quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Autoridades francesas e chinesas unem-se para combater falsificação de vinhos

O CIVB - corpo de comércio vinícola de Bordeaux - tem feito visitas-surpresa em supermercados chineses e lojas de vinho para compilar uma base de dados de garrafas falsificadas, a qual foi repassada a investigadores da China.

"Isso é para que eles possam ver as ligações entre empresas que vendem as garrafas falsificadas e onde elas podem ter sido produzidas na China", disse Thomas Jullien do CIVB, que representa cerca de 60 denominações de Bordeaux e 8.500 produtores.

Caixas de Vinhos Consideardas Suspeitas
Jullien disse que as autoridades chinesas se dirigiram ao CIVB para descobrir como lidar com as garrafas falsificadas. "Eles querem estabelecer relações entre importadores e produtores, pois eles precisam de uma prova de que o produto é falsificado".

O CIVB não irá publicar dados sobre o número de garrafas falsas, nem indicar quais marcas foram falsificadas, apesar de imagens obtidas pelo site Decanter.com mostrarem caixas rotuladas com "Forlatour", e um Margaux "Grand Reserve" chamado "Chateau French Tour".

Como um indício da escala do problema, economistas do governo norte-americano estimam que 8% do PIB da China venha da venda de mercadorias falsificadas, desde vinhos a roupas de grife.

As garrafas falsas "continuam um grande problema (...). Há uma ameaça real de que os consumidores comecem a perder a confiança em algumas das principais marcas vendidas na China".

A educação de vinho tem aumentado na China, protegendo tanto os consumidores como as marcas de Bordeaux, representando cada vez mais uma causa comum, disse Jullien.

Para esse fim, o CIVB está planejando uma série de sessões por todo o país nos próximos três meses para ajudar os consumidores a entender as indicações de rotulagem e denominação.

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