sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Barricas de carvalho

Inúmeros podem ser os tipos de carvalho empregados na maturação do vinho, no entanto os mais comuns são os carvalhos: francês e americano, que por sua vez apresentam porosidade, aromas, sabores e taninos gálicos (sempre transferidos aos vinhos), particularmente distintos.
 
Dentre estes dois tipos, o francês é mais utilizado nos vinhos de guarda e o americano nos vinhos de consumo jovem. O Carvalho Francês – Há dois espécimes de carvalho francês: Quercus Pedunculata ou Robur, e Quercus Sessilis ou Petraea, e pode-se dizer com segurança que este é o carvalho mais requisitado do mundo para a maturação do vinho. Essa madeira apresenta aromas e sabores mais sutis e elegantes dentre todas, tem a porosidade perfeita (mais aberta) para a micro-oxigenação do vinho e apresenta mais compostos fenólicos, sendo amplamente utilizado nos países da Europa e do novo mundo.
 
 
Por sua sutileza, pode-se dizer que o carvalho francês interfere menos nos sabores e aromas frutados do vinho, contribuindo muito mais com a evolução da bebida do ponto de vista da palatabilidade e longevidade do que com o aporte de aromas e sabores, passando à bebida valores e caráter mais discretos e sofisticados.
 
Carvalho Americano – O carvalho americano (Quercus Alba ou White oak) é nativo das florestas do leste dos Estados Unidos, e possui índices fenólicos mais baixos, mas alta concentração de compostos aromáticos, aportando mais aromas ao vinho, deixando-o com sugestão gusto-olfativa de baunilha, coco e caramelo. Seus poros, mais fechados, não permitem a mesma micro-oxigenação do carvalho francês, o que os torna mais apropriado para maturação de vinhos mais ligeiros. Mais usual no novo mundo, é muito usado por produtores que tencionam impressionar os consumidores pelo apelo aromático de seus vinhos, tornando-os mais convidativos e fáceis de beber, notadamente com aromas e sabores de baunilha, caramelo e coco.
 
Há ainda uma enorme diferença de preço entre as barricas do carvalho francês e americano. O francês é muito mais caro porque sua madeira não é cerrada como ocorre com o carvalho americano, que, por esta razão apresenta um rendimento bem maior que o francês. Vale salientar que diversos outros fatores são decisivos para a qualidade final do vinho, como por exemplo, a origem da madeira (carvalho certificado), a idade das barricas, a estrutura e a(s) castas do vinho, a tostagem utilizada na confecção dos barris, etc.
 
Fonte: Tribuna do Norte

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