sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"Cerveja e vinho de forma moderada não causam danos", diz cardiologista

O fato de se falar de cerveja e esportes não causa mais nenhuma surpresa. A volumosa publicidade e a sua liberação para consumo em todas as arenas da Copa do Mundo, foi no mínimo, polêmica e com idas e vindas de vários políticos até que aprovaram uma Lei específica liberatória. Os argumentos contra, previram problemas de toda ordem como consequência aos abusos alcoólicos, mas nada ocorreu.
 
Três meses depois ninguém mais se lembra dessa disputa entre liberar e não liberar o consumo de cerveja nos campos de futebol. Recentemente aconteceu o Mundial de Basquete na Espanha e por acaso caminhando nas ruas de Barcelona nos deparamos com enormes “outdoors” mostrando ídolos nacionais de basquete com uma cerveja espanhola, que era a única patrocinadora da forte equipe daquele país.
 
Em setembro, tivemos em Bruxelas o 7º Simpósio Europeu Cerveja e Saúde, com vários professores de medicina do Velho Continente. O temático deixou claro o foco principal: novos aspectos dos efeitos na saúde do consumo moderado de cerveja. Foi lembrado que consumo moderado está definido em 700 ml/dia de cerveja para homens e a metade para mulheres. Sempre deixando claro que existem situações que se proíbe o consumo: gestantes e crianças, diabéticos e hipertensos não controlados.
 
Uma conferência interessante foi sobre hábitos de vida e a famosa barriga, 16 pesquisas internacionais feitas na Europa (Espanha, França, Dinamarca, Finlândia e Reino Unido), concluiu que preferencias entre as várias bebidas (cerveja, vinho e destilados) foram exclusivamente culturais e que a barriga dependeu unicamente de hábitos alimentares NÃO SAUDÁVEIS e sem relação alguma com a cerveja.
 
Está ocorrendo um gradativo aumento de consumo de cerveja sem álcool, em países europeus, primeiro pela melhora do sabor delas como também para evitar problemas relacionados ao ato de dirigir carros e outros meios de locomoção (bicicletas, barcos etc).
 
Evidente que beber cerveja ou vinho ou destilados não se deve confundir com medicação preventiva, mas alimentação saudável e consumo moderado de bebidas alcoólicas como cerveja ou vinho não causou danos à saúde. O alcoolismo, o tabagismo, os erros e exageros alimentares, o sedentarismo foram os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares encontrados nessas pesquisas.
 
Por: Nabil Ghorayeb
Fonte: Globo Esporte

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