Cousiño-Macul Antiguas Reservas Syrah 2010 #cbe

Chegamos a mais uma edição da Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE, a octogésima primeira. O tema do mês foi sugerido pelo Gil Mesquita do excelente blog Vinho para Todos e fundador da CBE, que mandou: "vinho syrah de qualquer país, custando até R$ 100,00".
 
O vinho que escolhi foi o Cousiño-Macul Antiguas Reservas Syrah, produzido pela vinícola de mesmo nome e fundada em 1856 e é a única dentre as fundadas no século XIX e permanece nas mãos da mesma família. A região onde está situada a vinícola cultiva uvas desde 1564, quando o Rei Espanhol transferiu a propriedade para o conquistador Juan Jufré.
 
O nome da empresa é derivada do nome do seu fundador: Matías Cousiño e do nome da área onde foi construído o primeiro prédio, no Valle del Maipo - "El predio de Cousiño en Macul". "Macul" é uma palavra originada da linguagem Quechua que era falada pelos indígenas antes do descobrimento da América e significa mão direita.
 
Os vinhedos foram destruídos por um ataque de filoxera e logo em seguida seu filho Luis viajou para a Europa para comprar novas variedades. Em 1863 o fundador da Cousiño morreu e alguns anos mais tarde, de forma precoce, seu filho e único herdeiro, Luis Cousiño, faleceu aos 38 anos. Após a morte de Luis sua esposa Isadora Goyenechea tomou as rédeas e deu seguimento ao empreendimento.
 
A linha Antiguas Reservas é um emblema da região, presente no portfólio da vinícola há mais de 80 anos. Em 2010 foi realizada a primeira versão syrah desta linha e a promessa da empresa é um vinho clássico combinado às notas do Novo Mundo.
 
O vinho é de fato muito elegante, remotando aos clássicos vinhos desta casta produzidos na França. Visualmente mostrou cor rubi escura com halo púrpura claro e boa formação de lágrimas. No nariz muito intenso e elegante; bouquet com a presença de fruta escura, notas florais, menta chocolate amargo, pinheiro, tabaco e pimenta. Em boca repetiu a elegância, mostrando taninos macios e redondos. Repetiu a fruta e as notas de madeira. Bom corpo com final de boca seco de boa intensidade e com a pimenta aparecendo no retrogosto.
 
Para harmonizar com esse belo vinho fui de penne ao sugo, fraldinha grelhada e purê de macaxeira. Formou um bom conjunto, mas caiu ainda melhor com queijo temperado com pimenta do reino.
 
 
O Rótulo
 
Vinho: Cousiño-Macul Antiguas Reservas
Tipo: Tinto
Castas:  Syrah
Safra: 2010
País: Chile
Região: Valle del Maipo
Produtor: Viña Cousiño-Macul
Enólogo: Pascal Marty
Graduação: 14%
Onde comprar em Recfe: DLP
Preço médio: R$ 46,00
Temperatura de serviço: 16º - 18º