segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Vinho do Porto sobe receitas e reduz volume em 2013

A exportação de vinho do Porto, em 2013, cresceu em valor (4%) e caiu em volume (3%), face ao ano anterior. Este desempenho resulta do peso crescente das categorias especiais que impulsionaram o preço médio de venda para 4,6 euros o litro (+7,4%).
 
O setor faturou 310 milhões de euros em 110 mercados de exportação. A receita das categorias especiais (Vintage, LBV, Reservas ou Colheitas) cresceram 18% e representam agora 37% do negócio global.

 
Em 2013, as casas exportadoras beneficiaram da fama e proveito do lançamento do novo vintage de 2011 que suscitou referências elogiosas das revistas internacionais especializadas. A Wine Enthusiast atribuiu 100 pontos ao Quinta do Noval Nacional e colocou ainda no seu top 100 do ano mais quatro vintages: Taylor Fladgate, Quinta do Vesúvio, Warre's e Niepoort. Já a Wine Spectator preferiu para a sua lista dos 100 melhores o Croft Vintage (13º lugar) e o Graham's Tawny 20 Year Old (88º).
Douro vale 500 milhões

O negócio do vinho do Porto representou, em 2013, 360 milhões de euros, tendo em conta a evolução registrada até ao fim de outubro. O mercado doméstico vale 15% da receita e reforçou em 2013 a sua posição de vice-líder, a seguir à França. Mas, o negócio doméstico incorpora uma dose grande de exportação por incluir a compra do Porto por estrangeiros. A evolução favorável das vendas em Portugal (7%) resulta sobretudo do efeito turismo.
 
Dinamarca (+35%), Estados Unidos (+28%) e Canadá (+16%) são, de entre os principais mercados, os que registam uma evolução mais entusiasmante, com o peso das categorias especiais a terem uma preponderância decisiva. O mercado americano (5º lugar) já ultrapassou, em valor, o mercado britânico e lidera destacado no segmento das categorias especiais.
 
No vinho do Porto, o recorde de vendas permanece nos 428 milhões de euros, registado em 2002 (10,6 milhões de caixas de 9 litros). A exportação representou 83%. A região do Douro, com os vinhos de mesa, generoso e moscatel, gerou em 2013 perto de 500 milhões de euros e contribui com 400 milhões para a balança comercial portuguesa.

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